Claudio Moreira foi levado pela Polícia Federal (Foto: Renan Gouvêa/ Inter TV |
Prefeito
da cidade, Marcos da Rocha Mendes (PMDB), é intimado a depor na
condição de testemunha.
Balanço da operação Basura:
-4 presos (Claudio Moreira, presidente da Comsercaf; Antonio Carlos Leal de Carvalho Filho, policial militar reformado; Bruno Toledo e Pablo Angel Santos Rodrigues, empresários donos da Prime Serviços Técnicos)
-39 mandados de busca e apreensão (em Cabo Frio, Búzios, Iguaba e São Pedro, na Região dos Lagos)
-39 mandados de busca e apreensão (em Cabo Frio, Búzios, Iguaba e São Pedro, na Região dos Lagos)
-16 testemunhas intimadas a depor (entre elas o Prefeito Marquinho Mendes)
- 13 mandados de condução coercitiva.
Segundo o MP, "Claudio Moreira tinha como seu “braço direito” na organização criminosa sua mulher, Hilda Quintas Moreira. De acordo com a denúncia, Hilda controlava parte dos denunciados, que eram contratados pela COMSERCAF, porém prestavam serviços particulares e domésticos para ela e seu marido. Para o MPRJ, Hilda ainda auxiliava Moreira a administrar as empresas particulares da família, utilizadas para ocultar os recursos obtidos com os delitos praticados contra o erário do Município de Cabo Frio".
Segundo o MP, "Claudio Moreira tinha como seu “braço direito” na organização criminosa sua mulher, Hilda Quintas Moreira. De acordo com a denúncia, Hilda controlava parte dos denunciados, que eram contratados pela COMSERCAF, porém prestavam serviços particulares e domésticos para ela e seu marido. Para o MPRJ, Hilda ainda auxiliava Moreira a administrar as empresas particulares da família, utilizadas para ocultar os recursos obtidos com os delitos praticados contra o erário do Município de Cabo Frio".
De
acordo com a Polícia Federal, os caminhões coletores de lixo,
que estavam sendo utilizados em contratos emergenciais firmados pela
Comsercaf, pertenciam a Cadu Playboy e seus familiares, que estão presos por
atuar da mesma forma em Arraial do Cabo, desde dezembro de 2015. (Jornal de Sábado)
"A Polícia
Federal prendeu quatro pessoas acusadas de crimes de lavagem de
dinheiro, delitos contra a administração pública e peculato
praticados desde janeiro de 2017 através da Comsercaf, autarquia da
Prefeitura de Cabo Frio, Região dos Lagos do Rio. A operação ainda
busca cumprir 39 mandados de busca e apreensão. O prefeito da
cidade, Marcos da Rocha Mendes (PMDB), é intimado a depor na
condição de testemunha, assim como outras 15 pessoas.
Os
contratos somam mais de R$ 60 milhões, segundo a Polícia Federal,
que também cumpre 13 mandados de condução coercitiva. Os mandados
expedidos pela 1ª Vara Criminal de Cabo Frio-RJ são cumpridos em
Cabo Frio, Armação dos Búzios, Iguaba Grande e São Pedro da
Aldeia, na Região dos Lagos, na Barra da Tijuca, no Rio de janeiro,
Niterói, Duque de Caxias, e em Belo Horizonte, Contagem e Alfenas em
Minas Gerais. Entre os bairros de Cabo Frio onde são feitas as
buscas e apreensões estão Parque Burle, Praia do Forte e Jardim
Caiçara.
A
denúncia foi feita pelo Ministério Público do Estado do Rio de
Janeiro, que atua na Operação Basura (lixo em espanhol) através do
Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
(GAECO/MPRJ).
Os
mandados de prisão são contra o presidente da Comsercaf, Cláudio
Moreira, um policial militar reformado e dois empresários da região.
Eles já tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça. Além
deles, outros 12, entre servidores e laranjas, são denunciados por
envolvimento no esquema, que de acordo com o Ministério Público, é
chefiado por Cláudio Moreira.
Segundo
a denúncia do MPRJ, Cláudio controlava todas as contratações,
incluindo funcionários, empresas e fornecedoras de equipamentos e
serviços terceirizados de coleta de resíduos sólidos, varrição,
capina e limpeza urbana. Ainda segundo o Ministério Público, desde
janeiro deste ano, Cláudio firmou contratos sem licitação sob
falsa motivação de emergência.
De
acordo com a Polícia Federal, "os caminhões coletores de lixo,
que estavam sendo utilizados em contratos emergenciais firmados pela
Comsercaf, autarquia municipal responsável pela fiscalização das
atividades de conservação no município de Cabo Frio, já se
encontravam na cidade muito antes da efetiva assinatura dos
contratos, o que indicaria o possível conluio entre os donos dos
veículos e a administração pública".
Ainda
segundo as investigações, as empresas não possuíam registro de
caminhões ou outros veículos próprios para o serviço e não
tinham capacidade técnica e financeira para o cumprimento do
contrato. Além disso, os supostos sócios possuíam registros no
Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) de vínculos
empregatícios recentes, como funcionários de sapatarias com baixos
rendimentos, incompatíveis com a atividade exercida pela empresa.
O
PM reformado fazia parte do quadro de funcionários da Comsercaf,
porém, não comparecia à autarquia para trabalhar. Em vez disso,
prestava serviços particulares a Claudio Moreira, na maior parte do
tempo como motorista, de acordo com a denúncia do MPRJ. Além disso,
ele negociava a contratação de funcionários fantasmas para dividir
o proveito das contratações ilícitas entre os contratados e os
membros da organização criminosa.
"Uma
destas empresas, a Prime Serviços Terceirizados, foi contratada sem
licitação pela Comsercaf por quase R$ 3 milhões por mês, para
prestar o serviço de coleta de lixo no Município", diz a
denúncia. Segundo as investigações, a empresa está registrada em
nome de um laranja, que não mora no Brasil. Os dois donos de fato da
Prime tiveram a prisão preventiva decretada.
Em
relação ao contrato de iluminação pública, além dos indícios
de superfaturamento, "existem elementos que apontam a fraude no
pregão que efetivou o contrato definitivo de manutenção, no valor
de mais de 6 milhões de reais por 12 meses", diz a Polícia
Federal.
O
advogado Carlos Magno, responsável pela defesa do prefeito de Cabo
Frio, disse que irá se pronunciar depois de tomar conhecimento sobre
o caso.
Em
nota, a assessoria de comunicação da Polícia Militar informou que
colaboração com a apuração do Ministério Público e que os dados
da denúncia estão sendo verificados pela corregedoria para futuras
investigações internas.
O G1 entrou
em contato com a Prefeitura de Cabo Frio e aguarda um posicionamento
sobre o caso. A equipe de reportagem também tenta contato com a
defesa dos quatro presos acusados de envolvimento no esquema".
Fonte: "g1"
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