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terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Taxa de homicídios explode na Região dos Lagos e ultrapassa a da Baixada Fluminense

A Praia do Peró, em Cabo Frio, maior cidade da região, figura desde 2014 entre as com pior taxa de homicídios do estado do Rio. Foto: Bárbara Lopes 27.01.2016

"Famosa pelo turismo e pelas belas praias, a Região dos Lagos também se destacou, em 2017, por uma característica nada atraente. Quatro das sete cidades da chamada Costa do Sol figuraram entre as dez com piores taxas de homicídio do estado, como mostra um levantamento feito pelo EXTRA com base em números do Instituto de Segurança Pública (ISP). A escalada na violência é tanta que, pelo terceiro ano consecutivo, a região registrou mais assassinatos para cada cem mil habitantes do que a Baixada Fluminense, tida como uma das áreas mais inseguras do Rio.
Em 2016, 2015 e 2014, até onde é possível chegar com os dados mais antigos separados por município disponibilizados pelo ISP, apenas duas cidades da Região dos Lagos apareceram nesse indesejado top 10: Cabo Frio, todas as vezes, acompanhada em duas ocasiões por Araruama e, em uma, por Búzios. No ano passado, considerando as estatísticas até novembro, o trio ganhou a companhia de Arraial do Cabo, terceira colocada de todo o estado no quesito taxa de homicídios — veja mais detalhes no infográfico abaixo.
É inegável que a segurança é um dos principais fatores que geram impactos diretos no turismo. Já tivemos épocas em que hoteleiros e comerciantes tiveram grandes problemas por causa da violência, e isso acaba gerando demissões — afirma Maria Inês Oliveros, presidente do Convention & Visitors Bureau de Cabo Frio, maior cidade da Região dos Lagos, que inclui ainda, além dos municípios já citados, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia e Saquarema.
  • Mas isso faz parte de um passado que estamos trabalhando para que não volte a acontecer. E 2017, inclusive, foi um ano relativamente tranquilo. Tivemos um dos réveillons mais calmos dos últimos anos — acrescenta Maria Inês.

Ação do tráfico impulsiona assassinatos
Os sete municípios da Região dos Lagos são atendidos por uma única unidade da PM: o 25º BPM (Cabo Frio). Comandante do batalhão há exatos dois anos, o coronel André Henrique Oliveira da Silva credita sobretudo à disputa entre facções rivais o número de homicídios em sua área de atuação.
Por isso, temos feito um trabalho forte no combate ao tráfico, no sentido de retirar armas desses criminosos. Viramos o segundo semestre do ano passado com 31 casos a menos de letalidade violenta do que a meta de 194 diante de 2016 — diz.
Outra medida que pode ajudar a melhorar os índices na região é a inauguração de uma Delegacia de Homicídios com sede em Macaé, no Norte Fluminense, prometida para até o fim do ano. A unidade vai atender ao todo dez municípios, onde atualmente os casos são investigados por delegacias distritais.
De acordo com a Polícia Civil, cerca de 50% dos assassinatos ocorridos no interior do estado são registrados na área a ser atendida pela nova DH. O previsto, porém, é que a especializada abranja apenas três cidades da Costa do Sol: Cabo Frio, Arraial do Cabo e Búzios, que somadas correspondem a pouco mais de 45% da população total da Região dos Lagos.
Uma arma por dia
Estatísticas internas do 25º BPM apontam que, entre armas e simulacros, o batalhão fez mais de uma apreensão diária no ano passado. Foram 276 armamentos reais, incluindo dois fuzis, e 99 réplicas recuperadas no período.
Duas mil detenções
A soma de prisões e apreensões de adolescentes, mais de cinco por dia, também impressiona. O batalhão colocou atrás das grades, em 2017, 1.580 adultos e 447 menores. Além disso, foram apreendidos 635 quilos de droga ao longo do ano.
Veja, abaixo, a íntegra da resposta enviada pela Polícia Militar
A elevação das taxas de homicídios em cidades da Região dos Lagos, assim como em outras áreas turísticas do estado, está relacionada à estruturação do tráfico de drogas. Qualquer ocupação de território para prática ilícita ocorre de forma violenta, resultando em mortes.
De acordo com o Comandante do 25º BPM (Cabo Frio), Coronel André Henrique de Oliveira Silva, mais de 90% dos homicídios ocorridos nas cidades sob sua jurisdição têm relação com a disputa por pontos de venda de drogas. Hoje, na região, há duas facções criminosas disputando território. Para ilustrar o cenário, vale lembrar que em 2017 foram aprendidas 276 armas de fogo, entre as quais dois fuzis, e foram efetuadas 1580 prisões de criminosos e 447 apreensões de menores envolvidos em atos violentos.
Apesar dessa constatação – cuja reversão não depende apenas da Polícia Militar – houve uma queda na taxa de homicídios entre 2016 e 2017 de 16% na AISP 25. A redução dos indicadores de letalidade violenta é reflexo do trabalho contínuo e cada vez mais integrado com a Polícia Civil.

Fonte: "extra"

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

A cada mês, em média, uma mulher é estuprada em Búzios

Lançamento do "Dossiê Mulher 2017" no MP-RJ

Dossiê Mulher 2017 revela que boa parte dos crimes cometidos contra as mulheres ocorrem no ambiente doméstico ou familiar

O Instituto de Segurança Pública (ISP) lança hoje, 07 de agosto de 2017, a 12ª edição do Dossiê Mulher com os principais crimes relacionados à violência contra a mulher no estado do Rio de Janeiro. Os delitos apresentados foram selecionados por possuírem uma dinâmica singular quanto à relação entre acusados e vítimas, possibilitando uma melhor análise de situações de violência no âmbito doméstico e/ou familiar.

Nesta edição foram analisados os principais delitos sofridos pelas mulheres: homicídio doloso, tentativa de homicídio, lesão corporal dolosa, ameaça, estupro, tentativa de estupro, assédio sexual, importunação ofensiva ao pudor, dano, violação de domicílio, supressão de documento, constrangimento ilegal, calúnia, difamação e injúria. Através da análise desses delitos, buscamos construir um panorama mais amplo da violência contra a mulher, observada em suas cinco formas: física, sexual, patrimonial, moral e psicológica.

O Dossiê Mulher 2017 mostra que as mulheres continuam sendo as maiores vítimas dos crimes de estupro (85,3%), ameaça (65,4%), lesão corporal dolosa (63,8%), assédio sexual (93,3%) e importunação ofensiva ao pudor (91%). Boa parte dos crimes contra as mulheres são cometidos por pessoas com algum grau de intimidade ou proximidade com a vítima, ou seja, são companheiros e ex-companheiros, familiares, amigos, conhecidos ou vizinhos. Os dados mostram que, em relação à violência contra mulheres, esse grupo foi responsável por 68% dos casos de violência física, 65% da violência psicológica e 38% da violência sexual. 

Pais, padrastos, parentes, conhecidos, amigos e vizinhos foram acusados de 37% dos estupros de vulneráveis registrados em 2016. Mais de 60% dos estupros e dos crimes de lesão corporal dolosa contra as mulheres ocorreram no interior de residência em 2016, assim como 40% das tentativas de homicídio de mulheres.

Pelo segundo ano o Dossiê apresenta os dados estatísticos de assédio sexual e importunação ofensiva ao pudor. Em 2016, foram registradas 588 mulheres vítimas de importunação ofensiva ao pudor e 126 vítimas de assédio sexual. Esses casos geralmente acontecem em ambientes públicos como ruas, bares, meios de transporte coletivo ou no ambiente de trabalho, o que atenta contra a liberdade da mulher. Situações como essas, apesar de causar profundo constrangimento e desconforto às suas vítimas, ainda são pouco percebidas como um tipo de violência, o que se expressa pelo reduzido número de registros verificado.

Com a publicação do Dossiê Mulher, o Instituto de Segurança Pública espera embasar argumentos, subsidiar políticas públicas, instigar investigações ainda mais aprofundadas sobre a temática e melhorar os esforços para a produção de estatísticas relacionadas à violência de gênero de forma padronizada e comparativa. Todos os dados analisados são também apresentados no Dossiê por municípios e Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP).

As informações divulgadas no Dossiê têm como fonte o banco de dados dos registros de ocorrência da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, relativos ao ano de 2016, disponibilizado através do seu Departamento Geral de Tecnologia da Informação e Telecomunicações (DGTIT).

Com o intuito de facilitar ainda mais o acesso à informação, o ISP disponibiliza também a versão do Dossiê Mulher na plataforma interativa Tableau. A ferramenta, de livre acesso ao público, disponibiliza, além das informações presentes no Dossiê, outros dados que não chegaram a ser analisados no relatório. A consulta poderá ser feita no site do ISP (http://www.ispvisualizacao.rj.gov.br/Mulher.html).

Karina Nascimento


Dados de Búzios
Em 2016, as mulheres foram vítimas de 402 delitos. Principais delitos:
Observação: os dados entre parênteses referem-se aos anos de 2014 e 2015 respectivamente.
1) Ameaça - 128 (212; 178)
2) Lesão corporal dolosa - 108 (167; 165)
3) Injúria - 97 (82; 90)
4) Dano - 15 (12; 20)
5) Estupro - 12 (1 por mês, em média). Houve melhora em relação aos anos anteriores (16, em 2014; e 15, em 2015), assim como em quase todos os delitos. 
6) Violação de domicílio - 10 (15; 17)
7) Calúnia - 4 (11; 9)
8) Supressão de documentos - 3 (1; 0)
9) Tentativa de homicídio - 3 (4; 1)
10) Assédio sexual - 2 (0; 0)
11) Importunação ofensiva ao pudor - 2 (0; 0)
12) Tentativa de estupro - 2 (1; 3)
13) Constrangimento ilegal - 1 (6; 3)
14) Homicídio doloso - 1 (2; 0)

Total: 402 (533, em 2014; e 512, em 2015)

Comentários no Facebook:
Luiz Carlos Gomes Fonte: ISP- RJ
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Elza Maria Barreto Barreto Q horror!!! Tá aumentando ou sendo mais divulgado?
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Luiz Carlos Gomes Houve pequena diminuição em relação ao ano anterior. Ver em http://ipbuzios.blogspot.com.br/.../a-cada-mes-em-media...
Espaço de discussão dos acontecimentos…
IPBUZIOS.BLOGSPOT.COM
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3 h
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Ronaldo Cruz Isso e mentira estrupro tem um monte so esse ano forao bastante.
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Luiz Carlos Gomes Ronaldo, são dados do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro. Pode ser que muitas mulheres não registrem os delitos.
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Milton Da Silva Pinheiro Filho Violência contra a mulher,contra a infância e juventude infelizmente a gente já está vendo aquí.