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terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Presidente do Flamengo poderá ser conduzido coercitivamente para dar esclarecimentos à CPI dos Incêndios da ALERJ

Plenário da CPI dos Incêndios da ALERJ na sexta-feira (7). Foto: Thiago Lontra 



Rodolfo Landim poderá até ser conduzido de forma coercitiva se não comparecer, como aconteceu na reunião da comissão desta sexta-feira

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) que investiga os recorrentes incêndios no Estado vai convocar o presidente do Clube de Regatas do Flamengo, Rodolfo Landim, para prestar esclarecimentos ao grupo sobre o incêndio do Ninho de Urubu, que há um ano vitimou 10 atletas da base do time. Segundo o presidente da CPI, deputado Alexandre Knoploch (PSL), caso o presidente não compareça ou não envie como representante o vice-presidente jurídico do clube, Rodrigo Dunshee – o novo encontro já está marcado para o dia 14/02 -, Landim poderá ser conduzido coercitivamente. A deliberação aconteceu na sexta-feira (07/02) durante reunião da CPI que teve quase seis horas de duração.

Knoploch afirmou que também será convocado, com possibilidade de condução coercitiva, o ex-vice-presidente de patrimônio Alexandre Wrobel. Tanto Wrobel quanto Landim foram convidados a participar da reunião desta sexta-feira, mas não compareceram. "Se eles não estiverem presentes ao primeiro minuto da próxima reunião, serão alvos de condução coercitiva imediata pela Polícia Civil. Estamos cumprindo o que determina a justiça. Primeiro convidamos esses dirigentes, agora eles serão convocados. Esperamos não ter que usar a condução coercitiva, já que o advogado do Flamengo informou que eles virão à reunião", afirmou o parlamentar.

Famílias das vítimas

Após um ano do incêndio no alojamento das divisões de base do Flamengo, onde 10 meninos morreram e três ficaram feridos, familiares e advogados das vítimas presentes à reunião reclamaram da falta de acolhimento por parte do Flamengo. O clube chegou a acordos de indenização com apenas três famílias. Segundo Wedson Candido de Matos, pai de Pablo Henrique – uma das vítimas -, ele ficou sabendo da tragédia pela mídia e o clube não prestou nenhuma tipo de atendimento. "Nesse um ano não tivemos quase nenhum contato com o Flamengo. Total desprezo. O Flamengo nos abandonou. Não procura, não conversa. Não tive atendimento psicológico, não tive nenhum tipo de atenção. Apenas pagam a pensão, que é a conta de comprar os remédios que eu e minha esposa passamos a tomar depois da tragédia”, revelou Wedson.

Advogada da família de Pablo Henrique, Mariju Maciel disse que o que se pede é acolhimento e carinho. "Ainda não tivemos acesso aos autos do processo e estamos há um ano enfrentando o descaso. O que queremos é ouvir do Flamengo 'desculpa por ter colocado seu filho para dormir num container de alta combustão'. O Flamengo só me procurou uma vez estipulando um teto de indenização e não querendo dialogar. Todas as famílias tinham aceitado o acordo feito em conjunto pelo Ministério Público, Ministério Público do Trabalho e Defensoria Pública. O clube é que não aceitou e preferiu tratar com cada família individualmente", disse.

Segundo Mariju, a família de Pablo veio de Minhas Gerais para a reunião e pediu, por e-mail, ao clube a liberação para visitar o Ninho do Urubu na manhã deste sábado (08/02), quando completa exatamente um ano da tragédia, para colocar uma vela onde o adolescente morreu. Inicialmente a diretoria do Flamengo havia negado o pedido, informando que o time principal se concentraria para o jogo contra o Madureira pelo Campeonato Carioca. No entanto, durante a reunião, o CEO do clube, Reinaldo Belotti, chegou a um consenso e as famílias poderão visitar o CT sem a presença da imprensa.

O vice-presidente da CPI, deputado Rodrigo Amorim (PSL), disse que o Flamengo está fugindo do debate. "A instituição usa a sua força para intimidar. Se nós parlamentares estamos enfrentando dificuldades em dialogar, imagina como está sendo para essas famílias", questionou Amorim. Representando a família do Jorge Eduardo, a advogada Paula Wolf, argumentou que o clube trata os advogados dos parentes das vítimas como entraves. "O Flamengo age como se as famílias não tivessem direitos. O presidente Landim diz que nós estamos atrapalhando as negociações, mas o clube não procura essas pessoas", lamentou.

Posição do Flamengo

O advogado do Flamengo, Willian Oliveira, pediu desculpas aos familiares presentes e disse que após o incêndio, o clube realizou todos os procedimentos legais para que o Centro de Treinamento (CT) pudesse voltar a funcionar. A nova gestão, segundo ele, constituiu um diretor para cuidar do CT. Com mais de três horas de reunião da CPI em andamento, o ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, e o atual CEO do clube Belotti chegaram à Alerj.

Segundo Bandeira de Mello, único dirigente do clube indiciado inicialmente pela polícia, sua gestão havia acabado em 2018 e ele não era mais presidente do Flamengo em fevereiro de 2019. Ele negou todas as acusações e disse que não tinha acesso às informações de manutenção dos equipamentos e nem sobre as licenças e alvarás do Corpo de Bombeiros e da prefeitura. "Essas questões não chegam diretamente ao presidente do clube. Só soube dos problemas de alvará, das licenças e do pedido de interdição do CT pela prefeitura através da mídia e depois do incêndio", declarou. "Agora eu sou um torcedor. Fiquei seis anos na presidência e melhoramos todo o patrimônio e as finanças do clube. Quando eu sai de lá todos estavam vivos e com saúde", finalizou.

Já o CEO Belotti afirmou que o incêndio pode ter sido causado por possíveis problemas elétricos devido às chuvas que caíram na cidade do Rio dois dias antes da tragédia. "Foi uma das maiores tempestades registradas no ano passado. Soubemos de relatos de quedas de energia no CT, além de um ar-condicionado ter parado de funcionar. Esclareço que o aparelho foi reparado e não foi o mesmo que causou o incêndio. Além disso, os jovens estavam eufóricos com um treino e há relatos de que foram dormir mais tarde naquele dia, o que pode ter dificultado a saída deles do alojamento", disse.

Ele assegurou, ainda, que no Flamengo está tomando todas as providências possíveis. “Oferecemos ajuda e apoio médico aos 16 atletas sobreviventes, como auxílio psicológico. Quanto às vítimas fatais, sabemos que nenhum valor indenizatório vai ser o suficiente devido à perda dos jovens. Mas já fizemos acordo com três famílias e tem outro caso em que os país da vítima eram separados e um dos parentes também já aceitou um acordo com o clube", concluiu.

Participaram também da reunião da CPI os deputados Jorge Felippe Neto (PSD) e Renata Souza (PSOL)

Fonte: "alerj"

Veja o link do vídeo da sessão da CPI: "youtube"


Observação:
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Meu comentário: 
O Flamengo está usando algo semelhante à tática de "dividir para reinar", muito usada pelos poderosos diante dos mais fracos. Ou seja, não negocia coletivamente com as famílias para ter ganhos financeiros. É jogo sujo, baixo mesmo, porque sabe das necessidades pelas quais estão passando as famílias dos jovens atletas mortos no incêndio. Chega a ser desumano. 

A notícia no site do MPRJ:


MPRJ participa na Alerj de reunião da CPI dos Incêndios
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) participou, nesta sexta-feira (07/02), na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), de uma reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar e apurar os casos de incêndios ocorridos no Estado do Rio, a CPI dos Incêndios. O objetivo da sessão foi debater as causas e consequências do incêndio que provocou a morte de dez jovens atletas do Flamengo, em fevereiro do ano passado, no Centro de Treinamentos do clube, conhecido como “Ninho do Urubu”. O encontro durou pouco mais de cinco horas.
Participaram da reunião a promotora de Justiça Ana Cristina Huth, titular da 4ª Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude da Capital, o promotor de Justiça Pedro Rubim, integrante do Grupo de Atuação Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor (GAEDEST/MPRJ), os pais do atleta morto Pablo Henrique, o ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Melo, deputados estaduais e representantes do clube, do Ministério Público do Trabalho no Rio (MPT-RJ), da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea-RJ).
De acordo com Ana Cristina, após uma tentativa extrajudicial frustrada para que as condições do CT se adequassem aos requisitos básicos de habitação, o MPRJ ajuizou, em 2015, uma ação civil pública para obrigar o clube a realizar as adequações necessárias. Ela acrescentou que é fundamental uma normativa própria para os atletas adolescentes que se encontram alojados em clubes longe de suas famílias. “Precisamos, com urgência, regulamentar estes casos específicos, com o objetivo de dar segurança a estes jovens, já que a nossa Constituição diz que é dever de todos proteger as crianças e os adolescentes. Atualmente, estes menores encontram-se fora de casa e não se sabe de quem é a sua guarda, pois os clubes, como pessoas jurídicas, não podem ter essa atribuição. Além disso, considerando que pela Constituição Federal é dever da família, da sociedade e do Estado a defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes, é imperiosa uma campanha de empoderamento das famílias e da sociedade para levar ao conhecimento das autoridades as irregulares verificadas”, destacou a promotora.
Pedro Rubim informou que o inquérito policial que apura o incêndio retornou ao MPRJ esta semana para análise. Além disso, lembrou que foi o clube que procurou o Ministério Público logo após o incêndio, assumindo a obrigação de indenizar as vítimas. “Adotando os melhores padrões de Desenho de Solução de Disputas como no Programa de Indenização - PI 447, utilizado com sucesso no caso do acidente da Air France, a Câmara de Conciliação com MPRJ, Defensoria Pública do Estado e MPT formalizou ao Flamengo a proposta de um PI Ninho do Urubu para acolhimento das vítimas em um ambiente colaborativo, com valorização dos jovens atletas e de suas famílias. A proposta previa critérios objetivos de indenização, referenciados pela jurisprudência, equilíbrio das partes e resultado justo, célebre e adequado para a dor e sofrimento das vítimas. O Flamengo teria a oportunidade de pedir desculpas oficialmente em jornal de grande circulação, garantir a estabilidade dos sobreviventes por 24 meses e homenagear a memória das vítimas. Com o abandono das negociações pelo Flamengo, ajuizamos a ação coletiva para assegurar os direitos das vítimas, o que não impede ações individuais diretamente pelos familiares das vítimas”, relatou o integrante do GAEDEST/MPRJ.
Os pais de Pablo Henrique foram os primeiros a fazerem uso da palavra durante a reunião, relatando insatisfação com o tratamento que receberam do clube. Os advogados das vítimas e representantes jurídicos do Flamengo falaram em sequência, respondendo também às indagações dos deputados Alexandre Knoploch, presidente da CPI, Rodrigo Amorim e Jorge Felippe Neto, que compunham a mesa diretora da CPI, e da deputada Renata Souza, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj. O delegado Márcio Petra, responsável pelo inquérito policial, além de técnicos do Instituto Médico Legal e dos responsáveis pela perícia criminal no local do incidente, fizeram suas exposições, apontando detalhes da investigação sobre as causas do incêndio e das mortes dos adolescentes. Ao final, o CEO do clube, Reinaldo Belotti, e Eduardo Bandeira de Mello responderam às perguntas dos presentes. A CPI convocou o atual presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, para participar de uma nova reunião, inicialmente marcada para o próximo dia 14/02.

Fonte: "mprj"

sexta-feira, 26 de julho de 2019

CARTA ABERTA À NAÇÃO RUBRO-NEGRA: ‘NÃO ESQUEÇAM DOS MENINOS MORTOS NO NINHO DO URUBU!’

Torcedores do Flamengo se reúnem na sede do clube, na Gávea, para prestar homenagem às vítimas do incêndio que deixou 10 mortos e 3 feridos. Foto: Fernando Souza/AFP/Getty Images

ANTES QUE O TRIBUNAL das redes sociais me condene, já apresento minha confissão: sou botafoguense apaixonado, sócio, ex-conselheiro e frequentador assíduo das arquibancadas do estádio Nilton Santos. Este texto, porém, não tratará da rivalidade histórica, nem da disparidade financeira entre os clubes. É, na verdade, uma carta e um pedido de um defensor público do estado do Rio de Janeiro.

Imagino a euforia da Nação com a série de craques contratados, estádio lotado e o time lutando por vários títulos. Mas, neste momento mágico no campo, esta carta pede licença para lembrar dos dez jovens que viviam euforia semelhante e sonhavam ter seu nome gritado por quase 70 mil pessoas no Maracanã, mas foram mortos há quatro meses no Ninho do Urubu.

VitinhoArrascaeta e Gerson, três jogadores que fazem a Nação sonhar e que custaram, juntos, R$ 173 milhões para o Flamengo. O mesmo clube que se negou – quando da negociação de um acordo extrajudicial conduzido pela Defensoria Pública do Rio logo após a tragédia – a destinar 10% desse valor para a indenização das famílias dos garotos do Ninho. Para a maioria delas, seus filhos, netos, irmãos e sobrinhos representavam a única chance concreta de ascensão econômica num Brasil tão desigual.

Para além do número de dez jovens mortos de forma terrível, há histórias comoventes, como a do jovem que veio do interior do Sergipe para tentar a sorte no futebol; da família que vive abaixo da linha de pobreza e sequer possuía conta bancária e documentação básica; do garoto que sonhava defender as traves rubro-negras e morava distante dos pais há anos.

Histórias de meninos pobres, alguns miseráveis, que sequer conseguem dimensionar as cifras divulgadas na imprensa por apenas três atletas recém-contratados.

A Nação Rubro-Negra não se confunde com a atual diretoria do clube mais popular do Brasil, que desavergonhadamente vibra com os gastos de duas centenas de milhões de reais em reforços, mas é insensível a ponto de não permitir que essas famílias devastadas tenham a possibilidade de recomeçar a vida. Afinal, das dez famílias, oito terão que ir à justiça em busca de uma reparação minimamente digna.

Portanto, Nação, confiando na paixão ao clube que é muito maior do que a dos seus dirigentes, façamos aqui um combinado: não deixem os dez garotos do Ninho do Urubu morrerem no esquecimento. Pressionem seus dirigentes, exibam faixas no Maracanã lotado “indenizem as famílias”, invadam as redes sociais do clube exigindo a reparação.

Exijam a preservação da memória dos garotos que morreram de forma tão chocante. Há que se construir um memorial para que todos lembrem desses meninos ao entrar no Ninho do Urubu; que dez camisas oficiais sejam aposentadas perpetuando seus nomes no Flamengo; enfim, que outras medidas, além da indispensável reparação financeira, sejam adotadas para que essa tragédia não seja esquecida por contratações milionárias.

Façam isso por todos que amamos o futebol.



quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Os 'Maracanazzos' do Flamengo

A outrora maior torcida do Brasil- hoje superada pela dos "sem time algum" e ameaçada de perto pela do Corinthians - viu seu time perder várias vezes em pleno Maracanã lotado. Se já não bastasse ser o time campeão em vice-campeonatos no estado do Rio de Janeiro: 29 vices desde 1906. 

Jogadores do Independiente comemoram o título da Copa Sul-Americana de 2017. foto espn

1966 - Flamengo 0x3 Bangu - Campeonato Carioca
1997 - Flamengo 2x2 Grêmio - Final da Copa do Brasil
2004 - Flamengo 0x2 Santo André - Final da Copa do Brasil
2007 - Flamengo 2x0 Defensor Sporting-URU - Oitavas-de-finais da Copa Libertadores
2008 - Flamengo 2x4 América-MÉX - Oitavas-de-finais da Copa Libertadores
2014 - Flamengo 2x3 León-MÉX - Fase de grupos da Copa Libertadores
2017 - Flamengo 1x1 Independiente-ARG - Final da Copa Sul-Americana


Fonte: "espn"

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Pesquisa aponta possível empate técnico entre Flamengo e Coríntians como maior torcida do país.


Pesquisa aponta possível empate entre Flamengo e Coríntians como maior torcida do país. O número de torcedores de cada time é inferior ao daqueles que não torcem por time nenhum. O que permite concluir que a maior torcida do Brasil não torce por "time nenhum". Representam 19,4% dos brasileiros.  

São Paulo e Palmeiras aparecem em terceiro e quarto lugares.

Por Martín Fernandez



"O time com maior torcida do Brasil é o Flamengo. O time mais odiado do Brasil é o Corinthians. Essas constatações fazem parte de pesquisa realizada pelo Paraná Pesquisas. Trata-se da primeira pesquisa sobre o assunto feita por esse instituto. As respostas eram espontâneas.

Duas perguntas foram feitas pessoalmente a 4.066 entrevistados com mais de 16 anos entre março e abril deste ano, em 214 municípios de 24 estados: "Para qual time você torce?" e "Qual é o time que você mais odeia?" A amostra atinge um grau de confiança de 95% para uma margem de erro de 1,5%.

Como a margem de erro é de 1,5%, o Flamengo pode ter entre 15,0% (16,5%-1,5%) e 18% (16,5% + 1,5%) e o Corintians entre 12,1% (13,6%-1,5%) e 15,1% (13,6% +1,5%). Neste último caso, estamos diante de um empate técnico dentro da margem de erro da pesquisa.   


As respostas para a primeira pergunta seguem a tendência das últimas pesquisas de tamanho de torcida, com Flamengo (16,5%), Corinthians (13,6%) e São Paulo (7,9%) no pódio, seguidos por Palmeiras (5,6%) e Vasco (4,5%). A partir daí, os resultados divergem - o que é natural, já que são institutos diferentes, com metodologias diferentes".





"Nesta pesquisa, o Cruzeiro aparece em sexto lugar, com 4% da torcida, seguido de Grêmio (3,3%), Santos (3,2%), Atlético-MG (2,8%) e Internacional (2,6%). O primeiro clube fora do eixo Rio-São Paulo-Porto Alegre-Belo Horizonte é o Bahia, com 1,8%. Está à frente de Botafogo (1,8%), Fluminense (1,6%) e Sport (1,5)%. Outros clubes foram citados por 10% dos entrevistados. Nenhum time estrangeiro foi citado.


A novidade desta pesquisa é o índice de rejeição de cada clube. E o Corinthians surgiu como o time mais odiado do país, com 14,6% das respostas, uma ampla vantagem para Flamengo (8,6%), Vasco (5,9%), Palmeiras (5,3%) e São Paulo (3,2%). Depois aparecem Atlético-MG (1,9%) e Cruzeiro (1,6%) em empate técnico, assim como Internacional (1,6%) e Grêmio (1,4%). 

Chama atenção o que pode ser entendido como desinteresse do brasileiro por futebol  ou, pelo menos, pelos times de futebol. A resposta mais citada para a pergunta "por que time você torce" foi "por time nenhum", com 19,4%. Ao mesmo tempo, a pergunta "qual o time que você mais odeia" teve como resposta mais citada "gosto de todos os times", com 46,9% das respostas - que também eram espontâneas".



terça-feira, 15 de março de 2016

O Sport Club do Recife é o único campeão brasileiro de futebol de 1987

Escudo oficial do Sport Club do Recife

Rejeitado recurso do Flamengo sobre título brasileiro de 1987
O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou seguimento (julgou inviável) ao Recurso Extraordinário (RE) 881864, interposto pelo Clube de Regatas Flamengo contra decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que manteve o Sport Club do Recife como único campeão brasileiro de futebol de 1987.
Segundo o relator, pronunciamento judicial contra a qual não cabe mais recurso (coisa julgada) possui “envergadura maior”, não podendo assumir a posição de instituto que envolva mera interpretação de normas ordinárias. “Trata-se de garantia inerente a cláusula do Estado Democrático de Direito, a revelá-la ato perfeito por excelência, porquanto decorre de pronunciamento do Judiciário”, apontou.
O ministro Marco Aurélio destacou que a Justiça Federal de Pernambuco havia proclamado o Sport como campeão de 1987 depois que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu que o Flamengo também havia sido o vencedor daquele campeonato. “Resolução da CBF não podia dispor em sentido diverso, sob pena de ganhar, nos campos administrativo, cível e desportivo, contornos de rescisória. O acórdão do STJ impugnado é nesse sentido”, salientou.
Caso
O Sport ajuizou ação ordinária contra a CBF e a União, buscando, a partir do reconhecimento da validade do regulamento inicial do Campeonato Brasileiro de 1987, que fosse declarado o legítimo vencedor do torneio. O juízo da 10ª Vara Federal de Pernambuco aceitou o pedido e o trânsito em julgado ocorreu em 1999.
Em 2001, a CBF editou resolução declarando que o Flamengo também foi campeão do torneio. Posteriormente, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) decidiu que o único ganhador era o Sport. O Flamengo recorreu ao STJ, que manteve a decisão.
No RE 881864, o clube carioca alegou que a sentença da Justiça Federal não o impedia de ser reconhecido como campeão nacional, ao lado do Sport. Sustentou que a decisão judicial violou o artigo 217, inciso I, da Constituição Federal (CF), que prevê a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações quanto a sua organização e funcionamento. Argumentou ainda que a divisão do título não ofende o inciso XXXVI do artigo 5º da CF (a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada).

terça-feira, 5 de maio de 2015

A Lenda do Vice 2

Logo do CR VASCO DA GAMA
Tanto no futebol como na política costumam-se espalhar boatos que adquirem ar de verdades absolutas e irrefutáveis. Como é o caso da afirmação- muito usada por flamengistas- de que o time do Vasco é o time do Rio com o maior número de vices-campeonatos. Como o blog sempre procura revelar o que há por baixo dos panos dos acordos políticos buzianos, utilizando-se quase sempre de dados obtidos em pesquisas exaustivas, vou fazer o mesmo na esfera esportiva, para deleite da imensa maioria dos torcedores cruzmaltinos como eu. O campeão em vices no Campeonato Carioca não é o Vasco, mas justamente o Flamengo, que ao que tudo indica, espalhou o boato para esconder de seus torcedores sua condição de maior conquistador de vices da história do futebol carioca, Quem diz isso não sou eu- um vascaíno de carteirinha- mas os números. E como eles não mentem jamais. e não ficam repetindo baboseiras de rubro-negros recalcados, ai vão os números. É importante observar que o Vasco da Gama, apesar de ter sido criado lá pelas bandas de 1895 como clube de regatas, como o Flamengo, só começou a disputar campeonatos cariocas a partir de 1923. O Flamengo, formado de um racha do Fluminense, disputa o campeonato carioca desde 1906. Isso dá uma vantagem tremenda em termos de títulos para ele. Afinal são 17 anos de diferença em termos de possibilidades de disputas de títulos. Vamos aos números: 

1º) FLAMENGO - 31 vices (1º vice: 1912) (Destes vices, 13 foram em decisão com  Fluminense, 10 com o Vasco, 5 com o Botafogo, 1 com o América, 1 com o Bangu e 1 com um clube de cricket, o Paysandu ) 
2º) VASCO - 24 (1º vice: 1926)
3º) FLUMINENSE - 21 (1ºVice: 1922)
4º) BOTAFOGO - 19  (1º Vice: 1908)
5º) AMÉRICA - 7 (1º vice: 1911)
6º) BANGU - 6 (1º Vice: 1951)
7º) MADUREIRA - 2 (1º Vice: 1936) 
8º) PAISSANDU - 1 ( 1906) 
9º) AMERICANO - 1 (2002)
10º) ANDARAHY  - 1 (1934)
11°) OLARIA - 1 (1933)
12º) BONSUCESSO - 1 (1924)
13º) VOLTA REDONDA- 1 ( 2005)

Abaixo publico, como prometido, o vídeo da comemoração da vitória do Vasco no último domingo, feito no bar do meu amigo Wando, no Cruzeiro da Rasa. Saudações cruzmaltinas!!!





   

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Quem foi mais vezes vice-campeão nos estaduais de futebol no Rio de Janeiro?

pintandoecolorindo.com.br 



Os caras têm mais vices e nós (vascaínos) é que levamos a fama.
Os números não mentem jamais!

Clube                                  Vices

Flamengo                                31            
Fluminense                              22          
Vasco da Gama                      23          
Botafogo                                18          
América                                   7            
Bangu                                      6              
Paissandu                                1            
São Cristóvão                         1

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Campeonato_Carioca_de_Futebol

Observação 1: já computado o vice de 2013 do Fluminense.

Observação 2: especialmente para os meu amigos flamenguistas, como Professor Chicão e Júlio Medeiros.

Comentários no Facebook:


Julio Medeiros Vc deveria colocar quem foi mais vezes campeão.


  • Antonio Carlos Alves É amigo ,mas foi o Botafogo que levou o título! Para-bens pra eles!
    há 6 horas · Curtir · 1
  • Francisco Junior Em 1979 o Flamengo ganhava seu vigésimo titulo carioca, num ano que o campeonato foi disputado duas vezes e o Mengão ganhou as duas vezes!! então me diz aí quantos anos o Botafogo está atrasado??????