Há pouco tempo atrás recebi por e-mail pedido de informações sobre a atuação do senhor Claudio Mendonça como secretário de educação de Buzios. Pretendia-se subsidiar uma postagem sobre o secretario em um blog de São Gonçalo onde ele novamente exercia o cargo de secretário da mesma pasta. Logo depois recebo, com alegria, a notícia de que "já nos livramos dele em março graças ao nosso incessante trabalho que deu subsídios à sociedade e à câmara de vereadores para enxotá-lo daqui". Para quem ainda não acreditava fica aí uma clara demonstração da importância dos blogs nos dias de hoje. Vejam a matéria do blog DAKISG:
Claudio
Mendonça, Conhecido em Búzios como secretário-inexigibilidade, comprou R$ 12
milhões em livros sem licitação
"SECRETÁRIO COMPRA LIVROS SEM LICITAÇÃO"
Mendonça e Mulim: gastança em época de vacas magras, foto blog dakisg |
Por Helcio
Albano
O Diário
Oficial de 10 de setembro trouxe em sua página um ato de “Ratificação de
Inexigibilidade” na aquisição do projeto “Magia de Ler”, da Editora
Melhoramentos, no valor de R$ 8.050.782,00 que, segundo o documento, será
implantado nas unidades de educação infantil do primeiro segmento em São
Gonçalo a partir de 2015. Quem assina a autorização do ato que desobriga
concorrência de preços é o secretário de Educação do Município, Claudio Roberto
Mendonça Schiphorst.
O atual
secretário de Educação de São Gonçalo é bem conhecido no magistério e no meio
político fluminenses, primeiro ligado ao PDT e, depois, à família Garotinho.
Foi esta última que permitiu a Mendonça tornar-se secretário de estado nos anos
2004/2006, além de presidir diversas fundações, sempre ligadas à educação.
Aliás, foram essas experiências que dão dor de cabeça atualmente ao secretário
junto à Justiça e que começaram a construir sua fama de
“secretário-inexigibilidade”.
Em decisão
publicada no dia 08 de novembro de 2013 e amplamente repercutida pela imprensa,
a 14ª Vara de Fazenda Pública da capital do Tribunal de Justiça do Estado do
Rio de Janeiro (TJRJ) condenou Mendonça, juntamente com a ex-governadora
Rosinha Garotinho, pelo crime de improbidade administrativa por terem
contratado, sem licitação, a Fundação Euclides da Cunha para implantação de um
programa de informática que contemplaria os municípios do Rio com a criação de
254 salas e laboratórios equipados.
A juíza
Simone Lopes Costa informou na decisão - que obrigou os réus a pagarem multa,
além de terem perdido os direitos políticos -, que no processo não ficou
provado a instalação das salas e, “independentemente da instalação dos
laboratórios, tal atividade deveria ter sido precedida de licitação, uma vez
que competiria a qualquer empresa do setor a participar da concorrência
pública” . A decisão foi proferida em primeira instância e cabe recurso no
pleno do TJRJ.
E a passagem
de Mendonça nos dois últimos municípios como secretário, antes de São Gonçalo,
também não foI tranquila. Em Niterói, cidade onde mora, entre 2010/2012 quando
foi presidente da Fundação Municipal de Educação (FME), cargo que detém a chave
do cofre, Claudio Mendonça teve duros embates com o sindicato local dos
professores (Sepe) e com vereadores de oposição ao prefeito Jorge Roberto
Silveira. O sindicato, inclusive, chegou a promover um plebiscito na rede de
ensino (com números não revelados) em que 92% dos votantes rechaçaram as
políticas da FME e o próprio secretário.
Em meio às
acusações de falta de transparência nos gastos da Fundação, a aquisição (sem
licitação) do programa “Magia de Ler” foi a gota dágua para o desgaste das
relações de Mendonça e a comunidade educacional de Niterói. Aquisição à
Melhoramentos foi de R$ 8 milhões em três anos.
No município
de Búzios a situação não foi diferente. Lá fez inimigos ferozes na Câmara de
Vereadores e entre profissionais da educação. Chamado pela imprensa local de
“reativo como uma onça”, os bate-bocas entre Mendonça e um blog local de grande
audiência já entraram para a história da pequena cidade da Região dos Lagos.
Foi neste blog que surgiu a alcunha de “secretário-inexigibilidade. O então
secretário da pasta em Búzios em 2013/2014 também enfrentou uma situação
inusitada em que até o vice-prefeito, Carlos Alberto Muniz, marchou com
manifestantes contra a situação da educação na cidade, que passava por uma
séria crise de merenda estragada. Muniz criticava, como ocorrido em Niterói, a
falta de transparência da secretaria e a “caixa preta” em que tinha se tornado.
E a aquisição do programa “Magia de Ler” por R$ 490 mil, também sem licitação,
pesou na opinião do vice-prefeito.
Já em São
Gonçalo, Mendonça - que foi consultor do Banco Mundial e ex-candidato derrotado
a vereador pelo PSC de Niterói em 2012, quando obteve 621 votos - promete mais
polêmica. Francamente contrário, por razões diversas, às eleiçoes diretas para
diretores de escola, disse recentemente à TV Win que a aprovação de tal medida
não passa porque os diretores são indicações dos vereadores. Em outubro, na
audiência pública sobre a LOA 2015, entre afirmações consideradas arrogantes
pelos vereadores presentes, tentou justificar a compra de R$ 8 milhões em
livros com a intenção de gastar mais R$ 4 milhões no programa “Magia de Ler”
até dezembro, chegando a R$ 12 milhões, sempre fiel ao seu estilo
“inexigibilidade”. No magistério e no meio político fluminenses, primeiro ligado ao
PDT e, depois, à família Garotinho. Foi esta última que permitiu a Mendonça
tornar-se secretário de estado nos anos 2004/2006, além de presidir diversas
fundações, sempre ligadas à educação. Aliás, foram essas experiências que dão
dor de cabeça atualmente ao secretário junto à Justiça e que começaram a
construir sua fama de “secretário-inexigibilidade”.
HÁ CINCO
ANOS NO BLOG - 26 de junho de 2010
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