quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Por um coração jovem na política de Búzios

José Carlos Alcântara, perfil do Facebook
É justa a indignação dos eleitores com os partidos e políticos que governaram Armação dos Búzios até agora. Eles representam uma forma de fazer política ultrapassada, que é presa a uma proposta de carreirismo: ou seja, de fazer da política, uma profissão para a vida toda. Em regra são uns burocratas, que só querem privilégios pessoais, no máximo para um pequeno grupo de apaniguados. Candidatos que eram a esperança de uma geração que construiu a cidade e nasceram contra essa perspectiva, logo aderiram a ela, ao se tornarem administradores totalmente inseridos no sistema.
Este tipo de comportamento foi se desenvolvendo de forma progressiva e acabou se cristalizando na certeza de que o campo político é deles e que a organização da sociedade é absolutamente desnecessária. É preciso partir desse ponto, para se entender como se pode consolidar uma nova forma de se fazer política aqui, com uma ampla mobilização social e a organização dos jovens, moradores e trabalhadores de todos os bairros e comunidades de Búzios.

É preciso mostrar a todos o que realmente pode diferenciar um programa de governo com novas propostas oferecidas para a sociedade. Se hoje, a política local vai de mal à pior, ela é fruto do que foi e do que não foi feito, por quem está e esteve no poder ao longo desses vinte anos de emancipação. Quais foram os governantes que até aqui não aderiram ao padrão de governar, basicamente, para beneficiar parentes, amigos e empresários? O quinhão do povo ficou sempre sendo as sobras.

Apenas uma nova geração poderá fazer uma opção política distinta e se identificar com um novo programa de mudanças transformadoras, que possa modificar o destino da Cidade. Essa é a única forma de mudança, a partir da qual será possível se construir um governo efetivo e representativo de todos os segmentos da população de Búzios, e não as discussões requentadas e obsoletas de velhas e arcaicas lideranças.

Esse sentimento apartidário e mesmo anti-partidário, é muito comum hoje em dia entre os jovens. Ele é motivado pela experiência negativa que a juventude tem com os partidos políticos, que ‘dão ordem’ e com as antigas orientações de direções partidárias, que hoje governam em aliança com todo tipo de políticos corruptos e desacreditados. Esse é o caso dos partidos e políticos, com seus acordos e contratos negociados com os representantes da velha política.

O coro dos “sem partido” é progressivo e ele pode significar uma recusa à participação política, à luta política. Mas, isso é um perigo real, que é preciso ser combatido e, o melhor caminho para atrair esses jovens à política partidária, é demonstrar que há partidos que podem ser diferentes, se eles mesmos agirem de acordo com programas de governo que forem discutidos e elaborados por eles.

O melhor caminho para isso, é provar aos jovens que se interessam por política, que os partidos não servem para acumular cargos nas instituições, mas sim para organizar as manifestações, para lutar pelos direitos e as necessidades reais de mudanças que beneficiem os moradores da cidade e que possam trazer uma nova proposta de desenvolvimento econômico para o município.

É preciso integrar a política com a tecnologia. É muito importante, inclusive, mudar a linguagem da política. Os partidos precisam pensar numa nova maneira de formular sua didática para lidar com a juventude e minimizar essa tendência da linguagem do jovem não ser compreendida pelos partidos. Pois, manter na direção dos partidos uns dinossauros, que não largam o osso nunca, faz com que seja impossível esses políticos entenderem o que a nova geração está propondo para a cidade.

É preciso votar com consciência social, discernindo o que é melhor para o município, mas sobretudo votar com o coração, com a sensibilidade e com o senso de justiça, para enxergar o sofrimento dos pobres que mais precisam do serviço público. Este é um direito e uma obrigação dos jovens que começam a participar da política. Não apenas das eleições, mas também da organização de grupos para debater sobre o futuro que queremos, com um coração novo e jovem na política de Búzios.

José Carlos Alcântara

Comentários no Facebook:


  • Ricardo Guterres Estamos precisando urgentemente deste tipo de pessoa no comando da cidade......chega desta politicagem barata e da corrupção desenfreada.......
    Curtir · Responder · 22 h
  • Thomas Sastre a campanha pode ser assim :musica de Gilberto Gil ,,domingo no parque ,,olha a faca ,,olha a faca ,,olha a faca ,,



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