Acampados na Prefeitura, do Facebook de Taz Mureb |
PM joga spray de pimenta no olho da rapper Taz Mureb quando ela estava sentada nesta terça-feira (18) em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio. "Taz Mureb estava acampada há 12 dias em frente à Prefeitura da cidade em protesto realizado por artistas que pedem o pagamento da verba de um edital para projetos culturais. O atraso vem desde o fim do ano. Três manifestantes foram detidos após colocarem uma piscina de plástico em frente à Prefeitura, fazendo alusão ao parque aquático do prefeito Alair Corrêa.
Durante a manhã, uma piscina inflável cheia de água foi colocada na entrada da Prefeitura. Nela os manifestantes escoraram uma placa com a mensagem "Riala, só voltou a ativa qdo (sic) o prefeito voltou", fazendo uma alusão ao novo mandato do prefeito Alair Corrêa e a reativação do parque aquático de propriedade do político". Pra mim, a piscina enfureceu o Prefeito.
Do Facebook de Taz Mureb |
Segundo o comandante do 25º Batalhão da PM, tenente-coronel Ruy França o spray de pimenta deve ser usado para evitar o contato físico durante uma abordagem.
Protesto começou após 4 promessas não cumpridas
Os artistas decidiram protestar na quinta-feira (6) após a Prefeitura descumprir quatro promessas de depositar o dinheiro do Proedi (Programa Municipal de Editais de Fomento e Difusão Cultural). O edital prometia destinar R$ 560 mil para 28 projetos selecionados.
Ao chegar no local, a rapper Taz Mureb foi abordada e chegou a discutir com guardas municipais que queriam tirá-la do local . Taz acabou sendo convencida a sair com a promessa de que teria o dinheiro depositado no dia seguinte, mas, na manhã de sexta-feira (7), após uma reunião na Prefeitura, decidiu voltar para o acampamento e chamar mais gente.
Segundo os manifestantes, muitos contemplados investiram seus próprios recursos para iniciar os projetos e não tiveram o retorno. Outro problema é que os orçamentos que serviram de base para a elaboração dos aprovados estão perdendo o valor, conforme explica o contemplado Carlos Henrique Ferreira
"Esse atraso está me causando vários problemas. A gráfica já quer aumentar o preço da impressão porque o orçamento é do ano passado. Sem contar que o lançamento do livro está marcado para o dia 10 de setembro e não sei se será possível cumprir. Ainda tem a Bienal do Rio no mês que vem, que também estou na dúvida se vai dar tempo. É uma falta de respeito", afirma ele, que deve receber R$ 10 mil para o lançamento de um livro.
"Prometeram em janeiro, a gente esperou, depois ia sair em abril, a gente esperou, depois em junho e o prazo final foi nesta quinta (6 de agosto). A Prefeitura não deu nenhuma satisfação pra gente", revolta-se Taz Mureb.
"Artistas da cidade deveriam estar aqui, aderir a esse movimento porque é a nosso favor. Enquanto isso não acontece, vamos interagindo com a população. Não estamos conseguindo usar os banheiros da Prefeitura porque fomos impedidos. Estamos usando os banheiros do comércio, comendo o que moradores no entorno da Prefeitura estão trazendo para nós", continuou.
Fonte: G1
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