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domingo, 31 de maio de 2020

Incrível, fantástico, extraordinário: Búzios tem apenas 1 morte por Covid-19 em 99 casos confirmados



Búzios tem, de acordo com a Prefeitura, apenas uma morte por Covid-19. Essa morte- a primeira e única por Covid no município- foi confirmada em nota oficial pela prefeitura de Búzios em 29 de Abril. O paciente, um morador da cidade de 60 anos de idade, foi admitido no hospital municipal no dia 28 de Abril e faleceu no dia seguinte (29) com suspeita da doença. A confirmação da doença foi feita pela Vigilância Epidemiológica Estadual após receber o resultado do seu exame (Teste RT-PCR) em 12 de Maio. O resultado demorou 14 dias para sair porque ele é feito em um único laboratório no Rio. Supõe-se que o paciente tenha morrido no hospital.

É sabido que um outro morador de Búzios também morreu de Covid-19. Falo de João Maurício, proprietário da Academia do Bosque, de 47 anos, que procurou o hospital no dia 3 de Maio ao sentir forte dor de garganta, falta de ar e suspeitar de estar com Covid-19. Depois de fazer alguns exames, foi para casa- não se sabe se por iniciativa própria ou por orientação médica- onde morreu no dia seguinte (4). Seu teste, que andou circulando pela internet, deu positivo para Covid-19. Este óbito deveria ser contabilizado pela prefeitura de Búzios como o segundo ocorrido no município por covid-19. Por que então não foi? Será que a prefeitura de Búzios não contabilizou o óbito do João Maurício só porque ele se deu em sua residência? Será que a prefeitura só conta os óbitos ocorridos no hospital municipal Rodolfo Perissé?


Teste de João Maurício positivo para Covid19. Fonte: site prensadebabel


Se for realmente isso, está explicado porque o município diz que tem apenas um único óbito por Covid-19 decorridos 48 dias desde que o primeiro caso foi confirmado no município em 13 de abril. As mortes que estariam acontecendo por covid-19 fora do hospital não estariam sendo computadas. E a prefeitura adotou um protocolo terapêutico para tratamento do Covid-19 sob medida para afastar os doentes do hospital, isolando-os em suas casas.

Esse protocolo é adotado pela prefeitura de Búzios desde o primeiro caso confirmado no município. Consiste na administração de Hidroxicloroquina, Cloroquina, Azotrimicina e Sulfato de Zinco nos casos graves, como admitia o Ministério da Saúde, e também nos casos leves, o que não era permitido pelo Ministério da Saúde até a saída do Ministro Teich. Ou seja, todos que chegam ao hospital de Búzios com grandes suspeitas de Covid-19, seja em casos leves ou graves, são enviados de volta para casa junto com um coquetel de cloroquina e outros remédios já citados.

Em entrevista ao site RC24h, o prefeito André Granado confirmou que todos os pacientes que chegam ao hospital são orientados a fazer isolamento domiciliar. “Ao chegar ao posto de saúde o paciente é avaliado. Dependendo do estado em que ele se encontra- nível de saturação de oxigênio, frequência respiratória, sintomas- ele é orientado a fazer isolamento domiciliar, além de ter o material para exame colhido", relatou o prefeito.

Ou seja, todos os pacientes são mandados pra casa com o protocolo da cloroquina. Todos os pacientes que passam pelo serviço de saúde são monitorados pela nossa equipe de vigilância epidemiológica, que fará contatos, que se colocará à disposição para qualquer evolução que surja a esses sintomas da fase inicial (ou fase 1). Ou seja, se a pessoa apresentar qualquer coisa diferente, alguma dificuldade respiratória, ela automaticamente irá procurar o serviço de saúde”.

Portanto, os medicamentos do protocolo são prescritos antes da confirmação da doença, já que o laboratório do estado às vezes tarda 7 dias pra dar o resultado do PCR. “Quando o médico avalia que o paciente tem sintomas bastante sugestivos de Covid-19, ele já prescreve os medicamentos do protocolo (Hidroxicloroquina, Cloroquina, Azotrimicina e Sulfato de Zinco).

O protocolo cai como uma luva para se economizar com teste rápidos. Conforme relatado pelo prefeito na entrevista citada, como ele “é usado desde o nosso primeiro paciente, e deve ser utilizado nos primeiros dias”, não faz sentido aplicar testes rápidos que só começam a positivar a partir do 7º dia, mais seguramente a partir do 10º dia , visto que a indicação é que você entre com a medicação o quanto antes, precocemente".

Resultado, pouquíssimos pacientes ficam em isolamento hospitalar em Búzios. Verificando todos os Boletins Coronavírus publicados pela prefeitura “os casos confirmados em isolamento hospitalar” é ZERO na maior parte deles. Nesse período só tivemos internados no hospital de Búzios, em isolamento hospitalar, 1 paciente nos dias 15, 16 e 17 de Abril e 3 pacientes ontem (30) e hoje (31 de maio). Em quase 50 dias de pandemia foram internados no hospital de Búzios apenas 4 pacientes!!! E temos hoje (dia 31) 52 “casos de isolamento domiciliar”. Ou seja, hoje (31), o município tem 3 pacientes internados no hospital e 52 “internados” em casa, tomando o protocolo cloroquina, sem qualquer acompanhamento médico in loco.


Boletim Coronavírus do dia de hoje (31/05/2020)


Mesmo no dia em que o paciente de 60 anos, que se supõe estava internado no hospital, e que morreu de Covid-19, e que a prefeitura contabilizou como o único óbito ocorrido na cidade, no Boletim do Coronavírus desse dia, 28 de Abril, consta como Zero paciente em isolamento hospitalar. Isso se deve ao fato de que o paciente internado ser considerado apenas como caso suspeito, ainda não confirmado, porque a confirmação só viria mais ou menos 10 dias depois, com o resultado do Laboratório do Rio (LACEN). O que significa dizer que esse paciente não “passou” por Búzios. Foi internado no Hospital no dia 28, mas não contou como caso confirmado porque não se tinha ainda o resultado do exame. E quando chegou o resultado do exame, também não foi contado como caso em isolamento hospitalar porque ele não estava mais internado. Estava morto.

Portanto, 10 dias depois, tem-se o resultado, e o paciente não está mais no hospital, mas em casa tomando os remédios do Protocolo ou morto. Se se curar, contabiliza-se a cura. E se o paciente morrer, o que se faz? Depende onde o paciente morrer. Se morrer no hospital, a morte entra no Boletim Coronavírus da prefeitura. Agora, se morrer em casa, é como se ela não existisse para o município, como foi o caso do João Maurício da Academia do Bosque.

Ataualização:
Depois que escrevi o texto tomei conhecimento de que a vereadora Gladys falou na penúltima sessão da Câmara de Vereadores, que uma pessoa com suspeita de estar com a COVID-19 foi enviada para casa com o Protocolo receitado para que ela o comprasse na farmácia, pois a prefeitura não tinha os remédios na farmácia do hospital. Como a pessoa não dispunha de recursos (50,00) para comprar o remédio, a vereadora conseguiu que uma farmácia fizesse a doação. Um absurdo, entre outros absurdos, tal como o fato da "paciente" tomar o remédio, que pode ter efeitos colaterais graves, sem o devido acompanhamento médico com os exames clínicos necessários.    

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quarta-feira, 13 de maio de 2020

Em busca de um bode expiatório: prefeito abre sindicância para apurar possíveis irregularidades na aquisição das cestas básicas

Protocolo  foi aberto ontem pelo Gabinete do Prefeito 

Como Pôncio Pilatos, prefeito lava as mãos, como se não tivesse nada com isso. Começou a corrida atrás de um bode ... expiatório!!! Aposto que ele vão procurar, procurar, e não vão achar nenhum bode. O procedimento é uma tentativa de passar uma cortina de fumaça na frente dos olhos do MP. 

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domingo, 10 de maio de 2020

Porque Búzios não realiza testes rápidos de Covid-19

André Granado é entrevistado no RC24h 



Na entrevista (Ver em "FACEBOOK") que concedeu ontem (8) ao site RC24h o prefeito André Granado afirmou que os procedimentos terapêuticos adotados na Saúde de Búzios para combater o covid-19 dispensam a realização de testes rápidos. 

"Ao chegar ao posto de saúde o paciente é avaliado. Dependendo do estado em que ele se encontra- nível de saturação de oxigênio, frequência respiratória, sintomas- ele é orientado a fazer isolamento domiciliar, além de ter o material para exame colhido", relatou o prefeito.

Todos os pacientes que passam pelo serviço de saúde são monitorados pela nossa equipe de vigilância epidemiológica, que fará contatos, que se colocará à disposição para qualquer evolução que surja a esses sintomas da fase inicial (ou fase 1). Ou seja, se a pessoa apresentar qualquer coisa diferente, alguma dificuldade respiratória, ela automaticamente irá procurar o serviço de saúde”.

Quando o médico avalia que o paciente tem sintomas bastante sugestivos de Covid-19, ele já prescreve os medicamentos do protocolo (Hidroxicloroquina, Cloroquina, Azotrimicina e Sulfato de Zinco). Esse protocolo “é usado desde o nosso primeiro paciente. E deve ser utilizado nos primeiros dias. Quanto mais precoce você inicia o protocolo, menor o risco de evolução desfavorável”, garante André Granado.

O protocolo seguido por Búzios, segundo o prefeito, também é utilizado no Hospital Albert Einstein e Hospital de São Paulo. Outros grupos mundo afora também seguiriam o protocolo, acrescenta. De acordo com o prefeito, ele "tem dado resultados positivos até o presente momento, desde que empregado de maneira mais precoce”.

É por causa desse procedimento terapêutico adotado em Búzios que não fazemos testes rápidos. "Esses testes, de imunoglobulina, de anticorpos, só começam a positivar a partir do 7º dia, mais seguramente a partir do 10º dia. Portanto, os testes rápidos não acrescentam nada na conduta terapêutica adotada por Búzios, visto que a indicação é que você entre com a medicação o quanto antes, precocemente", assegura o prefeito.

É por isso que, diz André Granado, “a gente tem optado por colher o PCR que seria um exame que você consegue a partir dos primeiros dias dar positivo. Como o laboratório do estado às vezes tarda 7 dias pra dar o resultado, a gente é obrigado a entrar com os medicamentos todas as vezes que o paciente apresenta sintomas sugestivos de Coronavírus”.

Para fins estatísticos, mais pra frente, o prefeito diz que vai usar os testes rápidos para rastrear quem não passou pelo nosso sistema de saúde e que pode ter tido a doença, com o objetivo de saber o número exato de pessoas que estiveram doentes na nossa cidade.

Comentários no Facebook:


Stela Sobreira Então, segundo a informação do prefeito, já se tem a cura para esse vírus!?
Basta seguir o protocolo usado no hospital Albert Einstein?!
A população de Búzios merece ser estudada pela OMS!
Cidade de turismo internacional e nacional, ainda assim, menos de 20 infectados, confirmados ???
Nem precisamos de testes???

Porque a secretaria de saúde n está se preocupando. A preocupação é esconder os numerosos casa de Buzios.

Pois é! João Peçanha meu vizinho, foi atendido no hospital e... morreu pouco tempo depois.

Ainda não entendi o procedimento médico adotado pelo plantão



Bandido e desumano

Meu comentário: 
Fiz uma pequena pesquisa rápida em vários sites ligados à Saúde, que demonstram que o protocolo de medicação contra o Covid-19 seguido pela prefeitura em Búzios é controverso. Alguns sites dizem que os medicamentos apenas devem ser usados em casos graves. Também não se sabe se o parecer do Conselho Federal de Medicina está sendo respeitado em Búzios, com o paciente sendo informado dos possíveis efeitos colaterais dos remédios e se eles estão sendo ministrados com sua prévia autorização. 

Para a OMS “até o momento, não há vacina nem medicamento antiviral específico para prevenir ou tratar a COVID-2019. As pessoas infectadas devem receber cuidados de saúde para aliviar os sintomas. Pessoas com doenças graves devem ser hospitalizadas. A maioria dos pacientes se recupera graças aos cuidados de suporte” ("Organização Mundial de Saúde).
A Anvisa deu anuência para dois estudos: 1) Estudo aberto, controlado, de uso de hidroxicloroquina e azitromicina para prevenção de complicações em pacientes com infecção pelo novo coronavírus (Covid-19): um estudo randomizado e controlado (casos leves a moderados) e 2) Avaliação da segurança e eficácia clínica da hidroxicloroquina associada à azitromicina em pacientes com pneumonia causada por infecção pelo vírus Sars-CoV-2 (pacientes graves). ("anvisa")
Diante da indisponibilidade, até o momento, de medicamentos e vacinas específicas que curem e impeçam a transmissão do coronavírus, a Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza medidas de distanciamento social, etiqueta respiratória e de higienização das mãos como as únicas e mais eficientes medidas no combate à pandemia, também denominadas medidas não farmacológicas ("Ministério da Saúde").
O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou o Parecer nº 04/2020 no qual estabelece critérios e condições para a prescrição de cloroquina e de hidroxicloroquina em pacientes com diagnóstico confirmado de COVID-19. Após analisar extensa literatura científica, a autarquia reforçou seu entendimento de que não há evidências sólidas de que essas drogas tenham efeito confirmado na prevenção e tratamento dessa doença. Porém, diante da excepcionalidade da situação e durante o período declarado da pandemia de COVID-19, o CFM entende ser possível a prescrição desses medicamentos em três situações específicas.
Em todos os contextos, a prescrição das drogas caberá ao médico assistente, em decisão compartilhada com o paciente. O documento do CFM ressalta que o profissional fica obrigado a explicar ao doente que não existe, até o momento, nenhum trabalho científico, com ensaio clínico adequado, feito por pesquisadores reconhecidos e publicado em revistas científicas de alto nível, que comprove qualquer benefício do uso das drogas para o tratamento da COVID-19. Ele também deverá explicar os efeitos colaterais possíveis, obtendo o Consentimento Livre e Esclarecido do paciente ou dos familiares, quando for o caso ("Conselho Federal de Medicina").
A recomendação do Ministério da Saúde para uso da hidroxicloroquina e cloroquina no tratamento contra a Covid-19 chama-se uso off label (fora do que está prescrito na bula do medicamento) e é uma prática usada, mas para casos muitos graves. Foi nesse sentido que o governo brasileiro liberou o uso desses medicamentos, mas apenas para decisão de cada médico sobre sua aplicação em relação a cada paciente específico. Especialistas afirmam que não se deve usar cloroquina ou hidroxicloroquina para prevenir ou tratar a Covid-19 sem o devido acompanhamento médico e ressaltam que todo medicamento possui efeitos colaterais e que a cloroquina e a hidroxicloroquina afetam o coração e podem levar à morte ("Fundação Oswaldo Cruz")

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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Se é fake news, por que a máscara, prefeito?

Médico atende paciente no Hospital de Búzios usando máscara



Em nota a prefeitura tergiversa. Ninguém em Búzios falou que existia diagnóstico confirmando “virose pelo Coronavírus (ou Covid 19) no município”. Nenhuma Fake News quanto a isso foi divulgada em Búzios. O que muito se discutiu nas redes sociais foi que existia uma grande suspeita em relação a uma paciente internada no Hospital de Búzios. E a prefeitura não queria admitir isso. Daí a tergiversação, porque admitir apenas a suspeita já poderia prejudicar o turismo que a prefeitura queria tanto preservar. Mas esse é o papel de uma prefeitura? Preservar o turismo?. Ou não seria o caso de preservar a saúde de sua população também?

E é por isso que os médicos do Hospital de Búzios estão usando máscaras. Porque existe uma grande probabilidade da paciente internada no Hospital Municipal Rodolfo Perissé estar contaminada com o vírus Coronavírus (Covid-19).

Segundo o blog apurou a paciente internada no hospital de Búzios é uma russa que veio diretamente da China. Devido às barreiras que se colocaram entre os países, após o surto do Coronavírus (Covid-19), suspeita-se que ela tenha fugido do país. De acordo com informações de funcionários do hospital de Búzios, com base em seus sintomas, ela deveria ter sido tratada de acordo com o protocolo de Coronavírus. Protocolo que obriga a prefeitura de Búzios a notificar a Secretaria de Saúde do Estado e ao Ministério de Saúde a ocorrência da suspeita no município. Foram feitas as ocorrências prefeito? Ou a simples notificação poderia causar alarde, o que poderia prejudicar o turismo na cidade, a grande preocupação da prefeitura? A paciente está totalmente isolada ou está em uma enfermaria feminina do hospital? Ela foi atendida como manda o protocolo para suspeitos de diagnósticos de Coronavírus (Covid -19). Sabe-se que ela está no Brasil desde o dia 9 de fevereiro. E em Búzios estava em uma pousada em João Fernandes. O protocolo em relação às pessoas que estavam hospedadas na pousada foi seguido prefeito?

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