quinta-feira, 2 de novembro de 2017

No meio do caminho tinha uma jardineira...

Aconteceu ontem (1), na calada da noite, uma grande ilegalidade e desrespeito ao Centro de Búzios e a todos os seus cidadãos decentes. Aos poucos, aquela cidade que era conhecida pela excelência e charme de seu espaço público, vai perdendo sua qualidade de vida.... Pela ganância e egoísmo de uns poucos e pelo comodismo, indiferença e cegueira da maioria. Autoridades municipais inclusas...Que se saiba até agora, sem nenhuma autorização, licença ou ciência da Secretaria de Planejamento, que é a responsável por planejar o espaço urbano da cidade, ou da Secretaria de Serviços Públicos, responsável pela fiscalização e ordenamento do mesmo, foi demolida uma das jardineiras públicas existentes (Ver foto abaixo), há anos, no meio da Travessa do Pacato, que fica ao lado do Shopping de Búzios, o mais antigo da cidade, onde também funciona a Associação Comercial.


Jardineira destruída

Nessa travessa, por possuir uma ambiência agradável com suas árvores e jardineiras (agora menos uma...), e também por dar acesso apenas a pedestres, se desenvolveu um minicentro de bares e restaurantes, com mesas ocupando o espaço público, com respeito ao devido ordenamento e licença da Prefeitura, que cobra uma taxa para isso.

Pois bem, apesar de terem muito mais espaço do que em ruas tradicionais, onde só se pode ocupar parte da calçada, um comerciante desta Travessa, inconformado com o espaço em frente ao seu estabelecimento, achando que tinha poucas mesas, resolveu simplesmente demolir uma jardineira pública, construída pela Prefeitura, com dinheiro público (nosso dinheiro), como se a mesma fosse dele e como se a Rua fosse de sua propriedade...

Para piorar, como se pode ver na foto antiga tirada da internet, a mesma possuía uma árvore já de porte razoável, que teve o mesmo triste fim de seu canteiro (Alô Secretaria do Meio Ambiente!).


Jardineira antiga, Foto do Google Earth 

As fotos tiradas hoje (2), mostram a marca do crime de ontem, que o autor não teve tempo de cimentar e apagar, para que o nosso povo, sem memória, esqueça logo da qualidade de vida que perdemos a cada dia, pela falta de cuidado e zelo de nossos governantes e pela falta de respeito dos que aqui vieram e vivem apenas para sugar a cidade... ainda se pode ver na foto atual, um pedaço da mureta de pedras que, absurdamente, diminuía o lucro do comerciante...

Para os que tem memória e mais tempo por aqui, lembramos que antes da finada árvore, existiu no mesmo local um Flamboyant, grande e frondoso, mas que tinha o "defeito" de possuir os galhos baixos... Por esse "motivo" a Prefeitura autorizou removê-lo, em função de uma alegada queda “iminente”... Sabendo disso, ambientalistas de Búzios protestaram contra a decisão. Em gesto que entrou para a história do movimento ambiental de Búzios, Bina e Christian subiram em seu tronco (ver foto abaixo), forçando as autoridades a desistir da "pena capital". Como resultado, o "condenado" Flamboyant viveu muitos anos bem, enriquecendo ainda mais a paisagem urbana da cidade e dando charme ao local.


Foto Jornal O Perú Molhado, 04/10/2002

Voltando aos tempos atuais, a importância do fato não se dá por sua dimensão, tal qual algumas irregularidades em obras privadas, que já denunciamos aqui anteriormente, mas sim pelo tamanho do desrespeito à cidade e pelo significado de uma violação pontual, mas tremendamente explícita e contundente, ao espaço público. Também pelo atual comodismo e “cordeirismo“ do povo desta cidade, que já soube se fazer respeitar e brigava pela sua qualidade de vida...

Onde está a indignação dos cidadãos buzianos atuais?
O que farão os outros “empresários”? Removerão novas árvores, bancos e canteiros do seu caminho? Cercarão cada vez mais áreas públicas, com mesas, grades ou decks?
A tradicional pizzaria da esquina poderá também eliminar todos os canteiros e bancos que a cercam?
E o empresário? Será obrigado a pagar multa e a reconstruir o bem público que destruiu em causa própria? 
E o governo? Cadê a Secretaria de Ordem Pública? Cadê os fiscais, que exigem até cardápios em Braille? Cegos, não enxergam absurdos tão visíveis?
E aí Prefeito? Virou bagunça?

Sinceramente, acreditamos e torcemos que não.

Estaremos todos de olhos bem abertos...  

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Comentários

Maga Silvestre Caramba.. os ignorantes venceram.. 
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Marcos Coelho Na próxima semana pode passar lá que verás mesas e cadeiras nesse espaço. "Pobre cidade rica!"
Mabel Mow Nós temos é que envenenar esses empresários que envenenam Flamboyants...rsrs tá bom, envenenar não, mas um vodu, quem sabe... rs
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Tito Rosemberg São humanóides, cruéis, mesquinhos, sem alma....
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Mabel Mow E as intervenções desses humanóides na cidade são sempre sugando, subtraindo...
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Luzia Amélia Jakomeit Concordo com o veneno.
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Comentários

Luiz Carlos Gomes No meio do caminho tem um desgoverno

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Responder12 h
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Magna Lopes Triste...

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Responder9 h
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Anna Roberta Mehdi Em vez de pintarem o predio q parece um cortiço mal ajambrado retiram a jardineira q florescia e era publico. Impressionante o desvalor do que é publico em nossa pobre e tacanha cidade.

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1
8 h
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Bárbara Gael que putada



Milton Da Silva Pinheiro Filho Quando falamos que a coisa não está boa,aí piora.Lamentável.Búzios está com enfermidade grave.A luz vermelha foi acesa pela ganância e o desrespeito.A cidade não precisa desta gente mesquinha.
Thais Fortuna Q q issoooo!!!???
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Mabel Mow ERA uma jardineira...

Thais Fortuna Mas q absurdo ter arrancado !!
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Reynaldo Bochner Para mim, uma cena de horror!
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Jose Simões Arq Urb ISTO SÓ É POSSÍVEL NA "TERRA DO NUNCA", E O PETER NÃO ESTÁ MAIS AQUI...
Noeli Borek Começaram tirando um Flamboyant enorme que havia aí!!
Mostrar mais reações2 h
Mabel Mow Incrível! A arquitetura pode contornar/ incorporar as árvores... uma calçada turística...
Cris Anila Paramita Vivia nesse mesmo canteiro um flamboyant majestoso. Foram muitas tentativas para elimina-lo. Nós, digo o Christian Mehdi, se abraçou "naquele" flamboyant por 48 horas e nós nos revezávamos.
Depois tentaram novamente e eu e a Anna Roberta Mehdi conseguimos interditar uma poda sem licença. Depois, algum empresário malvado envenenou o flamboyant para mata-lo e o coitado não resistiu.
Dali por diante, o canteiro virou cinzeiro, lixeira e vaso sanitário.
Essa rua tem acessibilidade zero por causa da ganância e desobediência consentida dos restaurantes indisciplinados.
Cabelo, saliva e suor servem de tempero para os pratos adjacentes.
Um caos...

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Mabel Mow Ah esses Buzianos ...
Mabel Mow Nós temos é que envenenar esses empresários que envenenam Flamboyants...rsrs tá bom, envenenar não, mas um vodu, quem sabe... rs


Aristóteles B. Da S. Filho O espaço pertence a todos nós, portanto tem que pagar multa e construir outro canteiro para servir como exemplo.

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Anna Roberta Mehdi a calçada é de quem ?

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Sandro Paula Decadência contínua.

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Responder1 h
Jose Alberto Fresia Quem foi o empresário filho da puta

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Jose Alberto Fresia Fora da nossa aldeia. Porra

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Sonia Pimenta Há muitos anos, aqui se pode tudo.

Responder2 h
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Thomas Weber Não tendo autorização (imagino que não tenha) é um absurdo !!!

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