Procurador Leandro Mitidieri do MPF, de camisa azul, e secretário de Meio Ambiente e Pesca, Hamber Carvalho, de barba branca |
É
lei. Nenhuma estrutura fixa pode ser erguida na faixa de areia
das praias, e isso vale para todo o litoral brasileiro. Desde
2004, quando o Ministério Público Federal e a Secretaria do
Patrimônio da União deram início ao projeto Orla,
passou a ser uma questão de tempo, a regra chegar em todas as
praias. Nesta terça-feira (19), foi a vez da praia das
Caravelas, em Búzios.
Por
recomendação do MPF, a Prefeitura de Búzios representada pelas
secretarias de Meio Ambiente e Pesca, Desenvolvimento Urbano, e
Serviços Públicos, partiu cedo, pronta para executar duas
ações demolitórias. Mas o que se viu acontecer no local,
foi bem diferente do esperado.
Com
presença do procurador Leandro Mitidieri do MPF e secretário de
Meio Ambiente e Pesca, Hamber Carvalho, a ação demolitória
se transformou em ação de retirada. Isso significa que ao
invés do Poder Público intervir com truculência para fazer cumprir
a determinação, os proprietários entenderam a situação e de
comum acordo retiraram eles próprios as construções erguidas na
areia.
Desta
forma, foi retirado totalmente o quiosque de Ivan Telles,
conhecido como Baiano, que ocupava o lado direito da praia. Para
continuar trabalhando no local, Baiano se comprometeu a solicitar um
licenciamento junto à Prefeitura, já ciente de que toda a
nova estrutura terá que ser móvel, ou seja, não poderá
pernoitar na faixa de areia.
Proprietária
do gazebo erguido do lado esquerdo da praia, a
Associação de Moradores Village Praia das Caravelas, representada
pelo seu presidente, José Carlos dos Santos, também se prontificou
a retirar a sua estrutura.
Satisfeito
com o sucesso da ação, o secretario de Búzios explica que como não
houve demolição, foi feito um acordo entre a Prefeitura e os
proprietários, na Procuradoria do Município. Todos assinaram um
Termo de Compromisso Ambiental, onde concordam em
efetuar a retirada das estruturas.
-
Saímos todos felizes com o resultado da ação de hoje que foi feita
de forma pacífica, na base do diálogo e do entendimento. O
ônus da retirada de todo o material é dos proprietários e
não foi preciso judicializar tudo. Fizemos o acordo e tudo foi
concluído com tranquilidade – destaca o secretário Hamber.
No
local também foi observado um problema de vazamento de esgoto
para a praia, conforme explica o procurador Leandro.
-
Também verificamos a questão do esgoto. Não pode ser permitida
língua negra nas praias, seja por problema de manutenção de fossas
e sumidouros ou mudança no sistema de coleta, tem que se dar uma
solução. Não é admitido língua negra despejando no mar. O
pessoal da Associação deu suas explicações e tudo será
investigado a fundo para cessar o problema – disse. O procurador
também falou sobre a praia de Geribá.
Para
cada praia temos uma história em curso. Temos ações transitando
em julgado para Geribá, sobre o recuo
das casas na faixa de areia.
Quem achava que aquilo não ia pra frente, está agora assistindo o
recuo acontecer. Algumas
propriedades já estão fazendo o recuo,
respeitando a Área
de Preservação Permanente.
Ninguém pode se apoderar desse bem público federal que é a praia
– conclui.
Fonte:
"Prefeitura
de Búzios"
Meu comentário:
Sempre disse aqui no blog que tirar quiosque de trabalhador era fácil e que o que eu queria ver mesmo era demolir mansões de Geribá que avançaram sobre as areias da praia e a vegetação da praia de Geribá. O procurador disse que isso já está ocorrendo. Vamos dar uma passadinha na praia pra confirmar. Se for verdade, significa disser que o Projeto Orla é pra valer. O procurador, que reputo estar fazendo um bom trabalho na região, e o secretário Hamber, que já foi elogiado aqui no blog, bem que poderiam também fazer uma visita ao Hotel Insólito na praia da Ferradura.
Ola, pessoal muito boa tarde muito boa essa acao agora tem que ver tbem a questao das construcies de tida extencao da praia de manguinhos praia do canto demolir e elaborar um progeto de urbanizacao podendo fazer um calcadao com ciclovia jardins enfim
ResponderExcluirOuuma malha viaria ate o pier de manguinho assim sim poderia cobrar a entrada de turista no nosso balneario seria permitidi so veiculos leves