Mostrando postagens com marcador Peró. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Peró. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Empresa espanhola vai instalar fazenda de maricultura no Peró em Cabo Frio

Mexilhao fêmea (acima) e macho (abaixo)


A empresa hispano-brasileira Mexilhões Sudeste do Brasil – MSB – especializada na produção e venda de moluscos bivalves (mexilhões e vieiras) está em negociações com a prefeitura de Cabo Frio para a implantação de uma fazenda de maricultura para o cultivo de mexilhões no canto esquerdo da Praia do Peró. O projeto já tem licenciamento ambiental do Inea e está em fase de final de tratativas com a Prefeitura de Cabo Frio e a Marinha do Brasil.

Junto com a MSB, a fazenda trará para a região a MSB Inovação Ambiental, braço do grupo que trata do desenvolvimento, importação e representação comercial exclusiva no Brasil de tecnologias relacionadas com a aquicultura, sustentabilidade, energia renovável, monitorização marinha e processo de resíduos. Sua instalação na região implica na criação total de um novo setor estratégico na economia brasileira, com a oportunidade de converter o Brasil em uma referência mundial na aquicultura ecológica, exportando a plataforma a outras áreas costeiras e outros tipos de espécies.

Segundo o coordenador de Meio Ambiente da Secretaria de Desenvolvimento, Mario Flavio Moreira, finalmente chegou-se a uma situação em que todos foram ouvidos. “Anteriormente, a intenção da empresa seria instalar a fazenda na região da Praia do Foguete, mas era complicado por se tratar de zona de transição de pescados e ficar ao lado da reserva extrativista de Arraial do Cabo. O Inea avaliou muito bem a questão dos impactos ambientais e não tivemos resistência por parte das colônias de pesca que atuam no local. O projeto é muito bem estruturado e pode alavancar a geração de empregos, com a capacitação de moradores locais tanto para o manejo quanto para o beneficiamento dos mexilhões”, afirmou.

A previsão da MSB é que sejam criados 500 empregos diretos e outros 1.500 indiretos, além do impacto direto sobre a economia local e fomento da indústria de turismo, com a formação de recursos humanos necessários para a implementação do plano tanto a nível técnico/universitário como em nível de operacional, com convênios com universidades e escolas.

A empresa intenciona a criação de um selo, o  “Mexilhão de Cabo Frio”, que certificará o mexilhão produzido, processado e elaborado em Cabo Frio com os controles de qualidade total mencionados, regulada na legislação brasileira sobre Denominações de Origem Protegida (DOP), e que permite ao consumidor identificar instantaneamente um produto seguro e de alta qualidade

Ciclo de produção

O ciclo inicia-se com a seleção de sementes tanto de produtores locais como da própria empresa, onde se incubam as larvas até que estão em condições de ser encordoadas no mar. O mexilhão adere-se a cordas “long-line” – uma rede de cordas de cultivo lastradas por blocos de concreto (2m x 2m x 1,5 m) e dispostas em um total de 36 “polígonos”.

A partir desse momento, o mexilhão cresce por vias totalmente naturais – alimentando-se dos nutrientes trazidos pelas correntes de ressurgência sem nenhum tipo de aditivo.  Quando atinge a idade comercial, os polígonos são colhidos e (crucialmente para a segurança alimentar) procede-se a depuração o mexilhão com água do mar, graças a suas próprias propriedades filtrantes. O mexilhão é, então, embalado e expedido para que chegue fresco (vivo) ao destino em ótimas condições de consumo. A MSB aguarda apenas as últimas licenças para iniciar a implantação da fazenda.

Fonte: "Prefeitura de Cabo Frio"

Praia do Peró, foto Ernesto galioto

Segundo o "Jornal folha dos Lagos" o anúncio do projeto pegou de surpresa moradores do Peró e participantes de grupos ambientais. A empresária Marta Rocha, por exemplo, acredita que o projeto deveria ter sido explicado antes aos moradores.
Existe certa preocupação porque ainda não temos garantias de como será o impacto ambiental. Acho que a primeira coisa a ser avaliada é que tipo de impacto será gerado na praia. O Peró é um bairro carente de estrutura e estamos vendo muitos projetos sendo anunciados sem que as melhorias prometidas para o bairro sejam feitas. Com certeza vamos buscar especialistas para avaliar melhor esse impacto – disse ela.

Comentários no Facebook:
Paulo Bayer Não queremos a implantação do projeto aqui na praia do Pontal. Não vejo com bons olhos essa possibilidade. Isso ainda terá que ter uma ampla discussão e total aprovação por parte dos moradores daqui.
Gerenciar
Responder3 h
Olívia Santos Desistiram de Búzios? Fui em uma reunião na praia das Caravelas onde estavam apresentando o projeto. Mencionaram que o empreendimento ficaria entre a praia do Peró e a praia das Caravelas e que pegariam os dois municípios.
Gerenciar
Responder10 h
Luiz Carlos Gomes É preciso ver corretamente a localização. acho que é essa mesma. A Bina sabe
Gerenciar
Responder10 h

Ricardo Guterres Ótima ideia... não poluente e ecológica.....

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

DUNAS DO PERÓ

Foto do perfil do Facebook SOS DUNAS DO PERÓ

Vivemos um momento conturbado: mesmo com o enorme desastre da Samarco no Rio Doce, tramita no Senado amanhã 25/11 votação do Projeto de Lei que enfraquece ainda mais o processo de licenciamento ambiental de grandes obras no país. 


Temporariamente, as obras do Costa do Peró estão embargadas na Justiça Federal e para fortalecer este embargo temos uma oportunidade de nos encontrar neste sábado, 28/11, a partir das 9h, faça chuva ou sol, na Marcha do Clima nas Dunas do Peró!

A caminhada é organizada pelos alunos de pós-graduação em Educação Ambiental/IFF e em apoio ao movimento mundial Marcha do Clima, do Avaaz. O IFF está convidando os membros do Movimento SOS Dunas do Peró a fazer parte desta caminhada.

A Marcha começará no canto esquerdo das Dunas do Peró em direção à Praça do Moinho que fica no bairro Peró, onde haverá uma tenda do PECSOL.

Nossa participação na marcha vai fortalecer esta ação dos alunos do IFF e pode ser o início de uma parceria e sensibilização maior local para a luta pela proteção do nosso campo de dunas. Os organizadores são futuros educadores ambientais e muitos professores. Como acreditamos que o despertar acontecerá pela Educação, nosso estar junto com o IFF, levando nosso entusiasmo e nossas vivências nas Dunas certamente animará o objetivo da Marcha e agregaremos mais pessoas ao nosso movimento.


Não esqueçam de levar água, protetor, e camisetas para serigrafar a logo da Marcha no local.





sábado, 3 de janeiro de 2015

Ricardo Amaral: a história de um embuste



Salvador Dali ficaria assustado com o surrealismo. Não havia projeto na Reserva do Peró. Era um enorme pedaço de papel com muitos quadradinhos, círculos, retângulos, triângulos e várias outras formas que parecem terem sido inseridas com o uso de um processador de texto, todos coloridos. Era um embuste, um crime quase perfeito como o conto do vigário em que se usa uma nota de R$100 sobre um pacote de papéis em branco que o vigarista diz conter R$5.000. Os bancos estão fechados, diz ele, não quer andar com tanto dinheiro e precisa de alguém de confiança para guardá-lo. Alega ter pressa, aceita R$500 e voltará para pegar o resto. A ganância induz o otário a aceitar a proposta e o vigarista desaparece. Mas, sempre deixa rastros.

No caso do "projeto", inicialmente divulgado em 2007, com muito espalhafato em um anúncio de uma empresa de nome Lakpar de propriedade de Ricardo Amaral, constavam as construções de seis hotéis (Sheraton, dois Boutique, Bora-Bora, Moorea e Club Med), campo de golfe, áreas residenciais, etc. O embuste adquiriu legitimidade e legalidade quando foi solicitada a licença para a construção, ainda em 2006, uma vez que ocuparia uma área de preservação ambiental. Àquela época o incomparável Luiz Firmino Martins Pereira, então secretário-executivo do CILSJ, participou de uma reunião onde foram feitas recomendações quando às localizações dos hotéis. A ata da reunião foi a nota de R$100 que o vigarista usa e que, além do mais, era falsa. Mas serviu.

Acontece que nada em que Ricardo Amaral e Firmino tocam, cheira bem. Mas, o quê, no caso?
Da releitura da ata salta aos olhos de onde vem o mau cheiro: o projeto seria executado numa área que está sob o controle do município de Cabo Frio, mas, curiosamente, não se encontram os documentos onde o proprietário de cada hotel concorda e autoriza a empresa de Ricardo Amaral a executar as obras. É como se alguém solicitasse licença para construir um hotel cinco estrelas do grupo Othon no terreno em frente à rodoviária em Cabo Frio e não apresentasse algum documento onde aquele grupo concorda com a empreitada. E mais: sem custo algum para o grupo! Bom demais para ser verdade.

Como pode esse fato, tão elementar, passar despercebido? A prefeitura, o CILSJ, o INEA e a SEA não notaram? Ninguém notou? A discussão ficou centrada na nota de R$100 no topo do pacote com papéis em branco: a aplicação correta da lei. Afinal, tratava-se de Ricardo Amaral, o famoso cozinheiro de feijoadas que preparava para os deslumbrados da elite carioca, íntimo de ex- presidentes da República, ministros de Estado e escritores famosos. Como suspeitar que seria o autor de tamanho trambique, um dos maiores contos-do-vigário na história dos empreendimentos imobiliários no Brasil?

Por outro lado teriam percebido o embuste e trataram de ficar calados e continuar a enganar a prefeitura de Cabo Frio? Bem possível. De fato, mais do que possível: altamente provável. Mas, havia mais. Tal como o otário no golpe do vigarista, a ganância do setor imobiliário e agências de turismo aflorou: seus olhos ficaram cobertos por cifrões. Trataram de dar ampla visibilidade ao projeto, imaginando navios de cruzeiros ancorados em Cabo Frio e levas de turistas comprando pacotes de viagens. A questão jurídica se resolveria, imaginaram, e, claro, a favor do visionário Ricardo Amaral e comparsas.

A história continuava a cheirar mal e foi muito simples verificar o que estava acontecendo: consultar as administrações dos operadores de cada hotel. E vieram as respostas: do Sheraton, do Boutique, do Bora-Bora e do Moorea, que negaram terem projetos, não só na Reserva do Peró como em qualquer lugar no Brasil. Já o escritório do Club Med no Brasil fez extenuantes exercícios de retórica para escapar de uma resposta definitiva. Era sabido, porém, que seu representante no Brasil, Janyck Daudet, estava e continua a estar, preocupado com a sobrevivência da empresa Club Med com sede em Paris, que por pouco não faliu em 2008. Mas, junto com Ricardo Amaral, teve a ousadia de em setembro de 2013 vir a Cabo Frio e assegurar ao prefeito Alair Corrêa haver interesse na construção de um Club Med na Reserva do Peró. Mas, e eis nisso um dos erros que todo vigarista comete: uma consulta aos atuais e principais controladores do Club Med, os grupos Fosun e Ardian, mostrou que continuam a manter a posição de que o interesse é investir na China, embora os acionistas restantes do Club Med original - e que retêm 8% da empresa - continuem a imprimir relatórios que falam em "futuros" resorts no Brasil e na Rússia.

Não se pode dizer que Daudet mentiu. Apenas omitiu fatos, entre eles o de que Giscard d´Estaign foi mantido na presidência da empresa Club Med como uma cortesia do bilionário chinês Guo Guangchang, presidente do grupo Fosun. Omitiu o fato de que d´Estaign retém, apenas, 0,01% das ações do Club Med e de que todas as decisões que toma são submetidas para aprovação de Guo. Atualmente Guo e o milionário italiano Bonimi estão numa disputa pelo controle da empresa cujo valor está estimado em mais de um bilhão de dólares. Essa disputa já estava em curso quando Daudet esteve em Cabo Frio com Ricardo Amaral. Os dois omitiram essa importante informação. Talvez Daudet tenha sido pressionado por Amaral. Talvez tenha se encantado com a oportunidade de ter uma foto sua junto ao empresário para ser divulgada nas redes sociais, o que de fato aconteceu.

De qualquer forma, os anos haviam se passado desde a concessão da licença para a execução das obras com base na lei municipal (Cabo Frio) 1968 de 23/11/2006, sancionada pelo prefeito Marcos da Rocha Mendes. (Cabe uma pergunta: será que o prefeito também não percebeu que estava em andamento um bem elaborado embuste?).

Há anos, também, um dedicado grupo de cidadãos vem liderando uma batalha na Justiça destacando várias irregularidades na execução do projeto. É mais um componente do embuste.

A Juíza Sheila Draxler Pereira de Souza concedeu uma liminar, em 19/12/2014, no processo nº: 0037499-92.2014.8.19.0011, Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, sendo dois dos réus Costa do Peró Participações Ltda., Estado do Rio de Janeiro e Instituto Estadual do Ambiente - INEA ordenando a paralisação das obras e proibindo a concessão de nova licença para sua continuação. Nessa liminar consta um detalhe bastante significativo e importante.

SMJ esses dois réus conspiraram para que os relatórios técnicos que produziram tivessem conclusões pré-estabelecidas, qual seja beneficiar a empresa Costa do Peró Participações Ltda., de propriedade de Ricardo Amaral. Dessa conspiração participou um especialista brasileiro que presta serviços à Costa do Peró. Ocorre que a credibilidade de um documento técnico ou científico depende da credibilidade do(s) seu(s) autor(es), quase sempre ocorrendo discordância de outro(s) autor(es) no que concerne a metodologia utilizada ou as conclusões. No caso, portanto, é válido questionar todos os relatórios produzidos pelos dois réus e, ainda, pelo especialista. A posição desse especialista se agravou quando, talvez numa tentativa de elevar o nível de credibilidade de seu trabalho, fez uso de papel timbrado da instituição da qual se havia se aposentado, o Instituto de Geociências (IGEO) da UFRJ. Dessa forma envolveu aquela universidade, mesmo que indiretamente, no embuste perpetrado por Ricardo Amaral. O comportamento desse especialista está registrado numa carta, incluída nos autos do processo, endereçada ao MP pelo diretor do IGEO afirmando que o IGEO não autorizava o uso de seu nome até porque outros pesquisadores possuem opiniões diferentes daquele especialista. Eis que, com isso, SMJ, quer parecer que a participação de outros especialistas na oitiva marcada para 16/01/2015 para que os relatórios e/ou pareceres emitidos passem pelo crivo do contraditório é desnecessária. Afinal, o próprio diretor do IGEO já afirmou que existem opiniões diversas sobre o que tratam aqueles relatórios e/ou pareceres.

O que parece ficar evidente é que Costa do Peró Participações Ltda., com a colaboração do especialista que contratou, e o INEA fizeram uso de documentos deliberadamente fraudados.
Talvez àquele queira especialista o MP oferecer o benefício da já notória prática da delação premiada a fim de ajudar a esclarecer a extensão do embuste perpetrado por Ricardo Amaral e por seu comparsa Paulo Pizão.

Para o bem de todos Cabo Frio será poupado de qualquer reação dos embusteiros: a Câmara de Vereadores, percebeu ter sido enganada e em uma história reunião, em 23/12/2014, revogou a lei 1968/2006.

Foi o fim do embuste.

Chegaram ao fim as ações de quem tratou e trata a população da Região dos Lagos como cidadãos de segunda classe. Tipifica o comportamento dos arrogantes, dos prepotentes, dos que agem com desdém, dos que ignoram os direitos de todos.

A população da Região deve um agradecimento especial aos vereadores de Cabo Frio e aos que nunca desistiram de lutar contra o absurdo que ocorreu na Reserva do Peró: Anna Bina Mehdi, Paulo Klem, Profa Kátia Leite Mansur/Geologia/UFRJ – IGEO, Davi Moura Neves, Sérgio Ricardo Verde, Professor Cyl Farney Sá/JBRJ, Professor Guilherme Fernandez/Geografia - UFF, Juarez Lopes, Professora Desirée Freire/Geografia - UFF, Thais Figueiredo, Profa Thais Rocha/Geografia - UERJ, Daniel Bastos/Herpetofauna - Museu Nacional, Rafael Cunha Pontes/Herpetofauna - Museu Nacional, Professor Mauricio Vecchi Brandão/UERJ, Professora Cristina Ariani, Antônio Revail, Deputada Janira Rocha, Deputado Paulo Ramos, Cacau Agostini, Maryanne Medeiros, Martin Moulton/Geografia - UFF, Igor Zelada, Claudia Souza, Zeca Nader, Paula Richard, Cris Paramita, Vanda Marcelino, Elias Brito, Grimalda Magalhães, Niete Martinez/Revista Cidade, Manoel Santos, Renata Moura e Luiz Lyra, Sabata Belgrano, Rosa Espinosa, Douglas Santana, Hilarion Faggioli, Luiza Gerhard, Janete Veiga, Mabel Mow, Kitty Ayala, Ativa Buzios, Wagner Silvano, Luiz Carlos Gomes/IP Buzios, Ong Ecoar, OAB de Cabo Frio, Dr. José Carlos Sícoli Seoane/Geologia UFRJ, Anna Maria Croce, Anderson Inacio e Karina Ramos, Profa Dalila Mello/Biologia – IFF, Mauro Spacenkopf e Isabela Mariz, Alejandra de Luca, Chico Tatoo, Profa Maria Alice dos Santos Alves/Ecologia, IBRAG – UERJ, Prof Elizeu Fagundes de Carvalho/Ecologia – UERJ, Prof. Carlos Frederico da Rocha/ Ecologia – UERJ, Prof. Dr. João Wagner Alencar Castro/Lab Geologia Costeira(Museu Nacional) – UFRJ, Prof Wilson Costa /Ictiofauna - UFRJ, Vila Jaghanata.

Que o prefeito de Cabo Frio respeite a vontade do povo e sancione a lei.

Vigaristas, porém, nunca desistem: se flagrado na Estação Central do Brasil e desmascarado, muda-se para a Estação da Leopoldina. Que se acompanhem os próximos passos de Ricardo Amaral. É bem capaz de tentar vender seu "projeto" em alguma cidade litorânea.

Por essa razão a investigação em curso pelo MP não deveria se limitar às conclusões de relatórios e/ou pareceres técnicos. Tudo o que consta neste artigo, até esse ponto, pode ser considerado como ilação, mas a decisão da Câmara de Vereadores de Cabo Frio, revogando a lei 1968/2006, traz à luz fatos que devem ser investigados. Por exemplo, em seu discurso na seção de 23/12/2014, declarou o vereador Luiz Geraldo "sentir-se enganado quando da aprovação da Lei 1968, em 2006, e sentia-se, agora, muito à vontade para derrubá-la", declaração corroborada pelo vereador Paulo Henrique. Que fatos chegaram ao conhecimento dos vereadores para que concluíssem que "no local, se vendia a ideia que seriam construídos quatro resorts, sendo um deles o Club Méd, mas apenas loteamentos estão sendo implantados"? (Ver artigo nesta revista em 
O leitor poderá consultar, por exemplo, a página cujo link se segue, onde consta a notícia de 10/10/2007, de que o Club Med investiria USD$45 milhões na construção de eu quarto resort no Brasil. Cita também os demais cinco hotéis mencionados no início deste artigo. De que maneira essa notícia chegou ao conhecimento do autor da notícia? Além disso, se a informação era verdadeira, deveria ter sido assinado um contrato com a empresa Lakpar, de Ricardo Amaral, que àquela época já a havia divulgado em sua página que, aliás, foi retirada da Internet. Qual a razão para Ricardo Amaral omitir esse importante detalhe? Se contrato houve ou havia, porque razão essa informação não passada ao prefeito Alair Corrêa, por Janyck Daudet e Ricardo Amaral, em setembro de 2013? (Ver

A ousadia de Ricardo Amaral parece não ter limites. Em 27/11/2014 foi publicada uma notícia divulgando a assinatura de um contrato da empresa Club Med com uma construtora ligada à Costa do Peró Participações Ltda. para a construção de um resort na Reserva do Peró. É muito estranho que o Club Med em Paris não tenha dado notícia sobre a assinatura desse contrato e é válido concluir de que há pessoas em Cabo Frio dispostas a servirem de capacho de Ricardo Amaral e espalharem notícias falsas. Além do mais a notícia confirma que Ricardo Amaral estava usando, sem permissão, a marca do Club Med para validar o embuste.

Por qual razão as ações de Ricardo Amaral são sempre anunciadas indiretamente? Nada o impediu de apresentar à prefeitura de Cabo Frio o original desse contrato. Essa postura parece indicar que em novembro de 2014 já tinha conhecimento da decisão sobre a ação movida pelo MP e que, afinal, foi divulgada em 19/12/2014. Talvez, também, tenha tomado conhecimento da discussão que ocorria na Câmara de Vereadores de Cabo Frio e a divulgação da notícia tenha sido uma tentativa de alterar a decisão que foi tomada em 23/12/2014 pelos vereadores. Eis ai a oportunidade para que o MP exija a apresentação do original desse contrato, mesmo porque sua existência leva a uma conclusão oposta a que chegaram os vereadores de Cabo Frio um mês depois (23/12/2014).

Todos esses fatos devem ser investigados uma vez que os danos causados na Reserva do Peró resultaram das ações de pessoas que agiram, deliberadamente, de má fé. A eles deve ser cobrada uma indenização, devida ao estado do Rio de Janeiro e à sua população, e exemplarmente punidos.


Ernesto Lindgren
CIDADE ONLINE

02/01/2015


terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Discurso do vereador Dr Adriano em defesa das dunas do Peró

Vereador Dr. Adriano






Últimos dias:
Vote nas três enquetes situadas no canto superior direito do blog, logo abaixo da propaganda do Google. As pesquisas terminam no dia 31.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Manifestação em defesa das dunas do Peró

Foto do perfil do Facebook "Vamos salvar o Pero da especulação imobiliária"

Observação:
Vote na enquete situada no canto superior direito do blog, logo abaixo da propaganda do Google, respondendo em qual município da Região dos Lagos você acha que seus servidores públicos e políticos são mais corruptos. A sondagem encerrar-se-á no dia 30 de dezembro. 

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Deputado Paulo Ramos em defesa das Dunas do Peró

Deputado Paulo Ramos antes da reunião com o Procurador Rodrigo Golívio 



Movimento "SOS Dunas do Peró" no Ministério Público Federal

Em defesa da vida das dunas do Peró 1
Em defesa da vida das dunas do Peró 2
Em defesa da vida das dunas do Peró 3

Os representantes das entidades civis de Búzios e Cabo Frio estiveram reunidos ontem (1) no Ministério Público Federal de São Pedro da Aldeia em defesa das Dunas do Peró contra a construção do Club MED na região. O Procurador Rodrigo Golívio se comprometeu a ingressar na Justiça Federal com pedido de medida cautelar suspendendo todas as licenças concedidas pelo INEA ao empreendimento imobiliário a ser realizado sobre as Dunas até que a causa seja julgada. 

As Dunas do Peró é patrimônio geológico e ambiental do Rio de Janeiro de reconhecida importância para a Unesco, UFF, UFRJ, UERJ, Museu Nacional, UENF. Enfim, reconhecida pela CIÊNCIA. Este patrimônio só não é reconhecido pelo representante político da especulação imobiliária e do atraso da Região dos Lagos Sr. Alair Corrêa,  seus vereadores da Câmara do Silêncio de Cabo Frio e seu blogueiro Eremildo de Lalá.

Comentários no Facebook:


Milton Da Silva Pinheiro Filho Só mandam derrubar ganha pão de pobre.Uns farsantes.Vide as mansões de Búzios,que invadem a lâmina d'agua,na ferradura em Geribá.E,as mansões nos topos de João Fernandes,a todo vapor.Esqueceram até o episódio recente,próximo dos Ossos,das casas que foram abaixo.Um nojo,só tem fdp.Não acredito nessa p....
  

domingo, 9 de novembro de 2014

Salvem o Peró!


Foto do perfil do Facebook "Vamos salvar o Peró da especulação imobiliária!"

Link: https://www.facebook.com/groups/522768567799056/







Vídeo do Canal do Youtube: Suma Filmes

Link: https://www.youtube.com/watch?v=g3rMOAfmqms



segunda-feira, 9 de junho de 2014

Parem com a destruição das dunas do Peró!

Foto do grupo do Facebook "Vamos salvar o Peró da especulação imobiliária"

"As Dunas do Peró em Cabo Frio estão para ser aterradas pela especulação imobiliária...
Assine e Compartilhe 1 vez por dia em sua linha do tempo, todos os dias da semana, e em breve chegaremos a marca das 5 mil assinaturas pela Proteção do Maior Campo de Dunas do RJ, as Dunas do Peró, Importante Geossítio Brasileiro...." (Bina)

ASSINE A PETIÇÃO    
     
Prezad@s amig@s, Foram iniciadas as obras do empreendimento Resort Peró do Club Med (Cabo Frio-RJ), após serem liberadas as licenças de instalação pelo INEA (entre o Natal e o Ano Novo de 2012). A despeito das dunas serem Áreas de Preservação Permanente (APP), o licenciamento foi autorizado e grande parte do campo de dunas será atingida pelo empreendimento, o que representa uma perda irreparável. Trata-se de uma área de restinga de grande valor ambiental, principalmente por ser um dos últimos campos de dunas do Estado do Rio de Janeiro que ainda não sofreu processo de urbanização, sendo habitat de espécies endêmicas em vias de extinção. Não queremos ficar parados assistindo a mais uma das ações de destruição do meio ambiente, autorizadas e apoiadas pelo governo do Estado e de seus organismos que deveriam zelar pela preservação do nosso patrimônio natural (biótico e geológico). Exigimos a paralisação imediata das obras e a responsabilização criminal daqueles que as autorizaram!

sábado, 30 de novembro de 2013

Para o Prefeito de Cabo Frio Alair Corrêa ver, ler e meditar!

Minc e Ricardo Amaral, foto Facebook. Só falta o Alair.
Foto Facebook, grupo Vamos Salvar o Peró da especulação imobiliária

"De fato uma vergonha pública. De concreto, a ação daqueles que nunca se vergaram a vergonheira desse processo nojento, asqueroso e sujo. Vergonha continuar sabendo que deslavadamente que a cúpula (cúpula ? que cúpula é essa ??!) do Governo Estadual não está nem aí...mas vai estar, é só continuarmos a mostrar nossa não satisfação e inconformismo em ceder (??) áreas públicas (sesmarias!) para espertalhões que ainda estão no período colonial e acham que Cabo Frio ainda é uma feitoria !!", (Cyl Sá) (facebook, grupo Vamos Salvar o Peró da Especulação Imobiliária)

domingo, 13 de outubro de 2013

Vamos salvar o Peró: discurso do ambientalista Juarez Lopes




Comentários no Facebook:

  • Ulisses Martins Se é uma APP e área de Restinga que é que se tem de discutir ainda? Não seria só derrubar as autorizações municipais, responsabilizar os servidores públicos que desrespeitaram a lei e mandar os empreendedores procurarem um lugar apropriado aos seu empreendimento? Qual é a dificuldade se a lei existe? Sinceramente não consigo compreender...