Plenária da Comissão de Saneamento da ALERJ. Foto: Julia Passos |
Ibama
ainda vai estipular multa
para a empresa pelo dano ambiental causado
A
Petrobras demorou três dias para se responsabilizar e atuar na
limpeza das praias da Região dos Lagos do Estado do Rio, sobretudo
as localizadas em Arraial do Cabo, depois de um vazamento
de óleo de uma plataforma de petróleo no início de abril.
A informação foi repassada pelo secretário Municipal de Ambiente
de Arraial do Cabo, Arildo
Mendes,
durante audiência pública da Comissão
de Saneamento Ambiental da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de
Janeiro (Alerj),
que foi realizada no dia de ontem (04).
Pela
demora na atuação da empresa, o deputado Marcelo do Seu Dino (PSL),
integrante da comissão e responsável pela solicitação da
audiência, informou que vai propor a criação
de um consórcio para atuar em casos de emergência.
“As empresas não podem ficar esperando a responsabilização para
que sejam tomadas providências. É preciso a criação de um
consórcio para que todos atuem em conjunto com equipamentos e
pessoal. Depois, os órgãos ambientais procuram os culpados”,
declarou o parlamentar. Marcelo do Seu Dino também afirmou que vai
propor audiências
nos municípios da Região dos Lagos
para continuar acompanhando os desdobramentos do caso. Ele ainda
criticou a ausência
de representantes da Petrobras na reunião.
Segundo
Arildo Mendes, durante os três primeiros dias de limpeza, a
prefeitura de Arraial do Cabo teve que fazer uma força
tarefa
com outros órgãos para atuar no combate ao vazamento. O secretário
de ambiente do município explicou os prejuízos para a cidade.
“Nossa atuação foi imediata, mas não tínhamos tantos recursos.
O
Ibama
e o Inea,
junto com a Defesa
Civil
nos ajudaram muito, além dos pescadores
da região.
A empresa que tem equipamentos, embarcações e profissional técnico
de primeiro mundo para tratar do assunto”, disse. “Arraial é uma
cidade turística, então muitos
hotéis tiveram reservas canceladas
e os restaurantes
ficaram com o prejuízo.
Os pescadores também foram afetados e a produção
de ostras, por exemplo, está até agora suspensa”,
relatou Arildo
O
secretário também informou que estão sendo feitas reuniões
periódicas com os órgãos ambientais para fechar o relatório do
impacto causado ao meio ambiente. O Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ainda não
estipulou a multa
que a Petrobras deverá pagar devido ao incidente. “Quanto aos
recursos provenientes da multa, estamos lutando para que alguma parte
seja transferida aos municípios atingidos pelo problema”, afirmou
Arildo.
Melhorias
para o futuro
O
professor de oceanografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(Uerj), David Zee, declarou ser fundamental que os órgãos
ambientais sejam equipados com sensores
de monitoramento remoto.
“Se isso não acontecer, vamos continuar dependendo somente da
atuação das empresas que produzem petróleo. Essas companhias
informam aos órgãos sobre os vazamentos de óleo, mas é necessário
um monitoramento melhor e um trabalho em conjunto para uma
atuação rápida”, declarou.
Quanto
à comunicação do vazamento de óleo ocorrido em abril, o
secretário Arildo declarou que a Petrobras
somente tinha informado meses antes de um vazamento, mas que tudo
estaria sob controle.
David Zee explicou que provavelmente a mancha de óleo tenha saído
do radar da empresa e que depois de vários dias teria chegado até a
costa fluminense.
O
assessor do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Ricardo Marcelo,
também propôs a criação de uma legislação
mais clara para a comunicação de problemas ambientais aos três
níveis de governo.
Ele também acha necessária a elaboração de um fundo
para os municípios que tenham grandes chances de sofrerem com
problemas ambientais. “As prefeituras
precisam ser mais bem equipadas para atuar nos eventos de emergência.
As empresas que fazem atividades de risco poderiam ser as
responsáveis pela disponibilização dos recursos”, concluiu.
Participaram
também da audiência pública os deputados Subtenente Bernardo
(Pros) e Doutor Serginho (PSL).
Fonte: "alerj"
Como dizem, mentira tem perna curta. Mentiram muito para você. As bolotas negras que apareceram por nossas praias veio de uma plataforma da Petrobrás. Tentaram jogar a culpa em navios petroleiros. Mentiram também dizendo que estava tudo sob controle com a intervenção da Petrobrás, quando ela se lixou pro problema nos três primeiros dias. Vai vendo que governantes nós temos!
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