CABO
FRIO
Em
nota, divulgada na última segunda-feira (7), o Conselho Regional de
Medicina do Estado do Rio de Janeiro classificou a situação da
saúde de Cabo Frio como crítica. Em fiscalização recente o órgão
constatou que os cinco hospitais da cidade e as duas UPAs "continuam
sem condições adequadas de funcionamento".
Problemas
comuns encontrados:
- déficit de recursos humanos,
- ausência de equipamentos e de materiais
- problemas estruturais,
- superlotação
- salários atrasados.
Problemas
encontrados em cada uma das unidades durante as fiscalizações:
Hospitais
- Hospital Municipal da Mulher: falta de profissionais; deficiências de equipamentos, materiais e medicamentos.
- No Hospital Municipal da Criança: déficit de recursos humanos; falta de medicamentos, insumos e aparelhagens; ausência de laboratório e ambulância próprios; leitos ociosos; condições de manutenção, limpeza, iluminação e refrigeração não satisfatórias.
3)
No Hospital Central de Emergência (HCE): necessidade de
transferência de pacientes que necessitam de cirurgião para
Hospital São José Operário devido à falta do especialista;
tomógrafo quebrado; atraso no diagnóstico dos doentes com aumento
de casos de morbidade.
4)
No São José Operário a equipe constatou déficit de diversas
especialidades médicas, entre eles neurocirurgia, ortopedia,
urologia e cirurgia geral; dez leitos inativos por falta de
manutenção; instalações que não respeitam as normas sanitárias
vigentes e falta de insumos básicos e medicações.
- O Hospital Otime Cardoso de Santos, deteriorado durante uma manifestação, foi reaberto em julho mas ainda não funciona plenamente. Lá, o Cremerj informou que não há médicos ortopedistas e cirurgiões gerais na equipe de emergência; falta de maqueiros e ambulância usada apenas para o transporte de casos graves; equipamentos estão sem manutenção e as condições de higiene não adequadas. A unidade tem a capacidade total de 33 leitos, porém apenas 17 se encontram operantes.
UPAs
Nas
Unidades de Pronto Atendimento, o Cremerj constatou que, duas UPAs do
município, apenas uma está funcionando e em condições
inadequadas.
"A
UPA Tamoios tem condições estruturais precárias e a inoperância
de grande parte dos equipamentos de ar condicionado, causando altas
temperaturas na unidade. Também há déficit de medicamentos e
equipamentos".
ARARUAMA
O
CREMERJ também fiscalizou a UPA de Araruama e relatou déficit em
diversas áreas. Entre as irregularidades encontradas estão o
déficit de profissionais, medicamentos e equipamentos, superlotação,
além de condições inadequadas de higiene.
Segundo
o que foi avaliado pelo Cremerj, a UPA mantém doentes graves
internados, mesmo sem as condições adequadas, devido à dificuldade
em transferir pacientes para outras unidades, já que hospitais da
região não têm vagas.
As
condições precárias de trabalho e o atraso nos salários foram
problemas apontados pelos funcionários, segundo o Conselho.
"O
quadro na saúde de Araruama é muito grave e coloca em risco a
população. É importante que a prefeitura amplie as unidades de
atendimento e mantenha a UPA em condições adequadas. Do jeito que
está não pode continuar", declarou o presidente do Cremerj,
Pablo Vazquez.
Outro
problema identificado pelos fiscais foi o déficit de manutenção
dos equipamentos. Durante o transporte de paciente grave da UPA para
outra unidade de saúde, para a realização de exames ou internação
hospitalar, há desfalque da equipe médica e de equipamentos que
precisam ser retirados da unidade, tendo em vista que a ambulância
disponível é muito básica, segundo a fiscalização do Cremerj.
Recentemente, os funcionários
do Hospital Regional de Araruama alegaram estar há três meses sem
salários e em ARMAÇÃO
DES BÚZIOS o Hospital
Rodolpho Perissé deixou de atender urgências. O atendimento
passou a ser em Manguinhos e na Rasa desde o dia 22 de outubro.
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