Coronavírus. Foto: Lizabeth Menzies/AFP |
O
empresário carioca de 72 anos que foi confirmado como o
primeiro caso de transmissão local de coronavírus — ou
seja, um paciente que não esteve em países com transmissão
comunitária — recebeu a notícia de que seu exame dera positivo em
meio a um almoço com sete amigos numa churrascaria no Centro do Rio
de Janeiro. Sua
mulher, de 68 anos, também foi contaminada pelo coronavírus.
Ele
viajou para Búzios na quinta-feira passada
e, ainda no carro que o levava para a Região dos Lagos, começou a
pigarrear. Hipocondríaco assumido, tomou por conta própria
um medicamento anti-histamínico usado no tratamento da rinite
alérgica. No dia seguinte, apresentou um quadro de febre de 37,5
graus. Tomou um analgésico e ligou para o seu médico, no Rio de
Janeiro.
No
sábado, já sem febre ou pigarro — e se sentindo
absolutamente normal — tomou o caminho de volta.
Mas, por determinação do seu médico, foi direto ao hospital
Samaritano para ser submetido à tomografias de pulmão e do seio da
face. No domingo, continuou sem sintomas e almoçou em família. A
vida seguia sem sobressaltos.
Tanto
que na segunda-feira foi almoçar com um grupo de sete amigos. No
meio da refeição, seu médico telefonou. E deu a notícia: ele
contraíra o coronavírus. Foi um laudo do hospital Albert Einstein
que confirmou as suspeitas. Depois, houve ainda um novo laudo, desta
vez do Dasa.
Sua
mulher foi, então, fazer exames e o resultado foi o mesmo.
Desde
então, o casal está em casa, no bairro de São Conrado, em
quarentena. Ambos conversam com os médicos por telefone. Ambos
passam bem.
A
empregada do casal, cujo exame deu negativo, está trabalhando de
avental, luvas e máscara.
Nem
o empresário nem sua mulher tiveram recentemente qualquer contato
com pessoas que estiveram em países com surto de coronavírus.
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