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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A face oculta da transparência

Para quem visita com frequência o facebook e está no grupo de contatos dos integrantes da ONG ATIVA BÚZIOS, já deve ter se deparado com alguns internautas “preocupados” com a entidade. Eles dizem assim: Cadê as Ativas? Onde está a Ong Ativa Búzios? Isso dá um samba (e de raiz, dos bons).

A ONG ATIVA está no grupo que luta pela inclusão das dunas do Peró no Parque Estadual Costa do Sol, nos grupos que promovem ações em prol do Mangue de Pedra e no do Rio Una; está no Conselho do Idoso, no Conselho Municipal de Educação; é entidade coordenadora do FECAB – Fórum das Entidades Civis de Armação dos Búzios; candidata-se a uma vaga no Conselho de Segurança; está no Conselho Municipal de Saúde e pleiteia vaga, nos Conselhos Municipais de Meio Ambiente e no da Cidade, entre outros assuntos em que os interesses coletivos dão uma boa briga.

Mas esses “preocupados”, que perguntam pela Ativa, deveriam perguntar por si mesmos (ou a si mesmos), pois tenho impressão que algumas perguntas devem ser respondidas por quem as fez. Aí é o ponto!

Ser humano! Na ilusão da transparência, não alcançará um passo além da opacidade, que nos governa, muitas vezes, porque, lamentavelmente, trata-se apenas de humanos. A luta pela transparência, na aplicação dos recursos públicos, continuará se sustentando, num país que adia o quanto pode a reforma política e que tem no mais completo obscurantismo sua constituição? A despeito de inúmeras prioridades, por que (devemos nos perguntar) governantes concedem licenças a grandes empreendimentos, em áreas ambientais que são verdadeiros santuários, contrariando toda a legislação de proteção ao meio ambiente? Por que governantes aplicam vultuosas quantias do orçamento em empresas terceirizadas, de preferência àquelas ligadas à limpeza pública, às obras públicas, através de licitações (ou a dispensa delas) quase sempre fraudulentas?

Repudiamos o excessivo gasto dos brasileiros com o Legislativo e sua habitual inutilidade; repudiamos o desvio de bilhões dos cofres públicos, o aparelhamento partidário dos órgãos públicos, o agente público que usa a máquina em prol de sua eleição ou reeleição, a crueldade de nossa polícia militar... MAS onde estão as faces que constroem pousadas, restaurantes e estacionamentos em calçadas públicas? Onde estão as faces que “furam” as filas de exames e consultas médicas se aproveitando de seus contatos; que se apropriam de áreas públicas e são até capazes de recorrer a vereadores para que não lhes “tirem seus jardins”, efetivamente, áreas públicas surrupiadas do povo de Búzios? O obscuro nos constitui e a nossos políticos, como consequência de tudo.


São 25 anos de Constituição e quem poderia prever que daríamos nisso: lutamos contra nossos governantes (também contra nós mesmos) e esse é o inaudito. Lutamos para que nossos eleitos cumpram as leis ambientais, para que cumpram a Constituição; lutamos para que não roubem, para que garantam educação pública e saúde de qualidade, para que embelezem nossa cidade, de forma eficiente e proba, lutamos para que a renda seja distribuída, para que as cidades brasileiras superem a violência social, cultural e econômica, consequência de políticos “eleitos democraticamente”, num sistema que se eterniza em violentas alianças entre os ricos, milícias, traficantes e o mandato. Nossos eleitos são nossos inimigos “número um” e contra eles é necessária esta guerra, causada pela falta de limites na captação do voto, que se dá de forma espúria, que se conquista a qualquer preço, nas lixeiras mais ignóbeis da campanha política, lixeiras essas que se multiplicam, em rede municipal, estadual e federal. É a competência mais indômita, do ato de reciclar em causa própria, essa nossa! 

Cristina Pimentel

quinta-feira, 11 de abril de 2013

É o pombo, é o pombo, é o pombo!”

























Dick Vigarista  
"...Mutley, faça alguma coisa!"
"Medalha... medalha... medalha!!!
(E sua cauda gira como uma hélice de helicóptero)

                  Um episódio ocorrido com a ONG ATIVA BÚZIOS, esta semana, lembrou-me da Corrida Maluca, desenho animado (de estúdio) inesquecível, produzido pelos irmãos Hanna- Barbera, que, do final dos anos 1960 aos anos 1980, divertiu a garotada.  Dick Vigarista, aquele personagem da Corrida Maluca, engraçadíssimo, protótipo do vilão, que vivia atrás de um pombo-correio (esperto e divertido) e que tentava, em todos os episódios, ganhar a corrida de forma nada ética. Quando seus planos davam errado, ele gritava pelo Mutley, seu cachorro, personagem incrível também, por causa da risada cínica e contínua. Dick Vigarista sempre gritava: “Mutley, faça alguma coisa” ou “Raios, raios triplos!”. O cachorro sempre pedia: “Medalha, medalha, medalha”, porque só ajudava em troca de medalha. (já conhecemos isto muito bem, na vida real da política).

Quando tudo dava errado mesmo para Dick Vigarista, ele dizia: “É o pombo, é o pombo, é o pombo!”.  

               Pois bem, há pouco mais de um mês, a ONG ATIVA BÚZIOS solicitou à Prefeitura Municipal de Armação dos Búzios, a folha de pagamento, referente aos meses de janeiro e fevereiro. A ONG, de olho na Lei da Informação, sancionada pela Presidente Dilma, ano passado, aguardou os 20 dias de prazo, embora a lei diga que quando se trata de informação pública, o poder público poderá responder, no ato. 

                Qual não foi a surpresa da ONG, quando se dirigiu à PMAB e viu que, além de terem cadastrado errado o nome da entidade, constava do protocolo o seguinte despacho: “A ONG deixou de especificar que folhas quer receber, das folhas de pagamento.”

                  Falta de transparência é a própria corrida maluca da vez, já que a atual gestão vem se relacionando com os cidadãos e entidades, em especial aquelas que trabalham com o controle fiscal, de forma lamentável. Outro exemplo é que o Presidente da Comissão de Licitações negou-se a entregar ao representante da ONG, a ata das licitações ocorridas, no dia 23/03. Não contente com isso, ainda mandou a ONG pagar taxa de expediente, no Protocolo, para obtê-las. Coisa totalmente irregular.

                  O leitor / eleitor só terá o trabalho de dizer, por enquanto, quem é o Dick Vigarista, o pombo e o Mutley desta história. Depois, não vão ficar por aí culpando o pombo-correio. O poder é passageiro e vão. Daqui a 4 anos: “É o pombo, é o pombo, é o pombo!”.

Ps.: os desenhos são do site www.nerdologialternativa.com.br/.../tirou-do-bau-corrida-maluca.ht..., de onde tirei todas as informações de que precisava. Visitado em 05/04/13.


Cristina Pimentel

 Membro da ONG ATIVA BÚZIOS e Servidora Pública Estadual.

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Olavo Pinheiro "Que folhas..." da folha de pagamentos é estupendo!!! não pude evitar a risada! Pena que a situação é tragicômica!

terça-feira, 26 de março de 2013

Só o que lhe vem à mente é um emprego na Prefeitura?

Cristina Pimentel
         Enquanto o que está em jogo é o futuro, não importa se da cidade ou do mundo, aqueles que dedicam suas vidas a alguma questão coletiva não têm o direito de se recolher, neutros e indiferentes, diante da luta. Esta reflexão é de Pierre Bourdieu (filósofo) em quem me amparo para, mais uma vez, ocupar a mídia com a variação de um mesmo tema: a educação e o acesso ao emprego público, motivada por fatos recentes, da vida pública desta cidade.

O primeiro deles diz respeito ao Edital nº 09/13, da Secretaria Municipal de Educação, BO 574, que visa à criação de cadastro de reserva para futuras contratações de professores auxiliares, em que o principal requisito é ter concluído a formação de magistério, de nível secundário, no Colégio Municipal Paulo Freire.

Não pertenço à área jurídica, portanto, não desejo valer-me de um discurso com o qual não tenho intimidade. É a própria área jurídica, no entanto, que me aufere o direito de meter o bedelho, já que o Código Civil diz que ninguém pode alegar o desconhecimento da lei, para se defender o que é válido para os leigos e para aqueles que carregam longa experiência administrativa nas costas. É público e notório que um concurso público, em qualquer esfera, não pode criar empecilhos à igualdade de participação. Parece-me, então, que o concurso público convocado pelo Edital 09/13, como dizem os juristas, está “eivado de vício”.

O segundo fato diz respeito à atuação do Vereador Felipe Lopes. Há quase dois anos, o Vereador fez uma aparição, na mídia, para dizer o quanto estava comovido com o sofrimento de mães que não conseguiam vaga em creches e propôs um critério inaceitável de seleção que só ajudava a manter a exclusão social. Se a oferta foi ampliada de 1 creche para 3, nos últimos 4 anos, foi graças à Ação Civil Pública, movida pelo Ministério Público. Agora, o Vereador ocupa a cena, mas o enredo é o buziano que não está sendo empregado pela Prefeitura. E, para isso, vale-se de uma chantagem ideológica, com soluções inconstitucionais, incitando o atual Secretário de Educação a arranjar emprego para os buzianos (certamente não está sozinho nisso) além de imputar ao novo Secretário toda a responsabilidade pelo fato de as escolas de Búzios terem começado o ano letivo sem professores.

Política que humilha o povo buziano

Assim como o “Vereador da Educação”, como se apresenta, não tem qualquer registro em seu mandato anterior sobre atuação junto ao Executivo para exigir a ampliação da oferta de creches, também nunca se posicionou sobre a convocação de um novo concurso público, para o magistério, logo no início de 2009, quando Mirinho Braga assumiu a Prefeitura, pela terceira vez. Assim, o “Vereador da Educação” é coautor na transformação de nossas escolas públicas em celeiros de empregos para pessoas sem qualificação e sem preparo, política responsável pelos péssimos índices de educação, que chegaram a figurar, no noticiário, como os piores do Estado e, logicamente do país. Algumas escolas de Búzios, e é o caso da Escola Municipal Professor Darcy Ribeiro, chegaram a ter apenas 10% de professores concursados contra 90% de contratados, o que minou a consolidação de equipes e fez despencar a qualidade da oferta do serviço prestado, nas unidades escolares onde isso vinha ocorrendo.

O “Vereador da Educação” não pode alegar que desconhece o Artigo 37, de nossa Constituição, que obriga a realização de concurso público para acesso ao emprego público - a forma mais democrática, ainda, de selecionar os melhores para prestar serviços públicos de qualidade ao povo brasileiro (que nos custam uma fortuna). Será que o povo buziano precisa de vereador que o desonre e o humilhe desta forma? O caminho natural é estudar, formar-se e passar (ou não – e estudar mais ainda) em concurso público. Isso é digno e conheço dezenas de buzianos nesta luta. E esta luta é a vida. Como cidadã teria vergonha de que alguém me representasse dessa forma. O vereador pode (e deve) empenhar-se para que a gestão municipal invista seriamente em uma política de geração de emprego e renda, estando a sua disposição uma infinidade de opções que poderiam ser pensadas, em conjunto, pelo Legislativo e Executivo. Contudo, dirijo-lhe uma última pergunta: por que o único emprego que lhe vem à mente é o emprego na Prefeitura?

*Por Cristina Pimentel

*Servidora Pública do Estado do Rio de Janeiro e integrante da ONG ATIVA BÚZIOS.


Comentários:

  1. Parabéns Cristina Pimentel, excelente texto e colocações! Estes políticos de Búzios, amarrados a politica clientelista, como não tem criatividade em elaborar projetos para bom desenvolvimento da cidade, vivem de barganha, portanto é mais conveniente a eles, continuar a politica do empreguismo, com apoio da " galinha dos ovos de ouro" denominada PMAB! E o Prefeito a todo custo vem demonstrando apoiar as causas típica deste vereador, quando o prefeito desde a campanha eleitoral até os dias atuais, vem agindo com indicios de preconceito para com os servidores concursados em especial os de fora do municipio. Basta fazer uma breve analise dos fatos, que vem sendo publicado quer queiram quer não, no JPH, alem do aqui mencionado, bem como nas redes sociais, que a ASFAB vem acompanhando.


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  • Carlos Eduardo Roballo Parabéns pelo seu texto muito bem escrito e demonstra bem a realidade


  • segunda-feira, 15 de outubro de 2012

    Legislativo: a nossa “rosa de Hiroshima”

    Por Cristina Pimentel*

    “O Parlamentar corrompido abdica de seu poder de fiscalizar criticamente o poder”
    Ministro Carlos Ayres Britto, Presidente do STF
    TV Senado, 10/10/12




    A reflexão do Ministro do Supremo, que abre este texto, merece nossa atenção, pela quantidade de reflexões que suscita no que se refere ao Legislativo e sua função maior: fiscalizar os atos do Poder Executivo. PENSEM no resultado das eleições para o Legislativo buziano que, louvando-se as exceções, acabou de consagrar o assistencialismo, o esquema de captação de votos em áreas de pobreza quase extrema, bem como a utilização da máquina pública para reconduzir parlamentares. Tal realidade somada às regras impostas pelas coligações deixou de fora do legislativo, por exemplo, o jovem João Carrilho Filho que, no último mandato, esteve mais afinado às reais atribuições de um vereador, pois grande parte dos pares do ex-vereador Joãozinho Carrilho, que custaram ao povo buziano perto de 20 milhões, em 4 anos, gastaram parte significativa de seus mandatos distribuindo medalhas de honra ao mérito ou servindo de despachantes de empreiteiras; outros, pendurados na carona do Executivo, beneficiaram-se da propaganda institucional (condenada pela justiça eleitoral) que promoveu a imagem de agentes públicos, veiculando ilusões (condenadas pelas urnas). Mesmo assim, essas práticas elegeram a maioria dos vereadores.

    É certo que a constituição de 1988, pelo princípio da representação, tem como finalidade “garantir” a voz de diferentes segmentos sociais. No entanto, de 1988 para cá, o mundo mudou e o Brasil também. A complexidade do mundo contemporâneo, incluindo-se aí suas tecnologias, exige uma reforma política urgente, com o objetivo de que as instituições fiscalizadoras, em especial, o Legislativo comecem a cumprir, de fato, sua principal atribuição: fiscalizar o Executivo. Dessa forma, nenhum cidadão poderia ter acesso ao cargo eletivo se não tivesse, pelo menos, o 2º grau, e que, ao mesmo tempo, não tivesse passado por uma escola de políticas públicas, curso esse que deveria ser ministrado por instituições de nível superior. Minimamente, cada candidato, em potencial, deveria aprender a combater, em si mesmo, a cultura da corrupção e sair convicto de que o parlamentar está a serviço do povo e não o contrário. E servir ao povo não é lhe conseguir dentaduras nem laqueaduras, mas fiscalizar os atos e gastos públicos do Executivo.

    Como, então, ser fiel a tal objetivo? A eleição do Legislativo jamais poderia estar vinculada à eleição do Chefe do Executivo. Mais do que isso, o candidato ao Legislativo deveria ser proibido de subir ao palanque com o candidato a Chefe do Executivo. Como é que um amigo vai fiscalizar o outro? Na verdade, a eleição para o Legislativo deveria estar desvinculada de partido e ser inclusive franqueada a candidatos sem partido. O princípio do fortalecimento dos partidos não pode, de forma alguma, enfraquecer nem as políticas públicas nem o povo brasileiro. O processo de eleição do Legislativo é promíscuo, e a realidade da conduta da imensa maioria dos parlamentares confirma esta revoltante realidade.

    Se inúmeros partidos, invariavelmente, se coligam, para que tantos partidos? O pluripartidarismo no Brasil é um erro, um atraso, que tem servido única e exclusivamente não à democracia brasileira, não ao povo brasileiro, mas ao atendimento de interesses individuais e empresariais; negocia-se de tudo, nesse processo em que parlamentares atuam pelo contrário e fiscalizar os atos do poder executivo é um detalhe de pouca importância. Temos visto, com riqueza de detalhes, o relato da atuação de parlamentares levados ao banco dos réus, pelo “mensalão”, condenados, agora, pelo STF. Para se eleger, tudo se negocia: os serviços públicos, os empregos públicos, os assessores fantasmas, mensalões e mensalinhos, aluguéis de imóveis, de carros, empreiteiras, áreas de preservação para grandes empreendimentos, com o agravante de que candidatos com menos votos entram, em detrimento dos que tiveram mais votos.

    Além do excessivo número de partidos, o financiamento de campanha, outro algoz da democracia brasileira. Num país em que o acesso aos cofres públicos virou caso de polícia, para se quitar dívidas de campanha ou engordar o caixa 2, é urgente o financiamento público de campanhas. Quanto custa, a cada candidato, os “funcionários” e materiais, os comícios, que sustentam sua propaganda e lhe dão visibilidade? É aviltante a fortuna gasta nas campanhas. Pensem nas eleições para vereador, deputado e senador. Que festa da democracia é esta, que soa quase como bullyng com os mais necessitados? Municípios, estados, o país inteiro com tantos desafios que exigem enfrentamento, mas dinheiro não falta a candidatos e partidos para esbanjar em propaganda eleitoral!!! “Pensem nas crianças...”. Sinceramente, por que candidatos e partidos empenham fortunas para ter acesso a uma vaga no legislativo? Será mesmo em prol do interesse público?

    Por fim, mas sem concluir o debate, pois reforma política é um tema que precisa ser aberto e não concluído: acabar com todas as verbas extras e todos os assessores que parlamentares podem contratar. Em se tratando de Senadores e Deputados Federais, vender, inclusive, todos os apartamentos funcionais, de Brasília. O Legislativo é para servir ao povo, como já disse. Pensem, por exemplo, em nosso nababesco Senado, “rosa radioativa, estúpida, inválida”, custando-nos quase 3 bilhões, por ano! Nossa “rosa de Hiroshima” nunca nos será suficiente para mudar tal realidade? Enquanto não for, o legislativo brasileiro, o mais caro e corrupto do mundo, insensível, vem sendo sustentado por tamanha devastação.

    *Cristina Pimentel é servidora pública estadual, é conselheira fiscal da ONG ATIVA BÚZIOS e diretora da AMOCA – Associação de Moradores e Caseiros do bairro da Ferradura.


    Comentários:

    1. Parabéns pelo texto, Cristina! Faço minhas suas sábias palavras!


      Excelente texto.


      Pô! Cris, fiquei muito emocionada... é o que penso sobre os vereadores e o modelo político atual.. é isso ... obrigada pelas palavras.. tomara que muitos vejam e que muitos entendam... e tem mais, li ao som da Nona Sinfonia de Bethoven...(talvez seja o motivo de ter-me emocionado) não imaginas como combina! Parabéns!
      Sorte nossa que os ventos estão mudando e o que abriste pode rapidamente tornar-se uma realidade....

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    Walter Piana BELISIMO ANALICE DDO LEGISLATIVO-É LER PARA COMPREEDER!

    quinta-feira, 29 de março de 2012

    Por uma pedagogia da anticorrupção


    Afastada da área há 6 anos, a Educação continua sendo uma matéria apaixonante e para a qual continuo dedicando grande parte de minha vida e  devo isso, em boa parte, a Paulo Freire. Talvez não haja filósofo da educação mais popular do que ele e isso não é à toa, pois não há experiência mais pujante do que pensar a educação, através desse filósofo. Um de seus ensinamentos, contido no livro A importância do ato de ler, lançado pela Editora Cortez, em 1994, fala da natureza política do processo educativo, como ponto de partida para compreender as diferenças fundamentais entre uma prática ingênua, uma prática astuta e outra crítica. Para Paulo Freire não existe neutralidade no processo educativo, nem no processo político. Essa reflexão é tão libertadora, quase um dogma, para aqueles que desejam estar no mundo de forma cuidadosa, eu diria. Nesse mesmo livro, Paulo Freire coloca outra questão fundamental para educadores: “a favor de quem e do quê, portanto contra quem e contra o quê, fazemos educação e de a favor de quem e do quê, portanto contra quem e contra o quê, desenvolvemos a atividade política.”

    Todas essas questões, que me constituíram não só como educadora, mas como cidadã, vieram-me à mente, quando participei, com a delegação de Búzios, da etapa estadual da Consocial, que foi realizada, não por acaso, no Instituto de Educação, na Tijuca/RJ, instituição centenária dedicada à formação de professores, onde, hoje, funciona, o Instituto de Formação Superior de Professores.

    Inúmeros delegados ali se encontravam para discutir e apresentar propostas que serão levadas a Brasília sobre Transparência e controle social da gestão pública. Não foi à toa, também, que uma boa parte das propostas aprovadas está diretamente relacionada à educação. Os motivos são óbvios: nossa educação é a pior do mundo, só ganhando de países onde a pobreza é clássica, como alguns do continente africano. Consequentemente, como nesses países, nossos índices de corrupção são os mais elevados do mundo.

    Há um clamor nacional de que é na escola, e desde cedo, que crianças e adolescentes devem aprender a exercer o controle dos gastos públicos; a conhecer nossas leis; a conhecer e respeitar o patrimônio natural de sua cidade; a aprender que o orçamento público é fruto dos impostos dos brasileiros e que roubar dinheiro público é um crime hediondo, já que, por maior que seja o controle social, o cidadão não tem acesso ao cofre, guardado por alguém que foi eleito, para aplicar esses recursos em prol do bem comum. É um clamor nacional que o exercício da cidadania seja disciplina, em todos os segmentos de ensino.

    Mas, para isso, é preciso que os gestores da educação e cada educador apliquem-se a si mesmos a pedagogia da anticorrupção; é preciso que gestores da educação e educadores saibam que o diálogo é um princípio da filosofia de Paulo Freire, e que ele começa com a transparência; com a prestação de contas, no âmbito de cada escola, das verbas municipais e transferências de verbas estaduais e federais; o diálogo começa na eleição do diretor, no estímulo à criação e infraestrutura das associações de pais, alunos e professores; no estímulo à criação de grêmios, entre outras possibilidades.

    Somente assim, é possível responder às questões legadas por Paulo Freire: “a favor de quem e do quê, portanto contra quem e contra o quê, fazemos educação e de a favor de quem e do quê, portanto contra quem e contra o quê, desenvolvemos a atividade política.”

    *Por Cristina Pimentel

    domingo, 19 de fevereiro de 2012

    Pelo Parque Natural do Mangue de Pedra 2


    Nós (Eu, Flor e Cristina), da Ativa Búzios, ralando "no" sol de meio-dia, em Geribá, colhendo assinaturas do abaixo-assinado pelo "Parque Natural do Mangue de Pedra".

     A "Flor de Tucuns" é uma vidente famosa que previu que a Lei da Ficha Limpa ia ser aprovada na íntegra e que todos os políticos corruptos de Búzios serão barrados na próxima eleição. Faltarão candidatos na cidade, segundo ela!

    Ver:











    10)           ”Basta!”

    11)           ”O Mangue de Pedra é nosso! 2”

    sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

    Pobreza de espírito na internet assusta leitores e eleitores

    Esforcei-me para entender a origem da expressão “falsos burgueses”, utilizada pelo atual prefeito, em recente entrevista, que circula na internet. Sinceramente não consegui. Mirinho acusa de “falsos burgueses” àqueles que questionam a liberação de quantidade assustadora de barracas, na Orla Bardot, para a venda de mercadorias, como cangas, óculos, chapéus, biquínis, entre outros produtos. Considerando que não existe “falsa burguesia” (ou se é ou não burguês), não se pode esquecer que a burguesia é parte da população brasileira, assim como os operários e demais segmentos. Somente no Brasil, governantes, que não respeitam cidadãos, desqualificam os que questionam seus atos, tentando igualar os questionadores a uma classe social que, historicamente, não tem afinidade com as causas populares, ou seja, os burgueses. O populismo impera, nessas horas, porque povo brasileiro NÃO é sinônimo de camada social abaixo da linha de pobreza. A pobreza dessa visão é que assusta a todos.
    Diz o Prefeito o seguinte: “A falsa burguesia quer acabar e eu não vou piorar a situação de vida dessa gente colocando um chefe de família ou uma mulher ao relento. O que temos que fazer é organizar e padronizar. Mas não há pressão que me faça tirar daquelas famílias buzianas o seu sustento.” 

    Por que a Prefeitura ainda não concluiu o Mercado do Artesão??

    O prefeito Mirinho Braga tem o dever de realizar atos grandiosos em prol da família buziana, para que ela tenha seu sustento. Mas, como todo governante, está pressionado a fazê-lo, respeitando a legislação do Município que governa. Liberar aquela quantidade de barracas na Orla Bardot ultrapassa o desejo de seu magnânimo coração. A filantropia cabe à pessoa, Mirinho Braga. Já a administração pública está para o Prefeito. Dessa forma, o Prefeito tem o dever e a obrigação de respeitar o Código de Posturas de seu Município, que proíbe a ocupação de calçadas, bem como, o Plano Diretor que rege as leis urbanísticas de seu Município, que prioriza o pedestre. Além disso, o prefeito Mirinho Braga tem que governar de acordo com a legislação de trânsito, que também proíbe ocupação de calçadas. Contudo, não é isso que temos visto, em Búzios. Do pobre ao rico, ou seja, o burguês, a Prefeitura é omissa, em relação à ocupação de calçadas, e temos assistido a ocupações inaceitáveis. É a própria Prefeitura, em boa parte dos casos, que ocupa calçadas, quando libera comércio, a parada da Autoviação 1001, em cima de uma calçada, além de transformar calçadas em estacionamento, tudo em benefício do bolso de particulares.

    Não é o burguês que quer ou deixa de querer. É a lei que manda

    Portanto, enquanto Prefeito, o Sr. Mirinho Braga não pode, pela legislação de seu Município, liberar aquela quantidade de barracas, na orla Bardot. Não é o burguês que quer, são as leis que mandam. Mas, enquanto Prefeito, tem a obrigação de investir em ações que garantirão o sustento das famílias de Búzios, como quer seu magnânimo coração. Aliás, já deveria ter feito isso, desde o início de seu governo, simplesmente, cumprindo suas promessas de campanha, tais como: fazer funcionar a Zona de Negócios Ecológicos, reduzindo o ISS, para atrair empresas não poluidoras, para a cidade, bem como incentivando a criação de cooperativas; poderia destinar algumas áreas de Búzios a campus universitários, cujas graduações tivessem a ver com o patrimônio natural da cidade, como geologia, entre outras; investir recursos nas áreas que foram, recentemente, transformadas em parques estaduais, abrindo uma frente enorme de empregos sustentáveis; rever os contratos de coleta de lixo, investindo na coleta seletiva; construir mais creches; construir a escola de hotelaria, e, principalmente, CONCLUIR A OBRA DA CASA DO ARTESÃO.

    Há tempos que temos sentido por este Prefeito que aí está o mesmo que sentíamos pelo anterior: a mais viva repulsa. Dando continuidade às asneiras, a história de que foi a oposição que rasgou e espalhou lixo pela cidade, no Réveillon, para desmoralizá-lo. Poupe-nos, pobre, homem, de sua desonra!!!

    Cristina Pimentel

      Comentários:

    FlorJan 13, 2012 08:29 AM
    Já postaram notícia de que recomeçaram as obras do mercado do artesão... deve estar pronto em uma semana...alguém vai pagar esta conta...




    segunda-feira, 31 de outubro de 2011

    Estou farta do populismo desmedido!!!!!!!!

    Hoje, 29/10, li a coluna “Juntos pela Educação”, de autoria do Felipe Lopes, JPH, p. 4, em que ele narra uma reunião que fez na Rasa, com mulheres, para conhecer seus anseios. Diz que uma das mulheres, com situação desesperadora, lhe pedia que a ajudasse a arrumar uma vaga na creche.

    O Vereador se ocupa em narrar o quanto ficou comovido, com aquela situação, filosofa, e anuncia a injustiça do sistema. Pensei, a essa altura, que poderia renovar minha esperança, mas, qual o quê!!! Felipe Lopes não tece um comentário sequer sobre a escassez de creches no Município. Inclusive, não remonta à época de campanha, (está no plano de governo, que guardei em casa, porque tenho um grande desejo de entrar na justiça por estelionato eleitoral) em que o atual prefeito se comprometeu a construir uma creche em cada bairro.

    O Vereador, da base de sustentação do governo, deveria se ocupar, sim, mas de exigir que o atual governo cumprisse suas promessas de campanha, sendo uma delas a construção de creches decentes e não aquele arremedo de creche que colocou na Rasa. Mas, o populismo do Vereador não ficou só na comoção a respeito de uma situação que parece novidade apenas para ele. O seu Projeto de Lei 20/10 é o golpe de misericórdia!!! Mais do que um equívoco, é de um populismo inaceitável.

    Gostaria de ter lido, no artigo do Vereador, que ele se empenharia, a fim de atender não só as mulheres da Rasa, mas todas as mulheres trabalhadoras de Búzios, em destinar  recursos generosas, na Lei Orçamentária Anual, para a construção de mais creches e de creches bonitas e decentes.

    Ainda há tempo. Acredito, por ser tão jovem, que Felipe Lopes não se sinta tão confortável na pele do político profissional em que se transformou, nos últimos dois anos. Desejo sinceramente que esse desconforto não seja uma fantasia e que possa dar as mãos ao jovem idealista que conheci outrora, resgantado-o.

    Cristina Pimentel

    sábado, 8 de outubro de 2011

    Aplaudo de pé o jovem vereador João de Melo Carrilho.

    Fui à câmara no dia 27 de setembro, atendendo pedido do vereador Evandro, já que sua intervenção trataria de parte das irregularidades nos habite-se emitidos pela secretaria de planejamento.

    Entendo o esforço do vereador, mas, infelizmente sua intervenção, na minha opinião, é um equívoco. Não falta razão a ele, quando enumera os habite-se que estão sendo emitidos de forma irregular. De outro lado, acho que vereador deve se preparar melhor para falar do tema, pois sabe que há irregularidade, mas ainda não apresenta condições para falar sobre elas por falta de conhecimento, tendo cometido alguns erros. Torcemos para que não só o vereador Evandro, como outros, se preparem melhor. E isto não é difícil!!!

    Contudo, o maior problema na cidade tem sido as licenças de obras irregulares, em especial, as emitidas para condomínios. É o verdadeiro licencioduto. Atualmente, temos dois exemplos de obras em andamento que são uma ABERRAÇÃO: o condomínio em frente à pousada Catavento, na Ferradura, e o condomínio do clube de Vela, em Manguinhos, entre outras.

    Pretendia, mesmo assim, ficar até o final da sessão, mas a intervenção do vereador Messias me pedia um saco de vômito, por ser repugnante e de um cinismo inaceitável.

    O vereador quer passar a impressão de bonzinho, de que está fora das disputas imobiliárias, mas tem a cara de pau de defender o empreendimento da Marina, nos Alagados, querendo empurrar, goela abaixo, que é bom para a cidade.

    Realmente, deveria ter levado meu saquinho de vômito. O vereador sabe que esta obra não vai ocorrer porque o ministério público está tomando suas providências. Aquilo é considerado um crime ambiental e não há campanha política sustentada por aquela monstruosidade que vá conseguir colocar tijolo em pé. O tempo dirá.

    Será que o vereador (e este governo defendido por ele) acha que não percebemos a vil “confusão” entre público e privado no que se refere ao empreendimento da Marina, além de outros, em que a Península parece ser a única imobiliária responsável pela comercialização de todas as obras irregulares desta cidade?

    Será que o Vereador Messias acha que não percebemos as informações erradas que deu em sua fala, em português muito correto, mas em profundo desserviço para a população???

    Será que o vereador acha que não percebemos que seu bom português está a serviço da embromação, do cinismo, é um conjunto de palavras arquitetadas para desviar a atenção de um problema que envolve sua cidade natal, ou seja, a cidade onde nasceu o vereador está sendo achincalhada pela especulação imobiliária, pela corrupção no licenciamento, pela mais escancarada falta de respeito com uma legislação urbanística pela qual o próprio vereador tanto lutou, ao lado das entidades civis organizadas, em 2006, quando então” vereador de oposição”????

    Será que nascer nesta cidade autoriza alguém a fechar os olhos para a quantidade de crimes contra o patrimônio ambiental e contra a legislação urbanística vigente??? Nesse caso, Vereador, prefiro ser forasteira e com muito orgulho!!! Sim, porque não é o bom português do vereador que vai nos fazer acreditar que não existe legislação nesta cidade, que há um vazio, que há um buraco... (ser ou não ser, vereador???).

    E se existe a necessidade premente de discutir a ocupação do solo, a fim de ordená-la melhor, principalmente, entre as classes mais desfavorecidas, Vereador, proponha o debate.

    Enquanto isso, se eu precisar voltar à Câmara, levarei meu saco de vômito, em especial, enquanto o senhor continuar tergiversando, para encobrir a safadeza que está ocorrendo nesta cidade e se prestar ao papel de colocar seu mandato a serviço dela. Afinal de contas, nós, os contribuintes, nascidos ou não, aqui, destinamos 7% do orçamento para sustentar esta Casa Legislativa, que vocês tanto dizem: é do povo.

    Não, vereador, não estamos aqui para gastar tantos recursos que poderiam estar sendo destinados para melhorar a saúde e a educação desta cidade, para sustentar verdadeiros despachantes do mal!!!

    Cristina Pimentel

    Publicado no Blog do Luiz do Pt em 29 de setembro de 2011


    Comentários:
    Flor disse...
    Bravo! Bravo! Bravo!
    Assim é que se fala, Cristina.
    Abaixo a falta de vergonha na cara.
    Seria muito melhor o vereador ter ficado calado.
    Vi pela internet e fiquei muito enojada de ver o esforço que ele fez para defender o indefensável.
    Por que não é procrastinação quando o vereador não faz aquilo para o qual foi eleito???
    Se ele recebe para fiscalizar e não fiscaliza, tem que ser denunciado também. Pensem nisto por favor.


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    Monica Werkhauser parabens joa carrilho
    há 18 horas