quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Prefeito de Búzios leva briga com seu Vice para o TCE-RJ

Em 25/11/2014, o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) recebe "Comunicação (Processo 215.081-8/14), encaminhada por meio do Ofício nº 205/2014, do Sr. Sérgio Luiz Costa Azevedo Filho, Procurador Geral da Prefeitura de Armação de Búzios, sobre irregularidades que teriam ocorrido no âmbito da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, quando da gestão pelo Vice-Prefeito, Sr. Carlos Alberto Muniz, solicitando que esta Corte tome as medidas necessárias com vistas à apuração de eventual crime contra a administração pública e improbidade administrativa.

Foram acostados aos autos os Termos de Declaração, anexados às fls. 03/06 em que o Srs. Rogério Pereira de Souza e Paulo Abranches Guedes Junior, auxiliar administrativo e Coordenador de Saneamento do Município, respectivamente, relataram irregularidades no controle de bens patrimoniais, na concessão de adiantamentos, bem como na expedição de medidas compensatórias para aprovação de projetos no âmbito da Secretaria de Meio Ambiente".

Reparem que a Comunicação não foi feita pelo Prefeito André mas pelo "interessado" Procurador-Geral do Município, Sr. Sérgio Luiz Costa Azevedo Filho. O interesse em denunciar o Vice era tanto que o Sr. Sérgio- falha imperdoável para um Procurador- esqueceu de, antes de fazer a Comunicação ao TCE-RJ, instaurar procedimento administrativo visando apurar os fatos  relatados pelos declarantes, bem como fazer uma representação contra o Sr. Muniz junto ao Ministério Público.

Não restou outra alternativa ao Conselheiro Relator ALUÍSIO GAMA DE SOUZA a não ser fazer responder a Comunicação do Procurador com uma outra Comunicação.  

VOTO (25/11/2014):
– "Pela COMUNICAÇÃO ao atual Procurador Geral do Município de Armação de Búzios, nos termos do § 1º do art. 6º da Deliberação TCE-RJ nº 204/96, para que, no prazo de 30 dias encaminhe os seguintes esclarecimentos e documentos:
1) Informar se foi instaurado procedimento administrativo para apurar os fatos relatados pelos Declarantes e, em caso afirmativo, encaminhar cópia do relatório conclusivo da comissão processante;
2) Informar se houve a devida representação ao Ministério Público, encaminhando, como comprovação, cópia do respectivo protocolo".

Como, decorrido o prazo de 30 dias, nenhum esclarecimento e documento foram encaminhados ao TCE-RJ pelo Procurador a respeito das questões 1 e 2 acima, o Corpo Instrutivo do Tribunal e o Ministério Público Especial sugeriram que fosse feita uma "Notificação ao atual Prefeito de Armação de Búzios, para que, apresente suas razões de defesa pelo fato de não ter determinado a instauração de procedimento administrativo para a apuração dos fatos narrados, visando resguardar os cofres públicos de eventual dano e Ciência ao Ministério Público Estadual dos fatos narrados no presente processo". 

Na verdade estamos diante de mais uma grande trapalhada jurídica do governo André. Aquele que acusou, agora tem que se defender de não ter tomado as medidas (previstas em Lei) adequadas no momento certo.

O Prefeito só não foi notificado porque o Conselheiro Relator, divergindo parcialmente do Corpo Instrutivo e do MP Especial, decidiu fazer uma nova Comunicação, agora direcionada ao Prefeito, e deixou a Ciência ao Ministério Público Estadual para outra fase processual. 


VOTO (2/6/2015):
I – "Pela COMUNICAÇÃO, ao atual Prefeito de Armação de Búzios, nos termos da Lei Complementar nº 63/90, para que, no prazo legal, apresente esclarecimentos pelo fato de não ter determinado a instauração de procedimento administrativo para a apuração dos fatos narrados, visando resguardar os cofres públicos de eventual dano".

Plenário,

ALOYSIO NEVES CONSELHEIRO-RELATOR

Observação: um dos declarantes (delatores?), o Sr. Paulo Abranches, foi premiado (delação premiada?) em seguida com a titularidade da Secretaria de Obras. 

Fonte: "TCE-RJ"

Comentários no Facebook:



  • Jorge Buzios E q eles não estão acostumados a abrir processo contra ninguém.
    Eles só sabem se defender.
    E o TCE para não perder o hábito mandou o prefeito responder mais um processo.

    Chupa essa manga!!!!!!!
    22 h · Curtir · 1
  • Sofhia Búzios acho que o vice quer ibope
Seria o feitiço virando contra o feiticeiro? kkkk

terça-feira, 18 de agosto de 2015

A tarifa de água em Búzios é a mais cara da Região dos Lagos

Na sessão de hoje da Câmara de Vereadores, o vereador Genilson Drummond falou que a tarifa de água em Búzios é a mais cara da Região dos Lagos. Tem razão o vereador. Como ele não citou os valores, publico abaixo os dados retirados do site do Ministério das Cidades. 

Armação dos Búzios - 8,68 reais/m³

Arraial do Cabo - 3,74 reais/m³

Cabo Frio - 6,65 reais/m³

Iguaba Grande - 6,13 reais/m³

São Pedro da Aldeia - 6,53 reais/m³

Observação: os dados foram fornecidos ao Ministério pela Prolagos em 11/12/2014.

Ministério das Cidades
Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental
Sistema Nacional de Informações de Saneamento (SNIS)

Fonte: http://www.snis.gov.br/PaginaCarrega.php?EWRErterterTERTer=105
     

Deixe os mortos enterrarem seus mortos

Vladimir Safatle
A Nova República acabou. Qualquer análise honesta da situação brasileira atual deveria partir dessa constatação. O modelo de redemocratização brasileiro, que perdurou 30 anos, baseava-se em um certo equilíbrio produzido pelo imobilismo.

Desde o momento em que FHC se sentou com ACM e o PFL para estabelecer a "governabilidade", a sorte da Nova República estava selada. Frentes heteróclitas de partidos deveriam ser montadas acomodando antigos trânsfugas da ditadura e políticos vindos da oposição em um grande pacto movido por barganhas fisiológicas, loteamento de cargos e violência social brutal.

O resultado foi um sistema de freios que transformou os dois maiores grupos oposicionistas à ditadura (o PT e o núcleo mais consistente do PMDB, a saber, o que deu no PSDB) em gestores da inércia. Com uma "governabilidade" como essa, as promessas de mudanças só poderiam gerar resultados bem menores do que as expectativas produzidas.

Mas a Nova República tinha também um certo princípio de contenção por visibilidade. No auge da era FHC, José Arthur Giannotti cunhou a expressão "zona cinzenta de amoralidade" para falar do que ele entendia ser um espaço necessário de indeterminação das regras no interior da dita democracia com sua "gestão de recursos escassos".

Essa zona de amoralidade, mesmo tacitamente aceita, deveria saber respeitar uma certa "linha de tolerância", pressuposta na opinião pública. Havia coisas que não poderiam aparecer, sob pena de insuflar a indignação nacional.

Giannotti acreditava falar da essência da democracia, mas estava, na verdade, a fornecer involuntariamente o modo de funcionamento das misérias da Nova República: um acordo fundado sobre uma zona cinzenta de amoralidade resultante de disfunções estruturais e democratização limitada.

Mesmo isso, no entanto, é coisa do passado. O primeiro sintoma do fim da Nova República é a pura e simples gangsterização da política e a brutalização das relações sociais. Não há mais "linha de tolerância" a respeitar, pois não é mais necessário um "pacto pelo imobilismo".

Pacto pressupõe negociação entre atores que têm força e querem coisas distintas. Mas todos os principais atores políticos da Nova República já estão neutralizados em seu risco de mudança. Os que não querem a mesma coisa não têm mais como transformar seu desejo em ação.

Assim, como não há mais linha de tolerância a respeitar, o outrora impensável pode ser mostrado, desde que sirva para desestabilizar o governo de plantão.

Por exemplo, foi como um sindicato de gângsteres que o Congresso Nacional e seu presidente agiram na semana passada ao convocar, para uma CPI de fantasia, a advogada de defesa de denunciantes da Operação Lava Jato, a fim de intimidá-la.

De toda forma, só uma política gangsterizada pode aceitar que o presidente da Câmara seja um indiciado a usar seu cargo para, pura e simplesmente, intimidar a Justiça, como se estivesse na Chicago dos anos 1930.

Dilma acreditava ainda estar na Nova República ao rifar seu governo para economistas liberais. Seu cálculo era: "Se eu garantir que não haverá nenhuma mudança drástica de rota, serei preservada no governo". Esse raciocínio, no entanto, não serve mais.

Como é, atualmente, indiferente saber quem está no governo, pois todos sabem que nenhuma mudança drástica de rota virá, a rifa de Dilma não garantirá sua sobrevida.

Em um contexto de crise dessa natureza (e, antes de ser econômica, a crise brasileira é política, é a marca do fim de uma era política) a única solução realmente possível é caminhar ao que poderíamos chamar de "grau zero da representação".

Não há, hoje, mais atores políticos no Brasil. Os principais foram testados e falharam, e é desonestidade intelectual acreditar que uma simples troca de presidente mudará algo. Por isso, o poder instituinte precisa se apresentar diretamente, com o mínimo de representação possível. Ao apresentar-se enquanto tal, o poder instituinte pode impulsionar um processo de constituição de novos atores e novas formas.

O parlamentarismo tem a possibilidade de convocação de eleições em situações de crise. O presidencialismo brasileiro precisaria de tal flexibilidade para, no caso, convocar eleições gerais, tendo em vista, entre outros objetivos, a dissolução deste Congresso e a convocação de uma assembleia constituinte capaz de refundar a institucionalidade política nacional.

Assembleia para a qual poderiam se apresentar candidatos independentes, fora de partidos políticos, com controle estrito do poder econômico. A saída da crise não se dará por meio de conchavos de bastidores, mas pela radicalização da democracia. Como já se disse antes, há horas que você precisa deixar os mortos enterrarem seus mortos e seguir outro caminho.

07/08/2015

vladimir safatle

É professor livre-docente do Departamento de filosofia da USP (Universidade de São Paulo).


segunda-feira, 17 de agosto de 2015

10 medidas contra a corrupção



Apoie as 10 medidas
Agora, a sociedade é chamada a apoiar e defender as medidas, conclamando o Congresso para que promova as alterações estruturais e sistêmicas necessárias para prevenir e reprimir a corrupção de modo adequado. Mesmo que algum parlamentar proponha as medidas, as assinaturas são importantes como manifestação de apoio à aprovação no Congresso. Essa iniciativa não tem qualquer vinculação partidária.


AVISO: O Ministério Público Federal não tem qualquer envolvimento com os movimentos populares planejados para o dia 16 de agosto. A campanha das 10 medidas contra a corrupção não têm qualquer vinculação político-partidária. Ela objetiva apenas fomentar a sociedade civil para que essas iniciativas se tornem projeto de lei e promovam as mudanças necessárias ao aperfeiçoamento do nosso sistema penal.

ATENÇÃO: pela legislação, as assinaturas para os Projetos de Lei de iniciativa popular devem ser encaminhadas fisicamente, não por meio digital. O único cuidado é fornecer todos os dados necessários. 

Segundo o artigo 61, §2 da Constituição de 1988, regulamentado pela lei 9.709 de 1998, é permitida a apresentação de projetos de lei pelos poderes Legislativo, Executivo e pela iniciativa popular. Neste último caso, a Constituição exige como procedimento a adesão mínima de 1% da população eleitoral nacional, mediante assinaturas, distribuídos por pelo menos 5 unidades federativas e no mínimo 0,3% dos eleitores em cada uma dessas unidades.


Observação: entre no site http://www.dezmedidas.mpf.mp.br/ e imprima a FICHA de ASSINATURA. Após impressão e preenchimento, o formulário deve ser entregue em uma das unidades do MPF ou remetido fisicamente para: Procuradoria da República no Paraná, A/C Força-Tarefa Lava Jato, Rua Marechal Deodoro, 933 - Centro, Cep. 80060-010, Curitiba - PR.



sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Desafio aos prefeitáveis de Búzios

Do site respirandoartek.elo7.com.br

Já que todos os pré-candidatos que estão aparecendo na cidade juram de pés juntos que, caso eleitos em 2016, não permitirão de forma alguma que ocorram mal feitos em seus governos como vem acontecendo nos últimos desgovernos municipais, apresento um nova forma de administrar o município como um desafio. 

Acredito que a mudança do atual modelo de gestão em voga, clientelista e patrimonialista, que, necessariamente, leva ao loteamento da Prefeitura, é a única forma de se acabar com as práticas corruptas observadas nos nossos desgovernos anteriores. Se querem realmente acabar com o gangsterismo político que impera em nossa cidade, a implementação da gestão compartilhada é o caminho. Qual dos prefeitáveis se habilita? Depois não me venham dizer que não proponho alternativas, que não apresento nenhuma agenda positiva. 

GESTÃO COMPARTILHADA DA CIDADE

UM COMPROMISSO POLÍTICO SOLIDÁRIO 
COM AS ENTIDADES CIVIS E A POPULAÇÃO DE BÚZIOS

O objetivo principal deste texto é a construção de um compromisso político dos  candidatos, seja para prefeito ou vereador, com as entidades civis e a população da cidade.

A dificuldade em atingir os objetivos desejados pela população e suas entidades representativas sobre as demandas existentes na cidade, vem justamente da questão de que, mesmo quando chamadas à participação e contempladas nos planos de governo dos candidatos, posteriormente elas não têm ingerência na gestão da cidade pois os secretários nomeados não têm compromisso nem  identificação com as comunidades. Assim sendo, esta proposta baseia-se na construção de outra forma de relacionamento e uma  efetiva participação na gestão compartilhada da cidade , conforme a seguir:

I - GESTÃO COMPARTILHADA

- indicação de nomes para composição das secretarias, diretorias, departamentos e divisões a ser realizada pelas entidades em conformidade com as suas áreas de atuação ( conforme itens abaixo). Que sempre sejam indicados pelo menos quatro nomes, dos quais dois serão homens e duas mulheres, uma vez que se pretende estruturar o governo em que a metade dos secretários sejam mulheres e a outra metade homens. 

- reforma administrativa com redução do número de secretarias, diretorias, departamentos e divisões, sendo todos os demais cargos a serem preenchidos com funcionários efetivos.

- as entidades não só elegerão as suas prioridades no modelo do orçamento participativo, mas também poderão dar continuidade na execução de seus projetos através das suas indicações. Dentre os quatro indicados, um será nomeado para a gestão e a consequente busca da execução dos objetivos assumidos com as comunidades que o indicaram.

- todos os secretários efetivarão um Termo de Compromisso com as entidades que os indicaram e serão avaliados anualmente pelas próprias entidades, podendo ser solicitada sua substituição (recall)   e, consequentemente, acompanhados pelo executivo na realização das demandas.

- todos os projetos de lei de interesse da população a ser apresentados pelo executivo, passariam a ser encaminhados pelas entidades como projetos de lei de iniciativa popular.

II –  MODIFICAÇÕES PRINCIPAIS NAS SECRETARIAS:

1.  O licenciamento de obras passará a ser realizado pela Secretaria do Meio Ambiente, tendo por pré-requisito a lei de uso do solo e o código de obras, mas somente terá a  aprovação definitiva após a aprovação de todas as licenças ambientais julgadas convenientes, e somente para o caso de residências unifamiliares. A aprovação de loteamentos, condomínios e obras de grande impacto, após cumprirem todas as exigências citadas anteriormente,  será ainda sujeita  a liberação pelo Conselho da Cidade.

2.   A Secretaria de Planejamento será encarregada do planejamento sócio-sustentável da cidade, não possuirá mais a função de licenciamento de obras.

3.   Os diretores das escolas serão indicados pela comunidade escolar (professores, pais, grêmios estudantis e funcionários)

4.   Realização de concursos públicos para projetos de arquitetura e urbanismo da cidade.

Observação 1: esta proposta foi aprovada pelo Diretório Municipal do PT de Búzios em 02 de agosto de 2007. Foi assumida pelo nosso candidato a prefeito, Silvano, na eleição de 2008. 

Observação 2: a proposta já foi publicada no blog no dia 26/07/2012 ("ver aqui" ) para ser objeto de discussão dos candidatos de 2012. Nenhum deles se interessou. 

Observação 3: se algum pré-candidato aceitar e se comprometer com esta proposta terá o meu total apoio, sem que seja necessário me oferecer nada em troca. Neste termos firmo compromisso público: a gestão compartilhada pelo apoio. 

Qual dos senhores prefeitáveis se habilita???

Comentários no Facebook:



  • Flavio Neves Seria uma maravilha Luiz!!! mas vc acredita q algum candidato entre nessa?


  • Jose Figueiredo Sena Sena Luiz Carlos Gomes concordo com você , mais se o futuro Prefeito de Armação dos Búzios já de cara tomar decisões simples e não ficar inventando firulas e em primeiro lugar ele precisa vestir o manto da " HUMILDADE " ai né , vamos dizer assim nomear um bom Secretário para Saúde , um bom Secretário para a Educação , um bom Secretário de Planejamento, um boma Secretário de Obras e Serviços Públicos e que entenda de ( " Histograma de obras e do custo beneficio " ) , um bom Secretário de Turismo e que entenda de Turismo mesmo , um excelente Procurador para o Município que entenda das leis e saiba dar os conselhos na hora certa e dizer sempre o que pode e o que não pode ser feito no Município , e para completar nomear Gerentes e Diretores , e o mais importante segurar bem a " CANETA " . é ou não Victor Santos ?

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Para acompanhar o processo de lavagem de dinheiro (do Sr. Ruy Borba) na Justiça Federal - parte 3

Último movimento no processo de lavagem de dinheiro que o senhor Ruy Borba, ex-secretário de Planejamento do governo Mirinho Braga, responde na Justiça Federal. 

12/08/2015 17:42
Remessa, Carga Para Ministério Público - Criminal por motivo de Manifestação
12/08/2015 17:41
Intimação de Decisão  - Registro no Sistema

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL
Seção Judiciária do Rio de Janeiro
 Sétima Vara Federal Criminal 
Av. Venezuela, n° 134, 4° andar – Praça Mauá/RJ 
Telefones: 3218-7974/7973 – Fax: 3218-7972
E-mail: 07vfcr@jfrj.jus.br

CONCLUSÃO
Nesta data, faço os presentes autos conclusos ao Dr. MARCELO DA COSTA BRETAS MM. Juiz Federal Titular da 7ª Vara Federal Criminal, Rio de Janeiro, 10 de agosto de 2015.

Fernando Antônio Serro Pombal 
Diretor de Secretaria

PROCESSO nº 0507009-59.2015.4.02.5101.
DECISÃO
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro ofereceu denúncia em desfavor Ruy Ferreira Borba Filho pela prática dos delitos artigo 1º, caput c/c §4º, da Lei nº 9.613/98 (diversas vezes), na forma do artigo 71 do Código Penal Brasileiro, e artigo 288, na forma do artigo 69, ambos do Código Penal Brasileiro e de Kauê Alessi Torres, Eduardo Renzullo Borgeth Teixeira, Luis Alberto Pacheco Prates Borba, Ana Paula Pacheco Prates Borba e Sergio Fernando Trindade Dutra pela prática dos delitos tipificados no inciso II, do §1º do artigo 1º c/c §4º, da Lei nº 9.613/98 (diversas vezes), na forma do artigo 71 do Código Penal Brasileiro, e artigo 288, na forma do artigo 69, ambos do Código Penal Brasileiro e requereu a decretação prisão preventiva dos acusados, além das medidas de busca e apreensão e quebra de sigilo fiscal.

Às fls. 37/63, decisão que recebeu a denúncia e deferiu as medidas requeridas pelo Ministério Público Estadual.

Às fls. 3.674, despacho do Juiz de Direito da Comarca de Búzios encaminhando os autos à Justiça Federal.

Foram os autos distribuídos a este Juízo.
Manifestação do Ministério Público Federal às fls. 3.677-verso.
É o relatório.

DECIDO.
Cuida-se de ação penal oferecida em face dos mencionados réus, dando-os como incursos nos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa oriunda da 2ª Vara da Comarca de Búzios do Rio de Janeiro e livremente distribuída a este Juízo.

Às fls. 3.677-verso e 3.679, o Ministério Público Federal manifestou-se pela fixação da competência deste Juízo e pelo retorno dos autos para ratificação dos atos que foram praticados pelo Parquet Estadual.

Com efeito, a exordial acusatória descreve fatos supostamente delituosos relacionados à remessa de expressivas quantias de dinheiro ao exterior, havendo a possibilidade de configuração de crimes contra a ordem econômica, associação criminosa e lavagem de dinheiro transnacional, o que, prima facie, atrai a competência da Justiça Federal. Não por outra razão, os Desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro concederam a ordem no Habeas Corpus nº 0020158-52.2015.8.19.0000 para determinar a remessa do feito à Justiça Federal.
 
Outrossim, por força da decisão proferida pela ilustríssima Desembargadora Suely Lopes Magalhães do TJRJ nos embargos de declaração no Habeas Corpus nº 002015852.2015.8.19.0000 todos os atos decisórios praticados pelo Juízo da 2ª Vara da Comarca de Búzios foram declarados inválidos porque praticados por Juízo incompetente.

Assim, assiste razão ao Ministério Público Federal em sua cota de fls. 3.677 verso, motivo pelo qual acolho os seus fundamentos e FIXO A COMPETÊNCIA deste Juízo da 7ª Vara Federal Criminal para o processamento dos autos nos termos do artigo 109, VI, da CRFB/88 e artigo 2º, III, “a”, da Lei nº 9.613/98.

Intimem-se.

Notifique-se o MPF, para que ratifique ou retifique os atos processuais praticados pelo Parquet Estadual, devendo, inclusive, manifestar-se acerca das medidas cautelares antes deferidas.

Rio de Janeiro, 10 de agosto de 2015.

MARCELO DA COSTA BRETAS
 Juiz Federal 

Fonte: "Justiça Federal do Rio de Janeiro"

Meu comentário:

Na última postagem de acompanhamento deste processo, questionei a retirada do nome do rol dos réus da ré Ana Paula Pacheco Prates Borba. Reparem que o nome dela volta a aparecer no texto acima. Deve ter sido mero erro de digitação o fato do nome dela continuar não aparecendo na listagem dos réus.  

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Por um coração jovem na política de Búzios

José Carlos Alcântara, perfil do Facebook
É justa a indignação dos eleitores com os partidos e políticos que governaram Armação dos Búzios até agora. Eles representam uma forma de fazer política ultrapassada, que é presa a uma proposta de carreirismo: ou seja, de fazer da política, uma profissão para a vida toda. Em regra são uns burocratas, que só querem privilégios pessoais, no máximo para um pequeno grupo de apaniguados. Candidatos que eram a esperança de uma geração que construiu a cidade e nasceram contra essa perspectiva, logo aderiram a ela, ao se tornarem administradores totalmente inseridos no sistema.
Este tipo de comportamento foi se desenvolvendo de forma progressiva e acabou se cristalizando na certeza de que o campo político é deles e que a organização da sociedade é absolutamente desnecessária. É preciso partir desse ponto, para se entender como se pode consolidar uma nova forma de se fazer política aqui, com uma ampla mobilização social e a organização dos jovens, moradores e trabalhadores de todos os bairros e comunidades de Búzios.

É preciso mostrar a todos o que realmente pode diferenciar um programa de governo com novas propostas oferecidas para a sociedade. Se hoje, a política local vai de mal à pior, ela é fruto do que foi e do que não foi feito, por quem está e esteve no poder ao longo desses vinte anos de emancipação. Quais foram os governantes que até aqui não aderiram ao padrão de governar, basicamente, para beneficiar parentes, amigos e empresários? O quinhão do povo ficou sempre sendo as sobras.

Apenas uma nova geração poderá fazer uma opção política distinta e se identificar com um novo programa de mudanças transformadoras, que possa modificar o destino da Cidade. Essa é a única forma de mudança, a partir da qual será possível se construir um governo efetivo e representativo de todos os segmentos da população de Búzios, e não as discussões requentadas e obsoletas de velhas e arcaicas lideranças.

Esse sentimento apartidário e mesmo anti-partidário, é muito comum hoje em dia entre os jovens. Ele é motivado pela experiência negativa que a juventude tem com os partidos políticos, que ‘dão ordem’ e com as antigas orientações de direções partidárias, que hoje governam em aliança com todo tipo de políticos corruptos e desacreditados. Esse é o caso dos partidos e políticos, com seus acordos e contratos negociados com os representantes da velha política.

O coro dos “sem partido” é progressivo e ele pode significar uma recusa à participação política, à luta política. Mas, isso é um perigo real, que é preciso ser combatido e, o melhor caminho para atrair esses jovens à política partidária, é demonstrar que há partidos que podem ser diferentes, se eles mesmos agirem de acordo com programas de governo que forem discutidos e elaborados por eles.

O melhor caminho para isso, é provar aos jovens que se interessam por política, que os partidos não servem para acumular cargos nas instituições, mas sim para organizar as manifestações, para lutar pelos direitos e as necessidades reais de mudanças que beneficiem os moradores da cidade e que possam trazer uma nova proposta de desenvolvimento econômico para o município.

É preciso integrar a política com a tecnologia. É muito importante, inclusive, mudar a linguagem da política. Os partidos precisam pensar numa nova maneira de formular sua didática para lidar com a juventude e minimizar essa tendência da linguagem do jovem não ser compreendida pelos partidos. Pois, manter na direção dos partidos uns dinossauros, que não largam o osso nunca, faz com que seja impossível esses políticos entenderem o que a nova geração está propondo para a cidade.

É preciso votar com consciência social, discernindo o que é melhor para o município, mas sobretudo votar com o coração, com a sensibilidade e com o senso de justiça, para enxergar o sofrimento dos pobres que mais precisam do serviço público. Este é um direito e uma obrigação dos jovens que começam a participar da política. Não apenas das eleições, mas também da organização de grupos para debater sobre o futuro que queremos, com um coração novo e jovem na política de Búzios.

José Carlos Alcântara

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  • Ricardo Guterres Estamos precisando urgentemente deste tipo de pessoa no comando da cidade......chega desta politicagem barata e da corrupção desenfreada.......
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  • Thomas Sastre a campanha pode ser assim :musica de Gilberto Gil ,,domingo no parque ,,olha a faca ,,olha a faca ,,olha a faca ,,



Quanto custa um show da cantora Paula Fernandes?

No dia 28/12/2013 a cantora Paula Fernandes foi contratada por R$ 241.000,00 para realizar um show na praia do Forte. (ver extrato abaixo).


Extrato da contratação da cantora Paula Fernandes
Agora, em agosto, a cantora foi contratada pela Prefeitura de Itaguaí para animar a EXPO ITAGUAÍ, realizada entre os dias 29 de julho e 2 de agosto, por 190 mil reais. (Fonte: http://extra.globo.com/noticias/extra-extra/?page=2).

Como justificar a diferença de 51 mil reais pago a mais pelo show realizado em Cabo Frio quase dois anos atrás?

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

PF combate a exploração clandestina de TV a cabo no Rio de Janeiro


PF combate a exploração clandestina de TV a cabo no Rio de Janeiro
Macaé/RJ – A Polícia Federal, com apoio da ANATEL, da Corregedoria Geral Unificada da Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro e da Delegacia de Polícia Judiciária Militar, deflagrou hoje (06) a operação AILUROS* com objetivo de combater e prevenir a exploração de TV a cabo clandestina nos municípios de Cabo Frio e Rio das Ostras, Rio de Janeiro.
Foram cumpridos 9 mandados de condução coercitiva e 13 de busca e apreensão. Durante busca e apreensão realizada na residência de um dos policiais investigados foram apreendidos um fuzil, duas pistolas de calibre restrito, um revólver, farta munição e R$ 36 mil em dinheiro resultando na sua prisão em flagrante por porte ilegal de armas e munição.
As pessoas envolvidas serão indiciadas pelos crimes de corrupção ativa, desenvolvimento clandestino de atividades de telecomunicação e formação de quadrilha. Dentre os conduzidos estão 2 policiais militares e um bombeiro militar.

*AILUROS significa gato, ilustrando no caso da operação deflagrada uma referência à expressão popular “gatonet”.

Comunicação Social da Polícia Federal no Rio de Janeiro
(21) 2203-4405 / 2203-4406