terça-feira, 15 de janeiro de 2013

BATISMOS INFELIZES

Carlos Terra, Facebook


Búzios é realmente surpreendente. O noticiário da mídia e a própria rádio-peão, semeiam sem cessar novidades horripilantes, que não guardam nenhuma semelhança com os fatos recentes e a história dos envolvidos.

Encontrei nas páginas do Jornal Primeira Hora, uma coluna intitulada “O Periscópio”, no rodapé da qual consta como responsável Ruy Borba Filho e como coadjuvantes Vicente Martins, Thiago Ferreira e Ana Tardelli,  o que faz parecer a coluna mais um jornal, cuja redação necessita de colaboradores. O mesmo rodapé registra ser a coluna “matéria paga”, cuja existência não será suficiente para convencer o povo de Búzios de sua efetividade, embora estampada em destaque de negro.

Vamos comentar o nome e o personagem que subscreve a coluna.  Inicialmente, temos que periscópio é um equipamento constituído por um jogo de espelhos de tal forma que seu operador escape do plano de visão dos vigiados. É utilizado principalmente em submarinos, que se movendo na escuridão das profundezas, por intermédio dele, são capazes de enquadrar aqueles que pretendem abater sem que as vítimas os perceba. É assim o periscópio, um espião sorrateiro, um ardil que pretende fazer da surpresa sua principal arma. No passado, durante o governo de Toninho Branco, este mesmo comandante de submarino disparou pela mesma mídia, milhares de torpedos contra seu inimigo, sugerindo que seria capaz de manobrar muito melhor o couraçado que tinha como alvo do que aquele que então o comandava. Guindado pelas urnas e pela mão do ex-prefeito Mirinho, assumiu o leme do couraçado e foi tão infeliz no seu comando que os torpedos que o atingiram, não só o destronam como o levaram à cadeia. Não foi preciso um periscópio para visualizar suas fragilidades, pois a sua paranóia por holofotes e destaques, fez dele um ridiculo e pretensioso “Asmodeus” . Essa comparação não é original, foi ventilada no passado, por pena mais brilhante, mas vejam quanta semelhança guardam Ruy Borba e Asmodeus: Asmodeus, um anjo caído que ao cair se tornou um dos cinco príncipes do inferno, abaixo apenas de Lúcifer- O Imperador. Dentre os príncipes, ele é o especialista enviado pelo inferno para aumentar a violência e a desordem, para encolerizar pessoas, separar casais, liberar obras irregulares, manipular o amor, enfim, Asmodeus é o demônio da luxúria e da lascívia. É este mesmo personagem que reaparece dos quintos do inferno para onde foi devolvido por uma sentença judicial, para atuar em suas especialidades com o único objetivo de desestabilizar aqueles que o venceram. Em sua primeira aparição, já escolhe vítimas, encontra-as, despacha seus torpedos repletos de ira e insanidade.

Tenho comigo que, o povo de Búzios, reconhecedor das bravatas e idiotices desse senhor, vai passar batido pela sua coluna. Acho melhor Ruy, economizar seu dinheiro, porque perdeu a crediblidade, ninguém mais dá crédito à fala de um ex-presidiário.

O outro batismo infeliz é o do blog de Alan Câmara, um dos lacaios de Mirinho, agora no ostracismo. Escolheu o nome de “Buzina de Búzios” para batizar seu blog na Internet, sugerindo que o barulho dele disparado, assuste e afaste as pessoas e os fatos na sua trajetória, como o faz o equipamento dono do nome original.

Presente no teatro de operações da última eleição, pude perceber a destruição total de todos os aparatos do governo Mirinho Braga que foi literalmente atropelado pelo carroussel de insatisfaçãoes do povo buziano. É inacreditável que daquele montão de entulho e  dos destroços, ainda exista uma buzina que possa emitir sons capazes de impressionar seus ouvintes.

A derrota de Mirinho e seu séquito, se deu de maneira global e irrestrita, eis que foi vencido aqui, em Cabo Frio, na eleição pela presidência da Câmara e no Judiciário, sua derrota foi tão fragorosa que não restou sequer um refúgio para juntar seus destroços, foi perda total. Poderia falar muito mais sobre as desventuras que os  personagens acima causaram na nossa comunidade, mas ficarei por aqui, pedindo ao meu leitor que dê asas à sua memória e some aos fatos por mim relatados, outros do seu conhecimento, para nunca mais dar ouvidos ou atenção ao gemido revoltado dos derrotados. Eles merecem somente a nossa clemência e jamais serão perdoados.

Carlos Terra
Pecuarista

Comentários no Facebook:


  • Monica Werkhauser élamentavel que o Ruy Broba ainda se acha, a coluna dele não vai ter credito nenhum, os buzianos aprenderam, thiago ferreira sempre foi fake do Ruy, é êle mesmo, pena é usar o nome da ana tardelli .E pagar a coluna , faz me rir

  • Jose Figueiredo Sena Sena Luiz, Carlos Terra tá que tá danado, lá nas bandas das Minas Gerais lá pra dentro mesmo , tem um provérbio muito antigo mais com uma pequetita inteligência dá pra entende-lo " dereitinho " então vamos ao dito cujo " MACACO VELHO NÃO PÕE A MÃO EM CUMBUCA ", e o mais engraçado é que todo macaco velho que sobe em galho podre nunca cai de " PÉ ", sempre cai de cabeça. ( deu entender ou Luiz )

Do Paraíso à Baixada



Cleber Lopez, foto Sonico
Cabo Frio, na década de sessenta, era o refúgio de artistas e intelectuais que aportaram aqui, atraídos pela cidadezinha de ca-sarios simples e por nossa exuberante beleza natural. Era possível vislumbrar o mar de qualquer lugar da cidade. Sentir sua brisa. Seu cheiro. Esse cenário serviu de inspiração para artistas como Pance-tti, Jean Guilhaume, José de Dome, que imortalizaram em óleo sobre tela cenários que não existem mais. O verão cabofriense ganhou fama na literatura de Lygia Fa-gundes Telles, que ambientou aqui o romance "Verão no Áquário"; "O Barquinho", a composição que deu origem a Bossa Nova foi composta no mar de Cabo Frio num domingo de sol; servimos de cenário para o primeiro nu frontal do Cinema Novo. Os moralistas que nos perdoem, mas Norma Ben-guell, na época, não era apenas um símbolo de beleza, mas também de liberdade e ousadia e "Os Cafajestes", se tornaria um clássico e inauguraria um novo jeito de fazer cinema.

A ponte Rio-Niterói, na década de 70 nos atirou no olho do furacão desenvolvimentista. Vivemos a invasão mineira, responsável por um massacre cultural só comparado ao massacre dos Tupinambás, na Guerra de Cabo Frio (1575) — comandado pelo então governador Antônio Salema que exterminou dez mil índios da região. Os mineiros colocaram abaixo nossos casarios para dar lugar a prédios de gosto duvidoso em nome de um turismo que só enriqueceu os empresários da construção civil e os políticos que permitiram que se construísse um paredão de concreto na Praia de Forte e que deveria envergonhar a todos.

A construção civil, como se não bastasse, transformou a cidade num Eldorado, na terra das oportunidades e atraiu turbas das regiões mais pobres do Estado, que aportaram aqui em busca de trabalho, trouxeram suas famílias e nunca mais foram embora. As primeiras favelas surgiram. E cresceram. Incentivamos, afinal, o poetinha, Victorino Carriço, em seu verso mais infeliz, decretou: "Forasteiros, não há forasteiros, em Cabo Frio Frio todos são iguais..."

A Via Lagos, nos anos 90, teve efeitos ainda mais nocivos sobre a região. O pedágio mais caro do Brasil e a falta de mureta central — exemplos da irresponsabilidade e da falta de respeito com o turismo e com a vida humana — não impediram a nova estrada de transformar a região no quintal da Baixada. É mais econômico, apesar do preço do pedágio, frequentar a Praia do Forte que a de Copacabana, se bem que as diferenças entre as duas estão cada vez menores. A Via Lagos também tem servido para escoar para a região a violência e o tráfico das favelas cariocas em processo de "limpeza" para a Copa e as Olimpíadas, enquanto nossas cidades se transformam no tapete sob o qual o lixo vai ser escondido.

Vivemos no paraíso e estamos sendo expulsos dele. Um dia só vai restar os quadros, os livros e a música para lembrar de uma Cabo Frio engolida pela nossa indiferença e destruída pela nossa ganância. A Cabo Frio do futuro, economia aquecida pelos milhões dos royalties, em nada vai lembrar a cidade que inspirou artistas e poetas. O mar está cada vez mais distante; a brisa encurralada por prédios e o cheiro é de fumaça e óleo diesel. Essa cidade já não inspira ninguém. 

Cleber Lopez é jornalista, editor do jornal Interpress

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Orçamento de 2013 - 1

Receitas previstas: R$ 204.763.308,29. Um acréscimo de 18% em relação ao ano passado. Com pessoal e encargos sociais estão previstas absurdas despesas de R$ 104.324.477,78, mais de 50% do  receitas totais. Considerando que só para a máquina pública buziana funcionar são necessários R$ 177.789.035,63 (despesas correntes totais), sobram R$ 20.112.157,87 para "despesas de capital". Como destas despesas, R$ 4.084.211,12 estão comprometidos com "amortização de dívidas", restam disponíveis apenas 16.028.146,75 para "investimentos". Ou seja, dos 204 milhões das receitas municipais apenas 7,8% estão disponíveis para a construção de algum equipamento público novo, como escolas, creches, teatro, ginásio poliesportivo, hotel escola, etc.

Fica demonstrado que o ex-prefeito Mirinho Braga mentiu no palanque quando disse que ia deixar 40 milhões de superavit para o seu sucessor. Na realidade deixou 16 milhões, porque dos 26 milhões de "superavit orçamentário corrente" quatro destinam-se à "amortização da dívida" e seis à formação da "reserva de contingência".

Continuamos ainda bastante dependentes das receitas dos royalties e de outras transferências intergovernamentais do Estado e da Federação. Dos 204 milhões de nossas receitas, apenas pouco mais de 48 milhões de reais são arrecadação própria, ou seja, aproximadamente um quarto das receitas totais. Veja abaixo:

Receita Tributária - R$ 33.767.245,84
Receita de Contribuição - R$ 7.216.249,58
Receita Patrimonial - R$ 1.617.607,42
Receita de Serviço - R$ 1.241.083,01
Outras Receitas Correntes - R$ 6.480.259,95

Distribuição das despesas por órgão:

1º) Saúde - R$ 52.106.183,31 (25,44%)
2º) Educação - R$ 51.550.393,02 (25,17%)
3º) Gestão - R$ 35.639.113,99 (17,40%)
4º) Serviços Públicos - R$ 19.409.211,58 (9,4%)
5º) Obras e Habitação - R$ 9.981.629,12 (4,8%)
6º) Fundo de Previdência dos servidores - R$ 6.395.352,72 (3,1%)
7º) Câmara Municipal - R$ 6.000.000,00 (2,9%)
8º) Finanças - R$ 5.611.348,17 (2,7%)
9º) Turismo - R$ 4.525.000,00 (2,2%)
10º) Fundo de Assistência Social - R$ 3.522.952,47 (1,7%)
11º) Ordem Pública - R$ 2.240.286,49 (1,1%)
12º) Gabinete do Planejamento e Orçamento - R$ 2.174.749,56 (1,0%)
13º) Chefia de Gabinete - R$ 1.518.000,00 (0,6%)
14º) Desenvolvimento Social - R$ 1.363.410,00 (0,5%)
15º) Esporte e Lazer - R$ 979.500,00 (0,4%)
16º) Fundo Municipal de Pesca Artesanal - R$ 407.000,00 (0,19%)
17º) Fundo Municpal de Meio Ambiente - R$ 406.889,99 (0,19%)
18º) Meio Ambiente - R$ 255.000,00 (0,12%)
19º) Procuradoria - R$ 217.500,00 (0,1%)
20º) Fundo da Criança e do Adolescente - R$ 137.787,87(0,06%) 
21º) Controladoria Geral - R$ 79.000,00 (0,03%)
22º) Gabinete de Relações Institucionais - R$ 23.000,00 (0,01%) 

No próximo post vou descrever os programas mais importantes a serem realizados por cada secretaria.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Construção em topo de morro em João Fernandes

Fazendo como Mirinho gostava de fazer nas suas campanhas eleitorais vou mostrar para vocês o antes e o depois do que está acontecendo em um topo de morro de João Fernandes. O post também poderia receber o ttulo: "Era uma vez um topo de morro que..."

As fotos abaixo foram tiradas no dia 10 de junho de 2012 em pleno governo Mirinho que nada fez.

Foto do desmatamento e desbarrancamento em João Fernandes 1 


Foto do desmatamento e desbarrancamento em João Fernandes 2

Depois

Foto tirada recentemente. Vamos lá Dr. André, ainda dá tempo de fazer algo.

Casa sendo construída em topo de morro de João Fernandes
Comentários no Facebook:


  • Monica Werkhauser O muniz já tá sabendo e parou a obra e o proprietário foi lá,

    Meu comentário:

    Parabéns para o Muniz. Era um vice e secretário de meio ambiente que a Cidade precisava. Parabéns Muniz. Também extensivo ao prefeito André. 

sábado, 12 de janeiro de 2013

O que é isso Maradona?

Calçada ocupada por bar situado ao lado do Cine Bardot - vista lateral
Calçada ocupada por bar situado ao lado do Cine Bardot - outro ângulo


Comentários:

  1. Duvido muito que se mude esta pouca vergonha, em Búzios. Lembrando que no governo de Toninho, fizeram uma extensão de calçada que hoje favorece tão somente ao comércio. Veja que todo dia, há transtorno na orla bardot, causado pelos abastecimentos de pipas dagua, ou qualquer outro serviço de descarga que venha a ser feito por meio de caminhões. Devido aquele " deck" sem vergonha que estendeu-se as calçadas, oque tambem pode ser notado aí na foto. E pra piorar, parece que a Pousada teria incorporado o estacionamento ao imóvel , ou seja, apesar de estar em via pública, tornaram-o particular. Coisas da politicagem local, de uma cidadezinha quase que sem lei, aparentemente.
    Resta saber, como o governo poderá acabar com esta bagunça, que neste caso da foto, o cidadão parece ter boa influencia, uma vez que até indicou secretariado pro governo atual.

    Meu comentário:

    Concordo totalmente contigo Repórter Cidadão.


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