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Em nota publicada no site da Prefeitura no dia 1º de fevereiro (ver "Nota sobre o reajuste do IPTU"), o governo municipal assume que reajustou o valor do IPTU a partir da atualização da Planta Genérica de Valores Imobiliários (PGVI), documento oficial que "cataloga o preço médio do metro quadrado em cada via da cidade".
Não se fala mais em imposição do TCE-RJ ou erro na fórmula de cálculo. Estas desculpas foram deixadas de lado. A máscara caiu antes do carnaval começar.
Implicitamente, na nova versão, o governo divide a responsabilidade pelo aumento abusivo (simples "atualização" para o governo) com os vereadores. Para aumentar abusivamente (ou "atualizar") "o preço médio do metro quadrado em cada via da cidade" precisava mexer na Planta de Valores de 2009. E para isso precisava dos vereadores. De pelo menos seis deles, por se tratar de Lei Complementar (LC). O que foi feito em 31/12/2014 com a LC 36.
Finaliza a nota, como se pedisse desculpas, apesar de afirmar que o aumento abusivo não foi "uma vontade da prefeitura", prometendo reajustar anualmente a Planta de Valores, para que não aconteça de novo "o que aconteceu agora em 2016". Provavelmente, não faltarão vereadores para a missão governamental.
Vejam o trecho da nota que fala do aumento abusivo do IPTU:
"O
IPTU não era reajustado há anos e com isso locais onde antes
existia apenas um terreno e hoje já existem condomínios, pagavam
IPTU desatualizado que não levava em conta a construção. Tinha
gente pagando IPTU como terreno sendo que já morava em uma casa.
Com
a atualização, o cálculo foi refeito. Não foi um aumento e não
foi uma vontade da prefeitura. O tributo é definido com base no
valor venal do imóvel, calculado a partir da Planta Genérica de
Valores Imobiliários (PGVI) do município. Este documento oficial
cataloga o preço médio do metro quadrado em cada via da cidade.
O
ideal é que este valor seja reajustado anualmente, para que não
aconteça o que aconteceu agora em 2016".
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