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quinta-feira, 5 de março de 2020

Presos de Búzios enviam áudios de dentro da cadeia: 'Parece até o Mercadão de Madureira'

Presos enviam áudios de dentro da cadeia




Ouça o áudio em "soundcloud"


Acusados de integrar quadrilha que falsificava alvarás em Búzios se comunicavam facilmente com pessoas fora da unidade prisional.

Detentos do Presídio Tiago Teles, em São Gonçalo, na Região Metropolitana, conseguem se comunicar facilmente com pessoas que estão fora da cadeia. Áudios obtidos pela GloboNews com o conteúdo das trocas de mensagens foram exibidos em reportagem nesta quarta-feira (4).

Em um dos arquivos, Maurício Rodrigues de Carvalho – preso no Tiago Teles – relata estar havendo um pagode dentro da cadeia. "Ó o som, o pagode! Fica com Deus aí, um abraço!", diz o interno.

Maurício foi um dos presos de uma operação contra a falsificação de alvarás na Prefeitura de Búzios, na Região dos Lagos. Ele divide a cela com outro integrante da mesma quadrilha, Jonatas Brasil, que também teve áudio revelado pela reportagem.

"Aqui tem tudo, tudo, tudo. Parece até o Mercadão de Madureira", comemora o criminoso.

O Mercadão de Madureira, conhecido centro de comércio popular na Zona Norte da Cidade, é famoso pelo grande movimento de consumidores, e em nada deveria lembrar uma penitenciária estadual.

Jonatas Brasil, também conhecido como "John John", foi preso preso há menos de um mês acusado de integrar organização criminosa, estelionato e fraude processual. Na gravação obtida pela GloboNews, o criminoso lamenta estar preso, mas diz não faltar nada dentro da cadeia.

"Tá tudo bem aqui. Graças a Deus. Aqui tem tudo, mano. Tudo, tudo, tudo. Parece até o Mercadão de Madureira. Só que ficar preso é muito ruim, né? Mas eu creio que daqui a pouco a gente tá aí já, em nome de Jesus. Mas ficar preso é chato pra caramba. Não pode sair pra fazer nada, pô."

Um terceiro criminoso do mesmo bando, Weliton Quintanilha de Souza, conhecido como Ginho, também usa um celular para falar com amigos. "Valeu, Renato. Valeu! Fica com Deus, aí", diz.

O trio foi preso no mês passado durante uma operação do Ministério Público e da Polícia Civil. As investigações revelaram que a quadrilha falsificava alvarás da Prefeitura de Búzios. As vítimas eram empresários que tentavam legalizar estabelecimentos e buscavam a ajuda de despachantes.

Mas os despachantes que prometiam legalizar a documentação, na verdade eram criminosos que falsificavam os alvarás.

Aparelho foi encontrado

O aparelho celular foi encontrado com os criminosos. Em vistoria na terça-feira (3), agentes da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) encontraram o celular e o trio acabou transferido de unidade. Agora, estão em Bangu 1, presídio de segurança máxima, no Rio.

Em nota, a Seap informou que abriu uma sindicância para apurar se houve falha de procedimento no presídio Tiago Teles. Também disse que vai "intensificar as ações de repressão, para combater a entrada de materiais ilícitos nas unidades prisionais".

Só este ano, 38 celulares foram encontrados dentro da unidade de São Gonçalo.

Fonte: "g1"


Observação 1:

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sexta-feira, 26 de junho de 2015

A importância dos blogs

Há pouco tempo atrás recebi por e-mail pedido de informações sobre a atuação do senhor Claudio Mendonça como secretário de educação de Buzios. Pretendia-se subsidiar uma postagem sobre o secretario em um blog de São Gonçalo onde ele novamente exercia o cargo de secretário da mesma pasta. Logo depois recebo, com alegria, a notícia de que "já nos livramos dele em março graças ao nosso incessante trabalho que deu subsídios à sociedade e à câmara de vereadores para enxotá-lo daqui". Para quem ainda não acreditava fica aí uma clara demonstração da importância dos blogs nos dias de hoje. Vejam a matéria do blog DAKISG:


"SECRETÁRIO COMPRA LIVROS SEM LICITAÇÃO"




Mendonça e Mulim: gastança em época de vacas magras, foto blog dakisg
Claudio Mendonça, Conhecido em Búzios como secretário-inexigibilidade, comprou R$ 12 milhões em livros sem licitação

Por Helcio Albano

O Diário Oficial de 10 de setembro trouxe em sua página um ato de “Ratificação de Inexigibilidade” na aquisição do projeto “Magia de Ler”, da Editora Melhoramentos, no valor de R$ 8.050.782,00 que, segundo o documento, será implantado nas unidades de educação infantil do primeiro segmento em São Gonçalo a partir de 2015. Quem assina a autorização do ato que desobriga concorrência de preços é o secretário de Educação do Município, Claudio Roberto Mendonça Schiphorst.

O atual secretário de Educação de São Gonçalo é bem conhecido no magistério e no meio político fluminenses, primeiro ligado ao PDT e, depois, à família Garotinho. Foi esta última que permitiu a Mendonça tornar-se secretário de estado nos anos 2004/2006, além de presidir diversas fundações, sempre ligadas à educação. Aliás, foram essas experiências que dão dor de cabeça atualmente ao secretário junto à Justiça e que começaram a construir sua fama de “secretário-inexigibilidade”.

Em decisão publicada no dia 08 de novembro de 2013 e amplamente repercutida pela imprensa, a 14ª Vara de Fazenda Pública da capital do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) condenou Mendonça, juntamente com a ex-governadora Rosinha Garotinho, pelo crime de improbidade administrativa por terem contratado, sem licitação, a Fundação Euclides da Cunha para implantação de um programa de informática que contemplaria os municípios do Rio com a criação de 254 salas e laboratórios equipados.

A juíza Simone Lopes Costa informou na decisão - que obrigou os réus a pagarem multa, além de terem perdido os direitos políticos -, que no processo não ficou provado a instalação das salas e, “independentemente da instalação dos laboratórios, tal atividade deveria ter sido precedida de licitação, uma vez que competiria a qualquer empresa do setor a participar da concorrência pública” . A decisão foi proferida em primeira instância e cabe recurso no pleno do TJRJ.

E a passagem de Mendonça nos dois últimos municípios como secretário, antes de São Gonçalo, também não foI tranquila. Em Niterói, cidade onde mora, entre 2010/2012 quando foi presidente da Fundação Municipal de Educação (FME), cargo que detém a chave do cofre, Claudio Mendonça teve duros embates com o sindicato local dos professores (Sepe) e com vereadores de oposição ao prefeito Jorge Roberto Silveira. O sindicato, inclusive, chegou a promover um plebiscito na rede de ensino (com números não revelados) em que 92% dos votantes rechaçaram as políticas da FME e o próprio secretário.

Em meio às acusações de falta de transparência nos gastos da Fundação, a aquisição (sem licitação) do programa “Magia de Ler” foi a gota dágua para o desgaste das relações de Mendonça e a comunidade educacional de Niterói. Aquisição à Melhoramentos foi de R$ 8 milhões em três anos.

No município de Búzios a situação não foi diferente. Lá fez inimigos ferozes na Câmara de Vereadores e entre profissionais da educação. Chamado pela imprensa local de “reativo como uma onça”, os bate-bocas entre Mendonça e um blog local de grande audiência já entraram para a história da pequena cidade da Região dos Lagos. Foi neste blog que surgiu a alcunha de “secretário-inexigibilidade. O então secretário da pasta em Búzios em 2013/2014 também enfrentou uma situação inusitada em que até o vice-prefeito, Carlos Alberto Muniz, marchou com manifestantes contra a situação da educação na cidade, que passava por uma séria crise de merenda estragada. Muniz criticava, como ocorrido em Niterói, a falta de transparência da secretaria e a “caixa preta” em que tinha se tornado. E a aquisição do programa “Magia de Ler” por R$ 490 mil, também sem licitação, pesou na opinião do vice-prefeito.

Já em São Gonçalo, Mendonça - que foi consultor do Banco Mundial e ex-candidato derrotado a vereador pelo PSC de Niterói em 2012, quando obteve 621 votos - promete mais polêmica. Francamente contrário, por razões diversas, às eleiçoes diretas para diretores de escola, disse recentemente à TV Win que a aprovação de tal medida não passa porque os diretores são indicações dos vereadores. Em outubro, na audiência pública sobre a LOA 2015, entre afirmações consideradas arrogantes pelos vereadores presentes, tentou justificar a compra de R$ 8 milhões em livros com a intenção de gastar mais R$ 4 milhões no programa “Magia de Ler” até dezembro, chegando a R$ 12 milhões, sempre fiel ao seu estilo “inexigibilidade”. No magistério e no meio político fluminenses, primeiro ligado ao PDT e, depois, à família Garotinho. Foi esta última que permitiu a Mendonça tornar-se secretário de estado nos anos 2004/2006, além de presidir diversas fundações, sempre ligadas à educação. Aliás, foram essas experiências que dão dor de cabeça atualmente ao secretário junto à Justiça e que começaram a construir sua fama de “secretário-inexigibilidade”.

HÁ CINCO ANOS NO BLOG - 26 de junho de 2010
“Este vídeo deveria ser passado em praça pública”
VER em: http://adf.ly/1K3qC0

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