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Foto Jornal de Búzios 29/05/2006 |
Tendo em vista a Audiência Pública que
a Câmara de Vereadores de Búzios fará realizar hoje às 14:00 horas para
rediscutir as contas de 2004 do governo Mirinho Braga, republico, com algumas
atualizações, o texto “Revisitando o julgamento das contas de 2004” que
publiquei aqui no blog em 30/03/2012. Nele, revisito o noticiário da época para
relembrar a atuação dos atores políticos- prefeito e vereadores. O Jornal de
Búzios (JB), em sua edição de 29/05/2006, traz uma página inteira com a
cobertura feita pela jornalista Flávia Rosas da votação que reprovou as contas
tornando Mirinho inelegível por 8 anos. Votaram a favor do parecer contrário do
TCE-RJ os vereadores Fernando, Uriel, Francisco, Evandro, Genilson e Flávio.
Contra: Messias, Henrique e Alexandre.
O prefeito Mirinho, que depois entrou
na justiça com ação para anular a resolução da Câmara alegando que não teve
direito de defesa, apresentou uma desculpa esfarrapada de que não pode fechar
suas contas por falta de luz na prefeitura. De fato, no último dia útil da sua
administração ocorreu um blecaute na cidade, mas tal fato não pode justificar
um rombo de mais de 4 milhões de reais no caixa, um déficit orçamentário de
mais de 14 milhões e o uso dos royalties para pagar funcionários. Deu outra
desculpa mais razoável quando alegou que o município sofreu uma diminuição
significativa na arrecadação em função da queda no repasse dos royalties e na
receita proveniente do ICMS do petróleo. Mas a garfada dada pela governadora
Rosinha Garotinho nas receitas de Búzios também ocorreu em outros municípios da
Região dos Lagos e todos eles foram, gradativamente, ao longo do ano, se
adaptando à nova realidade financeira. Nenhum deles teve problemas por isso. No
final, com esses argumentos só conseguiu convencer o juiz de Búzios que deve
ter tido outros milhões de motivos para lhe conceder uma liminar para que
pudesse disputar a eleição de 2008. No julgamento do mérito o próprio juiz-
provavelmente por outros motivos- reconsiderou sua decisão anterior.
O vereador Flávio Machado- um dos
vereadores que votaram a favor do parecer contrário do TCE-RJ- denunciou, no
dia da votação, que o ex-prefeito queria conquistar o seu voto com propina.
Mirinho prometera entrar com uma ação contra o vereador, mas nada fez. Ao Jornal
de Búzios declarou:
"Estou com a gravação aqui no meu
bolso. Quem entende de propina é o Flávio Machado. Tenho a certeza absoluta que
ele entende muito de nepotismo, entende de tudo quanto é coisa errada. Não
estive com o Flávio Machado, em nenhum momento procurei o Flávio Machado... Ele
vai responder isso judicialmente."
Depois de confessar que só procurou
dois vereadores, Genilson e Uriel, para pedir voto, disse que "jamais tive
contato com outros vereadores nesse sentido, pedindo qualquer tipo de coisa.
Até porque pensei muito, amadureci muito e não quero ficar devendo nada a esse
tipo de gente."
Mirinho termina seu depoimento ao
jornal ameaçando:
"Eu não vou fiscalizar só o poder
Executivo não. Eu vou fiscalizar também o poder Legislativo. Eles vão ter que
explicar, por exemplo, porque fazem uma lei proibindo novos supermercados em
Búzios. Tem que ter uma explicação...Quem encomendou essa lei? Aí eles têm o
disparate e a cara de pau de dizer: 'Pode supermercado sim, só não pode a sete
quilômetros de distância'. Se você pegar sete quilômetros de um supermercado e de
outro, acabou o município. Interessa a quem essa lei? Ao mercadinho pequeno de
Cem Braças ou ao do Centro de Búzios? Não, interessa a alguns grandes que
encomendaram essa lei."
Sobre a questão da propina, o prefeito
não fez nada. Nenhuma ação judicial. Ficou por isso mesmo. O vereador Flavio
Machado, acusado pelo prefeito de "entender de propina", também nada
fez. Mais tarde Flávio falou que se
arrependeu de ter votado a favor do parecer do TCE-RJ. Disse que foi forçado
pelo grupo do prefeito Toninho Branco. Como diz o professor Chicão: não é
meigo! Hoje pertence ao grupo político de Mirinho. Está lado a lado com o
prefeito em seu palanque. Não só ele. Dos seis que votaram contra as suas
contas, Fernando e Francisco Neves também. Só não estão no seu palanque porque
foram barrados pela Lei do Ficha Limpa. Quanto à Lei dos supermercados, Mirinho
esqueceu de cobrar explicações. Esqueceu de dizer também que a Lei foi aprovada
por unanimidade, ou seja, os “seus” vereadores (Alexandre- seu vice atual-,
Messias e Henrique) também votaram na Lei “encomendada”. Faltou dizer quanto
custou a encomenda. Dá pra se ver que o prefeito anda muito bem acompanhado!
Sobre a pendenga entre os supermercados, o próprio “mercado” resolveu a pendenga. A primeira Lei, chamada sabiamente
pelo povo de Lei "Princesa", foi revogada. A Lei que a revogou foi
apelidada de Lei "Só Ofertas", supermercado que precisava da
revogação para poder se instalar na cidade. Nos dois casos, votadas por
encomenda. Todos os vereadores tiveram milhares de motivos para votar e, depois,
revogar! Esta é a política de Búzios! E Mirinho ainda teve a cara de pau de
dizer: " Não quero nenhum tipo de contato com essas peças. Eles
representam hoje o que a gente combate em Búzios." Combate nada, prefeito.
Nunca combateu.
Observação:
Em um dos cartazes está escrito: vereadores, hoje lhes botam cabresto, amanhã
lhes darão ração.
Comentário:
Mirinetes e puxas-saquetes e acomodadetes...que deveriam ser o futuro desta cidade.. acordem!
Será que está tão dificil entender que quem vota em inho ou nos que já foram vereadores e que não fiscalizaram... não cuidaram e deixaram que não funcionasse...e que participaram e foram coniventes... que essa é uma péssima idéia?!
A forma de parar toda essa robalheira, é dizer que a gente viu e ouviu e já sabemos que são sem caráter! (Supostamente)
Quem tem dúvida, veja os inúmeros processos que estão em andamento (a passo de tartaruga, o que é uma pena).
Ao invés de ajudarem com essas falcatruas, peçam que devolvam tudo... que mudem de cidade... e avisem que Búzios não é lugar para essa pouca vergonha!
Vamos começar de zero.
Boicotem esta eleição..
Peçam para revisar tudo, desde 1996...
Por favor deixem de ser otários, sejam cidadãos conscientes e participativos!