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domingo, 10 de maio de 2020

Porque Búzios não realiza testes rápidos de Covid-19

André Granado é entrevistado no RC24h 



Na entrevista (Ver em "FACEBOOK") que concedeu ontem (8) ao site RC24h o prefeito André Granado afirmou que os procedimentos terapêuticos adotados na Saúde de Búzios para combater o covid-19 dispensam a realização de testes rápidos. 

"Ao chegar ao posto de saúde o paciente é avaliado. Dependendo do estado em que ele se encontra- nível de saturação de oxigênio, frequência respiratória, sintomas- ele é orientado a fazer isolamento domiciliar, além de ter o material para exame colhido", relatou o prefeito.

Todos os pacientes que passam pelo serviço de saúde são monitorados pela nossa equipe de vigilância epidemiológica, que fará contatos, que se colocará à disposição para qualquer evolução que surja a esses sintomas da fase inicial (ou fase 1). Ou seja, se a pessoa apresentar qualquer coisa diferente, alguma dificuldade respiratória, ela automaticamente irá procurar o serviço de saúde”.

Quando o médico avalia que o paciente tem sintomas bastante sugestivos de Covid-19, ele já prescreve os medicamentos do protocolo (Hidroxicloroquina, Cloroquina, Azotrimicina e Sulfato de Zinco). Esse protocolo “é usado desde o nosso primeiro paciente. E deve ser utilizado nos primeiros dias. Quanto mais precoce você inicia o protocolo, menor o risco de evolução desfavorável”, garante André Granado.

O protocolo seguido por Búzios, segundo o prefeito, também é utilizado no Hospital Albert Einstein e Hospital de São Paulo. Outros grupos mundo afora também seguiriam o protocolo, acrescenta. De acordo com o prefeito, ele "tem dado resultados positivos até o presente momento, desde que empregado de maneira mais precoce”.

É por causa desse procedimento terapêutico adotado em Búzios que não fazemos testes rápidos. "Esses testes, de imunoglobulina, de anticorpos, só começam a positivar a partir do 7º dia, mais seguramente a partir do 10º dia. Portanto, os testes rápidos não acrescentam nada na conduta terapêutica adotada por Búzios, visto que a indicação é que você entre com a medicação o quanto antes, precocemente", assegura o prefeito.

É por isso que, diz André Granado, “a gente tem optado por colher o PCR que seria um exame que você consegue a partir dos primeiros dias dar positivo. Como o laboratório do estado às vezes tarda 7 dias pra dar o resultado, a gente é obrigado a entrar com os medicamentos todas as vezes que o paciente apresenta sintomas sugestivos de Coronavírus”.

Para fins estatísticos, mais pra frente, o prefeito diz que vai usar os testes rápidos para rastrear quem não passou pelo nosso sistema de saúde e que pode ter tido a doença, com o objetivo de saber o número exato de pessoas que estiveram doentes na nossa cidade.

Comentários no Facebook:


Stela Sobreira Então, segundo a informação do prefeito, já se tem a cura para esse vírus!?
Basta seguir o protocolo usado no hospital Albert Einstein?!
A população de Búzios merece ser estudada pela OMS!
Cidade de turismo internacional e nacional, ainda assim, menos de 20 infectados, confirmados ???
Nem precisamos de testes???

Porque a secretaria de saúde n está se preocupando. A preocupação é esconder os numerosos casa de Buzios.

Pois é! João Peçanha meu vizinho, foi atendido no hospital e... morreu pouco tempo depois.

Ainda não entendi o procedimento médico adotado pelo plantão



Bandido e desumano

Meu comentário: 
Fiz uma pequena pesquisa rápida em vários sites ligados à Saúde, que demonstram que o protocolo de medicação contra o Covid-19 seguido pela prefeitura em Búzios é controverso. Alguns sites dizem que os medicamentos apenas devem ser usados em casos graves. Também não se sabe se o parecer do Conselho Federal de Medicina está sendo respeitado em Búzios, com o paciente sendo informado dos possíveis efeitos colaterais dos remédios e se eles estão sendo ministrados com sua prévia autorização. 

Para a OMS “até o momento, não há vacina nem medicamento antiviral específico para prevenir ou tratar a COVID-2019. As pessoas infectadas devem receber cuidados de saúde para aliviar os sintomas. Pessoas com doenças graves devem ser hospitalizadas. A maioria dos pacientes se recupera graças aos cuidados de suporte” ("Organização Mundial de Saúde).
A Anvisa deu anuência para dois estudos: 1) Estudo aberto, controlado, de uso de hidroxicloroquina e azitromicina para prevenção de complicações em pacientes com infecção pelo novo coronavírus (Covid-19): um estudo randomizado e controlado (casos leves a moderados) e 2) Avaliação da segurança e eficácia clínica da hidroxicloroquina associada à azitromicina em pacientes com pneumonia causada por infecção pelo vírus Sars-CoV-2 (pacientes graves). ("anvisa")
Diante da indisponibilidade, até o momento, de medicamentos e vacinas específicas que curem e impeçam a transmissão do coronavírus, a Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza medidas de distanciamento social, etiqueta respiratória e de higienização das mãos como as únicas e mais eficientes medidas no combate à pandemia, também denominadas medidas não farmacológicas ("Ministério da Saúde").
O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou o Parecer nº 04/2020 no qual estabelece critérios e condições para a prescrição de cloroquina e de hidroxicloroquina em pacientes com diagnóstico confirmado de COVID-19. Após analisar extensa literatura científica, a autarquia reforçou seu entendimento de que não há evidências sólidas de que essas drogas tenham efeito confirmado na prevenção e tratamento dessa doença. Porém, diante da excepcionalidade da situação e durante o período declarado da pandemia de COVID-19, o CFM entende ser possível a prescrição desses medicamentos em três situações específicas.
Em todos os contextos, a prescrição das drogas caberá ao médico assistente, em decisão compartilhada com o paciente. O documento do CFM ressalta que o profissional fica obrigado a explicar ao doente que não existe, até o momento, nenhum trabalho científico, com ensaio clínico adequado, feito por pesquisadores reconhecidos e publicado em revistas científicas de alto nível, que comprove qualquer benefício do uso das drogas para o tratamento da COVID-19. Ele também deverá explicar os efeitos colaterais possíveis, obtendo o Consentimento Livre e Esclarecido do paciente ou dos familiares, quando for o caso ("Conselho Federal de Medicina").
A recomendação do Ministério da Saúde para uso da hidroxicloroquina e cloroquina no tratamento contra a Covid-19 chama-se uso off label (fora do que está prescrito na bula do medicamento) e é uma prática usada, mas para casos muitos graves. Foi nesse sentido que o governo brasileiro liberou o uso desses medicamentos, mas apenas para decisão de cada médico sobre sua aplicação em relação a cada paciente específico. Especialistas afirmam que não se deve usar cloroquina ou hidroxicloroquina para prevenir ou tratar a Covid-19 sem o devido acompanhamento médico e ressaltam que todo medicamento possui efeitos colaterais e que a cloroquina e a hidroxicloroquina afetam o coração e podem levar à morte ("Fundação Oswaldo Cruz")

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segunda-feira, 30 de março de 2020

MPF recomenda atendimento pelo governo das demandas da Região dos Lagos no combate ao coronavírus

Recomendação MPF. Arte: Secom/PGR

Eventual alegação de ausência de recursos deverá ser esclarecida diante da notícia de gastos com publicidade contra o isolamento
O Ministério Público Federal (MPF) expediu recomendação ao Ministério da Saúde e à Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro para que forneçam, imediatamente, ”kits de teste rápido" de covid-19 aos municípios de Araruama, Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia e Saquarema em quantitativo adequado/suficiente para atender à demanda daqueles municípios, justificando tecnicamente o cálculo realizado para a obtenção do número de kits enviados. Além disso, requer-se o fornecimento imediato de vacinas contra H1N1 aos municípios e disponibilização imediata de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e aparelhos respiradores em número adequado/suficiente para garantir o atendimento aos afetados pela pandemia.
Os recursos para isso, segundo a mesma recomendação, são “as verbas atualmente destinadas à propaganda governamental, notadamente quando se tem em conta os recentes gastos do orçamento da União com propaganda contra o isolamento social, em contrariedade às diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS)”, ponderou o procurador da República Leandro Mitidieri. Na recomendação, o MPF pede ainda que seja reduzido o tempo médio para emissão dos resultados dos exames no Lacen-RJ para um prazo não superior a três dias.
Outras ações no combate ao novo coronavírus - Em São Pedro São Pedro da Aldeia está se manifestando em ações penais, quando há possibilidade de propositura de acordos de não persecução penal, para que os acusados possam contribuir no combate à pandemia. Em um dos casos, sugeriu-se a entrega mensal de suprimentos em favor de instituição voltada ao combate ao coronavírus, somando montante de R$ 9,6 mil.

Fonte: "MPF"

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