Câmara dos Deputados, foto blog do laurojardim |
Está
em gestação entre a maioria dos líderes da Câmara
— base aliada, PT e PCdoB — uma nova tentativa de votar
a anistia para o caixa dois. A ideia é ter a anistia aprovada até o
fim do mês, antecipando-se à homologação da delação da
Odebrecht e ao provável tsunami que arrastará meio mundo político
encrencado com caixa dois.
Os
deputados vinham trabalhando com dois possíveis caminhos. Primeiro,
a inclusão da anistia no relatório sobre as dez medidas
anticorrupção propostas pelo Ministério Público Federal, ideia
abortada ontem por Onyx Lorenzoni quando ele leu o relatório na
comissão do tema defendendo a criminalização do caixa dois e não
falou em anistia.
Onyx
sabia que sepultaria sua carreira política se o fizesse.
O
outro caminho requer o que faltou aos deputados, inclusive aos
líderes e à Mesa Diretora em setembro: coragem para comprar a
briga.
A
ideia é, na votação em plenário do texto das dez medidas, os
líderes (exceto os do PSOL e da Rede) apresentarem um substitutivo,
tipo de emenda que altera o teor do projeto, que propusesse a
anistia.
O
texto proporia que todos os políticos que tiveram recursos não
declarados em suas campanhas até agora não poderiam ser processados
pelo novo tipo penal que se avizinha.
Guilherme Amado
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