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sábado, 7 de setembro de 2019

Búzios empobreceu: já fomos o 4º município mais rico do Estado; hoje somos o 12º



No contexto regional ou municipal, a metodologia para apuração do PIB apresenta apenas os três setores de atividade econômica- agropecuária, indústria e serviços- , abrindo detalhamento somente ao subsetor de administração pública. A mudança, ocorrida há alguns anos, também excluiu a separação da produção de petróleo e gás natural na Bacia de Campos, passando a integrar as produções industriais de municípios.

Por conseguinte, evolução do desempenho da indústria fica mascarada pela impossibilidade de separação da atividade de extração de petróleo e gás dos demais subsetores industriais.

Os dados mais recentes divulgados pelo IBGE referem-se ao período de 2010 a 2016. Em nível nacional, o Estado do Rio de Janeiro possui nove municípios entre os 100 maiores produtos. Além da capital, que representou 5,26% do PIB brasileiro em 2016 (329,431 bilhões de reais), ocupando o 2º lugar no ranking nacional, destacaram-se os municípios de Duque de Caxias (22º lugar, com 39,857 bi)), Niterói (31º lugar, 23,003 bi), Macaé (49º lugar, 17,580 bi), Campos dos Goytacazes (50º lugar, 17,283 bi), São Gonçalo (52º lugar), Nova Iguaçu (54º lugar), Petrópolis (73º lugar) e Volta Redonda (87º lugar). A pequena Búzios ocupa o 530º lugar com um PIB de 1,474 bilhões de reais em 2016.

No período 2014 a 2016 o PIB de Búzios vem caindo. Em 2014 era de 3,983 bilhões de reais. Em 2015, caiu para 2,282 bi. E caiu novamente em 2016, para 1,474 bi. Administração Pública (284,1 milhões de reais) e Agropecuária (8,563 milhões) mantiveram-se praticamente estáveis no período, mas Serviços e Indústria caíram. Os Serviços que representavam 1,330 bilhões em 2014 cairam para 819,1 milhões de reais em 2016. A Indústria, que também caiu, teve uma queda ainda maior, de 2,281 bi para 285,6 milhões em 2016.

No Estado do Rio de Janeiro, o PIB de Búzios caiu da 24ª colocação em 2014 (3,983 bi de reais) para a 40ª posição em 2016 (1,474 bi).

Consequentemente, o PIB per capita despencou. Era de 130.875,98 em 2014 (4º lugar no Estado, 23º no Brasil). Passou para 73.477,95 no ano seguinte (7º lugar no estado e 92º no Brasil). E caiu novamente em 2016 para 46.566,38 (12º lugar, 357º no Brasil). Búzios que era o 23º município mais rico do país em 2014, caiu para o 92º lugar em 2015 e despencou para o 357º em 2016.

Entre os municípios da Região dos Lagos Búzios continua sendo o mais rico com a renda per capita de 46.566,38 reais em 2016. Em segundo lugar, temos Rio das Ostras com 35.788,18. Em terceiro, Cabo Frio com 33.969,57. Arraial do Cabo vem em seguida com 22.531,94. São Pedro da Aldeia é o quinto com 20.714,33. Araruama é o sexto com 19.748,08. E finalmente, o municipio mais pobre, Iguaba Grande, com renda per capita de 16.153,08 reais.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Búzios é o sexto município mais rico do Estado do Rio de Janeiro

Saíram os "Estudos Socioeconômicos" do TCE-RJ 2015 com dados referentes a 2014 dos 91 municípios do Estado do Rio de Janeiro (exceto o município do Rio de Janeiro). Os dados dos PIBs municipais são de 2013. Como se sabe a forma mais utilizada para se avaliar a riqueza de um país, estado ou município é calculando-se a renda per capita, obtida dividindo-se toda a riqueza do ente federativo (PIB) pela população. Como em 2013 Armação dos Búzios apresentou um PIB de 3,439 bilhões de reais para uma população estimada de 29.790 habitantes, temos R$ 115.444,11 como renda per capita, a sexta maior do estado do Rio de Janeiro. Entre os 5.570 municípios brasileiros é o 45º mais rico.

Para se ter a real dimensão da riqueza do município registre-se que a renda per capita do Brasil em 2013 foi de R$ 27.229,00 e a do Estado, R$ 38.262,00.  

Na Região dos Lagos nem todos os município são ricos. São considerados ricos, ao lado de Búzios, Cabo Frio (10º) e Arraial do Cabo (22º). E pobres: Araruama (56º), São Pedro da Aldeia (68º) e Iguaba Grande (84º). 

O município mais rico do Estado é Porto Real. O mais pobre Japeri. A renda per capita do primeiro (R$ 255.658,30) é 25 vezes maior do que a do segundo.  
        

1) Porto Real – 255.658,30
2) Quissamã - 223.042,26
3) São João da Barra – 212.966,61
4) Campos dos Goytacazes - 122.063,03
5) Rio das Ostras – 121.799,76
6) Armação dos Búzios – 115.444,11
7) Casimiro de Abreu – 105.694,07
8) Itatiaia – 87.008,64
9) Macaé - 85.462,97
10) Cabo Frio – 84.225,68

11) Paraty – 79.960,25
12) Resende - 72.811,77
13) Mangaratiba - 69.501,95
14) Itaguaí – 60.616,93
15) Carapebus – 59.555,05
16) Maricá – 51.533,19
17) Piraí – 49.276,82
18) Rio de Janeiro - 43.941,25
19) Cantagalo – 43.371,08
20) Niterói – 40.284,31

21) Volta Redonda – 39.740,09
22) Arraial do Cabo - 39.319,65
23) Três Rios – 36.661,92
24) Sapucaia – 34.587,86
25) Angra dos Reis – 33.699,58
26) São Francisco de Itabapoana – 33.369,25
27) Petrópolis – 31.753,67
28) Duque de Caxias - 28.730,21
29) Barra Mansa – 28.004,86
30) Comendador Levy Gasparian – 26.834,96

31) Queimados – 25.961,06
32) Rio Bonito - 23.821,77
33) Miguel Pereira – 23.588,86
34) Teresópolis - 23.446,27
35) Cardoso Moreira – 22.953,59
36) Bom Jardim – 22.623,77
37) Seropédica - 22.607,97
38) Itaboraí – 22.282,21
39) Saquarema - 21.975,53
40) Macuco – 21.270,79

41) Santo Antônio de Pádua – 21.107,13
42) Sumidouro - 20.816,90
43) Areal – 20.635,01
44) Vassouras - 20.579,71
45) Nova Friburgo – 20.185,88
46) Quatis – 19.675,13
47) Itaperuna - 19.425,87
48) Rio das Flores - 19.363,98
49) Valença – 19.183,32
50) Cachoeiras de Macacu – 18.067,05

51) Paraíba do Sul – 18.063,86
52) Italva - 17.941,43
53) São José de Ubá – 17.740,89
54) Barra do Piraí - 17.708,97
55) Itaocara – 17.419,96
56) Araruama - 17.385,31
57) Carmo – 16.966,80
58) Cambuci -16.945,34
59) Duas Barras - 16.850,95
60) Laje do Muriaé – 16.642,02


61) São José do Vale do Rio Preto – 16.499,12
62) Rio Claro – 16.490,74
63) Nova Iguaçu – 16.477,64
64) Bom Jesus do Itabapoana - 16.309,80
65) São Fidélis – 16.038,20
66) Nilópolis - 15.960,35
67) Silva Jardim – 15.828,89
68) São Pedro da Aldeia - 15.588,81
69) São Sebastião do Alto - 15.508,51
70) Trajano de Moraes – 14.830,25

71) Natividade - 14.791,32
72) Paty do Alferes - 14.762,64
73) Porciúncula - 14.560,98
74) Santa Maria Madalena - 14.463,68
75) Tanguá – 14.327,43
76) São João de Meriti – 14.163,02
77) Cordeiro - 14.065,44
78) São Gonçalo – 13.714,57
79) Engenheiro Paulo de Frontin - 13.410,12
80) Miracema – 13.247,98

81) Belford Roxo - 13.247,85
82) Guapimirim - 13.188,22
83) Magé – 13.105,19
84) Iguaba Grande – 12.929,86
85) Varre-e-Sai – 12.882,00
86) Mendes – 12.736,32
87) Aperibé - 12.643,42
88) Paracambi – 12.320,94
89) Conceição de Macabu - 12.014,17
90) Pinheiral – 11.905,55

91) Mesquita – 11.090,48
92) Japeri – 10.162,07

Fonte: IBGE

terça-feira, 16 de junho de 2015

Relação dos 12 municípios mais ricos do estado do Rio de Janeiro

Entre os 12 municípios mais ricos do estado do Rio de Janeiro, quatro pertencem à Região das Baixadas Litorâneas. Armação dos Búzios permanece em 7º lugar. Os dados são de 2012 (IBGE). 

Renda per capita (PIB/população):

1º) Quissamã - R$ 230.345,00 

2º) Porto Real - R$ 174.373,00

3º) São João da Barra - R$ 146.205,00

4º) Rio das Ostras - R$ 97.537,00

5º) Campos - R$ 95.552,00

6º) Casimiro de Abreu - R$ 95.072,00

7º) Armação dos Búzios - R$ 84.933,00

8º) Itatiaia - R$ 73.569,00

9º) Macaé - R$ 66.345,00

10º) Carapebus - R$ 64.804,00

11º) Cabo Frio - R$ 63.940,00

12º) Angra dos Reis - R$ 61.961,00

Fonte: IBGE

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domingo, 14 de dezembro de 2014

Búzios é o sétimo município mais rico do estado do Rio de Janeiro

Estudo do PIB dos Municípios 2012, IBGE


O IBGE acaba de publicar o PIB e o PIB/capita dos municípios brasileiros de 2012. Para quem estranhar o ano 2012 digo que é assim mesmo. O cálculo do PIB de mais de 5.000 municípios demora mesmo. Em geral, são publicados dois anos depois.

Entre os 100 maiores PIBs, doze são de municípios do estado do Rio de Janeiro. Das baixadas litorâneas, temos dois: Cabo Frio (12,480 bilhões de reais) e Rio das Ostras (11,327 bilhões de reais). O maior PIB municipal do Brasil é o PIB do município de São Paulo (SP) que totaliza 499,375 bilhões de reais, seguido do município do Rio de Janeiro, com 220,924. Em terceiro, vem Brasília (DF), com 171, 235 bi. O maior PIB municipal do estado do Rio de Janeiro, excluída a capital, é o de Campos, com 45,129 bi. Também estão entre os 100 maiores PIBs do Brasil os seguintes municípios do estado do RJ: Duque de Caxias (27,121), Niterói (15,112), Macaé (14,459), Cabo Frio (12,480), São Gonçalo (11,9760, Rio das Ostras (11,327), Angra dos Reis (10,973), Nova Iguaçú (10,665), Volta Redonda (9,187), Petrópolis (9,133) e Belford Roxo (7,542).

Quanto à renda per capita, ou PIB per capita, entre as cem maiores rendas dos municípios brasileiros temos 11 do estado do RJ. Quissamã, que em 2011 possuía a segunda maior renda do estado, em 2012 desbancou Porto Real, passando a liderar o ranking. Sua renda per capita passou de R$ 193.740,96 (2011) para R$ 230.344,73 (2012). Porto Real, 2º em 2012, viu sua riqueza diminuir de R$ 217.465,66 (2011) para R$ 174.372,58 (2012). Os dois municípios figuram ainda entre os 10 mais ricos do país: Quissamã é o 5º e Porto Real, o 8º. 

Do 3º colocado ao 7º não houve em 2012 nenhuma alteração de posição. Vejam a lista:
3º (RJ) e 12º (Brasil) - São João da Barra - R$ 146.205,05
4º) (RJ) e 32º (Brasil) - Rio das Ostras - R$ 97.536,81
5º) (RJ) e 34º (Brasil) - Campos - R$ 95.552,01
6º (RJ) e 35º (Brasil) - Casimiro de Abreu - R$ 95.072,28
7º (RJ) e 45º (Brasil) - Armação dos Búzios - R$ 84.932,64. 

Itatiaia, 9º em 2011, com renda/capita igual a R$ 62.199,83, galgou uma posição em 2012, ficando em 8º lugar no estado e 56º  no Brasil, com R$ 73.568,93 de renda/capita. Angra que ocupava a 8ª posição, caiu para a 11ª, com R$ 61.961,39. Dois novos municípios que não estavam entre os 10 em 2011, passaram a ocupar a 9ª e 10ª posição: Carapebus (R$ 64.804,21) e Cabo Frio (R$ 63.940,15). 

Fonte: ftp://ftp.ibge.gov.br/Pib_Municipios/2012/pibmunic2012.pdf

Observação: 
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domingo, 28 de setembro de 2014

Construção Civil de Búzios em debate

Recebi dois e-mails do leitor Emmanuel Danilo Lemos a partir da publicação dos três posts abaixo:   
Construção Civil

Caro Luiz,

Vc está usando o velho raciocínio lógico básico Aristotélico, como bem o disserte para conclusões de ideias aleias. É obvio que a mão de obra formal não é parâmetro para avaliar o desempenho da construção civil em Búzios, não que não possa servir de parâmetro. Eu diria que 60 a 90 % da mão de obra empregada na construção civil em Búzios é informal, mas também não tenho como demonstrar, é do mesmo jeito que você faz em sua casa, contrata um pedreiro para fazer os serviços de reforma, pintura, encanamento, etc. Você faz o registro formal deste profissional, recolhe o INSS e o ISS?

Um indicador útil seria o ISS no aceite das obras, outro, seriam as licenças concedidas, outro seriam as obras em andamento. Não seria difícil uma pesquisa, amostral (mínimo 13), com pequenos construtores.

É importante saber também que os números de 2013 e 2014, ainda, são reflexo das licenças concedidas em 2012. O caminho pra frente já se mostra preocupante. Você pode ter razão, mas não se deve ter preconceito.

Um grande abraço e parabéns pelas iniciativas e coragem.

Ainda a construção civil

Caro Luiz,

Realmente vc faz um trabalho sério e extraordinário com dados e informações para orientar e conscientizar os munícipes sobre a situação da cidade. Eu vou me permitir uma visão um pouco diferente da sua, mas respeitando e admirando seu trabalho.

Com todo respeito é um engano achar que a Construção Civil não tem relevância para o município. Primeiro é preciso distinguir construção civil de especulação imobiliária. A construção civil é uma atividade nobre e de fundamental importância para a organização social do modo em que vivemos. A construção civil promove a organização dos espaços urbano, proporcionando a moradia, as instalações para todo os equipamentos urbano (hospitais, escolas, indústria, comércio, etc.), permite a integração territorial por meio de estradas, munidas de obras de arte corrente e especiais, constrói portos, aeroportos, barragens, instalações para saneamento básico, tratamento e fornecimento de água, pavimentação, drenagem, etc., etc.,etc.

Quanto a arrecadação municipal, a receita própria, se não me engano, representa apenas 25 % do orçamento do município e que, destes 25%, ~ 65% são provenientes dos ativos produzidos pela construção civil (IPTU + ITBI + ISS). Em suma o município vive nababescamente das transferências obrigatórias e dos generosos royalties do petróleo, pouco se importando ou se esforçando para as atividades econômicas da cidade. O governante, ainda, se vale de ser o empregador mais cobiçado da cidade e o maior, ou um dos maiores, contratante de serviços.

Danilo

Meu comentário

Realmente o dado “emprego formal” não é o melhor parâmetro para avaliar o desempenho da Construção Civil em Búzios. Você tem razão quando diz que o valor pago pelo ISS de obras seria o melhor critério. O problema é que não temos esse registro disponível no Portal da Transparência mês a mês, e ano a ano, para podermos estabelecer uma série contínua de comparação entre os vários períodos dos governos.

No Portal da Transparência da Prefeitura de Búzios só foram disponibilizados os dados do ano de 2013, e 2014 até o mês de junho. A inexistência de dados dos governos anteriores impede que se faça o estudo comparativo. E mesmo os dados divulgados referem-se à ISS QN de todos os prestadores de serviços, não discriminando os valores do ISS do setor da Construção Civil. No ano de 2014, a partir de março, encontramos valores para taxa de licença para execução de obra. Mas, como disse, a impossibilidade de se ter em mãos uma série histórica contendo grandes períodos impede o estudo.

No site do TCE encontramos disponibilizados nos “Estudos Socioeconômicos de Búzios”, de 2001 a 2013, informações sobre o PIB de Búzios no qual podemos ter um quadro da participação do setor na riqueza total municipal. Em 1999, a Construção Civil era o setor econômico que mais contribuía para a formação do PIB de Búzios, calculado a custo de fatores.  A Construção Civil contribuía com R$ 24,173 milhões (29,22%), quase um terço do PIB total de R$ 82,721 milhões. Era o tempo áureo da Construção Civil buziana. Também pudera. Construía-se à vontade pois não existia regramento algum. Ainda não tínhamos a Lei do Uso do Solo (LUOS) e o Plano Diretor (PD). O setor era tão importante que desbancava setores de destaque como o de “Serviços” (2º colocado, com 22,416 milhões), “Aluguéis” (3º colocado, com 21,850 milhões) e “Administração Pública” (4º colocado, com 13,206 milhões).

Com a edição de nossa primeira LUOS em 2000, o setor vê despencar a sua importância na Economia buziana. Nesse mesmo ano, a sua contribuição cai para 18%, percentual mantido em 2001, nova queda em 2002 para 13% e em 2003 para 10,3%. Volta aos patamares anteriores em  2004 (18,8%) e 2005 (20,5%), para novamente cair em 2006 para 11,7%, ano em que o município passa a ter um PD. Daí em diante não se consegue mais dados devido à mudança de metodologia do IBGE que passou a considerar apenas três setores econômicos: “agropecuária”, “Indústria”, “administração pública” e “serviços”. O setor da construção civil mistura-se a outros serviços.

A partir do ano 2000, o setor de serviços passa a ocupar o primeiro lugar na formação do PIB buziano. Para o PIB de 2006, de 264 milhões de reais, o setor contribuiu com quase 40%, ou seja 102,582 milhões de reais. Aluguéis, em segundo, com 34.800 milhões (13,1%). Em terceiro, Administração Pública, com 31,725 milhões de reais (11,8%). No período, o setor da Construção Civil despencou do 1º para o 4º lugar em importância na economia de Búzios. Acredito que desde então nunca mais se recuperou, pelo menos nos patamares anteriores.

Está correta a sua informação de que apenas 25% (26,4% em 2012) de nossa arrecadação municipal é constituída de recursos próprios. Mas dizer que 65% destes recursos sejam provenientes dos ativos produzidos pela Construção Civil é um exagero de quem parece estar puxando a brasa para a sua sardinha. Uma coisa são ativos outra, bem diferente, são receitas anuais.

Está mais do que claro que o setor que mais contribui para o incremento das receitas próprias municipais é o setor de serviços, setor mais importante da economia buziana desde o ano de 2000, destacando-se entre eles o setor de Alojamento e Alimentação. Mais de 53% (6.352 trabalhadores) dos empregos formais de Búzios vêm do setor. Somado ao setor Comércio (2.122 empregos), empregam mais de 70% dos trabalhadores buzianos. O “empregador mais cobiçado da Cidade” concluiu o ano de 2013 com 2.959 (24,7% da força de trabalho) empregados. A construção civil, com 357.

Grande abraço,

Luiz  

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Milionários, mas sem Saúde de qualidade

Estudos Socioeconômicos de Armação dos Búzios 2013 Armação dos Búzios, TCE-RJ


Os DADOS

Na Região dos Lagos alguns governos municipais oferecem serviços públicos de Saúde que não condizem com a realidade econômica dos seus municípios. Como explicar o fato de municípios muito ricos terem um sistema público de Saúde de terceira categoria? Má gestão ou corrupção? Ou os dois ao mesmo tempo? 

Cabo Frio e Rio das Ostras têm PIBs de quase 10 bi de reais (dados de 2011). O primeiro,  9,36 bilhões de reais e o segundo, 9,22. Em terceiro lugar vem Armação dos Búzios, com 1,79 bi. Os outros PIBs são: Araruama, 1,38 bi; São Pedro da Aldeia, 1,04 bi; Arraial do Cabo 445 milhões e Iguaba Grande 288.

Rio das Ostras é o município mais rico entre os citados, com renda per capita  de R$ 83.103,00. Seguido de Armação dos Búzios com R$ 63.461,00. Em terceiro, vem Cabo Frio com R$ 49.087,00, em seguida  Arraial do Cabo, R$ 15.905,00, Araruama R$ 12.148,00, São Pedro da Aldeia R$ 11.614,00 e Iguaba Grande R$ 11.422,00.

Com o dinheiro dos royalties caindo no colo dos Prefeitos da Região sem que eles precisem fazer qualquer coisa para isso e sem que a aplicação desses recursos passem pelo crivo de um Conselho dos Royalties, observa-se em quase todos os municípios da Região que eles não  são empregados na melhoria das condições de vida da população. Investe-se mal e/ou desviam-se recursos que deveriam ser aplicados na Saúde, Educação, geração de trabalho e renda, mobilidade, saneamento, regularização fundiária, segurança, etc.     

Se não bastassem, ou por isso mesmo, serem detentores de PIBs milionários, também têm receitas totais anuais vultosas. Em 2012, Cabo Frio teve receita total R$ 737 milhões. Rio das Ostras, em seguida, teve R$ 733 milhões. Araruama, R$ 211 milhões; Armação dos Búzios, R$ 193 milhões; São Pedro da Aldeia,  R$ 138 milhões; Arraial do Cabo, R$ 117 milhões;e  Iguaba Grande, R$ 67 milhões.

Como explicar que Armação de Búzios tenha IDSUS igual a 5,14, se o município tem a 6ª melhor receita per capita do estado, R$ 6.659,00? E Rio das Ostras,  IDSUS de 4,06, e a 8ª melhor receita per capita, R$ 6.307,62? Arraial do Cabo IDSUS igual a 4,93, e receita per capita de R$ 4.132,87, a 22ª melhor do estado? Cabo Frio, IDSUS 5,77 e R$ 3.777,77 de receita per capita a 30ª melhor do estado?

O SUS  

"O Índice de Desempenho do SUS – IDSUS é um indicador síntese elaborado pelo Ministério da Saúde que faz uma aferição contextualizada do SUS quanto ao acesso (potencial ou obtido) e à efetividade da atenção básica, da atenção ambulatorial e hospitalar e das urgências e emergências. Pretende subsidiar ações, presentes e futuras, dos  gestores municipais, estaduais e federais, a fim de melhorar a qualidade dos sistemas de serviços e a saúde dos brasileiros. O índice varia de 0 a 10, e quanto mais alto, melhor. De acordo com o Ministério da Saúde, o serviço do SUS pode ser considerado bom com nota superior a 7,00. A pesquisa, divulgada em março de 2012, atribuiu ao SUS no Brasil a nota 5,47, ficando o estado do Rio de Janeiro com 4,58 e a cidade do Rio de Janeiro com 4,33. Dentre os municípios fluminenses, o principal destaque foi Piraí, com nota 7,30".

"A área de saúde foi apontada, em 2011, como tema de maior significância na programação das auditorias do TCE-RJ. O tribunal avaliou a atenção básica (Programa Saúde da Família – PSF), as centrais de regulação (que administram o fluxo de pacientes entre os postos de saúde, ambulatórios e hospitais de urgência e emergência), as unidades de pronto atendimento (UPAs) e o planejamento municipal em saúde. Após o exame da matéria, o Plenário determinou a 88 municípios que elaborem planos de ação para sanar as falhas no PSF. Os resultados do trabalho permanecem na Vitrine de Auditorias implantada no portal do TCE-RJ.

"Todos os municípios do estado, com exceção da Capital, tiveram suas estratégias de saúde da família avaliadas. Cerca de 300 unidades de saúde foram visitadas. Nas 44 UPAs em funcionamento à época da auditoria – 23 sob responsabilidade somente do estado, 20 sob responsabilidade conjunta do estado e dos municípios, e uma federal – o TCE-RJ constatou que 80% dos atendimentos fugiam ao objetivo inicial, que era cobrir casos de urgência e emergência para reduzir a lotação da rede hospitalar. As UPAs apresentavam ainda problemas no processo de admissão dos profissionais, na localização, na acessibilidade dos pacientes e no cumprimento das normas técnicas. Em seguida, o TCE-RJ analisou o planejamento em três das nove regiões de saúde do estado – Norte, Médio Paraíba e Baía da Ilha Grande – no total de 23 municípios. Desses, apenas nove tinham planejamento na área de saúde. Quanto à presença de especialistas, eles eram suficientes em 9% dos municípios, insuficientes em 52% e não existiam em 39%. A estrutura física era adequada em 17% dos jurisdicionados, razoável em 14% e inadequada nos demais. São Fidélis, Campos e Niterói não contavam com Saúde da Família (Niterói tinha um programa semelhante). Nos outros 88 municípios, havia problemas com as equipes (admissões irregulares, não cumprimento da carga horária, baixa remuneração), na infraestrutura das unidades (má localização e má conservação, dimensões erradas das salas e consultórios, falta de equipamentos) e na assistência farmacêutica (aquisição inadequada de medicamentos, distribuição, armazenamento e entrega irregulares). Em 68 municípios não existia comissão de farmácia e terapêutica e em 73 não havia relação de medicamentos essenciais".

A AUDITORIA

A auditoria do TCE-RJ constatou que em todos os municípios da Região dos Lagos havia problemas com a composição das equipes de Saúde (admissão irregular de pessoal e descumprimento de jornada de trabalho), na estrutura física e equipamentos das Unidades de Saúde da Família (dimensões erradas das salas e consultórios, falta de mobiliários ou equipamentos mínimos, má localização e má conservação) e na assistência farmacêutica (aquisição inadequada de medicamentos, distribuição, armazenamento e entrega irregulares). Em Cabo Frio, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia e Arraial do Cabo ainda se constatou que as equipes da saúde foram constituídas de forma irregular.

Observação: a maior prova de que o problema na Saúde dos municípios é de gestão e/ou corrupção está no fato de que recursos não faltam. Em 2011, Armação dos Búzios gastou R$ 1.535,34 por habitante com a Saúde municipal. Não seria melhor pegar esse dinheiro e fazer um plano de saúde privado para cada morador do município? Com certeza, ainda sobraria dinheiro. Outros gastos per capita com a Saúde: Cabo Frio= R$ 699,23; Rio das Ostras= R$ 660,98; Iguaba Grande= 542,58; Arraial do Cabo= R$ 527,87; São Pedro da Aldeia= 299,79 e Araruama= R$ 287,21.

                 

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Somos ricos, muito ricos!

O IBGE divulgou o PIB de 2011 dos 5.564  municípios brasileiros. Somos o 68º município mais rico do Brasil e o 7º do estado do Rio de Janeiro. Somos ricos, muito ricos!

Nosso PIB de 2011, segundo o IBGE, foi de 1,794 bilhões de reais. Dividindo-se este valor pela população estimada no mesmo ano, temos um PIB/capita ou renda per/capita de R$ 63.460,71. Isso quer dizer que, caso, hipoteticamente,  o município fosse vendido, caberia a cada cidadão buziano este valor anual, ou R$ 5.288,39 mensais, durante um ano.  

Produto interno bruto dos municípios - 2011 » pib per capita a preços correntes » comparação entre os municípios escolhidos

uf    município                         reais
RJ   Rio das Ostras                  83.102,64
RJ   Armação dos Búzios        63.460,71
RJ   Cabo Frio                         49.086,75
RJ   Arraial do Cabo               15.904,50
RJ   Araruama                         12.148,43
RJ   São Pedro da Aldeia        11.614,03
RJ   Iguaba Grande                 11.422,37

Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA.

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Isac Tillinger RICOS E INCOPETENTES


Observação:

Participe da Enquete da CPI dos Bos respondendo ao questionário do quadro situado no canto superior direito do blog.
Grato.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

PIB per capita dos municípios da Região dos Lagos

PIB a preços corrente (IBGE, 2010)

OS RICOS:

1º) Cabo Frio - 6,55 bilhões de reais.
2º) Rio das Ostras - 6,12 bilhões de reais.
3º) Armação dos Búzios - 1,28 bilhões de reais.

OS POBRES:

4º) Araruama - 1,26 bilhões de reais
5º) São Pedro da Aldeia - 940,7 milhões de reais.
6º) Arraial do Cabo - 357,1 milhões de reais.
7º) Iguaba Grande - 236,0 milhões de reais.


PIB per capita a preços correntes (IBGE, 2010)

OS RICOS:

1º) Rio das Ostras - R$ 57.882,82
2º) Armação dos Búzios - R$ 48.806,66
3º) Cabo Frio - R$ 35.182,24

OS POBRES:

4º) Arraial do Cabo - R$ 12.862,13
5º) Araruama - R$ 11.290,91
6º) São Pedro da Aldeia - R$ 10.689,19
7º) Iguaba Grande - R$ 10.326,53

Observação: o PIB per capita do Brasil em 2010 foi de R$ 17.300,00


Receita per capita (TCE, 2011):

O clube dos ricos ganha mais um membro: Arraial do Cabo. A Cidade passou a receber royalties como município produtor.

OS RICOS:

1º) Armação dos Búzios - R$ 5.706,07 (7ª do Estado do RJ)
2º) Rio das Ostras -  R$ 5.431,60 (9ª)
3º) Arraial do Cabo - R$ 3.235,12 (32ª)  
4º) Cabo Frio - R$ 3.202,40 (33ª)

OS POBRES:

5º) Iguaba Grande - R$ 2.507,75 (44ª)
6º) Araruama - R$ 1.589,12 (80ª)
7) São Pedro da Aldeia - R$ 1.401,93 (82ª)

Observação: Rio das Ostras não pertence à Região dos Lagos. Só foi colocado aqui como objeto de estudo pela proximidade. Por outro lado, o município de Saquarema- pertencente à Região do Lagos- foi retirado do estudo, pela distância.

sábado, 18 de setembro de 2010

O PIB de Búzios III

Veremos agora a nossa "indústria de transformação". Ela contribui com mais ou menos 0,4% do nosso PIB. Em 2006, totalizou R$ 2,003 milhões. O que produz nossa indústria? Os dados abaixo são do ano de 2004.

A principal produção é do setor "metalurgia". Contribuiu com 531 mil reais para o PIB de 2004. A seguir vem "vestuário" com 151 mil. Em terceiro lugar, temos "produção de madeira e mobiliário", com 91 mil. Em quarto, "produtos alimentares", com 66 mil. "Produção mineral não metálica" vem em quinto com 48 mil. E, em último, temos "produção gráfica".

Por que não partir das atividades produtivas existentes e tentar criar uma alternativa ao modelo vigente? 

Fonte: Estudos socioeconômicos dos municípios do Estado do Rio de janeiro 2008, TCE- RJ

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O PIB de Búzios II


Além dos setores "serviços", "aluguéis", "administração pública" e "construção civil", que vimos no artigo I sobre o PIB de Búzios, ele também é composto por outros setores econômicos, tais como "SIUP" (serviços industriais de utilidade pública), "comércio varejista", "comunicação", "instituição financeira", "transporte", "industria de transformação"e "agropecuária". 
"Apesar da pouca expressividade que a agropecuária tem no Estado do Rio de Janeiro , para muitos dos municípios das regiões Serrana, Centro-Sul, Norte e Noroeste Fluminense essa atividade adquire relevância, seja por sua representatividade econômica, seja pela utilização de mão-de-obra intensiva". Tais características justificam por si só a atenção governamental ao setor. Mas em Búzios, para o governo, só existe o turismo. Essa visão míope da economia buziana, não se justifica só por incompetência ou indolência. É também interesse em manter o povo em completa dependência dos favores do governo. O dia em que o povo for independente eles não se elegem nunca mais. 
Pesquisa da Pecuária Municipal – PPM, feita pelo IBGE, no ano de 2006, concluiu que tinhamos os rebanhos (Cabeças):
1)Bovino: 900
2)Equino: 150
3)Asinino: 12
4)Muar: 16
5)Suíno: 610
6)Caprino: 120
7)Ovino: 50
8)Galos, frangas, frangos e pintos: 1.000
9)Galinhas: 1.250
10)Codornas: 4.700
Vimos a pecuária. Veremos agora a produção agrícola. "Outra pesquisa do IBGE, consolidada na publicação Produção Agrícola Municipal – PAM, mensura as variáveis fundamentais que caracterizam a safra de mais de 60 produtos oriundos de lavouras temporárias e permanentes. Dentre eles, encontram-se aqueles de grande importância econômica, muitos sendo commodities. Outros têm uma relevância maior sob o ponto de vista social, pois compõem a cesta básica do brasileiro ou movimentam economias locais, dando sustento a famílias de baixa renda". Mas o governo de Búzios não está nem aí para a agricultura familiar.
A PAM de 2006 nos informa que produzimos em Búzios:
1) Mandioca (Tonelada): 400
2) Banana (Tonelada): 195
3) Coco-da-baía (Mil frutos): 100
4) Limão (Tonelada): 64

Fonte: Estudos socioeconômicos dos municípios do Estado do Rio de janeiro 2008, TCE- RJ
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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O PIB de Búzios I

O Produto Interno Bruto (PIB) de Búzios, na última medida feita pelo IBGE em 2007, é igual a R$ 1,16 bilhões. Encontram-se valores diferentes dependendo dos critérios de cálculo. A Fundação CIDE, por exemplo, em suas medições, desconta a produção de petróleo e gás, ou seja, não leva em conta a atividade econômica da "indústria extrativa" petrolífera em nossa costa. Em 2007, essa indústria contribuiu com R$ 843.808.000 (73,8%) para o PIB de nosso município. 

Dividindo-se o PIB pela população da cidade nesse ano, temos a renda per capita de R$ 47.471,00 em 2007. Essa renda é a 5ª renda per capita do Estado do Rio de Janeiro. Antes, sem o petróleo e o gás, ficávamos em 18º.

A principal atividade econômica de nossa cidade, sem considerar petróleo e gás, como não poderia deixar de ser, é a prestação de "Serviços". Correspondeu, em 2005, a 33,9% de toda riqueza gerada em nosso município. Desde 1997, os "Serviços" vêm crescendo a taxas altíssimas (27% ou mais), exceto nos anos de 2001 - que decresceu 6%- e de 2004- que praticamente não sofreu variação em relação ao ano anterior. O setor "Serviços" contribuiu com 14,990 milhões de reais para o PIB de Búzios em 1997. Dez anos depois, saltou para 102,582 milhões (2006).

O segundo setor mais importante da economia buziana já foi a "Construção Civil". Nos anos iniciais de existência autonoma- de 1997 a 1999- chegou a ocupar a primeira posição. Hoje, disputa o terceiro lugar com o setor "Administração Pública". Em segundo lugar, em 2006, temos "Aluguéis".

A "Construção Civil", nesses 10 anos, teve altos e baixos. Muito mais baixos que altos. Por causa das moratórias decretadas em 2003 e 2005, quando se discutia o Plano Diretor da cidade, diminuiu muito a participação do setor na economia. Estranhamente cresceu muito em 2004  e 2005- mesmo com moratória em vigor-, para tomar um tombo de 81%  em 2006. Neste ano, representou um pouco mais de 10% do PIB.

"Aluguéis" somaram 34,800 (13,1% do PIB) milhões de reais ao produto buziano. A contribuição dos "Aluguéis" ao nosso produto interno vem em crescimento constante desde 1997, mas a participação no total vem diminuindo. Caiu de 20% em 1997 para 13,1% em 2006.

A "Administração Pública" que participava com 4% (3,3 milhões de reais) do PIB em 1997, chega a 2006 com 12% (31,7 milhões). Um aumento de 840%. Também veio em um crescimento constante. Só teve uma queda de 26% em 2003 e de 15% em 2005, para voltar a subir em 2006, fechando em R$ 31,7 milhões. 

Essa participação da administração pública constitui um desvio de finalidade. Aquela que deveria fomentar a economia para gerar emprego e renda na iniciativa privada, deturpando a verdadeira finalidade da administração pública, é hoje a segunda grande empregadora da cidade com 2.500 funcionários. Isso, sem considerar os terceirizados.

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