Agentes da Coordenadoria de Assuntos Fundiários, da Secretaria de Meio Ambiente e do INEA no local da ação. Fonte: Prefeitura de Cabo Frio |
Uma
operação conjunta, realizada na quarta-feira, dia 04, entre a
Secretaria do Meio Ambiente, Coordenadoria de Assuntos Fundiários da
Secretaria de Desenvolvimento e Instituto do Ambiente do Estado do
Rio de Janeiro – Inea –, deu início aos trabalhos de
revitalização do Rio Gargoá,
verificando os locais onde manilhas foram instaladas para dar
continuidade ao curso do rio e identificando pontos onde a ação de
grileiros acelerou o assoreamento, causando grandes danos ao meio
ambiente.
O
Rio Gargoá tem importância ambiental e histórica para Tamoios,
pois propiciou que indígenas se fixassem no local, no início da
ocupação da Região dos Lagos e, hoje, por mais assoreado e
ameaçado que esteja, ainda é o único curso d’água que liga os
Rios Una e São João.
“O
Rio Gargoá vem sendo vítima
da ocupação criminosa.
Um rio que já foi história e que vem sendo estrangulado com
diversas ações danosas ao meio ambiente, como obstruções
do curso do rio e construções ilegais.
O Rio Gargoá não é um rio perene, ou seja, não tem um fluxo
constante. Ele aflora sempre que há períodos chuvosos e, justamente
por isso, precisa ter seu leito preservado, servindo como canal de
ligação e irrigação do terreno, cortando todo o segundo distrito
até o Rio São João. Foram diversas denúncias, dos próprios
moradores e de ambientalistas que desencadearam esta ação
conjunta”, afirmou o secretário de Meio Ambiente, Mario Flavio
Moreira.
Cercas são arrancadas pelos agentes. Foto: Prefeitura de Cabo Frio |
Durante
a operação, os agentes da Coordenadoria de Assuntos Fundiários,
que conhecem bem o local por conta das diversas diligências
realizadas, guiaram os agentes ambientais e do Inea desde a foz do
Rio Gargoá, na localidade de Aquárius, passando pela região
conhecida como “Pinguela”, pelas Ruas das Pacas, dos Macacos, das
lebres e Sinagoga, onde são mais intensas a ação de invasores de
terra, observando a situação dos locais onde foram colocadas
manilhas para a continuidade da fluidez do Rio, mas que acabaram
sendo utilizadas por grileiros para realização de parcelamento
irregular o que interrompeu o fluxo normal da água.
“Pudemos
observar um parcelamento irregular do solo no Parque Natural
Municipal do Mico-Leão-Dourado, com instalação de cercas e mourões
para fins comerciais, próximo ao rio, e o início de uma construção
multifamiliar dentro do Parque. O cercamento foi totalmente removido.
O início de construção foi embargado e foi aberto o trâmite
administrativo para a devida retirada dos alicerces”, afirmou
Ricardo Sampaio, coordenador-geral de Assuntos Fundiários da
Secretaria de Desenvolvimento.
Apesar
de estar dentro do Parque Municipal Natural do Mico-Leão-Dourado, o
Inea participou das ações pela importância do Rio Gargoá para
todo o ecossistema que envolve a Região dos Lagos.
Fonte:
"cabofrio"
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