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sábado, 7 de dezembro de 2019

Caixa dois da Fetranspor: tem nomes de políticos da região dos lagos


Lélis Teixeira entregou tabela em delação premiada Foto: Octacílio Barbosa/Alerj


EX-PRESIDENTE DA FETRANSPOR ENTREGA TABELA DE CAIXA DOIS DE R$ 20 MILHÕES A DEPUTADOS E DOIS SECRETÁRIOS DE WITZEL 

Lélis Teixeira entregou documento em delação premiada

O ex-prefeito de Cabo Frio Marquinho Mendes, o ex-deputado federal de Cabo Frio Dr. Paulo César e o vice-prefeito de Araruama Marcelo Amaral estão na lista. Alguns deputados como Felipe Bornier (PSD), Otávio Leite (PSDB), Simão Sessim (PP) e Hugo Leal (PROS)  tiveram expressiva votação em Búzios nas últimas eleições. Seus cabos eleitorais deveriam vir a público dar explicações. Não é Gladys (Felipe Bornier)? Não é Thomas Weber (Otávio Leite)? Não é Henrique Gomes (Simão Sessim)? 

Da relação constam também os nomes de dois petistas insuspeitos: Edson Santos e Marcelo Sereno. Devem vir com a ladainha do partido de que é pura perseguição política e criminalização da política. E que o delator deve ter inventado os nomes deles para auferir vantagens processuais. São inocentes, pois não há provas, devem dizer.     

O ex-presidente da Fetranspor Lélis Teixeira acusou, em sua delação premiada , 21 deputados, ex-deputados e candidatos à Câmara dos Deputados e à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro de terem recebido R$ 20 milhões em caixa dois nas eleições de 2014 e 2016.

Na lista, constam dois secretários do governo Wilson Witzel , Otávio Leite (PSDB) e Felipe Bornier (PROS), além dos deputados federais Aécio Neves , Hugo Leal e Rosângela Gomes.

Em seu relato, Teixeira disse que alguns pagamentos eram divididos entre a Fetranspor, entidade estadual das empresas de ônibus, e a RioOnibus, sua equivalente na cidade do Rio.

O executivo da Fetranspor entregou uma tabela com os nomes de políticos para quem os pagamentos haviam sido efetuados. Esses valores deveriam ser divididos e pagos pelas duas entidades.

Constam da lista os ex-deputados federais Sergio Zveiter, Dr. Paulo Cesar (Cabo Frio)Edson Santos, Eurico Junior, Indio da Costa, Itagiba, João Ferreira, Julio Lopes, Marcelo Matos, Marco Antonio Cabral, Marquinho Mendes (Cabo Frio), Savio Neves, Simão Sessim e Washington Reis.

Reis atualmente é prefeito de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

Da Assembleia Legislativa, constam da lista Alexandre Valle, Anabal, Átila Nunes Filho, Carlos Alberto, Dr. Marcelo Amaral (Araruama) e o candidato derrotado Marcelo Sereno.

Fonte: "epoca"

terça-feira, 14 de março de 2017

A anistia ao caixa dois é inconcebível, um disparate, um contrassenso

"A Constituição não concebeu o instituto da anistia em matéria eleitoral. Não tem esse alcance… O ocupante de cargo público é a face visível do poder, a encarnação do poder, e quem encarna a face do poder é inanistiável, porque é o próprio estado esculpido e encarnado. Não existe a figura da autoanistia. O instituto da anistia não foi concebido com o intuito de auto perdão. Os membros do poder são o próprio poder. O Estado não pode perdoar a si mesmo, é inconcebível, um disparate, um contrassenso, uma teratologia. É a negação do estado de direito a autoanistia, porque o estado de direito é o estado que respeita o direito por ele mesmo criado, aí vem o estado, por seus agentes, desrespeita o direito criado por ele e se auto perdoa em seguida. Isso é absolutamente inconcebível. Não existe”. (Carlos Ayres Brito, ex-ministro do STF, Jornal O Globo)

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Câmara articula anistia para caixas dois ainda em novembro

Câmara dos Deputados, foto blog do laurojardim 

Está em gestação entre a maioria dos líderes da Câmara — base aliada, PT e PCdoB — uma nova tentativa de votar a anistia para o caixa dois. A ideia é ter a anistia aprovada até o fim do mês, antecipando-se à homologação da delação da Odebrecht e ao provável tsunami que arrastará meio mundo político encrencado com caixa dois.

Os deputados vinham trabalhando com dois possíveis caminhos. Primeiro, a inclusão da anistia no relatório sobre as dez medidas anticorrupção propostas pelo Ministério Público Federal, ideia abortada ontem por Onyx Lorenzoni quando ele leu o relatório na comissão do tema defendendo a criminalização do caixa dois e não falou em anistia.

Onyx sabia que sepultaria sua carreira política se o fizesse.

O outro caminho requer o que faltou aos deputados, inclusive aos líderes e à Mesa Diretora em setembro: coragem para comprar a briga.

A ideia é, na votação em plenário do texto das dez medidas, os líderes (exceto os do PSOL e da Rede) apresentarem um substitutivo, tipo de emenda que altera o teor do projeto, que propusesse a anistia.

O texto proporia que todos os políticos que tiveram recursos não declarados em suas campanhas até agora não poderiam ser processados pelo novo tipo penal que se avizinha.

Guilherme Amado