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quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Nota do Psol Búzios sobre os comentários homofóbicos do Secretário de Educação



O PSOL Búzios, por meio de sua executiva municipal, vem a público cobrar postura e explicações em relação aos comentários homofóbicos do Secretário de Educação de Búzios, o senhor Carlos Eduardo Roballo na rede social Facebook. 

O PSOL repudia o comportamento do secretário e entende que o cargo que ele ocupa exige postura, ética e isenção. A postura do secretário choca-se radicalmente contra esses princípios básicos. Os posts publicados na conta pessoal do senhor Roballo, e posteriormente apagados, foram printados e compartilhados nas redes sociais desde o último domingo(27).

A educação é pauta cara ao PSOL, especialmente em um momento em que de forma geral no país esta, sofre duros retrocessos. Estaremos sempre atentos a esse comportamento conflitante dos ocupantes de funções públicas. Temos observado há algum tempo posts e comentários de outros servidores municipais, alguns inclusive, em horário de expediente, nesse mesmo teor.

Exigimos a imediata retratação do secretário, garantido a todos nós, população de Búzios, crermos não ser esse, um governo homofóbico. Ratificamos que internet e redes sociais não são espaços apartado da lei, e que, entraremos com as medidas cabíveis, caso haja reincidência, para que esse tipo de situação não mais ocorra. E, se ocorrerem, os responsáveis terão de responder civil e criminalmente.

PSOL Búzios


sábado, 22 de setembro de 2018

Já são 6 os investigados por humilhar professor em Rio das Ostras; Ofensas eram de cunho racista e homofóbico, diz polícia

Professor Thiago Santos 

Em perícia realizada na escola de Rio das Ostras, foram encontradas pichações que faziam apologia a facções criminosas.

Subiu para seis o número de investigados por agredir e humilhar um professor em uma escola de Rio das Ostras, no interior do Rio. O delegado Carmelo Santalucia, da 128ª Delegacia de Polícia, ouviu o professor Thiago dos Santos Conceição, de 31 anos, na tarde deste sábado (22) e disse que as ofensas vinham evoluindo e tinham cunho racista e homofóbico.

"O depoimento da vítima era muito aguardado. Ele pediu um prazo para se apresentar porque aquele tipo de ofensa o abalou psicologicamente. Ele nos disse que não foi a primeira vez e percebia o aumento no tipo de ofensas relacionadas a ele", disse Carmelo Santalucia.

Santalucia falou que inicialmente a polícia trabalhava com a hipótese de que quatro jovens teriam praticado o crime. Depois de ouvir as testemunhas e a vítima, o número de suspeitos subiu para seis.

Entre os investigados estão cinco adolescentes e um maior de idade, que pode ser indiciado pelo crime de corrupção de menores.

O professor apresentou para o delegado um documento que comprova que as ofensas já haviam sido comunicadas à direção e que o caso foi registrado administrativamente pela escola.

O delegado afirmou que se constatar que houve omissão por parte da escola, os responsáveis também poderão ser investigados.

A segunda etapa das investigações da Polícia Civil será intimar todos os jovens para que contem suas versões do fato. Depois de ouvi-los, a polícia poderá esclarecer o que cada um praticou dentro de tudo que foi mostrado no vídeo.

Ambiente escolar?

A polícia realizou uma perícia no Ciep Municipal Mestre Marçal e encontrou pichações de órgãos sexuais e que faziam apologia a facções criminosas.A polícia informou que a direção da escola disse que essa situação é corriqueira na unidade.

"Até do surgimento desse fato, não tínhamos noticias de crimes praticados no interior dessa escola, mas depois dessa denúncia, surgiram outras pessoas denunciando fatos parecidos",informou o delegado.

O Ministério Público Estadual também entrou no caso por meio da Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude da Comarca de Rio das Ostras. O órgão informou que vai comunicar o fato do envolvimento do maior de idade à Promotoria de Justiça Criminal que possui atribuição para crimes cometidos por maior de idade.

O aluno que fez as gravações na terça-feira (18) está entre os identificados pela polícia. Nas imagens, os estudantes do 9º ano aparecem insultando o professor, amassando e até comendo parte das provas. Um dos quadros foi parcialmente destruído e até uma calça foi arremessada na direção do professor, enquanto ele escrevia no quadro. O professor chegou a questionar se a intenção era atingi-lo, e um outro aluno respondeu: "'Peraí' que agora vai acertar".

As cenas viralizaram e uma série de ações ocorreu na unidade de ensino. Os pais se desculparam e disseram que os filhos se arrependeram. A avó de um deles lamentou por meio de um vídeo a atitude do aluno. Os alunos envolvidos também chegaram a postar vídeos nas redes sociais se desculpando.

O professor acredita que a luta pela educação precisa continuar, mas revelou que ficou um sentimento de frustração ao lidar com os alunos do Ciep. Ele também teme voltar a dar aulas. “Desejo continuar com a minha profissão, mas temo pela minha vida", disse o professor agredido.

Fonte: "g1"

terça-feira, 30 de setembro de 2014

A homofobia de Levy Fidelix doeu tanto quanto o silêncio dos candidatos

"Um dos pontos mais baixos da campanha presidencial foi protagonizado por Levy Fidelix (PRTB), na madrugada desta segunda (29), durante o debate dos presidenciáveis organizado pela TV Record.

Questionado por Luciana Genro sobre direitos homoafetivos, ele soltou um rosário de impropérios que fariam corar até os mais fundamentalistas dos parlamentares religiosos. Começou afirmando que “dois iguais não fazem filho'', que “aparelho excretor não reproduz'' e ainda teve tempo para comparar homossexuais a quem pratica o crime de pedofilia. Ao final, conclamou: “Vamos ter coragem! Nós somos maioria! Vamos enfrentar essa minoria. Vamos enfrentá-los''.

Algumas considerações:

1) Levy Fidelix era visto por parte da população como um personagem caricato e por parte dos jornalistas como um aproveitador à frente de uma legenda de aluguel. Após esse discurso incitador de violência contra homossexuais, poderia muito bem entrar na categoria de criminoso.

2) Nas redes sociais, parte dos leitores apoiaram Levy Fidelix “por ele ter a coragem de dizer o que pensa''. Isso não é coragem, é idiotice. Se ele pensa aquele pacote de sandices, que guarde para si e não propague isso em uma rede nacional de TV, concessão pública, sendo visto por milhões de pessoas, difundindo e promovendo o ódio contra pessoas.

3) Discordo de quem afirma que é melhor que isso seja dito abertamente para mostrar o que ocorre no subterrâneo da sociedade. Porque isso não está no subterrâneo. Esse esgoto corre a céu aberto, dia a pós dia, dito e repetido exaustivamente, justificando atos de violência. Acham que os indignados com a ceninha feita por Levy no debate são a maioria da população? Sabem de nada, inocentes! A maioria achou graça no que ele falou ou mesmo concordou com ele. Revelar o quê, portanto? O espelho no qual a maioria já se vê diariamente?

4) Fosse uma eleição decente, com candidatos que realmente estão preocupados com a dignidade das pessoas, todos e todas iriam repudiar veementemente a fala homofóbica de Levy ao final do debate. Mas é cada um por si em um grande “vamos usar nosso tempo precioso para tentar angariar alguns votos na fala final''. Ou, pior: “melhor não falar nada para não perder os votos dos malucos que concordam com o que ele disse''.

Pessoas como Levy Fidelix deveriam também ser responsabilizadas por conta de atos bárbaros de homofobia que pipocam aqui e ali – de ataques com lâmpadas fluorescentes na Avenida Paulista a espancamentos no interior do Nordeste. Pessoas como ele dizem que não incitam a violência. Não é a mão delas que segura a faca ou o revólver, mas é a sobreposicão de seus discursos ao longo do tempo que distorce o mundo e torna o ato de esfaquear, atirar e atacar banais. Ou, melhor dizendo, “necessários'', quase um pedido do céu. São pessoas como ele que alimentam lentamente a intolerância, que depois será consumida pelos malucos que fazem o serviço sujo.

Nessas horas, a gente percebe a falta que faz uma lei contra a homofobia".

Leonardo Sakamoto



Ver também:



terça-feira, 17 de maio de 2011

17 de maio - Dia nacional de luta contra a homofobia

 

No dia 17 de maio de 1990, há exatos 21 anos, a Organização Mundial de Saúde retirou oficialmente a homossexualidade do rol de doenças, reconhecendo que “a homossexualidade é um estado mental tão saudável quanto a heterossexualidade”. A data ficou marcada como o Dia Mundial de Luta contra a Homofobia, em que se comemoram as conquistas e se reforçam as lutas da população LGBT.

No dia 4 de junho de 2010, o Presidente Lula assinou decreto que instituiu a data como o Dia Nacional de Combate à Homofobia; tal decreto simboliza o compromisso do Estado Brasileiro com o enfrentamento da violência praticada contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

O Estado Brasileiro e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) têm sido parceiros do movimento social na luta contra o preconceito, a discriminação e a violência que, infelizmente, ainda são praticados contra a população LGBT no Brasil. Para reforçar o diálogo com a sociedade civil, foi instalado, em março deste ano, o Conselho Nacional de Combate a Discriminação e Promoção dos Direitos de LGBT, que tem por finalidade formular e propor diretrizes de ação governamental, em âmbito nacional, voltadas para o combate à discriminação e para a promoção e a defesa dos direitos de LGBT.

No período de 15 a 18 de dezembro de 2011, a SDH/PR realizará a 2ª Conferência Nacional LGBT, que terá como tema “Por um país livre da pobreza e da discriminação: promovendo a cidadania LGBT”. A conferência terá entre seus objetivos avaliar a implementação e execução do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – LGBT, propondo estratégias para seu fortalecimento e diretrizes para a implementação de políticas públicas de erradicação da pobreza e combate à discriminação da população LGBT.

Diante desses compromissos, a SDH/PR promove em todo o território nacional a campanha “FAÇA DO BRASIL UM TERRITÓRIO LIVRE DA HOMOFOBIA”, divulgando o serviço do Disque Direitos Humanos (Disque 100), que recebe denúncias de violações praticadas contra LGBT em todo o país, 24 horas por dia.

Além disso, o Governo Brasileiro tem reconhecido os direitos de LGBT dentro da Administração Pública Federal, reconhecendo os direitos dos casais de mesmo sexo, hoje com o respaldo da decisão recente e louvável do Supremo Tribunal Federal, reconhecendo o direito ao nome social na Administração e no Sistema Único de Saúde.

Todas essas ações demonstram que o Governo Federal não será conivente com qualquer tipo de discriminação ou preconceito e demonstra também o compromisso do mesmo com o enfrentamento da homofobia, com o respeito a todos e todas, cidadãos e cidadãs, homens e mulheres, gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais.

A celebração do Dia Nacional de Combate à Homofobia incentivará ações que promovam o debate sobre a homofobia e o direito à livre orientação sexual e identidade de gênero, estimulando, assim, uma cultura de paz com respeito à diversidade e colaborará para que o Brasil torne se um Território Livre da Homofobia!


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