Capa da Revista Veja desta semana |
"Segundo a revista Veja, Paulo Roberto entregou, ao todo, os nomes de três governadores (considerando-se aí a atual governadora Roseana Sarney e os ex-governadores Sergio Cabral e Eduardo Campos), um ministro (Edison Lobão), um ex-ministro (Mário Negromonte), seis senadores e 25 deputados, além do secretário de finanças do PT. O ex-diretor da Petrobras também confirma que houve pagamento de propina no negócio que resultou na polêmica compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. O prejuízo bilionário para a empresa brasileira com a compra da unidade norte-americana motivou a instalação da CPI da Petrobras.
O esquema partia de grandes empresas – a maior citada por ele é a Camargo Corrêa – que, para fechar contratos milionários com a Petrobras, transferiam parte do lucro a funcionários da estatal, a partidos da base do governo e a políticos. Estes, antes de receber, tinham o dinheiro lavado por doleiros.
De acordo com Paulo Roberto, relata Veja, algumas das maiores empreiteiras do país, como a Camargo Corrêa, participavam do esquema. Segundo o ex-diretor contou, elas transferiam parte do lucro a funcionários da estatal, a partidos e políticos da base aliada para fechar contratos milionários com a Petrobras. Antes de chegar ao destino final, o dinheiro era lavado por doleiro, diz a revista".
Edison Lobão (PMDB) – ministro das Minas e Energia
João Vaccari Neto (PT) – secretário nacional de finanças do
partido
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presidente da Câmara
Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado
Ciro Nogueira (PP-PI), senador e presidente nacional do
partido
Romero Jucá (PMDB-RR), senador e ex-líder dos governos FHC,
Lula e Dilma
Cândido Vaccarezza (PT-SP), deputado federal
João Pizzolatti (PP-SC), deputado federal
Mario Negromonte (PP), ex-ministro das Cidades, ex-deputado
e atual conselheiro do TCM-BA
Sergio Cabral (PMDB), ex-governador do Rio de Janeiro
Roseana Sarney (PMDB), governadora do Maranhão
Eduardo Campos (PSB), ex-governador de Pernambuco e
ex-candidato à Presidência, morto no dia 13 de agosto em um desastre aéreo
"Os números dos envolvidos pelo ex-diretor no esquema operado
e, agora, delatado por ele variam conforme a apuração. Segundo o jornal O
Estado de S. Paulo, Paulo Roberto disse que 32 parlamentares, um governador e
cinco partidos políticos recebiam 3% de comissão sobre o valor de cada contrato
da estatal no período em que ele comandava a diretoria de Abastecimento. O
único nome mencionado na reportagem do Estadão é o do presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL).
De acordo com a Folha de S. Paulo, 61 congressistas e pelo
menos um governador receberam dinheiro desviado da empresa. A exemplo de Veja, a Folha cita o envolvimento
direto de três partidos da base de Dilma: PT, PMDB e PP.
Por envolverem parlamentares e ministro de Estado, os
depoimentos serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal (STF), responsável por
andar andamento e julgar processos contra autoridades federais. Réu em duas
ações penais – uma sobre ocultação e destruição de documentos e outra sobre corrupção
–, o ex-diretor da Petrobras aceitou a delação premiada para escapar de uma
pena que poderia chegar a 50 anos.
Um dos principais alvos da Operação Lava Jato, da Polícia
Federal, Paulo Roberto é acusado de ter recebido propina e de participar de um esquema
de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que teria movimentado cerca de R$ 10
bilhões. Ele está preso em Curitiba, mas, pelo acordo firmado, deverá ser posto
em liberdade com uma tornozeleira assim que concluir a série de depoimentos".
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