Cavalo Paraguaio |
O povo de Búzios há muito tempo busca um governo que realmente atenda aos seus interesses fundamentais. É inadmissível que um município tão rico- o 7º mais rico do rico Estado do Rio de Janeiro- não propicie ao seu povo uma Educação de qualidade, uma Saúde de primeira, Mobilidade Urbana digna desse nome, Regularização Fundiária de suas terras, Saneamento Básico, com o esgoto de todas as casas tratado, e Desenvolvimento Sustentável, preservando seu patrimônio natural com a criação de vários Parques e Unidades de Conservação.
Em 2004, o povo buziano votou claramente em busca desse ideário. Os dois governos Mirinho Braga não só não resolveram nenhum destes problemas fundamentais do povo buziano, como, por incompetência, os agravaram sobremaneira.
Para desalojar do Poder o
grupo político de Mirinho Braga, que depois de oito anos de mandato
deixou bem claro que não estava nem um pouco preocupado com a solução dos problemas fundamentais do povo buziano, e que tampouco tinha zelo pelo dinheiro público, tantas
foram as ações de improbidade administrativa a que o governo teve
que responder, algumas já com condenações em primeira e segunda instância, o povo buziano resolveu apostar na sua outra liderança política, Toninho Branco.
A grande
expectativa de mudança gerada pela eleição de Toninho Branco logo
transformou-se em imensa decepção. Os malfeitos ampliaram-se. Os
problemas fundamentais agravaram-se. O que de ruim já
era observado no 2º governo Mirinho (2001-2004), generaliza-se no
novo governo, com praticamente todos os agentes políticos procurando amealhar o mais rápido possível a sua parte do butim.
A
desventura da experiência, o sofrimento causado pela piora das
condições de vida em quase todos os setores, amedrontou o povo
buziano, que foi procurar refúgio político na antiga liderança,
que a imensa maioria acreditava ser menos pior politicamente que Toninho Branco. Como
alguém que se separa e retoma a antiga relação com medo do
desconhecido. Como se fosse mais seguro sofrer a dor já conhecida, o povo de Búzios concede generosamente a Mirinho mais um mandato.
Nova
frustração. E mais grave. O terceiro governo Mirinho conseguiu a
proeza de ser pior que o governo anterior de Toninho Branco. Também
pudera. O que se podia esperar de um governo que foi loteado de ponta
a ponta, para que a candidatura de um candidato inelegível pudesse
ser viabilizada. Mirinho governou com uma liminar penduradas no pescoço. Como Fausto, de Goethe, que vendeu a alma ao
Diabo. Feito o acordo, quem governa é o Diabo.
A última eleição trouxe um duro aprendizado. As duas principais lideranças do povo buziano viraram pó. Um, Toninho Branco, estava impossibilitado de disputar o
processo eleitoral, tantas foram as suas condenações, inclusive
criminais. O outro, Mirinho Braga, preso aos seus compromissos nada
republicanos, viu sua rejeição alcançar índices
estratosféricos.
Naquelas condições qualquer um ganharia de Mirinho em 2012, que como as eleições de 2004 e 2008, foi mais um plebiscito. Mas com uma
diferença fundamental: o município não possuía mais liderança
política alguma. Não restava mais ao povo buziano a
possibilidade de buscar consolo em quaisquer ex-prefeitos. Essa
experiência já fora vivida e não trouxera melhora alguma às condições de vida do povo buziano.
Sem
alternativas, restou ao povo buziano dar um salto no escuro. Qualquer
um dos candidatos serviria, pois a única motivação no processo eleitoral era desalojar do
Poder o loteador-mor que tanto prejuízo causara ao povo buziano. Mirinho de jeito algum, estava claro. Mas quem colocar no seu lugar? O terceiro governo Mirinho fora tão desastroso que qualquer cavalo
paraguaio servia.
O problema
é que o cavalo paraguaio conseguiu fazer um governo pior do que os
dois anteriores ao reagrupar em torno de si o que havia de pior- a banda podre- do governo
Toninho Branco.
Como não
tem mais como retornar ao passado, a cada dia mais distante, -e mesmo que quisesse, com seus dois ex-prefeitos inelegíveis, ambos com condenações criminais-, só resta ao povo buziano uma única alternativa: votar em um novo cavalo paraguaio. Mais maduro, quem sabe, desta vez escolha um cavalo paraguaio melhor. Pelo menos, que seja do BEM. E QUE VENHA O NOVO CAVALO PARAGUAIO.
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