Renan Calheiros. Foto: Renova Mídia |
A
Segunda Turma do STF tornou Renan Calheiros réu por corrupção
e lavagem de dinheiro
O
senador é acusado de ter recebido dinheiro de uma empresa para
manter Sérgio Machado na Transpetro. Ao STF, defesa disse
que Renan é alvo de perseguição e negou crimes.
A
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF)
decidiu ontem (3) tornar o senador Renan
Calheiros (MDB-AL)
réu pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Mesmo
assim, Renan quase escapou. A votação foi 3 a 2. Dos cinco
ministros da Segunda Turma (Fachin, Carmem, Celso, Gilmar e
Lewandowski), adivinhe quem votou para Renan não virar réu?
Obviamente, que foram os dois ministros garantistas adorados pelo PT,
Lewandowski e Gilmar Mendes.
Para
os dois ministros não havia elementos concretos de que
o parlamentar tenha atuado para receber dinheiro e manter Sérgio
Machado no comando da Transpetro. Gilmar Mendes ironizou: é “um
tipo de crime
espiritual”,
pois “os
empresários denunciados, pasmem, não tiveram qualquer contato com o
denunciado”.
Celso
de Mello, entretanto, votou a favor do recebimento da denúncia.
Segundo ele, os fatos apontados na denúncia constituem
"gravíssima ofensa" às leis.
"Esse
comportamento constitui gravíssima ofensa à
legislação penal da República. Agentes da República, valendo-se
de doações a partido, conferem aparência de legitimidade a
recursos financeiros manchados pela nota da delituosidade",
afirmou.
Cármen
Lúcia: "Há uma série de dados que revelam conjunto
probatório minimo".
CASO
DA MANUTENÇÃO DE SÉRGIO MACHADO NO CARGO
Entenda
o caso
Renan
foi denunciado em agosto de 2017 por suspeita de
receber, entre 2008 e 2010, cerca de R$ 1,8 milhão por meio de
diretórios do MDB e PSDB em Aracaju, Alagoas e Tocantins. Segundo a
Procuradoria, em troca de receber valores da NM Engenharia,
Renan mantinha no cargo de presidente da Transpetro Sérgio
Machado.
O
julgamento começou
na semana passada,
quando o relator do caso, Luiz
Edson Fachin,
votou por aceitar parcialmente a denúncia.
Fachin
não viu provas de beneficiamento a Renan nos três estados,
somente em Tocantins. Por isso, rejeitou a denúncia em
relação aos outros locais. Renan responderá, portanto, somente
pela doação a um diretório.
A
denúncia se baseia na delação de Sérgio Machado e em elementos
coletados a partir das declarações dele, segundo o relator Fachin.
Situação
de Renan
Atualmente,
Renan Calheiros é alvo de mais nove investigações
relacionadas à Lava Jato - em outro caso já foi denunciado,
mas o STF ainda não decidiu se ele vira réu.
Outros
oito inquéritos da Lava Jato sobre o senador já foram arquivados
por falta de provas.
Fonte:
"g1"
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