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terça-feira, 23 de outubro de 2018

Vereador de Arraial do Cabo é preso por participação em homicídio

Vereador Thiago Fantinha, foto jornal Folha dos Lagos


O vereador de Arraial do Cabo Thiago Fantinha (PSC) é transferido para Casa de Custódia em Benfica. Delegado confirma participação efetiva do vereador em homicídio cometido há cerca de dois meses em Arraial

O vereador, preso ontem por policiais da 132ª DP, será transferido ainda hoje para uma casa de custódia em Benfica, de onde deve ser conduzido a um presídio da capital, segundo o delegado da 132ª DP, Renato Mariano. A prisão temporária do vereador é válida por 30 dias, prorrogáveis por mais 30.

Ele teria participação efetiva no homicídio de um pescador conhecido como ‘William Louco’, no dia 15 de setembro, na Marina da Praia dos Anjos. 

"Através da investigação, inclusive com o depoimento de testemunhas visuais, apuramos que o fato foi praticado por duas pessoas em um veiculo preto, que estava sendo conduzido por Thiago. Ele chegou até o cais e outra pessoa de nome Arthur desceu do carro, efetuou os disparos contra a vítima pelas costas, como comprova o laudo cadavérico e, em seguida, voltou ao veículo. Foi então que eles fugiram. Em razão disso, eu tenho a participação efetiva dele" – disse o delegado.

Os dois envolvidos irão responder por homicídio qualificado com motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima, isso porque os tiros foram dados pelas costas. O homem identificado como Arthur, que teria disparado contra o pescador, está foragido.

O homicídio aconteceu na noite do dia 15 de setembro e, de acordo com o delegado, a linha de investigação trabalhada pela Polícia Civil até o momento aponta para uma discussão em um bar entre os envolvidos, horas antes do crime.
- "Estamos trabalhando com a hipótese de uma discussão anterior entre eles em um bar enquanto assistiam a um jogo de futebol e, em razão dessa discussão, o crime teria sido praticado" - afirmou Renato Mariano. 

Um outro vereador, Cleyton da Costa Barreto (PTB), teria emprestado o carro utilizado no crime. Mas, para o delegado, o carro teria sido emprestado por outras razões. 

"Até o momento não tenho elementos que comprovem nenhum envolvimento dele no crime – finalizou.

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Justiça pela Paz em Casa: Brasil chega ao milésimo julgamento de Feminicídio

Campanha deste mês tem foco no julgamento de crimes dolosos contra a vida de mulheres. FOTO: Divulgação/TJSE

A Justiça brasileira alcançou, ontem (21/8), a marca de mil julgamentos de feminicídio ou tentativa de homicídio contra mulher, durante a XI edição da Semana Justiça pela Paz em Casa, promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em parceria com todos os Tribunais de Justiça do País. Nos primeiros dois dias do mutirão, São Paulo realizou quatro julgamentos de feminicídio e tentativa de homicídio. No Rio de Janeiro, foram dois Tribunais de Júris. Outros Estados também julgaram crimes dolosos contra vida de mulheres, entre eles Acre, Paraíba, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte.
Caso em Cabo Frio
Em Cabo Frio, Região dos Lagos do Rio, o primeiro dia da Semana – que vai até sexta-feira (24/8) em todo o País – foi marcado pelo julgamento de um crime cometido em 2016. O réu foi considerado culpado pela tentativa de feminicídio contra a ex-companheira. A motivação do crime: a não aceitação da separação. O acusado, que já está preso, foi sentenciado a quatro anos de prisão. A violência foi cometida na frente da filha mais velha do casal, que tinha à época 15 anos. 
Durante a sessão, o juiz que presidiu o Júri precisou advertir a vítima sobre a importância de seu relato. “Toda essa estrutura que está aqui foi criada para fazer Justiça não apenas em relação ao seu caso, mas de todas as mulheres que passam ou sofrem cotidianamente por violências desse tipo”, afirmou Danilo Marques Borges, juiz que auxilia a comarca de Violência Doméstica de Cabo Frio durante os mutirões da Semana Justiça pela Paz em Casa.
Segundo o magistrado, muitas vítimas vulneráveis sócio e economicamente emudecem diante de seus agressores, por medo de não se sentirem capazes de viverem sem a sua ajuda. “No início, a vítima estava reticente e amenizou os depoimentos que deu na delegacia e na primeira fase do procedimento do Júri. Mas, depois que expliquei o quanto aquilo era importante para a defesa das mulheres, não apenas simbolicamente, mas de maneira concreta, ela contou o que realmente tinha acontecido. E foi um relato marcante”, disse o juiz, que presidirá ao longo da Semana 30 audiências sobre situações de violência doméstica. 
O esforço concentrado para julgar casos de violência doméstica contra as mulheres foi idealizado pela presidente do CNJ, ministra Cármen Lúcia, e faz parte da Política Judiciária Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. Mais de 1 milhão de processos relativos à violência doméstica tramitam na Justiça brasileira, atualmente. Para a desembargadora Eva Evangelista, a ação do CNJ por meio do mutirão e do empenho pessoal da ministra Cármen Lúcia já provocou uma mudança significativa em relação ao tema.
A última edição da campanha ocorreu em março de 2018. Nas 10 edições do mutirão, foram mais de 147 mil audiências realizadas e 127 mil sentenças prolatadas e concedidas 65 mil medidas protetivas.

Mutirão

Semana Justiça Pela Paz em Casa conta com a parceria das varas e juizados especializados em violência doméstica, assim como do trabalho do Ministério Público e da Defensoria Pública, para os julgamentos de Tribunais de Júri, garantindo o julgamento dos processos de crimes de violência doméstica e familiar contra as mulheres.
Ocorre anualmente em março em homenagem ao Dia Internacional da Mulher; em agosto, por ocasião do aniversário da promulgação da Lei Maria da Penha, e em novembro, durante a semana internacional de combate à violência de gênero, estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Violência contra a mulher

A violência pode se manifestar em diversas formas, como assédio sexual, agressão moral, patrimonial, física, tentativa de homicídio e feminicídio. Combater a violência doméstica contra a mulher tem sido uma das prioridades do Poder Judiciário, e o cumprimento estrito da Lei Maria da Penha (Lei n. 11.340, de 2006), é um de seus maiores desafios.
Regina Bandeira
Fonte: "cnj"

sábado, 10 de fevereiro de 2018

Foi morrida essa morte ou foi morte matada?

Morte em Geribá, Foto Muchacho Vidal

A página do "jornalbuziosnoticias" no facebook noticia que "o jovem Matheus Araújo Neto, de 18 anos, foi assassinado em frente a sua casa, na Rua Araújo, bem próximo a praça Garota de Geribá. Segundo informações colhidas no local pelo repórter Muchacho Vidal, o jovem assassinado "é trabalhador e não tem envolvimento com coisas ilícitas". O jovem trabalhava em um mercadinho próximo a casa dele. Sua morte repercutiu muito nas redes sociais, deixando muitas pessoas apreensivas quanto ao nível de violência reinante na cidade. 


Segundo o Jornal Búzios Notícias, Matheus foi baleado por volta de 5 horas da manhã bem próximo de sua casa. "Ao chegar próximo ao portão de sua casa Matheus foi baleado pelas costas indo a óbito no local". O condutor da moto também teria sido baleado. Um tiro teria atingido suas nádegas. Socorrido, foi levado para o Hospital Municipal Dr. Rodolpho. 

Na página do Jornal Búzios Notícias Adriano F Loos faz um desabafo:  


Adriano F Loos BUZIOS NÃO E MAIS O MESMO CUIDANDO DA NOSSA GENTE O MAIS TRISTE E QUE POLITICOS DA TERRA NADA FAZEM FICÃO DE BRAÇOS CRUZADOS OLHANDO A DESGRASÇA E QUANDO SE ELEGEM VENDEM A HISTORIA DE SUAS FAMILIAS E DA CIDADE POR PROPINAS DO EXECUTIVO TAI A CIDADE ENTREGUE A VIOLENCIA AGORA VAI LA CONSOLAR A FAMILIA

"E foi morrida essa morte, 
irmão das almas,
essa foi morte morrida
ou foi matada?
Até que não foi morrida,
irmão das almas, essa foi morte matada 
numa emboscada".

"Morte e Vida Severina"
João Cabral de Melo Neto 

Desde 2010, ainda em meu blog anterior, o Blog do Luiz do PT, venho alertando que o nível de violência em Búzios é preocupante. No paraíso buziano  mata-se mais, proporcionalmente à população, do que no estado do Rio de Janeiro e no Brasil. A taxa de homicídios por 100 mil habitantes em Búzios foi de 41,5 em 2016, enquanto a do estado foi de 21,5 e a do país, 11,1. Búzios, que já foi a cidade mais violenta do estado, em 2011/2012, hoje ocupa a nada honrosa 5ª colocação. 

Em 2014, ocorreram 15 homicídios em Búzios. Parece pouco, mas não é. Para uma população de apenas 30 mil habitantes, esse número de homicídios é altíssimo. Para se ter uma noção da gravidade da taxa, basta registrar que o Japão tem taxa de mortalidade por 100 mil habitantes igual a 1. E a taxa dos países nórdicos é inferior a esse número.

Também pudera. Com prefeitos incompetentes como os que tivemos, e temos, cresce assustadoramente a parcela da juventude chamada de "nem, nem": aquela que nem estuda nem trabalha. Nunca tivemos em Búzios políticas públicas (dignas desse nome) de Trabalho e Renda e de Educação, condizente com a riqueza do município. E hoje, temos um prefeito irresponsável que fecha turnos e turmas do ensino médio municipal. E que teve a coragem de fechar turmas do ensino noturno do INEFI e do Paulo Freire, frequentadas justamente por aqueles que se esforçavam para estudar e trabalhar.  

Número de homicídios por ano em Búzios: 
2008 - 26
2009 - 21
2010 - 12
2011 - 15
2012 - 14
2013 - 8
2014 - 15

Para quem quiser se aprofundar no tema segue links de postagens feitas sobre  
VIOLÊNCIA EM BÚZIOS:

1) 8/10/2010
Violência na Região das Baixadas Litorâneas

2) 24/10/2010
As “agressões” na Região dos Lagos

3) 1/3/2011
A questão da violência em Búzios 1

4) 8/3/2011
A questão da violência em Búzios 2

5) 14/03/2011
A questão da violência em Búzios 3

6) 5/9/2011
Violência em Búzios

7)28/06/2012
Mapa 2012 da Violência na Região dos Lagos

8) 26/03/2013
Santa desinformação

9) 14/02/2014
Violência e miséria na Região dos Lagos

10) 28/05/2014
Mapa da Violência 2014: Cabo Frio é cidade mais violenta do estado do Rio de Janeiro

11) 28/05/2014
Mapa da violência 2014: taxa de homicídios é a maior desde 1980

12) 1/6/2014
Violência contra crianças e adolescentes na Região dos Lagos

13) 1/6/2014
Raio X da violência na Região dos Lagos

14) 21/07/2014
Desigualdade social e violência na Região dos Lagos

15) 13/12/2014
Violência contra a mulher na Região dos Lagos

16) 16/07/2016
As condições de vida das mulheres na Região dos Lagos

17) 15/11/2016
Armação dos Búzios é a 5ª cidade mais violenta do Estado do Rio de Janeiro

18) 7/8/2017
A cada mês, em média, uma mulher é estuprada em Búzios

19) 9/1/2018
Taxa de homicídios explode na Região dos Lagos e ultrapassa a da Baixada Fluminense

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

A cada mês, em média, uma mulher é estuprada em Búzios

Lançamento do "Dossiê Mulher 2017" no MP-RJ

Dossiê Mulher 2017 revela que boa parte dos crimes cometidos contra as mulheres ocorrem no ambiente doméstico ou familiar

O Instituto de Segurança Pública (ISP) lança hoje, 07 de agosto de 2017, a 12ª edição do Dossiê Mulher com os principais crimes relacionados à violência contra a mulher no estado do Rio de Janeiro. Os delitos apresentados foram selecionados por possuírem uma dinâmica singular quanto à relação entre acusados e vítimas, possibilitando uma melhor análise de situações de violência no âmbito doméstico e/ou familiar.

Nesta edição foram analisados os principais delitos sofridos pelas mulheres: homicídio doloso, tentativa de homicídio, lesão corporal dolosa, ameaça, estupro, tentativa de estupro, assédio sexual, importunação ofensiva ao pudor, dano, violação de domicílio, supressão de documento, constrangimento ilegal, calúnia, difamação e injúria. Através da análise desses delitos, buscamos construir um panorama mais amplo da violência contra a mulher, observada em suas cinco formas: física, sexual, patrimonial, moral e psicológica.

O Dossiê Mulher 2017 mostra que as mulheres continuam sendo as maiores vítimas dos crimes de estupro (85,3%), ameaça (65,4%), lesão corporal dolosa (63,8%), assédio sexual (93,3%) e importunação ofensiva ao pudor (91%). Boa parte dos crimes contra as mulheres são cometidos por pessoas com algum grau de intimidade ou proximidade com a vítima, ou seja, são companheiros e ex-companheiros, familiares, amigos, conhecidos ou vizinhos. Os dados mostram que, em relação à violência contra mulheres, esse grupo foi responsável por 68% dos casos de violência física, 65% da violência psicológica e 38% da violência sexual. 

Pais, padrastos, parentes, conhecidos, amigos e vizinhos foram acusados de 37% dos estupros de vulneráveis registrados em 2016. Mais de 60% dos estupros e dos crimes de lesão corporal dolosa contra as mulheres ocorreram no interior de residência em 2016, assim como 40% das tentativas de homicídio de mulheres.

Pelo segundo ano o Dossiê apresenta os dados estatísticos de assédio sexual e importunação ofensiva ao pudor. Em 2016, foram registradas 588 mulheres vítimas de importunação ofensiva ao pudor e 126 vítimas de assédio sexual. Esses casos geralmente acontecem em ambientes públicos como ruas, bares, meios de transporte coletivo ou no ambiente de trabalho, o que atenta contra a liberdade da mulher. Situações como essas, apesar de causar profundo constrangimento e desconforto às suas vítimas, ainda são pouco percebidas como um tipo de violência, o que se expressa pelo reduzido número de registros verificado.

Com a publicação do Dossiê Mulher, o Instituto de Segurança Pública espera embasar argumentos, subsidiar políticas públicas, instigar investigações ainda mais aprofundadas sobre a temática e melhorar os esforços para a produção de estatísticas relacionadas à violência de gênero de forma padronizada e comparativa. Todos os dados analisados são também apresentados no Dossiê por municípios e Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP).

As informações divulgadas no Dossiê têm como fonte o banco de dados dos registros de ocorrência da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, relativos ao ano de 2016, disponibilizado através do seu Departamento Geral de Tecnologia da Informação e Telecomunicações (DGTIT).

Com o intuito de facilitar ainda mais o acesso à informação, o ISP disponibiliza também a versão do Dossiê Mulher na plataforma interativa Tableau. A ferramenta, de livre acesso ao público, disponibiliza, além das informações presentes no Dossiê, outros dados que não chegaram a ser analisados no relatório. A consulta poderá ser feita no site do ISP (http://www.ispvisualizacao.rj.gov.br/Mulher.html).

Karina Nascimento


Dados de Búzios
Em 2016, as mulheres foram vítimas de 402 delitos. Principais delitos:
Observação: os dados entre parênteses referem-se aos anos de 2014 e 2015 respectivamente.
1) Ameaça - 128 (212; 178)
2) Lesão corporal dolosa - 108 (167; 165)
3) Injúria - 97 (82; 90)
4) Dano - 15 (12; 20)
5) Estupro - 12 (1 por mês, em média). Houve melhora em relação aos anos anteriores (16, em 2014; e 15, em 2015), assim como em quase todos os delitos. 
6) Violação de domicílio - 10 (15; 17)
7) Calúnia - 4 (11; 9)
8) Supressão de documentos - 3 (1; 0)
9) Tentativa de homicídio - 3 (4; 1)
10) Assédio sexual - 2 (0; 0)
11) Importunação ofensiva ao pudor - 2 (0; 0)
12) Tentativa de estupro - 2 (1; 3)
13) Constrangimento ilegal - 1 (6; 3)
14) Homicídio doloso - 1 (2; 0)

Total: 402 (533, em 2014; e 512, em 2015)

Comentários no Facebook:
Luiz Carlos Gomes Fonte: ISP- RJ
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Elza Maria Barreto Barreto Q horror!!! Tá aumentando ou sendo mais divulgado?
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Luiz Carlos Gomes Houve pequena diminuição em relação ao ano anterior. Ver em http://ipbuzios.blogspot.com.br/.../a-cada-mes-em-media...
Espaço de discussão dos acontecimentos…
IPBUZIOS.BLOGSPOT.COM
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Ronaldo Cruz Isso e mentira estrupro tem um monte so esse ano forao bastante.
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Luiz Carlos Gomes Ronaldo, são dados do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro. Pode ser que muitas mulheres não registrem os delitos.
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Milton Da Silva Pinheiro Filho Violência contra a mulher,contra a infância e juventude infelizmente a gente já está vendo aquí.