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domingo, 9 de maio de 2021

JACARÉ, JACAREZINHO ...

Protestos dos moradores do jacarezinho. Foto: Euronews

 


Em qualquer país civilizado do mundo uma operação policial destinada a executar 21 mandados de prisão que termina com apenas  três deles detidos (taxa de sucesso: 14,2%) e 28 mortos, entre eles 18 que deveriam ser presos (taxa de insucesso: 155%. Porque não temos pena de morte) e um policial (lamentamos sua morte), resultaria no mínimo na queda imediata da cúpula da polícia por ineficiência, e do governador do Estado por falta de comando. A operação provou que ele não governa a polícia, mas o contrário: ele é que é governado por ela.

(Com base em postagem de Josias de Souza).

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segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Em relação a outubro, o número de novos casos de Covid-19 triplicam e de mortes dobram em Armação dos Búzios

 Apenas nestes primeiros dias do mês de dezembro tivemos 6 mortes, quase 1 morte por dia por Covid-19 em Búzios. 

O município teve o primeiro caso de Covid-19 no dia 13 de Abril. No mês foram registrados 11 novos casos da doença. Em maio, esse número passou para 100, o que representou quase 3 casos novos por dia. Em Junho, registramos 235 casos confirmados. Em julho, 341. Em agosto, 419. Em setembro, 500. Em outubro, 602, o que representou 3,4 casos novos por dia. Já em novembro- quando tivemos 1201 casos confirmados- a média disparou para 19,9 casos diários. E apenas nestes primeiros sete dias de dezembro tivemos 97 casos novos de Covid-19 por dia! Isso mesmo: por dia! 


Boletim Coronavírus da Prefeitura de Búzios de 31/10/2020 

Boletim Coronavírus da Prefeitura de Búzios de hoje 7/12/2020 


sexta-feira, 26 de julho de 2019

CARTA ABERTA À NAÇÃO RUBRO-NEGRA: ‘NÃO ESQUEÇAM DOS MENINOS MORTOS NO NINHO DO URUBU!’

Torcedores do Flamengo se reúnem na sede do clube, na Gávea, para prestar homenagem às vítimas do incêndio que deixou 10 mortos e 3 feridos. Foto: Fernando Souza/AFP/Getty Images

ANTES QUE O TRIBUNAL das redes sociais me condene, já apresento minha confissão: sou botafoguense apaixonado, sócio, ex-conselheiro e frequentador assíduo das arquibancadas do estádio Nilton Santos. Este texto, porém, não tratará da rivalidade histórica, nem da disparidade financeira entre os clubes. É, na verdade, uma carta e um pedido de um defensor público do estado do Rio de Janeiro.

Imagino a euforia da Nação com a série de craques contratados, estádio lotado e o time lutando por vários títulos. Mas, neste momento mágico no campo, esta carta pede licença para lembrar dos dez jovens que viviam euforia semelhante e sonhavam ter seu nome gritado por quase 70 mil pessoas no Maracanã, mas foram mortos há quatro meses no Ninho do Urubu.

VitinhoArrascaeta e Gerson, três jogadores que fazem a Nação sonhar e que custaram, juntos, R$ 173 milhões para o Flamengo. O mesmo clube que se negou – quando da negociação de um acordo extrajudicial conduzido pela Defensoria Pública do Rio logo após a tragédia – a destinar 10% desse valor para a indenização das famílias dos garotos do Ninho. Para a maioria delas, seus filhos, netos, irmãos e sobrinhos representavam a única chance concreta de ascensão econômica num Brasil tão desigual.

Para além do número de dez jovens mortos de forma terrível, há histórias comoventes, como a do jovem que veio do interior do Sergipe para tentar a sorte no futebol; da família que vive abaixo da linha de pobreza e sequer possuía conta bancária e documentação básica; do garoto que sonhava defender as traves rubro-negras e morava distante dos pais há anos.

Histórias de meninos pobres, alguns miseráveis, que sequer conseguem dimensionar as cifras divulgadas na imprensa por apenas três atletas recém-contratados.

A Nação Rubro-Negra não se confunde com a atual diretoria do clube mais popular do Brasil, que desavergonhadamente vibra com os gastos de duas centenas de milhões de reais em reforços, mas é insensível a ponto de não permitir que essas famílias devastadas tenham a possibilidade de recomeçar a vida. Afinal, das dez famílias, oito terão que ir à justiça em busca de uma reparação minimamente digna.

Portanto, Nação, confiando na paixão ao clube que é muito maior do que a dos seus dirigentes, façamos aqui um combinado: não deixem os dez garotos do Ninho do Urubu morrerem no esquecimento. Pressionem seus dirigentes, exibam faixas no Maracanã lotado “indenizem as famílias”, invadam as redes sociais do clube exigindo a reparação.

Exijam a preservação da memória dos garotos que morreram de forma tão chocante. Há que se construir um memorial para que todos lembrem desses meninos ao entrar no Ninho do Urubu; que dez camisas oficiais sejam aposentadas perpetuando seus nomes no Flamengo; enfim, que outras medidas, além da indispensável reparação financeira, sejam adotadas para que essa tragédia não seja esquecida por contratações milionárias.

Façam isso por todos que amamos o futebol.



sexta-feira, 4 de março de 2016

Do que estão morrendo os buzianos no Hospital Municipal?

Hospital Municipal Rodolpho Perissê, foto do site buziosturismo

Publiquei recentemente que no ano passado Búzios teve a segunda maior taxa de mortalidade hospitalar da Região dos Lagos. Das 819 pessoas internadas no hospital 50 vieram a falecer, resultando em uma taxa de mortalidade de 6,11. Em média, cada pessoa ficou internada 4,8 dias. Eram do sexo masculino  28, do feminino 22. Treze tinham 80 anos ou mais; onze entre 60 e 69 anos; dez entre 50 e 59 anos; sete entre 70 e 79 anos; quatro entre 40 e 49 anos; três entre 30 e 39 anos; um entre 15 e 19 anos; e um menos de 1 ano de idade.     

Fiquei curioso em saber do que essas pessoas morreram. O DATASUS nos informa.

01) Pneumonia - 17
02) Outras doenças do aparelho respiratório - 5
03) Insuficiência cardíaca - 4
04) Outras anemias - 4
05) Acidente vascular cerebral não espec. hemorrágico ou isquêmico - 4
06) Septicemia - 3
07) Outras neoplasias in situ benigs e comport incert desconhec. - 1
08) Afecções hemorrágicas e outras doenças sangue e órgão hematopoet. - 1
09) Diabetes mellitus - 1
10) Desnutrição - 1 (ainda se morre disso em Búzios?)
11) Hipertensão essencial primária - 1
12) Flebite tromboflebite embolia e trombose venosa - 1
13) Bronquite enfisema e outras doenças pulmonares obstr. crônica - 1
14) Doenças do apêndice - 1 
15) Íleo paralítico e obstr. intestinal sem hérnia - 1 
16) Doença alcoólica do fígado - 1 
17) Outras doenças do fígado - 1 
Infecções da pele e do tecido subcutâneo - 1 
18) Queimaduras e corrosões - 1  


Fonte: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sih/cnv/nirj.def

Comentários no Facebook:
Ricardo Guterres Será o tempo de espera para consulta ?????


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Vigilancia Epidemiologica Municipal

16 minutos atrás  -  Compartilhada publicamente

professor infelizmente você está sendo ignorante  pq a taxa de mortalidade deve ser calculada através do sistema SIM SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM MORTALIDADE que e do governo federal , está taxa esta errado e você anda falando de morbidade e temos diferenças entre morbidade e mortalidade , portanto sem politicagem reveja seus atos e converse com setor de vigilância epidemiológica e aumente seu conhecimento.

Minha resposta:

Coisa rara em Búzios receber resposta de órgãos públicos. Bom sinal. Será que é uma atitude momentânea por causa da proximidade das eleições? Deveriam estabelecer como regra a necessidade de responder sempre à imprensa. Mas como nem tudo é perfeito, a resposta vem com um nível de agressividade nada convidativo ao debate. E não vem assinada. Por que? 

Parece que só responderam porque talvez tenha acertado no estômago da incompetência desta gestão. Acusaram o golpe. Quem é o ignorante, vigilância sem nome? Eu não falo em taxa de mortalidade geral, aquela que nos é informada pelo SIM. Falo em taxa de mortalidade HOSPITALAR obtida no link que a vigilância não soube acessar. Link que tornei público, obtido no DATASUS que é um banco de dados federal. Quem é o ignorante, cara-pálida? Quem é que está fazendo politicagem, vigilância sem nome? 

terça-feira, 1 de março de 2016

Búzios tem a segunda maior taxa de mortalidade hospitalar da Região dos Lagos

Hospital municipal Rodolpho Perissê

O jornal O Globo de ontem (29) publicou matéria sobre a taxa de mortes no SUS nas últimas três décadas. Segundo o jornal, o estado do Rio no ano passado teve "a maior taxa de mortalidade registrada no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 1984, início da série histórica do Sistema de Informações Hospitalares do SUS. Num período de 31 anos, o estado liderou as indesejáveis estatísticas em 30". 

Enquanto a taxa média nacional em 2015 foi de 4,20, a do Rio ficou em 6,57. De 2008 a 2015, o crescimento médio do índice no Brasil foi de 28%; o do Rio de 46,3%. 

Em relação a Armação dos Búzios o DATASUS apresenta "óbitos e taxa de mortalidade por local de internação" a partir de 2011. Em 2015, Arraial do Cabo teve a maior taxa, muito próxima da do Rio; 6,50 (56 mortes). Búzios, em segundo lugar, 6,11 (50 mortes). Apesar disso, Búzios teve maior crescimento que o Rio e o maior crescimento do índice em relação à 2011 entre os municípios da Região dos Lagos: 70,6%. Ou seja, a taxa de mortalidade que era de 3,58 (34 mortes) em 2011, saltou para 6,11 (50 mortes) em 2015. Já em Arraial do Cabo, o índice cresceu 48,7%: 4,37 (39 mortes) em 2011 para 6,50 (56 mortes) em 2015. Em todos os outros municípios da região que possuem hospitais- Araruama, Cabo Frio e Rio das Ostras- a taxa de mortalidade decresceu. Cabo Frio apresentou a menor taxa em 2015: 3,90 (322 mortes). Em 2011 era de 6,50 (558 mortes). 

Dados de Búzios: 
2011 - 34 mortes - taxa de mortalidade = 3,58 
2012 - 27                                                   2,64
2013 - 35                                                   3,88
2014 - 42                                                   3,89
2015 - 50                                                   6,11
  
Observação 1: o jornalão O Globo errou ao afirmar que "as taxas representam mortes a cada cem mil pessoas". Na verdade, a taxa de mortalidade é calculada dividindo-se a quantidade de óbitos e o número de AIH aprovadas, computadas como internações, no período, multiplicada por 100. Ou seja, de cada 100 pessoas que foram internadas no hospital de Búzios em 2015  6,11 morreram. 

Observação 2: enquanto isso o vereador adesista Messias disse na sessão legislativa de hoje que Búzios tem uma boa saúde. Tão boa que pessoas dos municípios vizinhos procuram nossos hospitais. 

Observação: é óbvio que pode estar acontecendo uma procura este ano devido à crise porque passa Cabo Frio. Mas a taxa vem aumentando desde 2012 quando o município vizinho estava bem financeiramente.


Comentários no Facebook: 
Um verdadeiro absurdo


Muito dinheiro pra reformar Praça e pouco dinheiro pra Saúde da nisso!!!
Depois estou errado em questionar, vou falar sempre,‪#‎BuziosMelhorPraQuem‬??

Ester Trindade Isso não é um hospital é um matadouro!!!
CurtirResponder17 h
Moises Erika E ainda temos um prefeito médico , esperaríamos tudo de ruim menos a saúde por termos um médico prefeito 


Thayna Motta Britto Depois de todo o descaso que passei em Cabo Frio, creio que seja o primeiro!

Marisa Martins Lamentável.