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sábado, 21 de março de 2020

Em delação, Cabral diz que Zveiter recebeu propina de 10 milhões de reais da Delta de Cavendish

Sérgio Cabral cumprimenta Luiz Zveiter. Foto: Revista Crusoé  



A "Revista Crusoé" desta semana, em artigo assinado pelo repórter Fábio Serapião, publica  trecho da delação de Sérgio Cabral em que ele narra pagamento milionário de propina para Luiz Zveiter.

O desembargador Luiz Zveiter, decano do TJ do Rio, integra órgão especial do tribunal encarregado de julgar personalidades com foro privilegiado. Nos últimos anos, Zveiter foi alvo de representações no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por suspeitas diversas, entre elas ajuda para amigos em concurso público e favorecimento a empresas clientes de escritório de advocacia de sua família. Denúncias incluem ainda irregularidades em licitações no TJ quando ele presidiu a corte, de 2009 a 2010. Todos os procedimentos foram arquivados ou dormem nas gavetas do órgão que deveria fiscalizar a conduta dos magistrados brasileiros.

Propina de 10 milhões de reais. Foto: Revista Crusoé


Um dos casos envolve a concorrência para a construção de um dos edifícios da sede do tribunal e foi remetido aos arquivos do CNJ recentemente. O conselho negou a abertura de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para averiguar a conduta do desembargador. Na última semana, porém, o ministro Edson Fachin enviou ao STJ ofício com informações que podem mudar o rumo da história.

A obra da propina milionária. Foto: Revista Crusoé


Integram o pacote enviado por Fachin, dois inquéritos abertos com base no acordo de delação do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, que tinha em Zveiter um de seus principais aliados no Poder Judiciário local. Um desses inquéritos poderá não apenas reabrir o caso no CNJ, como gerar problemas de ordem criminal para o desembargador carioca.

O material contém relatos acerca da contratação da Delta Engenharia de Fernando Cavendish pela gestão de Zveiter na presidência do TJ, e traz uma acusação grave. De acordo com o relato de Cabral, ao qual a revista Crusoé teve acesso, o empreiteiro pagou 10 milhões de reais de propina ao desembargador. Registre-se que a Delta foi a empresa que construiu o hospital de Búzios em 2004 na gestão Mirinho Braga.

De acordo com Cabral, em 2009, quando era governador do Rio, o desembargador lhe teria feito um pedido especial: queria se aproximar de Cavendish da Delta Engenharia, uma das empresas prediletas de Cabral.

Szveiter estava interessado em conhecer Cavendish porque o TJ do Rio tinha iniciado o processo de licitação para a construção de mais um prédio em seu complexo. Cabral prontamente atendeu o pedido do desembargador e acionou Cavendish. O assunto da conversa era justamente a concorrência. Segundo Cabral, o empreiteiro ficou muito animado com o interesse de Zveiter, principalmente porque a obra seria custeada com dinheiro do Fundo Estadual de Justiça, o que significava que os pagamentos dificilmente atrasariam.

O ex-governador afirma ter ouvido de Zveiter, ainda no período em que a licitação estava em curso, que uma empresa “abusada” estava tentando entrar no jogo, o que atrapalharia o processo. E que essa empresa teria sido “retirada” do páreo por decisão de Zveiter, então presidente da corte.

Retirada a empresa “abusada”, a partir de então, o caminho estava aberto para a Delta, que ganhou a concorrência e executou a obra, pagando milionária propina.

Cabral relata que Cavendish lhe falava à época da “satisfação dos pagamentos em dia”, quando fez a ele (governador) o relato sobre o pagamento de 10 milhões de reais a Zveiter. O magistrado, por sua vez, ainda segundo o governador, dizia que Cavendish era “sujeito homem”, que honrava os compromissos. E comemorava o acerto afirmando que o negócio tinha saído “até barato”, uma verdadeira pechincha, se fossem levados em conta o valor da obra e a pontualidade dos pagamentos do TJ à Delta.

Agora no STJ, foro de investigações criminais envolvendo desembargadores, esse capítulo da delação de Cabral tende a virar caso autônomo. No CNJ, que apura desvios administrativos de magistardos, o material pode fazer com que o procedimento que tratava do assunto, e que foi recém-arquivado, volte a ser apreciado.

Investigações da Polícia Federal corroboraram o relato do ex-governador. A empresa limada da concorrência era a “abusada” Paulitec. A empresa, que havia ganho uma primeira licitação anulada, acabou saindo da disputa, na segunda licitação, em razão de mudanças de última hora no edital.

Segundo levantamento feito pela Polícia Federal fo TJ pagou 268 milhões de reais à construtora Delta. O relatório da PF enviado ao tribunal conclui que “existem elementos que corroboram a narrativa de direcionamento da licitação para a Delta”.

A mesma delação que traz as suspeitas sobre Zveiter inclui acusações contra dois ministros do STJ, a mesma corte que agora recebe o capítulo sobre o desembargador carioca. São citados os ministros Napoleão Maia e Humberto Martins. Este último, Corregedor-nacional de justiça, cargo que lhe confere as atribuições de xerife do judiciário, votou no CNJ pelo arquivamento da apuração disciplinar que ligava Zveiter a irregularidades na licitação.

Observação: Você pode ajudar o blog clicando nas propagandas.


sábado, 9 de setembro de 2017

Denunciante de Nuzman cita Zveiter e magistrados corrompidos

O ex-presidente da Federação Brasileira de Esportes de Gelo, Eric Walther Maleson, implicou mais pessoas em seu depoimento a procuradores franceses envolvidos na investigação de compra de votos para o Rio de Janeiro sediar os Jogos Olímpicos de 2016. Além de acusar o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, seu relato também aponta a mira para o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e o desembargador Luiz Zveiter. Maleson também deu detalhes sobre uma suposta engrenagem financeira montada por um ex-diretor do COB para enviar dinheiro ao exterior.

Ouvido em Boston em 28 de junho de 2016, Maleson acusou Nuzman de ter recebido um passaporte russo em troca do voto para que a Olimpíada de Inverno de 2014 fosse realizada em Sochi, na Rússia. O documento foi apreendido esta semana. Em outras partes do depoimento que VEJA teve acesso, o ex-dirigente afirmou que Nuzman podia contar com “magistrados corrompidos” no Tribunal de Justiça do Rio. Maleson afirma que a decisão judicial que o afastou do comando da Federação Brasileira de Esportes de Gelo teve o dedo de Zveiter, que era amigo pessoal do juiz do seu processo. Ele havia sido suspenso da entidade em 2012 acusado de fraudes e má administração. Segundo Maleson, Nuzman teria interesse no seu afastamento porque ele tornara-se um crítico à sua administração.

Thiago Prado, Veja


Fonte: "noblat"

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Deu no blog do Garotinho



Reprodução da coluna Extra, Extra!; a tarja preta é porque o blog continua sob censura judicial e não podemos citar o nome do presidente da ALERJ

"Vejam vocês como são as coisas. Esse boato terrorista vem sendo espalhado pelo pessoal ligado ao deputado Cocada Queimada de Saquarema. Para esses prefeitos não tomarem posse depende do TRE - RJ. Logo só há duas opções: ou o presidente da ALERJ está sabendo de alguma trama montada com Cabral junto ao presidente do TRE - RJ, Luiz Zveiter, ou então é apenas bravata, pra fazer terrorismo e tentar forçar os prefeitos eleitos a correrem para o seu lado. Em todo o caso vamos aguardar atentamente.

Aliás, o TRE - RJ deveria mesmo impedir a posse do prefeito eleito de São Pedro da Aldeia, Chumbinho (PT). Lá, o TRE - RJ num golpe absurdo tirou da disputa a poucos dias da eleição o nosso candidato Paulo Lobo. E principalmente deveria impedir a posse da mulher do presidente da ALERJ, a prefeita reeleita de Saquarema, Dona Fran, que usou e abusou da máquina da prefeitura para vencer".

segunda-feira, 12 de março de 2012

Julgamentos contra fraude em concurso de cartórios do Rio de Janeiro está parado no STF



“Desde que foi descoberta a fraude no concurso para Cartórios no Rio de Janeiro, houve um procedimento no CNJ o qual determinou a anulação do concurso e a abertura de processo administrativo disciplinar PAD 3700/62/2010 contra o então Presidente do TJ-RJ e hoje presidente do TRE-RJ (Luiz Zveiter).

Inconformados, o Sr. Luiz Zveiter e outros entraram com processos no STF contestando a decisão do CNJ sobre a anulação do concurso e buscando parar esse processo disciplinar que corria no CNJ. (MS 28.775, MS 28.777 e MS 28.797), além da Rcl 12475, todas de relatoria do Min. Lewandowski e essa última que conseguiu até barrar o PAD 3700/62/2010. Um imbróglio total.

Todos esses processos já estão instuídos desde out-2011 e aguardam entrar em pauta de julgamento. O que acontece é que incrivelmente e não sei quais as razões ocultas, o Min. Ricardo Lewandowski (presidente também do TSE) não os coloca em julgamento.

Vale dizer que um dos advogados que figuram nos processos é o Sr. Márcio Thomaz Bastos, contratado a dedo por ter sido Min. da Justiça e uma das principais influências na escolha do Min. Lewandowski para a vaga no STF.

Parece que estão fazendo de tudo para perpetuar a situação e depois alegarem prescrição administrativa das responsabilidades e que as pessoas que passaram nesse concurso fraudado e estão mantidos nos cargos através de liminares concedidas nesses mandados de segurança citados, sejam declarados de direito titulares das serventias cartóriais por estarem respondendo a algum tempo, ou seja, fato consumado.

O pior e outro motivo que coaduna com a tese estar sendo atrasado o julgamento, é que correm rumores que saira em breve novo edital para concurso de cartórios no RJ. E com toda essa demora o certame se tumultuara, pois as pessoas egressas do concurso fraudado e que estão mantidas por liminares poderão prestar remoção e assim se perpetuar na carreira, dando roupagem de legitimidade a quem "entrou pela janela" e prejudicando vários concorrentes que não tem nada a ver com o problema e que estudam com afinco por anos e anos esperando uma oportunidade para entrar na carreira”.


Recebido por e-mail de uma leitora.



Comentários:

  1. A corregedora tinha razão. Supostos bandidos de toga.
    Agora eles tem que "gastar" mais para se defenderem e o que é muuuuuuito bom, estão visíveis.
    Parabéns para quem formulou e publicou a explicação, vamos divulgar para que todos os brasileiros conheçam a verdadeira história do "nosso judiciário".
    Ex ministro defendendo atos deploráveis... Uhm... no mínimo é vergonhoso.

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