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sábado, 7 de setembro de 2019

Búzios empobreceu: já fomos o 4º município mais rico do Estado; hoje somos o 12º



No contexto regional ou municipal, a metodologia para apuração do PIB apresenta apenas os três setores de atividade econômica- agropecuária, indústria e serviços- , abrindo detalhamento somente ao subsetor de administração pública. A mudança, ocorrida há alguns anos, também excluiu a separação da produção de petróleo e gás natural na Bacia de Campos, passando a integrar as produções industriais de municípios.

Por conseguinte, evolução do desempenho da indústria fica mascarada pela impossibilidade de separação da atividade de extração de petróleo e gás dos demais subsetores industriais.

Os dados mais recentes divulgados pelo IBGE referem-se ao período de 2010 a 2016. Em nível nacional, o Estado do Rio de Janeiro possui nove municípios entre os 100 maiores produtos. Além da capital, que representou 5,26% do PIB brasileiro em 2016 (329,431 bilhões de reais), ocupando o 2º lugar no ranking nacional, destacaram-se os municípios de Duque de Caxias (22º lugar, com 39,857 bi)), Niterói (31º lugar, 23,003 bi), Macaé (49º lugar, 17,580 bi), Campos dos Goytacazes (50º lugar, 17,283 bi), São Gonçalo (52º lugar), Nova Iguaçu (54º lugar), Petrópolis (73º lugar) e Volta Redonda (87º lugar). A pequena Búzios ocupa o 530º lugar com um PIB de 1,474 bilhões de reais em 2016.

No período 2014 a 2016 o PIB de Búzios vem caindo. Em 2014 era de 3,983 bilhões de reais. Em 2015, caiu para 2,282 bi. E caiu novamente em 2016, para 1,474 bi. Administração Pública (284,1 milhões de reais) e Agropecuária (8,563 milhões) mantiveram-se praticamente estáveis no período, mas Serviços e Indústria caíram. Os Serviços que representavam 1,330 bilhões em 2014 cairam para 819,1 milhões de reais em 2016. A Indústria, que também caiu, teve uma queda ainda maior, de 2,281 bi para 285,6 milhões em 2016.

No Estado do Rio de Janeiro, o PIB de Búzios caiu da 24ª colocação em 2014 (3,983 bi de reais) para a 40ª posição em 2016 (1,474 bi).

Consequentemente, o PIB per capita despencou. Era de 130.875,98 em 2014 (4º lugar no Estado, 23º no Brasil). Passou para 73.477,95 no ano seguinte (7º lugar no estado e 92º no Brasil). E caiu novamente em 2016 para 46.566,38 (12º lugar, 357º no Brasil). Búzios que era o 23º município mais rico do país em 2014, caiu para o 92º lugar em 2015 e despencou para o 357º em 2016.

Entre os municípios da Região dos Lagos Búzios continua sendo o mais rico com a renda per capita de 46.566,38 reais em 2016. Em segundo lugar, temos Rio das Ostras com 35.788,18. Em terceiro, Cabo Frio com 33.969,57. Arraial do Cabo vem em seguida com 22.531,94. São Pedro da Aldeia é o quinto com 20.714,33. Araruama é o sexto com 19.748,08. E finalmente, o municipio mais pobre, Iguaba Grande, com renda per capita de 16.153,08 reais.

domingo, 14 de dezembro de 2014

Búzios é o sétimo município mais rico do estado do Rio de Janeiro

Estudo do PIB dos Municípios 2012, IBGE


O IBGE acaba de publicar o PIB e o PIB/capita dos municípios brasileiros de 2012. Para quem estranhar o ano 2012 digo que é assim mesmo. O cálculo do PIB de mais de 5.000 municípios demora mesmo. Em geral, são publicados dois anos depois.

Entre os 100 maiores PIBs, doze são de municípios do estado do Rio de Janeiro. Das baixadas litorâneas, temos dois: Cabo Frio (12,480 bilhões de reais) e Rio das Ostras (11,327 bilhões de reais). O maior PIB municipal do Brasil é o PIB do município de São Paulo (SP) que totaliza 499,375 bilhões de reais, seguido do município do Rio de Janeiro, com 220,924. Em terceiro, vem Brasília (DF), com 171, 235 bi. O maior PIB municipal do estado do Rio de Janeiro, excluída a capital, é o de Campos, com 45,129 bi. Também estão entre os 100 maiores PIBs do Brasil os seguintes municípios do estado do RJ: Duque de Caxias (27,121), Niterói (15,112), Macaé (14,459), Cabo Frio (12,480), São Gonçalo (11,9760, Rio das Ostras (11,327), Angra dos Reis (10,973), Nova Iguaçú (10,665), Volta Redonda (9,187), Petrópolis (9,133) e Belford Roxo (7,542).

Quanto à renda per capita, ou PIB per capita, entre as cem maiores rendas dos municípios brasileiros temos 11 do estado do RJ. Quissamã, que em 2011 possuía a segunda maior renda do estado, em 2012 desbancou Porto Real, passando a liderar o ranking. Sua renda per capita passou de R$ 193.740,96 (2011) para R$ 230.344,73 (2012). Porto Real, 2º em 2012, viu sua riqueza diminuir de R$ 217.465,66 (2011) para R$ 174.372,58 (2012). Os dois municípios figuram ainda entre os 10 mais ricos do país: Quissamã é o 5º e Porto Real, o 8º. 

Do 3º colocado ao 7º não houve em 2012 nenhuma alteração de posição. Vejam a lista:
3º (RJ) e 12º (Brasil) - São João da Barra - R$ 146.205,05
4º) (RJ) e 32º (Brasil) - Rio das Ostras - R$ 97.536,81
5º) (RJ) e 34º (Brasil) - Campos - R$ 95.552,01
6º (RJ) e 35º (Brasil) - Casimiro de Abreu - R$ 95.072,28
7º (RJ) e 45º (Brasil) - Armação dos Búzios - R$ 84.932,64. 

Itatiaia, 9º em 2011, com renda/capita igual a R$ 62.199,83, galgou uma posição em 2012, ficando em 8º lugar no estado e 56º  no Brasil, com R$ 73.568,93 de renda/capita. Angra que ocupava a 8ª posição, caiu para a 11ª, com R$ 61.961,39. Dois novos municípios que não estavam entre os 10 em 2011, passaram a ocupar a 9ª e 10ª posição: Carapebus (R$ 64.804,21) e Cabo Frio (R$ 63.940,15). 

Fonte: ftp://ftp.ibge.gov.br/Pib_Municipios/2012/pibmunic2012.pdf

Observação: 
Não deixe de votar nas três enquetes situadas no canto superior direito do blog, logo abaixo da propaganda do Google.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Milionários, mas sem Saúde de qualidade

Estudos Socioeconômicos de Armação dos Búzios 2013 Armação dos Búzios, TCE-RJ


Os DADOS

Na Região dos Lagos alguns governos municipais oferecem serviços públicos de Saúde que não condizem com a realidade econômica dos seus municípios. Como explicar o fato de municípios muito ricos terem um sistema público de Saúde de terceira categoria? Má gestão ou corrupção? Ou os dois ao mesmo tempo? 

Cabo Frio e Rio das Ostras têm PIBs de quase 10 bi de reais (dados de 2011). O primeiro,  9,36 bilhões de reais e o segundo, 9,22. Em terceiro lugar vem Armação dos Búzios, com 1,79 bi. Os outros PIBs são: Araruama, 1,38 bi; São Pedro da Aldeia, 1,04 bi; Arraial do Cabo 445 milhões e Iguaba Grande 288.

Rio das Ostras é o município mais rico entre os citados, com renda per capita  de R$ 83.103,00. Seguido de Armação dos Búzios com R$ 63.461,00. Em terceiro, vem Cabo Frio com R$ 49.087,00, em seguida  Arraial do Cabo, R$ 15.905,00, Araruama R$ 12.148,00, São Pedro da Aldeia R$ 11.614,00 e Iguaba Grande R$ 11.422,00.

Com o dinheiro dos royalties caindo no colo dos Prefeitos da Região sem que eles precisem fazer qualquer coisa para isso e sem que a aplicação desses recursos passem pelo crivo de um Conselho dos Royalties, observa-se em quase todos os municípios da Região que eles não  são empregados na melhoria das condições de vida da população. Investe-se mal e/ou desviam-se recursos que deveriam ser aplicados na Saúde, Educação, geração de trabalho e renda, mobilidade, saneamento, regularização fundiária, segurança, etc.     

Se não bastassem, ou por isso mesmo, serem detentores de PIBs milionários, também têm receitas totais anuais vultosas. Em 2012, Cabo Frio teve receita total R$ 737 milhões. Rio das Ostras, em seguida, teve R$ 733 milhões. Araruama, R$ 211 milhões; Armação dos Búzios, R$ 193 milhões; São Pedro da Aldeia,  R$ 138 milhões; Arraial do Cabo, R$ 117 milhões;e  Iguaba Grande, R$ 67 milhões.

Como explicar que Armação de Búzios tenha IDSUS igual a 5,14, se o município tem a 6ª melhor receita per capita do estado, R$ 6.659,00? E Rio das Ostras,  IDSUS de 4,06, e a 8ª melhor receita per capita, R$ 6.307,62? Arraial do Cabo IDSUS igual a 4,93, e receita per capita de R$ 4.132,87, a 22ª melhor do estado? Cabo Frio, IDSUS 5,77 e R$ 3.777,77 de receita per capita a 30ª melhor do estado?

O SUS  

"O Índice de Desempenho do SUS – IDSUS é um indicador síntese elaborado pelo Ministério da Saúde que faz uma aferição contextualizada do SUS quanto ao acesso (potencial ou obtido) e à efetividade da atenção básica, da atenção ambulatorial e hospitalar e das urgências e emergências. Pretende subsidiar ações, presentes e futuras, dos  gestores municipais, estaduais e federais, a fim de melhorar a qualidade dos sistemas de serviços e a saúde dos brasileiros. O índice varia de 0 a 10, e quanto mais alto, melhor. De acordo com o Ministério da Saúde, o serviço do SUS pode ser considerado bom com nota superior a 7,00. A pesquisa, divulgada em março de 2012, atribuiu ao SUS no Brasil a nota 5,47, ficando o estado do Rio de Janeiro com 4,58 e a cidade do Rio de Janeiro com 4,33. Dentre os municípios fluminenses, o principal destaque foi Piraí, com nota 7,30".

"A área de saúde foi apontada, em 2011, como tema de maior significância na programação das auditorias do TCE-RJ. O tribunal avaliou a atenção básica (Programa Saúde da Família – PSF), as centrais de regulação (que administram o fluxo de pacientes entre os postos de saúde, ambulatórios e hospitais de urgência e emergência), as unidades de pronto atendimento (UPAs) e o planejamento municipal em saúde. Após o exame da matéria, o Plenário determinou a 88 municípios que elaborem planos de ação para sanar as falhas no PSF. Os resultados do trabalho permanecem na Vitrine de Auditorias implantada no portal do TCE-RJ.

"Todos os municípios do estado, com exceção da Capital, tiveram suas estratégias de saúde da família avaliadas. Cerca de 300 unidades de saúde foram visitadas. Nas 44 UPAs em funcionamento à época da auditoria – 23 sob responsabilidade somente do estado, 20 sob responsabilidade conjunta do estado e dos municípios, e uma federal – o TCE-RJ constatou que 80% dos atendimentos fugiam ao objetivo inicial, que era cobrir casos de urgência e emergência para reduzir a lotação da rede hospitalar. As UPAs apresentavam ainda problemas no processo de admissão dos profissionais, na localização, na acessibilidade dos pacientes e no cumprimento das normas técnicas. Em seguida, o TCE-RJ analisou o planejamento em três das nove regiões de saúde do estado – Norte, Médio Paraíba e Baía da Ilha Grande – no total de 23 municípios. Desses, apenas nove tinham planejamento na área de saúde. Quanto à presença de especialistas, eles eram suficientes em 9% dos municípios, insuficientes em 52% e não existiam em 39%. A estrutura física era adequada em 17% dos jurisdicionados, razoável em 14% e inadequada nos demais. São Fidélis, Campos e Niterói não contavam com Saúde da Família (Niterói tinha um programa semelhante). Nos outros 88 municípios, havia problemas com as equipes (admissões irregulares, não cumprimento da carga horária, baixa remuneração), na infraestrutura das unidades (má localização e má conservação, dimensões erradas das salas e consultórios, falta de equipamentos) e na assistência farmacêutica (aquisição inadequada de medicamentos, distribuição, armazenamento e entrega irregulares). Em 68 municípios não existia comissão de farmácia e terapêutica e em 73 não havia relação de medicamentos essenciais".

A AUDITORIA

A auditoria do TCE-RJ constatou que em todos os municípios da Região dos Lagos havia problemas com a composição das equipes de Saúde (admissão irregular de pessoal e descumprimento de jornada de trabalho), na estrutura física e equipamentos das Unidades de Saúde da Família (dimensões erradas das salas e consultórios, falta de mobiliários ou equipamentos mínimos, má localização e má conservação) e na assistência farmacêutica (aquisição inadequada de medicamentos, distribuição, armazenamento e entrega irregulares). Em Cabo Frio, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia e Arraial do Cabo ainda se constatou que as equipes da saúde foram constituídas de forma irregular.

Observação: a maior prova de que o problema na Saúde dos municípios é de gestão e/ou corrupção está no fato de que recursos não faltam. Em 2011, Armação dos Búzios gastou R$ 1.535,34 por habitante com a Saúde municipal. Não seria melhor pegar esse dinheiro e fazer um plano de saúde privado para cada morador do município? Com certeza, ainda sobraria dinheiro. Outros gastos per capita com a Saúde: Cabo Frio= R$ 699,23; Rio das Ostras= R$ 660,98; Iguaba Grande= 542,58; Arraial do Cabo= R$ 527,87; São Pedro da Aldeia= 299,79 e Araruama= R$ 287,21.

                 

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Somos ricos, muito ricos!

O IBGE divulgou o PIB de 2011 dos 5.564  municípios brasileiros. Somos o 68º município mais rico do Brasil e o 7º do estado do Rio de Janeiro. Somos ricos, muito ricos!

Nosso PIB de 2011, segundo o IBGE, foi de 1,794 bilhões de reais. Dividindo-se este valor pela população estimada no mesmo ano, temos um PIB/capita ou renda per/capita de R$ 63.460,71. Isso quer dizer que, caso, hipoteticamente,  o município fosse vendido, caberia a cada cidadão buziano este valor anual, ou R$ 5.288,39 mensais, durante um ano.  

Produto interno bruto dos municípios - 2011 » pib per capita a preços correntes » comparação entre os municípios escolhidos

uf    município                         reais
RJ   Rio das Ostras                  83.102,64
RJ   Armação dos Búzios        63.460,71
RJ   Cabo Frio                         49.086,75
RJ   Arraial do Cabo               15.904,50
RJ   Araruama                         12.148,43
RJ   São Pedro da Aldeia        11.614,03
RJ   Iguaba Grande                 11.422,37

Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA.

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Isac Tillinger RICOS E INCOPETENTES


Observação:

Participe da Enquete da CPI dos Bos respondendo ao questionário do quadro situado no canto superior direito do blog.
Grato.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Os fabricantes de miséria - os miseráveis da Região dos Lagos

O campeão em número de miseráveis da Região dos Lagos, proporcionalmente à população, é Araruama. Tem 18.914 (16,96%) moradores nessa condição: 3.973 sem rendimento; 3.366 com rendimento de 1 a 70 reais; e 11.575, de 71 a 140.
Em segundo lugar, temos Cabo Frio com 26.316 (14,34%) miseráveis: 6.566 sem rendimento algum; 4.090, de 1 a 70 reais; e 15.660, de 71 a 140.
Em terceiro lugar, São Pedro da Aldeia, com 12.416 (14,15%): 2.726, sem rendimento; 2.138, de 1 a 70; e 7.552, de 71 a 140 reais.
Em quarto, Arraial do Cabo, com 3.632 (13,15%): 1.128, sem rendimento; 442, de 1 a 70; e 2.062, de 71 a 140 reais.
Em quinto,  Iguaba Grande, com 2.846 (12,46%): 644, sem rendimento; 385, de 1 a 70; 1.817, de 71 a 140 reais.
Finalmente, Rio das Ostras, com 10.561 (10,01%): 3.396, sem rendimento; 1.276, de 1 a 70; e 5.889, de 71 a 140 reais.

Fonte: "ibge"

Os fabricantes de miséria - introdução

O IBGE divulgou os resultados preliminares do universo do censo demográfico de 2010. Somos 27.538 buzianos, 13.737 homens e 13.801 mulheres. Crescemos 51,27%, em número de habitantes, de 2000 (data do último censo) a 2010. Temos 8.715 (31% da população) buzianos com menos de 19 anos de idade. De 15 a 19 anos somos 2.194 jovens, mas não temos nenhuma política pública pra eles.

Somos 2.624 (9,49%) miseráveis (conceito do próprio IBGE): 218 com rendimento nominal mensal per capita de 1 a 70 reais; 1.492, de 71 a 140; e 914 sem rendimento algum.

Uma outra tabela- de domicílios particulares permanentes, por classes de rendimento nominal mensal domiciliar per capita- confirma esta realidade cruel nada condizente com um município com fama de ser um paraíso. Para quem habita esses domicílios deve ser um verdadeiro inferno viver em Búzios. De um total de 9.102 "Domicílios Particulares Permanentes" (DPP), temos 4.227 (46,90%) com renda per capita igual ou inferior a 1 Salário Mínimo (SM). Duzentos e trinta (230) domicílios têm renda até 1/4 do SM.

Quando levantamos os dados uma sensação muito ruim tomou conta da gente. Revolta, indignação, raiva mesmo. Temos governantes (em toda Região dos Lagos) que são verdadeiros fabricantes de miséria. Ou são incompetentes, ou são corruptos. Ou são as duas coisas juntas. Ou são incompetentes pra governar, ou muito competentes pra roubar. Os dados mostram que só uma minoria se beneficia dos orçamentos milionários de quase todos os município de nossa Região dos Lagos. Em Búzios, desde a emancipação, já tivemos mais de 1 bilhão de reais de receitas orçamentárias. Em geral, não se tem a quem reclamar. Na maioria desses municípios temos câmara de vereadores omissas e/ou coniventes. Justiça lenta ou conivente também. A única solução é sair às ruas pra lutar por seus direitos. Não tem outro jeito. Nossos governantes morrem de medo de povo na rua. Eles sabem que quando essa energia é liberada não se tem mais controle. Eles gostam de resolver tudo lá "por cima", em acordos contra/sem o povo.

Nas próximas postagens apresentaremos resultados preliminares do universo do censo demográfico de 2010 sobre abastecimento de água, fornecimento de energia elétrica, esgotamento sanitário, existência de banheiros nos domicílios, destino do lixo, etc. Na medida do possível farei comparações tanto com o censo de 2000 quanto com os municípios vizinhos de nossa Região (Araruama, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia). Já coletei dados destes municípios, aos quais acrescentei os de Rio das Ostras que, apesar de não pertencer à nossa Região dos Lagos, tem importância pela proximidade.

Fonte: "ibge"

Ver também:


 http://www.ipbuzios.blogspot.com.br/2011/06/os-fabricantes-de-miseria-os-miseraveis.html
 http://www.ipbuzios.blogspot.com.br/2011/06/os-fabricantes-de-miseria-vivendo-com-1.html
 http://www.ipbuzios.blogspot.com.br/2011/06/os-fabricantes-de-miseria-os-sem-agua.html
 http://www.ipbuzios.blogspot.com.br/2011/06/os-fabricantes-de-miseria-os-sem_7642.html
 http://www.ipbuzios.blogspot.com.br/2011/06/os-fabricantes-de-miseria-os-sem-rede.html
 http://www.ipbuzios.blogspot.com.br/2011/06/os-fabricantes-de-miseria-os-sem-coleta.html
 http://www.ipbuzios.blogspot.com.br/2011/06/os-fabricantes-de-miseria-os-sem_09.html
 http://www.ipbuzios.blogspot.com.br/2011/06/os-fabricantes-de-miseria-os-corticos.html
 http://www.ipbuzios.blogspot.com.br/2011/06/os-fabricantes-de-miseria-os.html
 http://www.ipbuzios.blogspot.com.br/2011/06/os-fabricantes-de-miseria-os-sem_10.html
 http://www.ipbuzios.blogspot.com.br/2011/06/os-fabricantes-de-miseria-os-sem.html
 http://www.ipbuzios.blogspot.com.br/2011/06/os-fabricantes-de-miseria-final.html
 http://www.ipbuzios.blogspot.com.br/2012/04/os-fabricantes-de-miseria-vivendo-com-1.html
 http://www.ipbuzios.blogspot.com.br/2012/04/os-fabricantes-de-miseria-excluidos-da.html
 http://www.ipbuzios.blogspot.com.br/2012/04/os-fabricantes-de-miseria-os-sem.html
 http://www.ipbuzios.blogspot.com.br/2012/04/os-fabricantes-de-miseria-os-sem_30.html
 http://www.ipbuzios.blogspot.com.br/2012/05/os-fabricantes-de-miseria-os-sem-creche.html
 http://www.ipbuzios.blogspot.com.br/2012/05/os-fabricantes-de-miseria-os-sem-escola.html
 http://www.ipbuzios.blogspot.com.br/2012/05/os-fabricantes-de-miseria-os-com-casas.html
 http://www.ipbuzios.blogspot.com.br/2012/05/os-fabricantes-de-miseria-os-que-vivem.html
 http://www.ipbuzios.blogspot.com.br/2012/05/os-fabricantes-de-miseria-os-sem.html
 http://www.ipbuzios.blogspot.com.br/2012/05/os-fabricantes-de-miseria-os.html

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O PIB de Búzios I

O Produto Interno Bruto (PIB) de Búzios, na última medida feita pelo IBGE em 2007, é igual a R$ 1,16 bilhões. Encontram-se valores diferentes dependendo dos critérios de cálculo. A Fundação CIDE, por exemplo, em suas medições, desconta a produção de petróleo e gás, ou seja, não leva em conta a atividade econômica da "indústria extrativa" petrolífera em nossa costa. Em 2007, essa indústria contribuiu com R$ 843.808.000 (73,8%) para o PIB de nosso município. 

Dividindo-se o PIB pela população da cidade nesse ano, temos a renda per capita de R$ 47.471,00 em 2007. Essa renda é a 5ª renda per capita do Estado do Rio de Janeiro. Antes, sem o petróleo e o gás, ficávamos em 18º.

A principal atividade econômica de nossa cidade, sem considerar petróleo e gás, como não poderia deixar de ser, é a prestação de "Serviços". Correspondeu, em 2005, a 33,9% de toda riqueza gerada em nosso município. Desde 1997, os "Serviços" vêm crescendo a taxas altíssimas (27% ou mais), exceto nos anos de 2001 - que decresceu 6%- e de 2004- que praticamente não sofreu variação em relação ao ano anterior. O setor "Serviços" contribuiu com 14,990 milhões de reais para o PIB de Búzios em 1997. Dez anos depois, saltou para 102,582 milhões (2006).

O segundo setor mais importante da economia buziana já foi a "Construção Civil". Nos anos iniciais de existência autonoma- de 1997 a 1999- chegou a ocupar a primeira posição. Hoje, disputa o terceiro lugar com o setor "Administração Pública". Em segundo lugar, em 2006, temos "Aluguéis".

A "Construção Civil", nesses 10 anos, teve altos e baixos. Muito mais baixos que altos. Por causa das moratórias decretadas em 2003 e 2005, quando se discutia o Plano Diretor da cidade, diminuiu muito a participação do setor na economia. Estranhamente cresceu muito em 2004  e 2005- mesmo com moratória em vigor-, para tomar um tombo de 81%  em 2006. Neste ano, representou um pouco mais de 10% do PIB.

"Aluguéis" somaram 34,800 (13,1% do PIB) milhões de reais ao produto buziano. A contribuição dos "Aluguéis" ao nosso produto interno vem em crescimento constante desde 1997, mas a participação no total vem diminuindo. Caiu de 20% em 1997 para 13,1% em 2006.

A "Administração Pública" que participava com 4% (3,3 milhões de reais) do PIB em 1997, chega a 2006 com 12% (31,7 milhões). Um aumento de 840%. Também veio em um crescimento constante. Só teve uma queda de 26% em 2003 e de 15% em 2005, para voltar a subir em 2006, fechando em R$ 31,7 milhões. 

Essa participação da administração pública constitui um desvio de finalidade. Aquela que deveria fomentar a economia para gerar emprego e renda na iniciativa privada, deturpando a verdadeira finalidade da administração pública, é hoje a segunda grande empregadora da cidade com 2.500 funcionários. Isso, sem considerar os terceirizados.

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