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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Pela autonomia e independência do Judiciário e do Ministério Público

"Não configura crime previsto nesta lei a divergência na interpretação da lei penal ou processual penal ou na avaliação de fatos e provas". 

 ( Juiz Sérgio Moro).


Desconstruir-nos como Poder Judiciário ou como juízes independentes interessa a quem? Enfraquecer-nos objetiva o quê?

(Ministra Carmen Lúcia)

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Que esquerda (PT e PC do B) é essa que se une à base parlamentar de Temer contra o Judiciário e o Ministério Público?

Surgiu o PTemer no Senado. O PT chama quem votou pelo impeachment de golpista, mas se une ao PMDB para aprovar o projeto sobre abuso de autoridade” (Cristóvam Buarque - Senador (PPS).    

A maioria dos votos que derrotaram juízes e procuradores na votação das medidas de combate à corrupção vieram de deputados que integram os partidos que apoiam o governo Temer. A emenda do líder do PDT, Weverton Rocha, recebeu 313 votos e destes 203 foram de governistas.

Votaram a favor das mudanças, contra as posições do Judiciário, os líderes governistas Baleia Rossi (PMDB), Aguinaldo Ribeiro (PP), Aelton de Freitas (PR), Jovair Arantes (PTB), Tadeu Alencar (PSB -- em exercício), Genecias Noronha (Solidariedade) e Márcio Marinho (PRB).

O partido do presidente Temer, o PMDB, foi o campeão de votos. Votaram contra o Judiciário 46 dos 56 deputados presentes à votação. Entre estes estão um dos históricos da legenda, Jarbas Vasconcelos (foto), e o irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, Lúcio Vieira Lima.

O DEM, partido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, compareceu com 17 de seus 25 votos, entre eles, um de seus quadros, José Carlos Aleluia. O relator do projeto 4850/2016, Onyx Lorenzoni, foi derrotado em seu própio partido. O PSDB deu sua ajudinha com nove votinhos de 42 presentes. Mas os demais 42 votaram com  o Judiciário. Juízes e procuradores também venceram no PPS (sete de oito), no PSOL (quatro de quatro) e no PV (quatro de um).

O PRB, do prefeito eleito do Rio, Marcello Crivella, também votou contra o Judiciário. Foram 17 de seus 25 deputados presentes. O partido (PSD) do ministro Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia), deu 20 votos de 33. O PSB, do ministro Fernando Coelho Filho (Minas e Energia) com 16 dos 28 presentes.

PP entrou com 35 votos. O partido, que dirige o ministério com maior orçamento, o da Saúde, tinha 42 deputados no plenário da Câmara. O vice-presidente da Casa, o folclórico Waldir Maranhão votou a favor da emenda de Weverton Rocha.  

No PR, foram 29 de 35 votos. Entre estes, o de José Carlos Araújo, que presidiu a Comissão do Impeachment do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha. O Solidariedade entrou com oito de seus 12 votos, inclusive o de seu fundador, Paulinho da Força.

A oposição também contribuiu para aprovar as mudanças que são rejeitadas pelos Juízes e procuradores do Ministério Público. Votaram contra o Judiciário 75 dos 78 presentes. No PT, que teve muitos de seus quadros degolados no mensalão (2012) e no petrolão (2016), foram 54 votos contra. Um voto solitário contrário a posição petista, a do ex-presidente do Corinthians Andres Sanchez.

Entre os que votaram sim estão os ex-presidentes da Câmara Arlindo Chinaglia e Marco Maia. O líder Afonso Florence (foto), ex-líderes (como José Guimarães e Henrique Fontana) e ex-ministros do governo Dilma (Patrus Ananias e Pepe Vargas). Vale citar ainda, o filho do ex-ministro do governo Lula e condenado no Mensalão, Zeca Dirceu.

PCdoB votou sim. Foram sete votos, entre eles o do líder Daniel Almeida. No PDT, foram 14 votos com o autor da emenda, o líder Weverton Rocha. Um deles, ligadíssimo a Ciro Gomes, Leônidas Cristino.

Os demais 35 votos vieram de deputados de pequenos partidos: PSC (do candidato à presidência, Jair Bolsonaro), PHS (do prefeito eleito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil), PV (do ministro Sarney Filho), PEN, PTN e PTdoB.

RIO DE JANEIRO

A maioria da bancada do Rio também votou contra o Judiciário. Foram 30 votos. Nestes estão: o ex-ministro (Dilma) Celso Pansera; o ex-secretário de Transportes do Rio Júlio Lopes (foto); os candidatos a prefeito do Rio, Pedro Paulo, Índio da Costa e Jandira Feghali; Clarissa, filha do ex-governador Anthony Garotinho; a presidente do PTB, Cristiane Brasil; o ex-líder do PT Luiz Sérgio; e a deputada Benedita da Silva.
Entre os 11 que votaram a favor do que defendiam juízes e procuradores estão: o candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro; o candidato a prefeito Alessandro Molon; e os deputados Jean WYllys e Otávio Leite.
Presidente da Casa, o deputado Rodrigo Maia não vota.

Fonte: Panorama Político, de Ilmar Franco

sábado, 22 de dezembro de 2012

A DEMOCRACIA VIOLENTADA

Carlos Terra, foto Facebook
Pretendo nestas linhas convocar os leitores para uma meditação oportuna, na transição democrática do Poder, não só em Búzios como em todos os municípios brasileiros.

Na formulação da teoria da forma de governo denominada democracia, que pretensamente é praticada no Brasil, o Barão de Montesquieu considerou: “tudo estaria perdido se o mesmo homem,ou mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo exercessem estes três poderes: a) o de fazer leis; b) o de executar as resoluções públicas; c) o de julgar os crimes ou as divergências dos indivíduos”. Foi diante desse impasse que a teoria da estrutura funcional da democracia, evoluiu para a divisão desse Poder enorme, descomunal, em parcelas com atribuições perfeitamente definidas que na maioria das nações democráticas, são representadas pelos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. O propósito dessa divisão é criar equilíbrio que possibilite evitar excessos decorrentes do exercício do Poder, que como se sabe, se concentrado, corrompe inevitavelmente. A fragmentação do poder cria um sistema de pesos e contrapesos que em harmonia funcional, evita excessos de qualquer um deles em relação aos demais e de todos em relação ao povo. Esse sistema com origem na Grécia, vem se aprimorando desde então e hoje, apesar das imperfeições humanas, é indubitavelmente o que resultou em maior progresso e riqueza para as sociedades que o adotaram. Portanto, o que estou questionando nestas linhas, não é a democracia, mas as distorções que seus operadores vêm agravando com o correr do tempo.

O pensador liberal Alexis Tocqueville, no exercício da crítica filosófica, da prática do Poder e das virtudes e deficiências da democracia nos ensina que: “ o desenvolvimento da potencialidade humana só é possível, através do nível de excelência educacional e de uma orientação política embasados na ética e na liberdade individual”.

Vamos aplicar estes conceitos aos acontecimentos correntes no nosso vilarejo de Búzios, para facilitar o raciocínio. A democracia é o Poder do povo, como diz a própria palavra. No exercício da democracia, o povo soberanamente elegeu não só uma pessoa determinada (no caso Dr. André), mas e principalmente, um PROGRAMA DE GOVERNO, sendo o prefeito eleito, apenas a personificação desta obrigação. O povo optou claramente pela mudança de uma política arcaica, pautada por mesmices, elegendo um Programa inovador, diferente, voltado para as necessidades populares, íntegro, honesto,ético e revolucionário. É subentendido pela própria definição da democracia, que este PROGRAMA DE GOVERNO, inclusive registrado no Poder Judiciário como obrigação à realizar, é o norte a orientar as ações dos atores democráticos que foram mobilizados para ocupar os espaços de representação tanto no Legislativo quanto no Judiciário. Assim sendo, o Prefeito eleito tem como meta concentrar  todas as suas ações na perseguição desses objetivos e cabe ao Poder Legislativo adequar a Legislação de modo a atender a vontade popular e fiscalizar sem interferir, na execução do Programa de Governo. Concluindo, todos os funcionários públicos, inclusive os ocupantes de cargos eletivos, são operários remunerados pelo povo, com a obrigação única e específica de cumprir aquelas metas com eficiência, probidade e economia; é simples assim...!!!

Como todos nós sabemos, as coisas na prática, se distanciam da teoria e na maioria dos casos, de forma desonesta, intencional, mesquinha e revoltante. É o que se dá no cenário político de Búzios nesse momento, quando os membros eleitos do Legislativo promovem movimentos frenéticos, desonestos, repugnantes, para formar blocos que representem  OPOSIÇÃO, pura e simplesmente oposição, para se confrontar com a vontade popular, eis que pretendem obstaculizar as ações do Executivo, com qualquer pretexto, mesmo que tais ações sejam convergentes com os objetivos comuns de concretizar o Programa de Governo. Esse aleijão do processo democrático, entre nós brasileiros, já ganhou contornos de normalidade, pois consideramos que faz sentido o confronto pelo confronto, com evidentes prejuízos para a sociedade e para a própria democracia, que tem seus princípios feridos de morte, na ocorrência destes fatos. É a aceitação pacífica pela população dessa oposição inconsequente, extemporânea e despropositada que criou o conceito conhecido como “governabilidade”, em nome do qual se perpetram todos os equívocos éticos e morais que mancham nossa sociedade e nos enchem de vergonha. No exercício desta prática maligna, o representante do povo se organiza em facções criminosas com o objetivo claro e inquestionável de criar dificuldades para vender facilidades, representadas pelas conhecidas nomeações, licitações excusas, favores ao arrepio da lei, malas de dinheiro  e outras habilidades que estes agentes do mal se profissionalizaram em aperfeiçoar.

Impressionante é que isto tudo se dá diante da passividade popular e do silêncio da mídia que se quedam inertes diante de um fato corriqueiro, que por sua repetição é quase uma legalidade.

Voltando às palavras de Tocqueville, temos que este comportamento se distancia quilômetros da necessidade da ética e da liberdade individual existir no ambiente democrático, para dar legitimidade ao Poder de que estão investidos os representantes do povo. Vejo no noticiário quais os grupos que estão se formando, quais as tendências e até os patronos que comandam este movimento de formar a tal “governabilidade”, que deveria ocorrer função do exercício do arbítrio individual à vista do objetivo comum de realizar o programa de governo; tudo que ocorrer fora desse princípio simplório, tem objetivos inconfessáveis...

Esta oposição inconsequente de que falo, é exercida às claras, acintosamente, eis que, em reunião no dia 20/12/2012, na Assembléia da Câmara Legislativa, que examinava a proposta orçamentária para o exercício de 2013, um dos vereadores presentes reeleito, senhor Lorram Silveira, teve a ousadia de propor que a liberdade de remanejamento orçamentária pelo Executivo, que no governo anterior do qual era mosqueteiro do Rei fora fixada em 50%, fôsse reduzida para apenas 10%, com evidente prejuízo da agilidade funcional e da celeridade da execução do Programa de Governo. É um absurdo, uma ameaça e deveria ser repudiado por toda a população buziana identificando nesse senhor, um inimigo do progresso da cidade e um entrave à concretização da vontade popular. Novamente é simples assim, é essa a leitura correta da inconsequência desse parlamentar. A pergunta que não quer calar e que peço ao meu leitor para respoder é  qual o objetivo desse senhor quando procura dificultar e inviabilizar uma gestão democrática à qual está atrelado?

Para concluir, peço aos meus leitores que em suas reuniões sociais, comentem essa distorção absurda da natureza do processo democrático e, individualmente, não confiem doravante  seu voto a parlamentares que se prestam a formar blocos de pressão e extorsão. É o que podemos, cada um de nós, fazer para alertar o povo contra a ação desses cupins da democracia e afastá-los do ambiente político que necessita urgentemente ser dedetizado.

Carlos Terra
pecuarista