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domingo, 30 de julho de 2017

Oportunismo político

Turma do amém reunida com o secretário de saúde, foto do facebook do Niltinho de Beloca

Com a publicação de uma nota no Facebook pelo presidente da Câmara de Vereadores Cacalho informando que o Hospital Municipal Rodolpho Perissé seria reaberto, os três vereadores da base de apoio ao prefeito André correram para a rede social tentando capitalizar politicamente o fato. O vereador Niltinho postou foto (ver acima) de uma reunião dos vereadores situacionistas com o secretário de saúde Dr. Waknin, onde eles estariam supostamente "buscando meios para a reabertura da urgência do hospital". Ao mesmo tempo que "buscavam" tais meios com o secretário, Niltinho diz que vão solicitar também ao prefeito "a reabertura da nossa urgência, pois a população tem nos (sic) solicitado".  

O site governista "prensa de dedé" noticiou que durante a inauguração da praça da Vila São José, o prefeito André Granado anunciou que iria reabrir o hospital no dia 1º de agosto. Muito provavelmente os três vereadores estiveram no evento de inauguração da praça ou, se não estiveram, com certeza souberam do anúncio do prefeito. Logo, Niltinho, e os outros dois vereadores da base, não poderiam solicitar ao prefeito no dia seguinte o que ele prometera no dia anterior. Puro jogo de cena, como quando o vereador faz uma indicação legislativa de uma obra já sabendo que o prefeito vai realizá-la. Oportunismo político descarado.    

Na verdade, o prefeito em nenhum momento consultou os "seus" vereadores para fechar o hospital. Assim como não o fez para reabri-lo. Turma do amém é pra isso mesmo: dizer sim senhor pra tudo que o mestre mandar. Para isso ganha cargos no governo e outras benesses. Pode fazer jogo de cena pra plateia, votando contra isso ou aquilo, requerer informações para não fazer nada com elas, mas não pode votar contra em questões essenciais para o governo. Caso contrário, perde os cargos e as benesses. Tanto isso é verdade que, apesar das pesadas críticas feitas pelos vereadores do G-6, em nenhum momento a turma do amém defendeu, como deveria (se concordava), o fechamento do hospital. As gravações das sessões da câmara, desde outubro do ano passado, quando o hospital foi fechado, estão aí para comprovar. 

Os dados do DATASUS demonstram que o prefeito fechou o hospital porque em setembro ocorreram 10 óbitos na unidade de saúde, mais do que dobrando o número de 4 óbitos do mês anterior, agosto. Vai reabri-lo agora, não pelo motivo alegado da existência  de uma suposta regularização dos atendimentos nos municípios vizinhos, mas devido ao grande desgaste político causado pelo aumento da taxa de mortalidade hospitalar, mesmo com o hospital fechado. Não estão disponíveis ainda os dados de janeiro a julho de 2017, mas já sabemos que, em novembro de 2016 (com o hospital fechado), dos 92 pacientes internados, 12 vieram a óbito, o que significa uma altíssima taxa de mortalidade de 13,04. Em agosto/2016, a taxa foi de 4,71. Em julho/2016, 3,53. 

Os vereadores da turma do amém sabem muito bem que um aumento no número de mortes em um hospital de qualquer município traz um desgaste incomensurável ao gestor público. E, por tabela, para os vereadores da base. Imaginem o desgaste em uma cidade governada por um médico. Nesses momentos de dor, com a perda de entes queridos, de forma alguma se vai solicitar socorro a vereadores que dão sustentação política ao prefeito que foi, ao modo de ver dos parentes dos que faleceram, o responsável pelo óbito. A raiva, o ódio, o inconformismo, os levam aos braços dos vereadores de oposição suplicando ajuda, justamente os que estão ao seu lado contra o fechamento do hospital. Foi preciso então que os vereadores da turma do amém passassem a ideia para a população de que sempre estiveram contra o fechamento do hospital, apesar da omissão a respeito do assunto durante quase um ano. Em geral, o malabarismo oportunista de última hora dá resultado oposto ao que se pretendia, por ser vergonhoso. 

Na verdade nunca tivemos vereadores dignos desse nome em Búzios. Vereador, vereador mesmo, defende ideias, programas, projetos pra cidade. Para isso, precisa ter ideologia. Faz leis e fiscaliza o prefeito com um objetivo, um rumo. Nunca tivemos um vereador ambientalista, ou representante dos trabalhadores (comerciários, funcionários públicos, etc), ou até mesmo representante dos patrões, hoteleiros. O que temos são vereadores não ideológicos, dignos representantes de "famílias". Eleitos, vão defender os interesses dessas "famílias", arrumando empregos para os pais/filhos, vaga nas creches/escolas para os filhos/netos, furando fila nas unidades de saúde para os pais/avós, usando a máquina pública aqui e acolá, e instrumentalizando politicamente  as suas religiões.

A falta de formação política e ideológica é que leva a comportamentos políticos oportunistas como os de agora. E sem vergonha de mostrar a cara. Postam até fotos no Facebook.

Comentários no Facebook:
Eduardo Moulin Não retiro uma vírgula do que o senhor comentou e a mais pura realidade!



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Daniel Conceicao Goncalves O QUE ELES ESTÃO FAZENDO NA SALA DO SECRETÁRIO DE SAÚDE MESMO? O EXAME DE VISTA DO MEU FILHO ESTA AGUARDANDO AUTORIZAÇÃO DESDE O FINAL DE 2015, O PREFEITO DIZIA EM CAMPANHA QUE, NÃO ULTRAPASSARIAM 30 DIAS.#SQN

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José Carlos Falta é vergonha para esses três!!!

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José Carlos Esses secretários vão sair algemados junto com o prefeito!!!

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Thomas Sastre Bem feito quem mandou não estudarem isso tal do amém existe da época de que eramos cabofrienses assim que não espanta ninguém assim funciona a politica cabocla e não vai mudar sô de aqui a trinta anos pode ser que mude

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Deise Leonardo Parabéns professor Luiz Carlos Gomes sua postagem é a melhor que ja li de Búzios, muito esclarecedora e informática pra essa povo acordar e deixar de ser gado.


Zilma Cabral Mais que trio cara de pau né? Ridículos 🙃

terça-feira, 2 de agosto de 2016

GENTE DIFÍCIL DE CIVILIZAR

De vez em quando aparece nas redes sociais a seguinte pergunta: O que você

faria para melhorar a cidade?

Eu digo que o melhor a fazer é desmoralizar publicamente os diversos grupos 

que estão sempre em evidência em todas as eleições. Sempre presentes para

 garantir a bocada e semear intrigas. Estão aí desde a emancipação em um troca-

troca descarado. Na realidade, não são políticos. Este tipo de gente vem 

atrasando o desenvolvimento da península desde a emancipação. Já foram 

secretários, vereadores, conselheiros, fofoqueiros, e vagabundos fracassados, 

acostumados a sempre levar vantagem em tudo … São viciados em picaretagem. 

Repetindo: não são políticos, nem nunca foram … Na verdade, são condenados 

pela justiça que se juntam para surrupiar o dinheiro publico.

Thomas Sastre

Vamos assinar a petição BÚZIOS NÃO QUER MAIS PREFEITO FICHA-SUJA

domingo, 29 de novembro de 2015

O roteiro do suicídio político do PT, que vai custar caro à esquerda

"Um vai em 2016, o outro em seguida…
Como escrevemos anteriormente, aqui e no Facebook, o mar de lama da Samarco teve também uma dimensão simbólica.
Explicitou que a captura das instituições públicas brasileiras pelo poder econômico é absoluta.
A Samarco disse que a lama não era tóxica, que estava “monitorando” a enxurrada, etc. etc.
A empresa e uma de suas controladoras, a Vale, assumiram papeis que cabiam ao Estado, dentre os quais distribuir água.
Das autoridades não saiu um pio, a não ser pelo anúncio de multas milionárias que afinal não serão pagas.
O governo de Minas cassou a licença para a Samarco operar em Mariana, como se ela ainda fosse capaz de fazê-lo.
Duas decisões judiciais tomadas no caso favoreceram a empresa: uma rapidíssima liminar para desbloquear a ferrovia por onde passa minério e o habeas corpus preventivo que impede a prisão do presidente da Samarco.
Toda uma bacia hidrográfica destruída, praias e oceano poluídos…uma verdadeira catástrofe.
Enquanto isso, quatro jovens foram presos por “crime ambiental”: sujaram de lama um corredor do Congresso.
É óbvio que esta múltipla falencia de orgãos engloba o PT e o governo Dilma.
Um breve roteiro do suicídio político, incluindo apenas fatos recentes:
1. Ganhar uma eleição e governar com o programa econômico alheio;
2. Colocar toda a conta da austeridade nas costas dos trabalhadores;
3. Propor uma lei antiterrorista que, lá adiante, em 2018, servirá para a direita demolir os movimentos sociais, permitindo a ela aprofundar ainda mais, se necessário, a depressão econômica do Levy.
Para completar, Delcídio do Amaral, denunciado como homem que articulava barbaridades contra o Brasil e os movimentos sociais, é flagrado em conluio com um banqueiro para evitar uma delação premiada.
Por mais que seja um petista de DNA tucano, é o líder do governo Dilma no Senado!
A partir dos depoimentos, a mídia fará, obviamente, o que sempre fez: criminalizar alguns e poupar os seus.
Mas o suicídio político é do PT. Por exemplo, ao sugerir que sua bancada votasse pela soltura de Delcídio.
Para todos os efeitos, 25 de novembro é o dia em que o PT se afogou em público, sob os olhares dos 300 picaretas do Congresso.
O que virá? A delação do Cerveró, possivelmente do próprio Delcídio, do banqueiro Esteves… um efeito em cascata que vai arrastar gente graúda, com o efeito prático de paralisar o governo Dilma.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, um quadro de primeira qualidade, acusou o baque numa entrevista ao Estadão:
Quando você tem um sonho de transformar a sociedade em favor da igualdade e você se desvia para se apropriar de recursos ou para beneficiar quem quer que seja, você está cometendo dois crimes: o primeiro é colocar a mão em recurso público, o segundo, você está matando um projeto político”.
Uma delicada nota de falecimento.
Quanto à esquerda que sobreviver ao PT, tem encontro marcado com a lei antiterrorismo logo ali adiante. A não ser que, como o PT, priorize os gabinetes.
Luiz Carlos Azenha
Fonte: "viomundo"



quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Por um coração jovem na política de Búzios

José Carlos Alcântara, perfil do Facebook
É justa a indignação dos eleitores com os partidos e políticos que governaram Armação dos Búzios até agora. Eles representam uma forma de fazer política ultrapassada, que é presa a uma proposta de carreirismo: ou seja, de fazer da política, uma profissão para a vida toda. Em regra são uns burocratas, que só querem privilégios pessoais, no máximo para um pequeno grupo de apaniguados. Candidatos que eram a esperança de uma geração que construiu a cidade e nasceram contra essa perspectiva, logo aderiram a ela, ao se tornarem administradores totalmente inseridos no sistema.
Este tipo de comportamento foi se desenvolvendo de forma progressiva e acabou se cristalizando na certeza de que o campo político é deles e que a organização da sociedade é absolutamente desnecessária. É preciso partir desse ponto, para se entender como se pode consolidar uma nova forma de se fazer política aqui, com uma ampla mobilização social e a organização dos jovens, moradores e trabalhadores de todos os bairros e comunidades de Búzios.

É preciso mostrar a todos o que realmente pode diferenciar um programa de governo com novas propostas oferecidas para a sociedade. Se hoje, a política local vai de mal à pior, ela é fruto do que foi e do que não foi feito, por quem está e esteve no poder ao longo desses vinte anos de emancipação. Quais foram os governantes que até aqui não aderiram ao padrão de governar, basicamente, para beneficiar parentes, amigos e empresários? O quinhão do povo ficou sempre sendo as sobras.

Apenas uma nova geração poderá fazer uma opção política distinta e se identificar com um novo programa de mudanças transformadoras, que possa modificar o destino da Cidade. Essa é a única forma de mudança, a partir da qual será possível se construir um governo efetivo e representativo de todos os segmentos da população de Búzios, e não as discussões requentadas e obsoletas de velhas e arcaicas lideranças.

Esse sentimento apartidário e mesmo anti-partidário, é muito comum hoje em dia entre os jovens. Ele é motivado pela experiência negativa que a juventude tem com os partidos políticos, que ‘dão ordem’ e com as antigas orientações de direções partidárias, que hoje governam em aliança com todo tipo de políticos corruptos e desacreditados. Esse é o caso dos partidos e políticos, com seus acordos e contratos negociados com os representantes da velha política.

O coro dos “sem partido” é progressivo e ele pode significar uma recusa à participação política, à luta política. Mas, isso é um perigo real, que é preciso ser combatido e, o melhor caminho para atrair esses jovens à política partidária, é demonstrar que há partidos que podem ser diferentes, se eles mesmos agirem de acordo com programas de governo que forem discutidos e elaborados por eles.

O melhor caminho para isso, é provar aos jovens que se interessam por política, que os partidos não servem para acumular cargos nas instituições, mas sim para organizar as manifestações, para lutar pelos direitos e as necessidades reais de mudanças que beneficiem os moradores da cidade e que possam trazer uma nova proposta de desenvolvimento econômico para o município.

É preciso integrar a política com a tecnologia. É muito importante, inclusive, mudar a linguagem da política. Os partidos precisam pensar numa nova maneira de formular sua didática para lidar com a juventude e minimizar essa tendência da linguagem do jovem não ser compreendida pelos partidos. Pois, manter na direção dos partidos uns dinossauros, que não largam o osso nunca, faz com que seja impossível esses políticos entenderem o que a nova geração está propondo para a cidade.

É preciso votar com consciência social, discernindo o que é melhor para o município, mas sobretudo votar com o coração, com a sensibilidade e com o senso de justiça, para enxergar o sofrimento dos pobres que mais precisam do serviço público. Este é um direito e uma obrigação dos jovens que começam a participar da política. Não apenas das eleições, mas também da organização de grupos para debater sobre o futuro que queremos, com um coração novo e jovem na política de Búzios.

José Carlos Alcântara

Comentários no Facebook:


  • Ricardo Guterres Estamos precisando urgentemente deste tipo de pessoa no comando da cidade......chega desta politicagem barata e da corrupção desenfreada.......
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  • Thomas Sastre a campanha pode ser assim :musica de Gilberto Gil ,,domingo no parque ,,olha a faca ,,olha a faca ,,olha a faca ,,



sábado, 19 de julho de 2014

TUDO PELO BEM DE BÚZIOS

Thomas Sastre
Quem poderia imaginar que nos anos 70 em plena ditadura, um vilarejo de pescadores, praias desertas, paraíso para todos, uma pequena comunidade de poucas famílias, poucas casas de veraneio, e com um acesso difícil de se chegar do Rio de Janeiro:- sem nenhuma infraestrutura... Ricos brincando de pobre, pequenos aviões que desciam numa pastagem perto da praia de Geribá e que onde hoje é a Marina, se poderia viver e desfrutar de harmoniosa convivência entre nativos e visitantes.

E era uma alegria se viver com simplicidade.

Estou me referindo à Aldeia de Armação dos Búzios...Virar assim rapidamente um caldeirão político em plena Democracia, apenas por um néscio e contraditório poder.

Escrever certos pensamentos, evita estar em depressão constante, acalma o medo de que as pessoas se cansem da democracia, joguem tudo de vez num buraco: e o último a sair que apague a fogueira...

Um estado deficiente, partidos políticos que não se entendem. Toda esta deficiência dá origem a um poder paralelo: que nem sempre é dentro da lei.

Sem nenhuma perspectiva, por falta de assessoria e de cultura política transparente, incentivados por políticos que na maioria das vezes, ou por não saber exercer sua função ou pouco se importando com as críticas dos opositores, prefeito e vereadores acreditam que podem criar um poder paralelo que lhes dê segurança, sem medo algum, e que com estas atitudes se cria uma sociedade catatônica, paralisada, lesada.

Na maioria das vezes a sociedade recorre ao judiciário para questionar licitações aprovadas em beneficio próprio, mas são distorcidas em defesa, como um ¨Bem¨ para a população, alegando seu status e respeito de autoridade.

A partir da emancipação, Armação dos Búzios carregou em seu curriculum político, uma lista de vereadores, prefeitos, secretários, condenados pela justiça.

Em sua defesa a mesma estória: tentam provar que agiram assim pelo ¨Bem¨ da cidade.

Fazendo uma análise mais profunda sobre o sentido do Bem, o escritor russo Fedor M. Dostoievski descreve em sua obra literária ¨Crime e Castigo¨ o questionamento do que será o Bem e o que será o Mal!
Não tinham muitos daqueles condenados a cárcere revelado que haviam agido por mal; não tinham mostrado a necessidade imperiosa em que se sentiram de praticar determinado ato, considerado delituoso pela urgência de remover certos obstáculos imprescindíveis à própria existência.  E não se mostravam criaturas tão superiores e compreensivas, e, foram julgados como tal. Poderia ter sido um ¨Bem¨ concorrendo para o equilibro da ordem humana....

A história se repete ao querer estar sempre removendo certos entraves, deturpando a interpretação da lei.
O desentendimento entre o prefeito e seu vice que tomou conta dos noticiários policiais do País é bem sugestivo para entender como se interpreta politicamente o Bem da cidade.

O prefeito viaja e não quer o vice ocupando sua cadeira, recorre aos vereadores de sua bancada que lhe dão plenos poderes a ponto de atropelar a constituição, em sua defesa pelo ¨Bem¨ da cidade.

Assessores e vereadores a serviço do prefeito com suas mentes cheias de leitura mal digerida, vendo-se em situação precária, raciocinam da seguinte forma: o vice não pode assumir, apesar do judiciário ter dado parecer a seu favor, o que fazer? A população, jornais e o judiciário a favor da Democracia querem que se cumpra a lei.
Já que não podemos tirar proveito desta situação, só nos resta desacreditá-lo, tudo depende de um gesto; uma pedra no caminho, a justiça, mas nós somos mais fortes, temos o poder em nossas mãos.

Confundiremos a justiça, atacaremos sua integridade desacreditando-o e estará o fato consumado. Agimos como os fortes, como os conquistadores. Pois, enquanto não está dando certo, a lei está do seu lado.

Começa o suplício, o remorso, o arrependimento? NÃO, ninguém se arrepende, eles acreditam que estão fazendo para o ¨Bem ¨da cidade.

O que os afligem é a ideia e a incerteza dos motivos pelo qual agiram assim, a ponto de querer mudar a constituição vigente no País.

Seria mesmo visando o Bem que praticaram o Mal para experimentar a própria força?

O governo não consegue mais justificar-se perante a sua consciência. Teoricamente estava tudo certo mas a teoria falhou na prática.

Quando o propósito é destruir a reputação foram obrigados a mudar de tática. Procurar na secretaria de Meio Ambiente algum crime relacionado ao vice prefeito e encontrar alguma prova para acabar de vez com sua credibilidade.

Nesta luta contra o tempo se está vendo que o plano pode dar errado de novo. Acabam se desconcertando, e quem presumia ser um super-homem, está se transformando em joguete das situações.
A vida no seu curso vertiginoso e inconsciente escapa à toda logica.

Quando se pretende fazer o Bem, vem-se a fazer o Mal, e um crime determina outro, num desencadear incorrigível de forças.

Não teria acontecido o mesmo com tantos conquistadores e governantes que perderam seu poder pela avalanche que eles mesmos provocaram.

Assim o governo vai ter que compreender que na verdade não há super-homens, todos são mesquinhas criaturas escravas da condição humana.

Se quiseram valer-se arbitrariamente, como se não bastasse este desgaste político, e recentemente apresentaram proposta para mudar o gabarito da lei do uso do solo, para beneficiar um sujeito inescrupuloso. A Câmara retirou de pauta esta aleivosia.

Está se perdendo a partida, esforçam-se para abafar por meio do raciocínio a revolta da consciência.
Insistem na certeza de que afastando o vice prefeito não estão cometendo crime algum. Mas isto não lhes basta para libertá-los do sentimento de culpa.

Atraídos por uma espécie de imã irresistível, até suscitar a desconfiança do judiciário.

O Juiz, senhor da situação, prevê matematicamente que aqueles tristes seres humanos acossados pela consciência, se retratarão perante a opinião pública, quiçá motivados pelo evangelho à procura de paz e aí entenderão que quando pecamos contra a lei moral destruímos as nossas vidas.

É preciso sofrer e curvar-se ao castigo. Só a penitencia resgata a culpa e poderá salvar os que se encontraram com Deus.

Viria o prefeito, a ter a revelação de seu destino cristão, convencendo-se afinal que na sua derrota estava sua vitória.

O romance terminou, o debate filosófico ficou em suspenso; tentar afastar o vice prefeito com intrigas de romance policial, tentar mudar leis municipais para beneficiar a vaidade de gente que visa seus próprios interesses; querer caçar o mandato de vereador, me parece que é uma forma primária de uma ingenuidade terrível.

Aqueles eleitores que apostaram em mudanças, continuam assistindo os mesmos vícios dos governos que passaram.


Como diz Rita Lee em sua música, jocosamente falando, TUDO VIRA BOSTA.

Thomas Sastre