IDEB
2017
Nenhum município da Região dos Lagos, assim como nenhum estado, atingiu a meta do Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2017 no ensino médio.
Os
dados do Ideb foram apresentados nesta segunda-feira, 3, pelo
Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), durante coletiva de
imprensa na sede do MEC.
"Temos
um quadro de crescimento nos anos iniciais, especialmente das redes
municipais. Tivemos avanços do sexto ao nono ano, mas ainda
insuficientes, e uma estagnação do ensino médio, que cada vez mais
se distancia da meta. Há uma necessidade muito grande de fazermos
logo mudanças estruturantes", disse o ministro da Educação,
Rossieli Soares,
A
presidente do Inep, Maria Inês Fini, destacou a parceria do
Instituto com o MEC. “O Inep cria as evidências e o Ministério da
Educação estabelece as políticas a partir delas. Esta parceria de
interpretação de resultados com a secretaria de educação básica
é um fato muito positivo e que acentua o papel do Inep no cenário
da educação brasileira”.
Após
três edições consecutivas sem alteração, o Ideb do ensino médio
avançou apenas 0,1 ponto em 2017. Apesar do crescimento observado, o
país está distante da meta projetada. De 3,7 em 2015, atingiu 3,8
em 2017. A meta estabelecida para 2017 é de 4,7. “Foi um
crescimento inexpressivo. Estamos muito distantes das metas
propostas. É mais uma notícia trágica para o ensino médio do
Brasil”, destacou o ministro da Educação, Rossieli Soares.
Anos
iniciais –
O país segue melhorando seu desempenho nos anos iniciais do ensino
fundamental, alcançando, em 2017, um índice igual a 5,8. A meta
proposta foi superada em 0,3 ponto. Apenas os estados do Amapá, Rio
de Janeiro e o Rio Grande do Sul não alcançaram suas metas. O Ceará
se destacou, superando a meta proposta para 2017, em 1,4 ponto. Oito
estados alcançaram um Ideb maior ou igual a 6,0: Minas Gerais, São
Paulo, Espírito Santo, Ceará, Paraná, Santa Catarina, Goiás e
Distrito Federal. Os estados do Ceará, Alagoas e Piauí apresentaram
os maiores crescimentos no período. Ainda é possível observar que
os estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais
detêm os maiores Idebs do país nos anos iniciais do ensino
fundamental.
Apenas
os estados do Rio de Janeiro, Amapá e Rio Grande do Sul não
alcançaram a meta proposta nesta edição, mas também é possível
observar que o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul têm desempenho
no Ideb superior à média nacional. Mato Grosso, Minas Gerais, São
Paulo e Ceará têm as maiores taxas de aprovação. No outro extremo
estão Pará, Sergipe e Bahia.
Anos
finais –
Os resultados do Ideb mostram que, apesar de o país ter melhorado
seu desempenho nos anos finais do ensino fundamental, alcançando, em
2017, um índice igual a 4,7, a meta proposta não foi atingida. Das
27 unidades da Federação, 23 aumentaram o Ideb, todavia apenas sete
alcançaram a meta proposta para 2017: Rondônia, Amazonas, Ceará,
Pernambuco, Alagoas, Mato Grosso e Goiás. O registro negativo foi a
queda do Ideb nos anos finais do ensino fundamental no estado de
Minas Gerais.
Os
progressos mais expressivos foram alcançados por Amazonas, Ceará e
Mato Grosso. No outro extremo, com pouca evolução no Ideb, Amapá,
Roraima e Rio Grande do Sul. Cabe também destaque para os estados de
Goiás, Santa Catarina, São Paulo e Ceará com os melhores
desempenhos nos anos finais do ensino fundamental.
Melhorar
o fluxo escolar continua sendo um grande desafio para o Brasil.
Comparando as taxas de distorção idade-série para os anos finais
do ensino fundamental em 2015 e 2017, Mato Grosso e São Paulo têm
um histórico de baixa retenção e, por isso, o indicador é próximo
de 10%. No outro extremo, entretanto, há estados com taxas de
distorção idade-série superiores a 40%.
Ideb –
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, Ideb, é uma
iniciativa do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep) para mensurar o desempenho do sistema
educacional brasileiro a partir da combinação entre a proficiência
obtida pelos estudantes em avaliações externas de larga escala
(Saeb) e a taxa de aprovação, indicador que tem influência na
eficiência do fluxo escolar. Ou seja, na progressão dos estudantes
entre etapas/anos na educação básica. Essas duas dimensões, que
refletem problemas estruturais da educação básica brasileira,
precisam ser aprimoradas para que o país alcance níveis
educacionais compatíveis com seu potencial de desenvolvimento e para
garantia do direito educacional expresso em nossa constituição
federal.
Também
estiveram presentes na coletiva a secretária de Educação Básica
do MEC, Kátia Smole, a diretora de Avaliação da Educação Básica
do Inep, Luana Bergmann, o diretor de Estatísticas Educacionais do
Inep, Carlos Eduardo Moreno, o presidente da União Nacional dos
Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Marcelo Costa, e a
presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação
(Consed), Cecília Mota.
Fonte: "mec"
ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL (1º ao 5º ano)
1º) Rio das Ostras - 6,2 (meta: 5,8)
2º) Iguaba Grande - 6,1 (meta: 5,2)
3º) Armação dos Búzios - 5,9 (meta: 5,5)
4º) São Pedro da Aldeia - 5,3 (meta: 5,3)
Observação: coloquei a nota em azul nos municípios que atingiram a meta
5º) Araruama - 5,1 (meta:5,5)
6º) Cabo Frio - 5,0 (meta: 5,5)
Arraial do Cabo - 5,0 (meta: 5,6)
Observação: coloquei a nota em vermelho nos municípios que atingiram a meta
ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL (6º ao 9º ano)
1º) Rio das Ostras - 4,9 (meta: 5,2)
2º) Armação dos Búzios - 4,8 (meta: 4,8)
3º) Iguaba Grande - 4,1 (meta: 4,8)
4º) São Pedro da Aldeia - 3,8 (meta: 4,9)
Cabo Frio - 3,8 (meta: 5,0)
Araruama - 3,8 (meta:5,1)
7º) Arraial do Cabo - 3,7 (meta: 4,7)
3º ANO DO ENSINO MÉDIO
1º) Cabo Frio - 3,6 (3,8)
2º) Rio das Ostras - 3,5 (3,7)
Armação dos Búzios - 3,5 (-)
4º) Arraial do Cabo - 3,4 (-)
5º) Iguaba Grande - 3,3 (3,5)
São Pedro da Aldeia - 3,3 (3,6)
7º) Araruama - 3,1 (3,3)