quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Henrique Gomes é o novo Presidente da Câmara de Vereadores de Búzios 1

Vereador Lorram  justificando seu voto em Henrique
Mesmo pouco diviulgada, sessão encheu o plenário

Veja o discurso de posse do presidente eleito, vereador Henrique Gomes:


Meu comentário:

Registrem-se as promessas feitas pelo novo Presidente da Câmara de Vereadores: construção da sede própria do Poder Legislativo e a implantação da Câmara itinerante.

Prestem atenção na denúncia feita a partir de 8' 35". Segundo Henrique Gomes, um ex-vereador, que hoje vive falando mal da Câmara de Vereadores e dos políticos de Búzios nas redes sociais, não tem moral nenhuma. Quando era vereador, todo processo que chegava na Casa Legislativa de interesse de um antigo Prefeito, tinha preço pra ele. Mais: quando perdeu a eleição, covardemente, demitiu seus assessores (quatro ou cinco) e nomeou parentes em seus lugares, deixando-os sem dinheiro para o Natal. 

Acusações deste tipo precisam vir acompanhadas de nome porque, caso contrário, as suspeitas recairão sobre várias pessoas. Senão, vejamos. Henrique Gomes não está falando da legislatura passada, de 2009-2012, porque não era vereador nesta ocasião. Muito provavelmente está se referindo a um vereador do período anterior a esse, 2005-2008. Verificando quais vereadores desta legislatura que não se reelegeram, temos Flávio Machado, Fernando Gonçalves e Francisco Neves. A qual deles o senhor se refere, Presidente?  Afinal de contas, sendo verdadeira sua acusação, trata-se, de um vereador corrupto!!!

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  • Flávio Machado A reputação deste Sr Búzios inteiro conhece , COVARDE porque não cita nomes ?

Búzios na história: anos 1950 (6)

Anos 1950: Depois que dois pescadores "avistaram" um submarino na praia de João Fernandes do qual teriam saído terroristas comunistas que, na verdade, não passavam de contrabandistas, a paranoia tomou conta das mentes dos moradores do pequeno povoado de Armação dos Búzios, fazendo com que a construção de uma casa na praia da Azeda se tornasse muito suspeita.


A simples construção de uma casa de veraneio na praia da Azeda levantaram suspeitas "que o povo não consegue refrear nos seus comentários". Motivos da suspeita: 1) três depósitos enormes no fundo do quintal para gasolina, óleo e querosene; 2) motores de popa e lancha na garage; 3) contratação de um "velho armador francês" para construção de um barco de maior calado; 4) o muro que o dono da propriedade quer construir em volta da casa; 5) o proprietário da mansão da Azeda estar comprando as casas dos pescadores localizadas nas  proximidades.


O repórter do jornal A Noite esteve na casa suspeita verificando as instalações internas e constatou que, apesar dela se parecer mais com um clube do que uma residência, era apenas uma casa de veraneio. Não quis declinar o nome do proprietário, um "conhecido homem de negócios", para não criar constrangimento devido à "implicância" do povo local com a casa. O repórter ouvira de um morador, assim que chegou em Búzios, que ali tinha "gato na tuba".

Apesar de reconhecer que a "construção de uma casa tão cara (custo entre 2  e 3 milhões de cruzeiros), num local tão êrmo, tão distante, tão deserto" por si só causa estranheza, defende o proprietário já que "cada um faz do seu dinheiro o que quiser". A implicância dos moradores com o milionário seria, segundo o repórter resultado de uma luta inconsciente da população local contra "a civilização que chega tomando conta de tudo". E acrescenta: um outro sentimento bem mais simples teria tomado conta dos corações dos moradores do povoado, a inveja. O bom gosto da construção teria deixado água na boca de muita gente. A casa da Azeda seria uma "casa de sonho". Daí a inveja.  

Na mesma ocasião uma outra casa também levantou suspeita. Muito menor do que a casa da Azeda estava sendo construída na praia da Tartaruga por cinco irmão paulistas. Os boatos davam conta de que eles estavam comprando vários terrenos ao redor da casa para cercar a praia.   





Jornal A Noite, 13/01/1954

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Búzios de 1954, vista por um repórter

O repórter do jornal A Noite descreve a Búzios de 1954 como "terra de ninguém". Sessenta anos se passaram e as coisas mudaram pouco, muito pouco. Não continuamos "terra de ninguém". "Progredimos". Agora somos terra de poucos.  Somos terra de um pequeno grupo que se apossou do Poder para uso próprio, repetindo o figurino dos governos anteriores, tanto depois da emancipação quanto antes dela.

Dezenas de "desgovernozinhos" de Cabo Frio convenceram o povo de Búzios de que melhor seria ser independente da metrópole. Passados quatro "desgovernozinhos" próprios, nossos, as coisas vão de mal a pior.

Hoje temos luz de Ampla mas não é lá essas coisas. A rede está mal dimensionada. Que o diga o povo da Rasa e da Vila Caranga. Temos água da Prolagos, mas não temos saneamento. Temos telefone, celular, mas com operadoras funcionando a meia bomba na Cidade. Não votamos mais no PSD (900 votos) e UDN (29 votos), mas continuamos votando mal, muito mal. Em vereadores e Prefeitos.

Em 1954, não tínhamos padre, mas tínhamos Estevão Hermílio de São Luiz, que fazia as vezes de padre. Não podia rezar missa, mas rezava ladainha e encomendava os mortos.

Não tínhamos médico, mas tínhamos Jorge de Paulo e Silva, que fazia as vezes de médico. Não podia clinicar mas "encanava" braços e pernas, e rasgava abcessos.

Em 2014, sessenta anos depois, se o Prefeito governa apenas para os seus, se os vereadores (quase todos) não nos representam, não resta outra solução: DEMOCRACIA DIRETA, sem intermediários, com ocupação praças e outros espaços públicos, para que a voz do povo de Búzios possa ser ouvida.   


Jornal A Noite, 12/01/1954 

Internauta flagra despejo irregular de esgoto na praia da Armação, Búzios

Dois canos despejaram esgoto por três horas na Praia da Armação, diz internauta (Foto: Carlos Farias/Arquivo)
Esgoto foi parar dentro d`água em praia que fica no Centro do balneário (Foto: Carlos Farias/Arquivo)

Morador que fez flagrante disse que esgoto foi despejado por três horas.

Prolagos identificou ligações clandestinas; Inea enviou equipe para avaliar.

“Um internauta flagrou um despejo irregular de esgoto na Praia da Armação, em Armação dos Búzios, Região dos Lagos do Rio de Janeiro, no último sábado (8). Segundo o morador da cidade, Carlos Eduardo Farias, de 39 anos, o despejo aconteceu por volta das 17h e durou aproximadamente três horas. Na imagem é possível ver dois canos que despejam um líquido escura que, segundo o internauta, é esgoto. Em entrevista ao G1 nesta segunda-feira (10), o denunciante disse que o despejo começou logo depois que uma chuva atingiu o balneário.

"Eu moro aqui desde que nasci e é um absurdo ter que conviver com essa poluição. Eles não querem nem saber, estão jogando esgoto na praia, na frente de todo mundo", disse o morador.

A assessoria da Prolagos, concessionária responsável pelos serviços de saneamento básico na Região dos Lagos, informou que o bairro Centro, em Búzios, possui rede separadora de esgoto, ou seja, uma rede exclusiva que coleta e encaminha o esgoto para a Estação de Tratamento (ETE) da concessionária. A empresa disse ainda que fez uma vistoria na Praia da Armação, junto com os técnicos da Secretaria de Meio Ambiente do município, onde foram identificadas ligações clandestinas e grande quantidade de areia e lixo no sistema de drenagem pluvial. Declarou que as providências para desobstrução e limpeza da rede de drenagem e remoção das ligações clandestinas já foram tomadas. A empresa não disse que providências são essas.

A assessoria do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) disse que encaminhou uma equipe de fiscais ao local para verificar a denúncia. A assessoria da Prefeitura de Armação dos Búzios divulgou que até o fim da tarde desta segunda-feira (10), terá o resultado de uma avaliação feita pela Prolagos no local.

Praia da Armação

Conhecida por ser o local de desembarque de turistas dos transatlânticos, a praia fica na Rua das Pedras e Orla Bardot e, na maioria dos trechos, não tem areia. A praia também é conhecida por ter um pier de onde saem os barcos para passeios por praias e ilhas da região. As três esculturas mais famosas da cidade ficam na Praia da Armação, são elas: Brigitte Bardot, os pescadores e o ex-presidente Juscelino Kubitschek”.

Heitor Moreira
Do G1 Região dos Lagos



Meu comentário:

Parece uma tragicomédia de erros. O sistema de coleta a tempo seco adotado pela Prolagos com autorização da Prefeitura e dos vereadores de Búzios (legislatura de 1997-2000) permite que esses crimes ambientais sejam cometidos toda vez que chove. Se a Prolagos vai desobstruir e limpar a rede de drenagem, o que faz a empresa terceirizada- que recebe uma fortuna por ano-  contratada justamente para esse serviço? É o INEA o órgão que vai enviar fiscais ao local? E a Prefeitura, nada faz? Vai ficar aguardando a avaliação feita pela Prolagos? 

Pura encenação. Nada vai ser feito. O sistema de coleta a tempo seco é "legal". Está autorizado jogar esgoto no mar toda vez que chove em Búzios. A Prefeitura de Búzios sabe disso. O INEA sabe disso. E a Prolagos faz o que diz o contrato assinado com o Estado com autorização da Prefeitura e da Câmara de Vereadores de Búzios.  







segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Búzios na história: anos 1950 (5)

Anos 1950: Não havia submarino algum. também não se tratava de "agentes vermelhos". Os 12 que desceram na praia de João Fernandes eram contrabandistas!

Com o aprisionamento em águas brasileiras do pequeno barco marroquino "El Moujahid", comandado por Henry Tilly, com um carregamento clandestino de uísque, a polícia concluiu que não passava de paranoia anti-comunista a história do submarino "visto" desembarcando 12 homens altas horas da noite na praia de João Fernandes.


Jornal A Noite, 12/01/1954
 
Jornal A Noite, 12/01/1954 

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  • Milton Da Silva Pinheiro Filho Parabéns Luiz por tão brilhante trabalho!!Pena que nossos edis,prefiram homenagear alguns que envergonha nossa Búzios.

Búzios na história: anos 1950 (1) - parte 3

Anos 1950: O misterioso caso do submarino visto por pescadores na praia João Fernandes. A suspeita de que "agentes vermelhos" teriam entrado clandestinamente no Brasil pela praia de Búzios.


O jornal A Noite já noticiara a estranha morte do iugoslavo Brancko  Ivanic, que teria sido sacrificado por seus próprios companheiros da organização comunista V.M.R.O. O periódico chegou a entrevistar Joaquim Miguel Vieira Ferreira, presidente da Legião Anticomunista do Estado do Rio de Janeiro.







Jornal Diário da Noite, 30/11/1953 

Ver também:






Búzios na história: anos 1950 (4)

Búzios, 19 anos

Anos 1950: O velho e, até hoje, insolúvel problema da terra em Búzios. Nesta reportagem, o conflito Pescadores (7.000) versus Cia Odeon.

Denúncia do pescador Abílio Maximiliano Alegre


Jornal Gazeta de Notícias, 31/10/1952

Búzios na história: anos 1950 (3)

Búzios, 19 anos


Anos 1950: o desaparecimento da "indústria da baleia". A reportagem nos informa que a "cabeça da baleia é um depósito de óleo e os seus intestinos acumulam um âmbar cinzento, substância rara, de muito valor, usado para fixar perfumes". 

Tripulação do barco "Santiago" que caçou a baleia:
1) Adelfo Márcio de Oliveira
2) Adolfo, irmão de Adelfo
3) Pescador Joaquim Carvalho Santana
4) Escrivão Nanau
5) Comerciante Délio de Carvalho
6) Sargento de polícia jaime de Araújo
7) Carcereiro Alberio Gomes da Costa
8) Delgado Pastor


Jornal Diário da Noite, 23/06/1950

Búzios na história: anos 1950 (2)

Jornal Diário da Noite, 23/06/1950

Anos 1950: Barco "Praça 15" com pescadores de Búzios pega fogo em alto mar e afunda. Um dos pescadores buziano- João Jorge de Carvalho- morre afogado.

Tripulação do barco:
1) Benedito Corrêa - piloto
2) Veli Antônio de Azevedo
3) Manuel Félix Pereira
4) José Bezerra da Silva
5) José Jorge de Carvalho




Jornal Diário da Noite, 23/06/1950

domingo, 9 de novembro de 2014

Búzios na história: anos 1950 (1) - parte 2

Anos 1950: O misterioso caso do submarino visto por pescadores na praia João Fernandes. A suspeita de que "agentes vermelhos" teriam entrado clandestinamente no Brasil pela praia de Búzios.



Jornal A Noite, 1/12/1953
Jornal A Noite, 2/12/1953