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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Ação do MPF e da Prefeitura de Búzios retira construções ilegais na praia das Caravelas

Procurador Leandro Mitidieri do MPF, de camisa azul, e secretário de Meio Ambiente e Pesca, Hamber Carvalho, de barba branca  


É lei. Nenhuma estrutura fixa pode ser erguida na faixa de areia das praias, e isso vale para todo o litoral brasileiro. Desde 2004, quando o Ministério Público Federal e a Secretaria do Patrimônio da União deram início ao projeto Orla, passou a ser uma questão de tempo, a regra chegar em todas as praias. Nesta terça-feira (19), foi a vez da praia das Caravelas, em Búzios.
Por recomendação do MPF, a Prefeitura de Búzios representada pelas secretarias de Meio Ambiente e Pesca, Desenvolvimento Urbano, e Serviços Públicos, partiu cedo, pronta para executar duas ações demolitórias. Mas o que se viu acontecer no local, foi bem diferente do esperado.
Com presença do procurador Leandro Mitidieri do MPF e secretário de Meio Ambiente e Pesca, Hamber Carvalho, a ação demolitória se transformou em ação de retirada. Isso significa que ao invés do Poder Público intervir com truculência para fazer cumprir a determinação, os proprietários entenderam a situação e de comum acordo retiraram eles próprios as construções erguidas na areia.
Desta forma, foi retirado totalmente o quiosque de Ivan Telles, conhecido como Baiano, que ocupava o lado direito da praia. Para continuar trabalhando no local, Baiano se comprometeu a solicitar um licenciamento junto à Prefeitura, já ciente de que toda a nova estrutura terá que ser móvel, ou seja, não poderá pernoitar na faixa de areia.
Proprietária do gazebo erguido do lado esquerdo da praia, a Associação de Moradores Village Praia das Caravelas, representada pelo seu presidente, José Carlos dos Santos, também se prontificou a retirar a sua estrutura.
Satisfeito com o sucesso da ação, o secretario de Búzios explica que como não houve demolição, foi feito um acordo entre a Prefeitura e os proprietários, na Procuradoria do Município. Todos assinaram um Termo de Compromisso Ambiental, onde concordam em efetuar a retirada das estruturas.
- Saímos todos felizes com o resultado da ação de hoje que foi feita de forma pacífica, na base do diálogo e do entendimento. O ônus da retirada de todo o material é dos proprietários e não foi preciso judicializar tudo. Fizemos o acordo e tudo foi concluído com tranquilidade – destaca o secretário Hamber.
No local também foi observado um problema de vazamento de esgoto para a praia, conforme explica o procurador Leandro.
- Também verificamos a questão do esgoto. Não pode ser permitida língua negra nas praias, seja por problema de manutenção de fossas e sumidouros ou mudança no sistema de coleta, tem que se dar uma solução. Não é admitido língua negra despejando no mar. O pessoal da Associação deu suas explicações e tudo será investigado a fundo para cessar o problema – disse. O procurador também falou sobre a praia de Geribá.

Para cada praia temos uma história em curso. Temos ações transitando em julgado para Geribá, sobre o recuo das casas na faixa de areia. Quem achava que aquilo não ia pra frente, está agora assistindo o recuo acontecer. Algumas propriedades já estão fazendo o recuo, respeitando a Área de Preservação Permanente. Ninguém pode se apoderar desse bem público federal que é a praia – conclui.


Meu comentário: 
Sempre disse aqui no blog que tirar quiosque de trabalhador era fácil e que o que  eu queria ver mesmo era demolir mansões de Geribá que avançaram sobre as areias da praia e a vegetação da praia de Geribá. O procurador disse que isso já está ocorrendo. Vamos dar uma passadinha na praia pra confirmar. Se for verdade, significa disser que o Projeto Orla é pra valer. O procurador, que reputo estar fazendo um bom trabalho na região, e o secretário Hamber, que já foi elogiado aqui no blog, bem que poderiam também fazer uma visita ao Hotel Insólito na praia da Ferradura. 

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Prefeitura de Búzios age contra despejo de produto químico na Praia dos Ossos

Despejo de produto químico na Praia dos Ossos. Foto: Prefeitura de Búzios


A Prefeitura de Búzios, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Pesca, atendendo prontamente uma denúncia, identificou um vazamento de produto químico não identificado, possivelmente tinta, na Praia dos Ossos, bairro Ossos, nesta quarta-feira (9).

A equipe da Secretaria identificou a residência que estava despejando o produto junto com água de piscina no sistema de águas pluviais. Com apoio da Polícia Militar (programa PROES) tentaram contato com o proprietário da casa que se negou a atender os agentes. Por conta disso foi aberta uma ocorrência na 127ª DP (Búzios).

Só pelo despejo de água de piscina na rede de águas pluviais o responsável já pode ser enquadrado por crime ambiental. A substância foi coletada para analise.


sábado, 8 de outubro de 2011

Os produtores rurais de Búzios

Desde 16 de junho do ano passado os municípios são obrigados a garantir que 30% dos repasses do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) feitos pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) sejam investidos na aquisição de produtos da agricultura familiar. É o que diz a Lei 11947. Só mesmo o governo federal para obrigar nosso prefeito a ver que o município tem produtor rural. Agora é lei. Se não comprar produtos da agricultura familiar local corre o risco de perder a verba da merenda. Jogada de mestre do governo federal: eu lhe dou o dinheiro mas digo onde você tem que usá-lo. Lula sabe- por ter sido retirante nordestino- como os prefeitos de cidades do interior não estão nem aí para as péssimas condições de vida dos trabalhadores rurais.

Em Búzios, ainda é pior. Estabeleceram que o município não tem área rural. A especulação imobiliária, que manda na cidade, quis que fosse assim. Muitas verbas federais deixaram de vir para Búzios por causa da inexistência da tal área. Mas, contraditoriamente, o governo anuncia que vai vacinar contra a febre aftosa mais de 500 animais. Onde eles estão? Nos centros urbanos? Claro que não!

No BO 462 (26/11/2010) a secretaria de meio ambiente anunciou que já tinha cadastrado 12 produtores rurais. Outros 50 teriam sido identificados e seriam chamados para participar do programa. Hoje a prefeitura alega que “poucos” agricultores de Búzios se capacitaram para atender às regras do programa Nacional de Agricultura Familiar. Por isso, segundo o governo, teve que se unir a Cabo Frio para poder suprir a demanda das escolas. Provavelmente está havendo “seleção” de aliados políticos, pois temos produtores com DAP- Documento de Aptidão ao Pronaf- que não foram chamados para participar do programa. É um absurdo comprar produtos de Cabo Frio deixando agricultores locais de fora.

A guisa de informação para os interessados segue abaixo a lista dos produtores rurais buzianos que já têm o DAP ( ver http://www.mda.gov.br/portal/saf/):):

ADEMARIO SOARES DA SILVA, ANA ROSALINA PEREIRA ALBINO,
ANDRE CORREA DE OLIVEIRA, ARNALDO BATISTA DA SILVA,
CLEBER MANOEL TRINDADE FRANKLIN, CLEBIO MANOEL FRANKLIN,
ELIANA CARVALHO MOREIRA, ELIENE ASSUNÇÃO DOS SANTOS,
ELIEZER DALTRO DE ALCANTARA JUNIOR, ELONIR PAULINO GONÇALVES,
GELSON DE SOUZA DIAS, GENECI RODRIGUES SOTINHO,
GILBERTO DOS SANTOS FARIAS, GILMAR SANTOS DA SILVA,
IVANA FERNANDES GONÇALVES, JOSÉ CARLOS DA SILVA MOREIRA,
JOSE MIRTO PORTELA, LEANDRO DA SILVA RIBEIRO, MANOEL LOPES DOS SANTOS,
MARCOS SOUZA DA SILVA, MARIA DA PENHA SOUZA DA SILVA,
MARIO HENRIQUE PEZZINI MONTEIRO ZERBINNE, MAURO DA CUNHA,
PEDRO JORGE LOPES LUPARELLI, REJANE FERINODOS SANTOS FRANKLIN,
SAMUEL CARVALHO DE OLIVEIRA, SANDRA MARIA LEAL DIAS,
VALDAIR MANOEL RIBEIRO, VALMI TARDELLI DA SILVA, VIVIANE MOREIRA CORREA. 

Publicado no Blog do Luiz do PT em 30 de setembro de 2011

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Aditivos

A empresa "Fama Construções, Serviços e Locações" foi agraciada com dois termos aditivos (BO 454):

Aditivo 1 - no valor de RS 110.975,69 para o serviço de "obras de reformas e ampliação da sede da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Trabalho e Renda".  Para quem não sabe ou já esqueceu, o contrato nº 27/2010, de 19 de abril de 2010 (BO 436), entre a prefeitura e a "Fama" para a realização desse serviço, era de R$ 481.436,08. O valor da obra mais o aditivo, que é valor final da construção da sede da Secretaria de Desenvolvimento Social, chega aos astronômicos R$ 592.411,77.

Aditivo 2 - no valor de R$ 66.999,95 para o serviço de "obras da sede da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Pesca". O valor previsto inicialmente para a construção da sede da Secretaria de Meio Ambiente era de R$ 275.246,92 (BO 436). Valor final= R$ 275.246,92 + R$ 66.999,95= R$ 342.246,87.

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