sábado, 26 de julho de 2014

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Búzios e o ranking nacional do turismo

Site do MTUR

O jornal Primeira Hora afirma que "Búzios caiu seis posições no ranking do turismo e saiu da lista das ?dez mais?" com base em uma pesquisa feita pelo site de hospedagem "hoteis.com" entre janeiro e junho deste ano. Segundo o site (e o jornal), "Búzios foi a cidade brasileira que mais perdeu turistas estrangeiros no primeiro semestre de 2014, caindo seis posições, e assumindo a 12ª colocação no ranking de cidades brasileiras mais visitadas por turistas estrangeiros". Búzios estava na 5ª posição no Estudo da Demanda Turística Internacional do Ministério do Turismo em 2013, ano-base 2012. Hoje, segundo o estudo do site hoteis.com, estaria na 12ª posição, deixando de figurar na lista dos dez destinos turísticos mais visitados por estrangeiros no país. 

O JPH acrescenta que a cidade de Búzios, junto com Florianópolis, foram as cidades que mais perderam postos no ranking. Búzios teria perdido 6 posições e Florianópolis 4, passando a ocupar a 13ª posição.

A seguir o jornal aponta as possíveis causas da queda:  
1) a realização da Copa do Mundo no Brasil, o que teria prejudicado o desempenho da Cidade, que viu parte dos turistas procurarem as cidades que sediaram jogos do mundial, com reservas feitas desde o final de 2013.
2) consequência das deficiências que a Cidade coleciona, de forma histórica, preços altos, e serviços que nem sempre condizem com aquilo que é cobrado.
3) Problemas de infraestruturas
4) períodos marcados por más gestões na administração e contas públicas.


Nada mais enganoso. O sectarismo político leva a absurdos como esse. No afã de criticar o governo em um setor tão vital quanto o turismo, o jornal esquece de confrontar o resultado da pesquisa do site com os estudos feitos pelo Ministério do Turismo (MTUR). Estes sim, estudos rigorosos.  Em seu Anuário Estatístico, o MTUR "apresenta uma compilação de informações anuais relativas ao comportamento de diversos setores da área turística, entre eles: fluxo mensal de turistas estrangeiros para o Brasil pelos principais portões de entrada, via de acesso, residência permanente e informações sobre as características de seu perfil, movimentação de passageiros, evolução do turismo internacional e resultados econômicos da atividade". O Estudo de 2014, ano-base 2013, ainda não foi concluído. O estudo do site hoteis.com teria sido feito com base nas reservas realizadas entre janeiro e junho deste ano, comparando com o mesmo período de 2013. Nada mais vago.

No site do "hoteis.com" não encontrei o tal estudo. Por ato falho, o site do jornal PH publica a notícia "Búzios caiu seis posições no ranking do turismo e saiu da lista das ?dez mais?" com estranhas interrogações, talvez duvidando da própria informação. E é praticamente impossível que Búzios tenha caído sete posições- era o 5º em 2012-  e não seis como os estudo apregoa. A não ser que tivesse ocorrido uma catástrofe e algumas praias tivessem sido poluídas com derramamento de petróleo. 

Desde 2007, Búzios recebe mais de 6% dos turistas estrangeiros que viajam ao Brasil a lazer. Foram 6,4% em 2007, 6,2% em 2008, 7,9% em 2009, 7,5% em 2010, 6,4% em 2011 e 7,9% em 2012. Excluindo-se as capitais Rio de Janeiro (1ª em 2012, com 29,6% dos turistas), Florianópolis (2ª, com 18,1%), São Paulo (4ª, com 10,5%), Salvador (6ª, com 6,2%) e a não capital Foz de Iguaçú (3ª, com 17,3%) , Búzios, nos últimos anos, compete com as cidades de Santa Catarina Balneário Camboriú (7ª em 2012, com 5,0% dos turistas) e Bombinhas (8ª, com 4,8%). Portanto, para Búzios despencar da 5ª colocação para a 12ª  teria que acontecer uma catástrofe e estas pequenas cidades concorrentes aumentarem assustadoramente o número de turistas que recebem. 

Outra informação incorreta. Se Florianópolis caiu quatro posições, ela não estaria ocupando a 13ª posição, mas a 6ª, porque em 2012 era a 2ª cidade do país que mais recebeu turistas estrangeiros em viagem de lazer. Até isso o jornal não verificou.


Comentários no Facebook:



Jose Figueiredo Sena Sena Luiz Carlos Gomes , é simplesmente um pequetito comentário não se deve levar muito a sério estes comentários de folhas dirigidas eu não levo a sério mesmo , pra mim passa batido , é muita conversa pra boi dormir , não dá né .

A novela do Orçamento



Búzios assina TAC para regularizar aprovação do orçamento municipal

"Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi firmado entre o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e o Município de Búzios, com a participação da Câmara Municipal, com o objetivo de não prejudicar a continuidade dos serviços públicos, em razão da impossibilidade de execução orçamentária. O TAC foi proposto pela 2ª promotoria de Justiça de Tutela Coletiva. A medida foi tomada após vereadores da cidade entrarem com uma representação contra o prefeito André Granado por ter publicado um orçamento diferente do que foi aprovado pelo legislativo, incluindo gastos de R$ 24,5 milhões.

Em dezembro do ano passado, o prefeito enviou para a Câmara uma proposta de orçamento com uma receita estimada em R$ 251 milhões, dos quais R$ 40 milhões seriam provenientes de convênios a serem assinados com os governos estadual e federal e de emendas parlamentares.

Entretanto, o corpo técnico da Câmara entendeu que a fonte da receita não deveria ser incluída no orçamento até que os convênios fossem efetivamente firmados. De acordo com a análise das comissões, não havia sequer a expectativa de recebimento da fonte de receita e não foi respeitada a metodologia de cálculo prevista no art. 12 da Lei de Responsabilidade Fiscal. O orçamento então foi aprovado sem a previsão dessas receitas, no valor de R$ 210,9 milhões.

Mesmo assim, no dia 17 de janeiro deste ano, a Lei Orçamentária Anual foi publicada com a indevida inclusão de R$ 24,5 milhões e para que as receitas totais permanecessem nos mesmos R$ 210 milhões aprovados, os valores da dotação orçamentária da folha de pagamento foram reduzidos em R$ 24,5 milhões.

Com o acordo firmado no TAC, a Câmara se comprometeu a votar, em regime de urgência, os créditos adicionais encaminhados pelo poder executivo para tornar o orçamento exequível e, assim, normalizar os pagamentos das despesas dos serviços públicos.

O Município deverá publicar em sete dias o orçamento consolidado na forma em que foi aprovado pela Câmara e ficará obrigado a disponibilizar meios de acesso ao sistema informatizado de gestão pública para que a Câmara possa inserir e alterar as informações a serem encaminhadas ao Poder Executivo quando da aprovação de emendas referentes ao orçamento.

Mesmo com a assinatura do TAC, o Ministério Público continuará a investigar a eventual prática de ato de improbidade administrativa pelo chefe do Executivo Municipal".




quarta-feira, 23 de julho de 2014

Mansões são demolidas na praia da Armação em Búzios (vídeo)


Mansões são demolidas na praia da Armação em Búzios (fotos)

Escombros da demolição das mansões na praia da Armação, foto 1
Escombros da demolição das mansões na praia da Armação, foto 2
Escombros da demolição das mansões na praia da Armação, foto 3

"A última das três mansões, que ameaçavam desabar, foi demolida na tarde desta quarta-feira (23), em Armação dos Búzios, Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Foram quase duas semanas de medo e preocupação na Orla Bardot. No dia treze deste mês, a chuva desestabilizou o terreno e as três mansões, no alto do morro, começaram a deslizar junto com a encosta.

Rachaduras tomaram conta das estruturas e o risco de desabamento era constante. Parte de um muro caiu e outros dez imóveis foram interditados. Um acesso para as máquinas teve que ser construído para que a demolição fosse feita. Na terça-feira (22), engenheiros começaram a demolição dos imóveis de luxo. Em dois dias as três casas foram colocadas abaixo.

O serviço agora vai  para a terceira etapa, a de retirada do entulho, na semana que vem. A Defesa Civil ainda não tem prazo para a liberação das casas e comércio. Depois da limpeza do terreno um muro de contenção da encosta terá que ser construído, o que não tem data para o início".



Meu comentário:

Seria muito interessante saber em que governo a obra do condomínio foi liberada. Em que governo e qual o secretário? Em que governo, qual o secretário e qual o engenheiro que fez os cálculos? Por fim, qual o arquiteto que projetou o condomínio? Estas perguntas precisam ser respondidas porque, todos sabem, o licenciamento de obras em Búzios, com raríssimas exceções, desde a emancipação, virou caso de polícia. Estima-se que cada mansão demolida valia 3 milhões de reais. Três mansões, 9 milhões. Quem vai ficar com o "preju"?
  

Conclusões da CPI do BO da Câmara de Vereadores de Armação dos Búzios

Conclusões da CPI do BO


Conclusões CPI do BO

1 – Crime por formação de quadrilha.

2 – Patrocínio infiel dos procuradores do município que trabalharam contra o interesse público.

3 – Improbidade de todos os servidores envolvidos que prevê: perda dos direitos políticos e da função pública, indisponibilidade de bens e ressarcimento ao erário público.

4 – Crime de Responsabilidade e infração político – administrativa cometida pelo Prefeito.

5 – Abertura de processo de cassação do prefeito em razão de infração político-administrativa.

6 – Indiciamento das empresas envolvidas.

O Relatório com cópia integral do processo da CPI que opina pelas sanções acima será encaminhado para:
· Ministério Público de Tutela Coletiva
· Ministério Público Eleitoral
· Promotores de Justiça da Comarca de Búzios
· Polícia Civil
. TCE
. TCU
. CGU

Meu comentário:

Os vereadores membros da CPI do BO fizeram a sua parte. Os crimes foram elucidados. Agora cabe aos demais vereadores da Câmara de Búzios fazerem a parte deles,  abrindo processo de cassação do Prefeito. Caso não o façam estarão prevaricando, podendo também ser processados.


terça-feira, 22 de julho de 2014

"Não visualizamos uma explicação para esse comportamento” (Mirinho Braga)

Fiquei abismado com a matéria do jornal Exato do meu amigo Cleber Lopez na qual o Prefeito de São Pedro da Aldeia Cláudio Chumbinho acusa os vereadores da cidade de “negociar” a aprovação de projetos de interesse do governo em troca de cargos e dinheiro.  Ainda bem que essas coisas não acontecem em Búzios. Já pensou nossos probos vereadores negociando, como os de São Pedro, essas coisas por cargos, dinheiro, mensalinho, uso da máquina pública, aluguéis e contratos de terceirizadas. Seria o fim da picada!

Preocupou-me muito a revelação feita por Chumbinho de que um secretário do seu  governo chegou a se reunir com um grupo de vereadores para conversar sobre a aprovação dos projetos do Orçamento Municipal  e da nova estrutura administrativa da Prefeitura. Logo agora que estamos com problemas no nosso orçamento, tendo em vista que o Prefeito publicou um orçamento diferente daquele que foi aprovado. Também nossa estrutura administrativa causa preocupação  com a folha estourando o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. Claro que nenhum secretário de Búzios se proporia a essas coisas. E nossos vereadores nunca solicitariam, como os vereadores de lá fizeram,  três cargos comissionados,  para livre indicação de cada um, de Diretor, Coordenador de bairro e Chefe de Serviço. Imagina se eles fariam isso!

Nosso Prefeito também nunca pagaria, como um prefeito da Região fez, segundo Chumbinho,  R$ 10 mil a cada vereador do município em troca da aprovação da Lei Orçamentária. Imagina, nosso Prefeito nunca faria isso porque tem  princípios ideológicos firmes e sólidos.

Agora, acho muito “estranho” um Prefeito que elegeu apenas dois vereadores em nove manter folgada maioria na Câmara, apesar de tantas denúncias (CPI do BO, etc) contra o governo .  Assim como Mirinho disse, em entrevista ao mesmo jornal,  “realmente não visualizamos uma explicação para esse comportamento” (Jornal Exato, 1/07/2014). 


Projeto do escritório Índio da Costa para Búzios

Ruas e orla de Búzios com grife Indio da Costa

Megaprojeto de reurbanização e redesenho de mobiliário promete devolver ao balneário o aspecto de cidade pequena, porém cosmopolita.

Projeto prevê calçadas e piso de pedras no mesmo nível e rede de iluminação subterrânea 

Projeto prevê calçadas e piso de pedras no mesmo nível e rede de iluminação subterrânea 

RIO — Uma imagem paradisíaca ultimamente anda inspirando o arquiteto Luiz Eduardo Indio da Costa e seu filho e parceiro, o designer Guto Indio da Costa. Numa pequena aldeia de pescadores, moradores e visitantes circulam a pé pelas ruas, de chinelos, desfrutando das belezas naturais, sem estresse. Na tentativa de transportar para os dias de hoje este cenário de sonho que remete à vila de Armação de Búzios do início dos anos 60, a dupla anda debruçada sobre pranchetas: eles planejam os últimos detalhes de um megaprojeto de reurbanização e redesenho de mobiliário que promete devolver ao balneário da Região dos Lagos o aspecto de cidade pequena, porém cosmopolita. Encomendada pela prefeitura, a intervenção urbana está sendo riscada em sintonia com um plano de mobilidade que, segundo o prefeito de Búzios, André Granado, proporcionará aos moradores e turistas o prazer de andar pelas vias da charmosa cidade.
O projeto vai dar contornos mais suaves e padronizar ruas e calçadas no trecho mais badalado de Búzios: a partir da principal via de entrada, a Avenida José Bento Ribeiro Dantas (que vai do pórtico de entrada até a praia dos Ossos), incluindo a Orla Bardot, a Rua das Pedras e as orlas das praias Brava, do Forno, Geribá, Tartaruga e João Fernandes. Uma revitalização que prevê a criação de ciclovias e rótulas (para evitar cruzamentos e sinais de trânsito), além de travessias elevadas de pedestres.

PROJETOS TORNAM BÚZIOS CIDADE AMIGA DO PEDESTRE
— É, acima de tudo, um projeto estruturante para a cidade pequena e delicada, que nos fins de semana de sol e na alta temporada recebe cinco transatlânticos, milhares de pessoas e uma quantidade enorme de carros. Uma das grandes questões discutidas é como evitar que Búzios se transforme num grande engarrafamento. A vocação turística da cidade será preservada, mas temos que preservar a cidade das invasões de automóveis e de turistas — explica o designer Guto Indio da Costa.

Escritório Indio da Costa: um projeto de pai e filho - Fabio Seixo / O Globo

FIM DOS TROPEÇOS NA RUA DAS PEDRAS
E já que a ideia é dar conforto aos pedestres, na Rua das Pedras, o projeto prevê a retirada dos meios-fios e o nivelamento das pedras, acabando, assim, com quedas e tropeços. A orla Bardot — onde desde o final dos anos 90 há uma escultura da atriz Brigitte Bardot, uma das primeiras celebridades a descobrir o paraíso —, terá postes com luz amarela e um calçadão amplo. Toda rede de iluminação será subterrânea.

Aos que esperam ver por lá algo no estilo das arrojadas e polêmicas bolas de ferro de seu projeto para o Rio Cidade Leblon, Luiz Eduardo avisa:
— Faremos um retrofit na cidade. Algo mais amplo. A iluminação, por exemplo, será tratada com muita sutileza, de forma delicada; pretendemos manter o conceito de luz tênue na cidade. Nada berrantes. Queremos um clima mais intimista — detalha o arquiteto Indio da Costa, acrescentado que, nas praias, os quiosques ganharão novos desenhos, ainda mantidos em sigilo.

A nova marca da cidade, que será divulgada em breve, também terá a assinatura do escritório de Indio da Costa.

MENOS TRÂNSITO, MAIS PEDESTRES
As mudanças propostas por Luiz Eduardo e Guto Indio da Costa vão ficar à vista logo na
entrada da cidade, assim que o turista cruzar o Pórtico e seguir pela Avenida José Bento Ribeiro Dantas.
— Nesta via, que é por onde os visitantes chegam, estamos propondo melhorias e discutindo ideias com o grupo que faz o novo plano de mobilidade. Mas, como filosofia, a gente está imaginando diminuir o máximo possível o trânsito ali e construir uma caixa contínua com meio fio decente, colocar ciclovia em toda aquela estação, fazer arborização e instalar rótulas para evitar sinais de trânsito. Queremos também fiação subterrânea e novos postes com luminárias de LED— completa Luiz Eduardo.

A remodelação de Búzios segue um conceito que já pode ser apreciado em cidades turísticas europeias e históricas brasileiras, como Paraty, na Costa Verde: o da restrição do acesso de veículos ao Centro. Essa restrição, que já ocorre na Rua das Pedras, também está sendo detalhada no projeto, bem como a criação de estacionamentos em locais afastados das praias.

Avenida Bento Ribeiro Dantas: novo paisagismo e travessias de pedestres elevadas -

CARROS LONGE DAS PRAIAS
A ideia, explica Guto, é que os turistas larguem o carro em determinado ponto e percorram as distâncias até a orla a pé, de bicicleta, em jardineira ou em veículo elétrico, similar aos carrinhos usados em campos de golfe.
— Queremos uma cidade mais humana, em que as pessoas deixem o carro o mais afastado possível das praias — comenta Luiz Eduardo, acrescentando que a inspiração é no estilo de cidades mais europeias e menos americanas, em que carros são protagonistas.

A nova cara de Búzios, garante a prefeitura, não ficará irreconhecível. Mas ganhará contornos que ressaltarão a vocação turística da cidade. Segundo o prefeito André Granado, o projeto contratado, cujo valor não foi divulgado, vai respeitar a identidade do balneário. A nova urbanização, diz, faz parte de um plano maior de ordenamento e humanização de ruas, praias, praças e mirantes.
— Nossa ideia não é mudar Búzios em sua essência, mas planejar, estruturar, organizar e consolidar o que a cidade tem de melhor. A ideia do projeto, que está na fase de anteprojeto e ainda vai ser discutido, é valorizar o pedestre, ordenando o trânsito. Além disso, vamos trocar o mobiliário urbano. O Guto Indio da Costa está desenhando cada detalhe: lixeiras, quiosques, postes, bancos e até os carrinhos de venda de milho cozido e pipoca. Tudo será apresentado à população em audiências públicas, assim que tivermos o projeto todo detalhado — comentou André Granado, que afirma não saber ainda quanto custará a “plástica”.

PROBLEMAS DE CIDADE GRANDE
Emancipado de Cabo Frio na década de 90, o município de cerca de 30 mil habitantes viu crescer na última década problemas urbanísticos de cidade grande: além dos engarrafamentos na alta temporada, convive com a falta de controle e de padronização do comércio, principalmente na orla.
— A maior mudança será na qualificação do espaço público. Porém, sem perder o espírito de Búzios: aquela simplicidade com charme. Existe um projeto de reordenamento das praias, que envolve uma

nova ocupação do espaço com redesenho dos quiosques, que ainda estamos começando. E também de todas as operações comerciais: do cara que aluga pranchas ao que vende comida. Tudo em conjunto com um projeto paisagístico — diz Guto


Meu comentário:

Por que foi descartado o projeto de mobilidade urbana do nosso arquiteto doutor Beto Bloch? Por que vamos pagar 2,5 milhões de reais (dizem que é este valor) se o projeto do Beto sairia praticamente de graça? Tem que avisar aos caras que a entrada da cidade não é no Pórtico. Tem que avisar também que já temos engarrafamento na baixa estação. Será que os caras do escritório Índio da Costa sabem disso? O Prefeito diz que vai discutir o Projeto em Audiência Pública com a população, mas por que não deixou o povo opinar sobre o Projeto do Beto Bloch? 

Comentários no Facebook:


Ojalá!!!!! sonho ou utopia ??????????? somente o tempo dirá...




Vanderley Coutinho muito pior que isso custou dois milhoes e temos bons projetos arquivados na prefeitura sem custo

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Desigualdade social e violência na Região dos Lagos

Iguaba Grande é o município mais desigual da Região dos Lagos com índice GINI igual a 0,56. No município, os 10% mais ricos (2.285 pessoas) apropriam 46,03% de toda renda municipal. No Mapa da Violência de 2014 o município ficou em 1123º no Brasil com taxa de 20,8 homicídios por 100 mil habitantes. Pode parecer pouco mas, para padrões civilizados, é uma verdadeira epidemia de violência. A taxa da Alemanha, e de quase todos os países da Europa, é inferior a 1. Também pudera, o índice GINI da Alemanha é de 0,27. 

A desigualdade social é condição necessária mas não suficiente para que o município apresente altos índices de violência. Outros fatores podem tornar um município menos desigual mais violento. Mas uma coisa é certa, quanto mais igualitária for uma sociedade rica menos violenta ela será. Aqui na Região temos três municípios muito ricos- Rio das Ostras, Armação dos Búzios e Cabo Frio-, mas muito desiguais. |Talvez por isso muito mais violentos que os outros municípios mais pobres. 

“Nós somos ricos e extremamente desiguais: baixa escolaridade, ¾ da população são analfabetos funcionais, piores índices na educação, ridícula competitividade, precária inovação, serviços públicos de quinta categoria, transporte público indecente, saúde doente, Justiça injusta e morosa, escola analfabeta etc. Somos, não por acaso, o 85º país do mundo (dentre 186) em termos de qualidade de vida”. (Brasil e Alemanha: nossa derrota fora do gramado é mais vergonhosa, Luiz Flávio Gomes).

Como combater a violência na Região dos Lagos sem transformar esta triste realidade que os dados a seguir revelam?

Índice Gini:
1)Iguaba Grande - 0,56 (4º município mais desigual do Estado do Rio de Janeiro)
2) Araruama - 054 (12º)
    Cabo Frio - 0,54 (12º)
3) Rio das Ostras - 0,53 (14º)
4) Saquarema - 0,52 (16º) 
5) Armação dos Búzios - 0,51 (23º)
6) São Pedro da Aldeia - 0,50 (31º)
7) Arraial do Cabo - 0,47 (59º) - o município mais igualitário da Região dos Lagos. Não por acaso, também é o município menos violento. Em 2012, ocorreram apenas 4 homicídios no município. O que gera uma taxa por 100 mil de 14,1, a menor da Região. 

Percentual da renda apropriada pelos 10% mais ricos:
1º) Iguaba Grande - apenas 2.285 pessoas apropriam 46,03% de toda renda gerada no município.
2º) Cabo Frio - 18.622 apropriam 43,78%
3º) Araruama - 11.200 apropriam 42,84%
4º) Armação dos Búzios - 2.756 apropriam 41,55%
5º) Saquarema - 7.423 apropriam 41,28%
6º) Rio das Ostras - 10.567 apropriam 40,61
7º) São Pedro da Aldeia - 8.787 apropriam 39,38%
8º) Arraial do Cabo - 2.771 apropriam 36,28%.

Mapa da violência 2014:
1º) Cabo Frio; Homicídios (2012): 123; Taxa: 63,0; Posição Est: 2º; Posição Nac: 124º
2º) Armação dos Búzios; Homicídios (2012): 16; Taxa: 55,2; Posição Est: 4º; Posição Nac: 209º
3º) Rio das Ostras; Homicídios (2012): 52; Taxa: 44,8; Posição Est: 11º; Posição Nacional: 357º
4º) Araruama; Homicídios (2012): 48; Taxa: 41,2; Posição Est: 15º; Posição nacional: 429º
5º) São Pedro da Aldeia; Homicídios (2012):33; Taxa: 36,0; Posição Est: 16º; Posição Nac: 540º
6º) Iguaba Grande; Homicídios (2012): 5; Taxa: 20,8; Posição Est: 34º; Posição Nacional: 1.123º
7º) Saquarema; Homicídios (2012): 14; Taxa: 18,1; Posição Est: 40º; Posição Nacional: 1.324º

8º) Arraial do Cabo RJ; Homicídios (2012): 4; Taxa: 14,1; Posição Est: 53º; Posição Nac: 1.652º

Dados educacionais: 

% de 18 anos ou mais com ensino fundamental completo:
1º) Rio das Ostras: 66,52:
2º) Iguaba Grande: 66,03
3º) Arraial do Cabo: 62,72
4º) Cabo Frio: 60,62
5º) Armação dos Búzios: 58,03
6º) São Pedro da Aldeia: 57,81
7º) Araruama: 55,57

Esperança de vida ao nascer (em anos): 
1º) Rio das Ostras: 76,26 
2º) Iguaba Grande: 75,44
3º) Araruama: 75,32 
4º) Cabo Frio: 75,16         
5º) Armação dos Búzios: 74,44
6º) Arraial do Cabo: 73,3
7º) São Pedro da Aldeia: 73,03

Mortalidade até 5 anos de idade (por mil nascidos vivos):
1º) São Pedro da Aldeia: 19,0
2º) Arraial do Cabo: 18,6
3º) Cabo Frio: 17,3
4º) Armação dos Búzios: 16,7
5º) Araruama: 16,0
6º) Iguaba Grande: 15,2
7º) Rio das ostras: 12,3

% de crianças de 4 a 5 anos fora da escola:
1º) Rio das Ostras: 18,08 
2º) Armação dos Búzios: 15,01        
3º) Araruama: 14,79
4º) Cabo Frio: 12,59
5º) São Pedro da Aldeia: 10,48
6º) Iguaba Grande: 9,70
7º) Arraial do Cabo: 4,64

Percentual de jovens de 15 a 17 anos que não frequentavam a escola:
1º) Armação dos Búzios: 16,16%
2º) Cabo Frio: 13,71%
2º) São Pedro da Aldeia: 12,67%
3º) Rio das Ostras: 12,17%
4º) Araruama: 10,12%
5º) Arraial do Cabo: 8,82%.
6º) Iguaba Grande:  4,54%

Os anos esperados de estudo indicam o número de anos que a criança que inicia a vida escolar no ano de referência tende a completar.
1º) Iguaba Grande: 9,66 anos
2º) Arraial do Cabo: 9,49 anos
3º) Rio das Ostras: 9,18 anos
4º) Armação dos Búzios: 9,09 anos
5º) São Pedro da Aldeia: 8,98 anos
6º) Araruama: 8,84 anos
7º) Cabo Frio: 8,61 anos

Nível educacional dos ocupados 
                           
% dos ocupados com fundamental completo - 18 anos ou mai:
1º) Iguaba Grande: 71,42
2º) Rio das Ostras: 68,96
3º) Arraial do Cabo: 68,72
4º) Cabo Frio: 64,22
5º) São Pedro da Aldeia: 61,94
6º) Armação dos Búzios: 61,27
7º) Araruama: 60,63

Rendimento médio   
                   
% dos ocupados com rendimento de até 2 s.m. - 18 anos ou mais:
1º) Araruama: 76,21
2º) Iguaba Grande: 71,35
3º) São Pedro da Aldeia: 70,89
4º) Cabo Frio: 69,60
5º) Arraial do Cabo: 69,52
6º) Armação dos Búzios: 66,53
7º) Rio das Ostras: 54,53

Indicadores de Habitação 

% da população em domicílios com água encanada:
1º) Araruama: 96,08
2º) Arraial do Cabo: 93,91
3º) Rio das Ostras: 90,61
4º) Cabo Frio: 90,22
5º) São Pedro da Aldeia: 88,41
6º) Iguaba Grande: 83,97
7º) Armação dos Búzios: 83,53

Vulnerabilidade Social
Jovens

% de pessoas de 15 a 24 anos que não estudam nem trabalham e são vulneráveis à pobreza:
1º) Araruama: 10,76
2º) São Pedro da Aldeia: 10,68
3º) Iguaba Grande: 10,67
4º) Cabo Frio: 9,02
5º) Arraial do Cabo: 6,24
6º) Rio das Ostras: 5,53
7º) Armação dos Búzios: 5,47

% de mulheres de 15 a 17 anos que tiveram filhos
1º) São Pedro da Aldeia: 7,74
2º) Arraial do Cabo: 7,68
3º) Cabo Frio: 7,15
4º) Rio das Ostras: 6,31
5º) Araruama: 5,77
6º) Armação dos Búzios: 5,57
7º) Iguaba Grande: 1,78

Taxa de atividade - 10 a 14 anos (Trabalho Infantil)
1º) Arraial do Cabo: 8,67
2º) Iguaba Grande: 5,28
3º) Cabo Frio: 4,96
4º) Araruama: 4,51
5º) São Pedro da Aldeia: 4,12
6º) Rio das Ostras: 3,15
7º) Armação dos Búzios: 2,48

Família
                              
% de mães chefes de família sem o ensino fundamental completo e com filhos menores de 15 anos:
1º) Cabo Frio: 19,28
2º) Armação dos Búzios: 17,27
3º) São Pedro da Aldeia: 16,13
4º) Araruama: 15,75
5º) Iguaba Grande: 13,98
6º) Arraial do Cabo: 13,63
7º) Rio das Ostras: 13,17

Trabalho e Renda 
                                         
% de vulneráveis à pobreza:
1º) Araruama: 32,86
2º) São Pedro da Aldeia: 27,34  
3º) Cabo Frio: 25,76
4º) Iguaba Grande: 25,37
5º) Arraial do Cabo: 23,61
6º) Armação dos Búzios: 17,24
7º) Rio das Ostras: 17,08
                                          
% de pessoas de 18 anos ou mais sem fundamental completo e em ocupação informal:
1º) Araruama: 35,36
2º) São Pedro da Aldeia: 32,40
3º) Cabo Frio: 29,63
4º) Arraial do Cabo: 29,19
5º) Armação dos Búzios: 28,96
6º) Iguaba Grande: 28,76
7º) Rio das Ostras: 25,23

Observação: Arraial do Cabo só recentemente passou a fazer parte do clube dos ricos dos royalties de petróleo.

Fontes: