sábado, 4 de outubro de 2014

A cooperativa COCARE e o fake governista

Deu no Facebook do fake "Leontina Gomide Leonidas":

Ontem (03/10/2014) às 07:19 ·
"Algumas postagens nas redes sociais são uma tanto complicadas de serem entendidas. O ex vice- presidente do PT, ex secretário de meio ambiente e ex vice- prefeito, digo ex pois o " cara" nunca fez nada produtivo pelos município. Juntamente com o Luiz Carlos Gomes, ou luiz do pt, luiz do psol, bloqueiro do município.Voltaram a criticar tudo e todos.

O professor de cabeça branca, hj critica a saúde e o ensino do município. Deixou uma pergunta a você que esra lendo esta postagem: uma professor que finge dar aula, que ganha o salário e não aparece para trabalhar têm condições e moral para falar de ensino?

Uma membro de partido político que usa de meios duvidosos para gerir seu partido ( benefícios para sí) têm condições para apontar alguém???

Pq o blogueiro agora é contra tudo? qual a verdadeira intenção desses dois professores?
Quem é o professor blogueiro? Quem é o ex, ex um monte de coisas???
Vovó vai contar, esperem que a vovó vai contar....."

Walter Piana e Cooperativa Cocare curtiram isso.

Meu comentário:

Não comento de modo algum postagens de fakes covardes. Compreendo a curtida de Walter Piana. Não sei se ele está empregado na Prefeitura, mas sua esposa e filha (ou enteada) têm boas boquinhas lá. O que é incompreensível é o fato de uma entidade civil, uma cooperativa, se posicionar desta maneira. Precisamos acabar com essa mania das pessoas acharem que são donas das entidades. Acham que podem falar em nome delas sem nenhuma consulta prévia aos seus associados. Será que todos os cooperados da COCARE concordam com a curtida? A coisa é ainda mais grave porque a cooperativa tem interesses sendo discutidos atualmente no Conselho de Meio Ambiente de Búzios. Aquele que se manifestou em nome da entidade não estaria puxando o saco do governo, curtindo críticas de um covarde fake governista a oposicionistas, por algum inconfessado interesse pessoal? Coisa feia, que trás muito descrédito para a Cooperativa!

Comentários no Facebook:






  • Patricia Pardo não entendi
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  • Cooperativa Cocare PARA ESCLARECER A POPULAÇÃO, NÃO SOMOS CONTRA A NENHUM PARTIDO , CURTI UM COMENTARIO QUWE O SR FEZ EM QUE O SECRETARIO NÃO FEZ NADA POR NOS E ACABOU COM NOSSAS ESPERANÇAS E TRABALHOS NOSSOS, QUE AGORA VOLTA A ESPERANÇA COM ESTA NOVA SECRETARIA E CONSELHO NOS AJUDANDO POR FAVOR DESCONSIDERE POIS O QUE HOUVE FOI UM MAL ENTENDIDO NA CURTIDA DO SEU COMENTARIO.
  • Patricia Pardo Deve ter algum erro em tudo isso. Nada que fosse resolvido, se atende-se o telefone postado na sua página, essa acusação não foi legal.
  • Cooperativa Cocare INFELIZMENTE NÃO ATENDE O TELEFONE E TUDO ISTO FOI UM ENGANO EM CURTIR UMA POSTAGEM. ENFIM VOLTA A ESPERANÇA PARA ESTA CLASSE QUE NINGUEM NUNCA OLHOU.vENHA CONHECER

    • Cooperativa Cocare Já foi resolvido pelo telefone, eu Patricia Pardo entrei na página da COCARE e eliminei um fake, que a função dele o dela foi confundir aos que pouco entendem destas ferramentas atuais.
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    • Carlos Alberto Guidini CONHEÇO MUITO BEM O TRABALHO DA COOPERATIVA, BEM COMO DE SEUS DIRETORES. SEMPRE ACHEI QUE, PELO TRABALHO QUE VEM SENDO EXECUTADO, NUNCA RECEBERAM A ATENÇÃO DEVIDA POR PARTE DO PODER PÚBLICO...
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  • Meu comentário:

    Eu não fiz comentário algum a respeito da atuação do ex-secretário de meio ambiente Carlos Alberto Muniz. Quem fez referência a ele foi o fake Leontina. As pessoas e, principalmente, as entidades civis de Búzios precisam ter muito cuidado quando se manifestam pelas redes sociais. Quem curtiu somente as críticas (ao meu ver injustas, porque pessoais) ao ex-secretário deveria esclarecer muito bem que a curtida não é extensiva à minha pessoa. Reafirmo que o perfil da cooperativa COCARE não deve ser usado irresponsavelmente.

    Comentários no Google+:








    Patricia Pardo

    11 minutos atrás (editada)  -  Compartilhada publicamente
    Deve ter algum erro em tudo isso. Nada que fosse resolvido, se atende-se o telefone postado na sua página, essa acusação não foi legal.
     
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    Iula Oliveira

    23 minutos atrás  -  Compartilhada publicamente
    POR FAVOR DESCONSIDERE POIS FOI CURTIDO O SEU COMENTARIO , POIS ELE REALMENTE NÃO FEZ NADA PARA NOS AJUDAR E ACABOU COM ESPERANÇAS, LUTAS, TRABALHO E AGORA COM ESTE NOVO SECRETARIO AS ES´PERANÇAS VOLTAM O SENHOR POR FAVOR DESCONSIDERE NÃO SOMOS CONTRA A NENHUM PARTIDO 

    sexta-feira, 3 de outubro de 2014

    Má gestão financeira

    Audiência Pública de apresentação do Relatório de Gestão Fiscal 

    Quem assistiu a Audiência Pública de apresentação dos relatórios de Gestão Fiscal da Prefeitura de Armação dos Búzios, referentes ao 2º semestre de 2014, deve ter ficado preocupado. Passados oito meses deste exercício fiscal, o desgoverno atual investiu míseros R$ 2.047.785,00 no município. Com um orçamento com receitas previstas de R$ 210 milhões, isso significa menos de 1%. Pelo andar da carruagem vamos terminar o ano com menos de 2%. Desde 2005, nosso sucessivos desgovernos vêm investindo menos de 10% das suas receitas totais. Este desgoverno está há dois anos sem conseguir investir esse valor. Isso significa que não teremos recursos financeiros suficientes para resolver nenhum dos nossos problemas estruturais tais como saneamento básico, mobilidade urbana, regularização fundiária, educação de qualidade, Saúde, Segurança, preservação ambiental, geração de trabalho e renda, etc.

    Não se têm recursos porque o desgoverno municipal optou por sustentar com dinheiro público seu curral eleitoral de mais de 500 comissionados e os amigos donos das empresas terceirizadas. Em 2013, nosso desgoverno torrou irresponsavelmente R$ 107.737.927,40 com a folha de pagamento, o que corresponde a 54,86% de toda receita municipal. Outros 42%, equivalentes a mais de R$ 80 milhões, foram gastos com a manutenção da máquina pública, realizada, em sua quase totalidade, desnecessariamente por empresas terceirizadas de amigos e cabos eleitorais. A maioria delas com preços superfaturados. Sobraram apenas 4%, que não dá para investir em quase nada. Ou melhor, só dá pra investir em política pública pobre para o povo pobre.

    Este ano estamos refazendo o mesmo descaminho. No 2º quadrimestre, o desgoverno atual conseguiu reduzir o gasto com a folha de pagamento em pouco mais de 1%, para 53,51%.  Continuamos acima do limite prudencial que é de 51,30%. Suspeito que um desgoverno que não dá a mínima para os funcionários públicos concursados mantenha as coisas estão assim deliberadamente. A irresponsabilidade fiscal serve de justificativa para se adiar sine die a criação do Plano de Cargos e Salários! Argumento na ponta da língua: não se tem recursos!

    Este desgoverno está gastando acima do limite prudencial desde o 2º quadrimestre do ano passado quando a folha de pagamento bateu nos estratosféricos 56,08%. Nunca antes neste município havia acontecido tal fenômeno! Registre-se que o novo desgoverno recebeu a folha do desgoverno anterior comprometida com 49,60% das receitas totais, pouco abaixo, mas abaixo do limite prudencial. 

    O problema se torna mais grave ainda porque a má gestão não se dá apenas na ponta dos gastos. Além de não saber gastar, nosso desgoverno também não sabe arrecadar. Tudo indica que a arrecadação tributária deste ano, assim como a de 2013,  será inferior a de 2012, que somou R$ 36,338 milhões. Como até o 2º quadrimestre de 2014 haviam sido arrecadados R$ 21.030,790,40, estima-se que até o final do ano a nossa receita tributária própria não deverá ultrapassar R$ 31 milhões de reais. 

    Apenas para mostrar que um outro mundo é possível, que o município pode e deve ser administrado de outra forma, segue dados financeiros do nosso vizinho Rio das Ostras. Em 2012, ele foi o município do Estado do Rio de Janeiro que obteve a maior taxa de investimentos. Nesse ano, sua receita foi de R$ 732.529.372. Como gastou apenas 31,72% destas receitas com a folha de pagamento, o Prefeito Carlos Augusto pode investir R$ 224.760.007,00 (31% das receitas totais) no desenvolvimento do Município. Se Búzios investisse o mesmo percentual teríamos mais de R$ 60 milhões de reais para investimentos em vez de dispormos apenas pouco mais de R$ 4 milhões. Isso significa que Rio das Ostras investiu em um ano apenas recursos equivalentes à totalidade das receitas anuais de Búzios! No ritmo de investimento que vem adotando Búzios vai precisar de mais de 10 anos para investir recursos equivalentes!

    O povo de Búzios- legítimo dono dos recursos financeiros municipais- não pode permitir que seus recursos continuem sendo geridos desta forma. Basta!

    Fonte: Estudos Socioeconômicos, TCE-RJ

    quarta-feira, 1 de outubro de 2014

    Reunião do curral eleitoral

    Local do evento

    Amanhã, dia 2, às 18:00 horas, na Marina Eventos (ver foto), será realizada um ENCONTRO POLÍTICO quando um grande Líder de Búzios reunirá a sua turma para pedir votos para o seu candidato a Deputado Estadual. Todos os intimados, OPS, melhor dizendo, convidados, deverão comparecer. Ai daquele que faltar!

    O ENCONTRO já faz parte do calendário de eventos da Cidade, sendo realizado sempre nos anos pares e bem próximo ao dia da eleição.

    Calcula-se que mais de 500 pessoas estarão presentes. Muita atenção deverá ser dada à grande quantidade de carros estacionados ao longo da Estrada JBRDantas. 

    Observação: a Justiça Eleitoral de Búzios bem que poderia dar uma passadinha por lá para atestar se tudo saiu nos "conformes".

    Comentários no Facebook:


  • Jose Figueiredo Sena Sena Luiz Carlos Gomes , você sabia que já tem umas apostas correndo por ai querendo saber quantos votos vai ter o candidato tanto para o " Estadual " e também para o "Federal ", sempre com quem depois da apuração estiver com menos votos , o negocio tá brabo ,o que tem gente torcendo para o menos votos .
  • Jose Figueiredo Sena Sena Luiz Carlos Gomes , não vou dizer o nome , mais tem um candidato que meus ex- alunos e também meus alunos não vota mesmo , não tem jeito , minha caixa de mensagens tá lotada .

  • JLM Imóveis

    Shopping Enseada do Gancho, Est J.B. Ribeiro Dantas, S/N, Loja 04

    terça-feira, 30 de setembro de 2014

    Continuamos com pendências no CAUC

    CAUC 1
    CAUC 2
    CAUC 3
    Fonte: http://consulta.tesouro.fazenda.gov.br/transferencias_voluntarias_novosite/situacao_pdf.asp?op=3&cod=0770&cnpj=01616171000102http://consulta.tesouro.fazenda.gov.br/transferencias_voluntarias_novosite/situacao_pdf.asp?op=3&cod=0770&cnpj=01616171000102

    Meu comentário:

    O CAUC é o serviço auxiliar para transferências voluntárias. A inadimplência impede que o governo federal firme convênios com os entes municipais. Em 7 de agosto a situação estava pior (ver post "Estão todos inadimplentes 1: Armação dos Búzios" , mas algumas pendências permanecem.
    .
    Comentários no Facebook:


    Vanderley Coutinho estamos no atraso tem município bem pertinho com investimento federal de 200 milhões com as contas em dia


    A homofobia de Levy Fidelix doeu tanto quanto o silêncio dos candidatos

    "Um dos pontos mais baixos da campanha presidencial foi protagonizado por Levy Fidelix (PRTB), na madrugada desta segunda (29), durante o debate dos presidenciáveis organizado pela TV Record.

    Questionado por Luciana Genro sobre direitos homoafetivos, ele soltou um rosário de impropérios que fariam corar até os mais fundamentalistas dos parlamentares religiosos. Começou afirmando que “dois iguais não fazem filho'', que “aparelho excretor não reproduz'' e ainda teve tempo para comparar homossexuais a quem pratica o crime de pedofilia. Ao final, conclamou: “Vamos ter coragem! Nós somos maioria! Vamos enfrentar essa minoria. Vamos enfrentá-los''.

    Algumas considerações:

    1) Levy Fidelix era visto por parte da população como um personagem caricato e por parte dos jornalistas como um aproveitador à frente de uma legenda de aluguel. Após esse discurso incitador de violência contra homossexuais, poderia muito bem entrar na categoria de criminoso.

    2) Nas redes sociais, parte dos leitores apoiaram Levy Fidelix “por ele ter a coragem de dizer o que pensa''. Isso não é coragem, é idiotice. Se ele pensa aquele pacote de sandices, que guarde para si e não propague isso em uma rede nacional de TV, concessão pública, sendo visto por milhões de pessoas, difundindo e promovendo o ódio contra pessoas.

    3) Discordo de quem afirma que é melhor que isso seja dito abertamente para mostrar o que ocorre no subterrâneo da sociedade. Porque isso não está no subterrâneo. Esse esgoto corre a céu aberto, dia a pós dia, dito e repetido exaustivamente, justificando atos de violência. Acham que os indignados com a ceninha feita por Levy no debate são a maioria da população? Sabem de nada, inocentes! A maioria achou graça no que ele falou ou mesmo concordou com ele. Revelar o quê, portanto? O espelho no qual a maioria já se vê diariamente?

    4) Fosse uma eleição decente, com candidatos que realmente estão preocupados com a dignidade das pessoas, todos e todas iriam repudiar veementemente a fala homofóbica de Levy ao final do debate. Mas é cada um por si em um grande “vamos usar nosso tempo precioso para tentar angariar alguns votos na fala final''. Ou, pior: “melhor não falar nada para não perder os votos dos malucos que concordam com o que ele disse''.

    Pessoas como Levy Fidelix deveriam também ser responsabilizadas por conta de atos bárbaros de homofobia que pipocam aqui e ali – de ataques com lâmpadas fluorescentes na Avenida Paulista a espancamentos no interior do Nordeste. Pessoas como ele dizem que não incitam a violência. Não é a mão delas que segura a faca ou o revólver, mas é a sobreposicão de seus discursos ao longo do tempo que distorce o mundo e torna o ato de esfaquear, atirar e atacar banais. Ou, melhor dizendo, “necessários'', quase um pedido do céu. São pessoas como ele que alimentam lentamente a intolerância, que depois será consumida pelos malucos que fazem o serviço sujo.

    Nessas horas, a gente percebe a falta que faz uma lei contra a homofobia".

    Leonardo Sakamoto



    Ver também:



    Uso da máquina pública

    Ex-vereador Francisco Neves, assessor II do Prefeito e funcionários públicos em campanha para Paulo Melo 
    Ex-vereador Francisco Neves e o seu fusquinha amarelo em campanha eleitoral
    Funcionários públicos municipais em campanha eleitoral para Paulo Melo próximo ao posto da Marina

    O ex-vereador Francisco Neves que teve sua candidatura a vereador indeferida em 2012 com base na Lei da Ficha-Suja, atualmente lotado na Chefia de Gabinete como Assessor II (Matricula 12.168), foi flagrado durante horário de expediente, à tarde, na última sexta-feira, juntamente com outros funcionários públicos da secretaria de Ordem Pública, fazendo campanha eleitoral para o deputado estadual Paulo Melo.

    Afixaram duas placas do candidato ao que parece em local proibido pela legislação eleitoral, por estarem localizadas muito próximas de vias públicas.

    Ficha-suja pode trabalhar na Prefeitura? Alô vereadores, por onde anda o Projeto de Lei que pretendia barrar a contratação deles em Búzios?

    Alô Justiça Eleitoral? Funcionários públicos durante o horário de trabalho podem fazer campanha eleitoral para o candidato do Prefeito?

    Os veículos utilizados pertencem a particulares ou são da Prefeitura?

    Comentários:


    • Jose Figueiredo Sena Sena Ou Luiz Carlos Gomes , muitas vezes o Político ou ex- Político esta dando uma passadinha nesta hora que tem pessoas muito boa tentando colocar mais uma PLACA de candidato para abrilhantar mais a nossa CIDADE , e naquela "ANSIEDADE " de querer dar uma força o que é muito comum em épocas de eleições , vamos esperar dia 06/10/2014 né .
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    • Jose Figueiredo Sena Sena Luiz Carlos Gomes hoje é muito comum em épocas de eleições o já manjado " ENROLA TROUXA " e o sempre popular " TROUXA ENROLADO " , o que é na verdade a mesma coisa , existe sim uma pequetita diferença o primeiro é o trouxa querendo enrolar , e segundo já é o trouxa enrolado , e assim vamos que vamos .
         

    domingo, 28 de setembro de 2014

    Construção Civil de Búzios em debate

    Recebi dois e-mails do leitor Emmanuel Danilo Lemos a partir da publicação dos três posts abaixo:   
    Construção Civil

    Caro Luiz,

    Vc está usando o velho raciocínio lógico básico Aristotélico, como bem o disserte para conclusões de ideias aleias. É obvio que a mão de obra formal não é parâmetro para avaliar o desempenho da construção civil em Búzios, não que não possa servir de parâmetro. Eu diria que 60 a 90 % da mão de obra empregada na construção civil em Búzios é informal, mas também não tenho como demonstrar, é do mesmo jeito que você faz em sua casa, contrata um pedreiro para fazer os serviços de reforma, pintura, encanamento, etc. Você faz o registro formal deste profissional, recolhe o INSS e o ISS?

    Um indicador útil seria o ISS no aceite das obras, outro, seriam as licenças concedidas, outro seriam as obras em andamento. Não seria difícil uma pesquisa, amostral (mínimo 13), com pequenos construtores.

    É importante saber também que os números de 2013 e 2014, ainda, são reflexo das licenças concedidas em 2012. O caminho pra frente já se mostra preocupante. Você pode ter razão, mas não se deve ter preconceito.

    Um grande abraço e parabéns pelas iniciativas e coragem.

    Ainda a construção civil

    Caro Luiz,

    Realmente vc faz um trabalho sério e extraordinário com dados e informações para orientar e conscientizar os munícipes sobre a situação da cidade. Eu vou me permitir uma visão um pouco diferente da sua, mas respeitando e admirando seu trabalho.

    Com todo respeito é um engano achar que a Construção Civil não tem relevância para o município. Primeiro é preciso distinguir construção civil de especulação imobiliária. A construção civil é uma atividade nobre e de fundamental importância para a organização social do modo em que vivemos. A construção civil promove a organização dos espaços urbano, proporcionando a moradia, as instalações para todo os equipamentos urbano (hospitais, escolas, indústria, comércio, etc.), permite a integração territorial por meio de estradas, munidas de obras de arte corrente e especiais, constrói portos, aeroportos, barragens, instalações para saneamento básico, tratamento e fornecimento de água, pavimentação, drenagem, etc., etc.,etc.

    Quanto a arrecadação municipal, a receita própria, se não me engano, representa apenas 25 % do orçamento do município e que, destes 25%, ~ 65% são provenientes dos ativos produzidos pela construção civil (IPTU + ITBI + ISS). Em suma o município vive nababescamente das transferências obrigatórias e dos generosos royalties do petróleo, pouco se importando ou se esforçando para as atividades econômicas da cidade. O governante, ainda, se vale de ser o empregador mais cobiçado da cidade e o maior, ou um dos maiores, contratante de serviços.

    Danilo

    Meu comentário

    Realmente o dado “emprego formal” não é o melhor parâmetro para avaliar o desempenho da Construção Civil em Búzios. Você tem razão quando diz que o valor pago pelo ISS de obras seria o melhor critério. O problema é que não temos esse registro disponível no Portal da Transparência mês a mês, e ano a ano, para podermos estabelecer uma série contínua de comparação entre os vários períodos dos governos.

    No Portal da Transparência da Prefeitura de Búzios só foram disponibilizados os dados do ano de 2013, e 2014 até o mês de junho. A inexistência de dados dos governos anteriores impede que se faça o estudo comparativo. E mesmo os dados divulgados referem-se à ISS QN de todos os prestadores de serviços, não discriminando os valores do ISS do setor da Construção Civil. No ano de 2014, a partir de março, encontramos valores para taxa de licença para execução de obra. Mas, como disse, a impossibilidade de se ter em mãos uma série histórica contendo grandes períodos impede o estudo.

    No site do TCE encontramos disponibilizados nos “Estudos Socioeconômicos de Búzios”, de 2001 a 2013, informações sobre o PIB de Búzios no qual podemos ter um quadro da participação do setor na riqueza total municipal. Em 1999, a Construção Civil era o setor econômico que mais contribuía para a formação do PIB de Búzios, calculado a custo de fatores.  A Construção Civil contribuía com R$ 24,173 milhões (29,22%), quase um terço do PIB total de R$ 82,721 milhões. Era o tempo áureo da Construção Civil buziana. Também pudera. Construía-se à vontade pois não existia regramento algum. Ainda não tínhamos a Lei do Uso do Solo (LUOS) e o Plano Diretor (PD). O setor era tão importante que desbancava setores de destaque como o de “Serviços” (2º colocado, com 22,416 milhões), “Aluguéis” (3º colocado, com 21,850 milhões) e “Administração Pública” (4º colocado, com 13,206 milhões).

    Com a edição de nossa primeira LUOS em 2000, o setor vê despencar a sua importância na Economia buziana. Nesse mesmo ano, a sua contribuição cai para 18%, percentual mantido em 2001, nova queda em 2002 para 13% e em 2003 para 10,3%. Volta aos patamares anteriores em  2004 (18,8%) e 2005 (20,5%), para novamente cair em 2006 para 11,7%, ano em que o município passa a ter um PD. Daí em diante não se consegue mais dados devido à mudança de metodologia do IBGE que passou a considerar apenas três setores econômicos: “agropecuária”, “Indústria”, “administração pública” e “serviços”. O setor da construção civil mistura-se a outros serviços.

    A partir do ano 2000, o setor de serviços passa a ocupar o primeiro lugar na formação do PIB buziano. Para o PIB de 2006, de 264 milhões de reais, o setor contribuiu com quase 40%, ou seja 102,582 milhões de reais. Aluguéis, em segundo, com 34.800 milhões (13,1%). Em terceiro, Administração Pública, com 31,725 milhões de reais (11,8%). No período, o setor da Construção Civil despencou do 1º para o 4º lugar em importância na economia de Búzios. Acredito que desde então nunca mais se recuperou, pelo menos nos patamares anteriores.

    Está correta a sua informação de que apenas 25% (26,4% em 2012) de nossa arrecadação municipal é constituída de recursos próprios. Mas dizer que 65% destes recursos sejam provenientes dos ativos produzidos pela Construção Civil é um exagero de quem parece estar puxando a brasa para a sua sardinha. Uma coisa são ativos outra, bem diferente, são receitas anuais.

    Está mais do que claro que o setor que mais contribui para o incremento das receitas próprias municipais é o setor de serviços, setor mais importante da economia buziana desde o ano de 2000, destacando-se entre eles o setor de Alojamento e Alimentação. Mais de 53% (6.352 trabalhadores) dos empregos formais de Búzios vêm do setor. Somado ao setor Comércio (2.122 empregos), empregam mais de 70% dos trabalhadores buzianos. O “empregador mais cobiçado da Cidade” concluiu o ano de 2013 com 2.959 (24,7% da força de trabalho) empregados. A construção civil, com 357.

    Grande abraço,

    Luiz