NOTÍCIA NO G1
Para
juiz Marcelo Villas, há provas de que eles fraudaram provas do
crime.
Acidente deixou um morto e cinco feridos no último domingo
(22).
Um
policial militar do 25º BPM e um advogado tiveram mandado de prisão
preventiva decretados por fraude processual no caso
de atropelamento que deixou um morto e cinco feridos no último
domingo (22) em Armação dos Búzios,
na Região dos Lagos do Rio. Eles teriam interferido na cena do crime
e na possível prisão em flagrante do motorista do carro envolvido
no acidente, que
teve a prisão decretada na terça-feira (24).
A
decisão foi tomada com base em uma denúncia do Ministério Público
e expedida pelo Juiz Marcelo Alberto Villas, da 2ª Vara de Búzios,
na quinta-feira (26), e divulgada à imprensa na tarde desta
sexta-feira (27). Até a publicação desta notícia agentes da
Polícia Militar estavam em diligências em busca dos suspeitos, que
ainda não haviam sido presos.
De
acordo com o juiz, sobre o policial e o advogado "há indícios
que direcionaram suas condutas a fim de fraudar as provas que
eventualmente pudessem ser colhidas para a instrução criminal".
A
denúncia do MP apontou que o policial supostamente envolvido era
amigo do motorista preso. O PM, segundo a denúncia, retirou todos os
três ocupantes do veículo atropelador da cena do acidente, sob a
argumentação de que os conduziria a um hospital, mesmo após o
grupo ter recusado atendimento no local.
De
acordo com o juiz, o policial "retirou o denunciado da cena do
crime, conduzindo-o a pretexto de levá-lo ao hospital para que não
fosse preso em flagrante". A decisão do Juiz também aponta o
horário em que o motorista se apresentou para o exame de alcoolemia,
cerca de nove horas após o acidente, quando não havia mais indícios
de embriaguez.
Para
o MP, o policial, amigo do motorista, "de modo algum deveria ter
se envolvido com ocorrência de guarnição alheia e de serviço".
A declaração do Ministério público também classificou os fatos
como "lamentáveis".
De
acordo com a decisão do juiz Marcelo Villas, o advogado do
motorista, que teve prisão domiciliar decretada por suspeita de
também ter interferido na cena do crime, "terá autorização
apenas durante a custodia cautela domiciliar para comparecer às
audiências no qual tenha sido nomeado".
O G1 entrou
em contato com o comandante do 25º BPM, tenente-coronel Ruy França,
que informou que guarnições estão em busca dos suspeitos, mas não
quis se pronunciar sobre o suposto envolvimento do PM no caso do
atropelamento.
NOTÍCIA NO SITE DO TJ-RJ:
O juiz Marcelo Alberto Chaves Villas, da 2ª Vara Criminal de Armação dos Búzios, na Região dos Lagos, decretou nesta sexta-feira, dia 27, a prisão preventiva do policial militar Syllas Pereira Cabral e do advogado Alberto Pessanha do Espírito Santo, além de manter a prisão de Celso Hildebrando Cassiano do Carmo. Celso é acusado de atropelar e matar o jovem Henrique Silva dos Santos e ferir quatro pessoas que estavam em um ponto de ônibus.
Entenda mais sobre o caso aqui
O acidente aconteceu na rodovia RJ-102, no bairro Marina, em Búzios, no último dia 23. Segundo os autos processuais, o motorista estaria embriagado no momento do acidente. Já o PM e o advogado foram indiciados por fraude de provas, ao serem acusados de persuadir os agentes para que pudessem retirar Celso da cena do crime. O magistrado determinou que Alberto cumpra prisão domiciliar.
“Conforme indiciado, ficou demonstrado nos autos e narrado no corpo da denúncia, o segundo denunciado Syllas Pereira Cabral e o terceiro denunciado Alberto Pessanha do Espírito Santo, respectivamente, policial militar licenciado e advogado, direcionaram suas condutas com o fim de fraudar as provas que eventualmente pudessem ser colhidas para instrução criminal”, destacou o juiz Marcelo Alberto Chaves Villas.
O PM Syllas Pereira Cabral, licenciado do 25° BPM, ficará custodiado no novo Batalhão Especial Prisional da PMERJ, em Niterói. Durante a prisão domiciliar, o advogado terá autorização apenas para comparecer às audiências nas quais tenha procuração para atuar.
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