segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Uma aula magna de política

A sessão da câmara de vereadores da manhã de quinta-feira foi uma aula de política. Nunca antes na história da cidade de Armação dos Búzios vi uma sessão legislativa, desde que frequento a casa (2001), em que fosse revelado, pelos vereadores mesmos, de modo tão claro, o modus operandi dos  agentes políticos da cidade (prefeito, secretários e vereadores). 

A aula, como não poderia deixar de ser, começou pelo professor  vereador Messias. Ele nos ensinou que a gente não deve ser cúmplice dos maus feitos dos governos. Para ilustrar sua afirmativa citou o caso do vereador Evandro. Este teria sido cúmplice das coisas erradas feitas no governo Toninho Branco, por ter protocolado um pedido de CPI justamente para que não houvesse a CPI. Aí a aula ficou complicada. Ainda bem que mais na frente ele esclareceu. Como bom professor, rememorou o caso. Disse que se tratava da Locanty, a empresa que cuidava do lixo no governo Toninho. O vereador Evandro teria feito uma manobra muito esperta baseada em uma resolução da câmara que garantia o direito de protocolo por toda a legislatura (4 anos) ao vereador autor do requerimento. Era fazer o pedido e sentar em cima. Com o pedido protocolado, nenhum outro vereador poderia pedir a mesma CPI. Assim, a empresa estava salva, mesmo que tivesse cometido as maiores barbaridades com nosso dinheiro. No final, não entendi porque o vereador Messias, depois de tudo que ensinou, ter votado contra o requerimento do vereador Nobre que só pedia cópia dos processos licitatório e de pagamentos da coleta do lixo no governo atual. Ué, este governo também tem seus maus feitos? E também no lixo, como o outro? O vereador professor Messias está querendo esconder algo?     

Na aula seguinte, o professor vereador Evandro preferiu abordar outro assunto. Acho que ele não gostou do tema abordado pelo professor vereador Messias. O professor vereador Evandro nos ensinou que o programa Projovem do governo atual está cheio de irregularidades, citando inclusive um determinado blog, que denunciou um possível esquema de desvio de recursos públicos pelo Ministério do Trabalho, comandado pelo PDT.

Na terceira aula, o professor vereador Genilson nos ensinou que a gente não deve ser incoerente. Deu como exemplo o vereador Messias. Disse que ele vive falando que o ex-prefeito Toninho Branco cometeu uma série de irregularidades com as finanças públicas, chegando a afirmar que houve até roubo no governo dele e, mesmo assim, aprovou suas contas de 2008.  Ficamos sem saber qual o motivo? A justificativa do vereador Messias de que votou a favor porque percebeu que a política em Búzios estava sendo judicializada, não convenceu ninguém na sala de aula. Como também não convenceu, anteriormente, quando disse que votou na Lei 17 (a lei dos pombais) sem ler, por confiar no companheiro de bancada, vereador Alexandre Martins. Não havia também cumplicidade, interesses outros, na aprovação da referida Lei?

A quarta aula foi de uma professora, a vereadora Joice. Ela disse que votaria a favor do requerimento do vereador Nobre porque quer saber o que está sendo roubado neste governo. Acrescentou que foi por isso que saiu da base de sustentação do governo. Tem roubo neste governo? Só falta saber quem está roubando?

Já o professor vereador Leandro nos ensinou que a política em Búzios é feita de ameaças. Como achava desnecessária a apresentação do requerimento do vereador Nobre, disse que, na próxima sessão, apresentaria um requerimento para que a Secretaria de Ação Social lhe informasse quantas pessoas faleceram de 2005 a 2010, discriminando quantas eram gordas e quantas eram magras. Lembra O gordo e o Magro, mas não ria não, porque se trata de tragédia mesmo. Trata-se de mortos e da política buziana.   

O professor vereador Felipe Lopes ensinou que a melhor coisa em política é não fazer assistencialismo e não ser patrocinado por ninguém. Coisas bastante discutíveis. Faltou falar de oportunismo, outro grande mal da política. Talvez o professor vereador aborde o assunto em uma próxima aula. Negou com veemência a acusação feita pelo vereador Evandro de que se elegeu usando a máquina da saúde do governo Toninho. Disse que Toninho só deixava os vereadores da sua base usar a máquina, o que foi confirmado pelo vereador Nobre.  Ao ouvir o vereador Genilson dizer que pediria também os contratos de limpeza de praia, aplicou o ensinamento do professor vereador Leandro ameaçando pedir os contratos de informática do governo passado. 

Conclusão de um aluno aplicado: qual a relação do vereador Felipe com a limpeza de praia? qual a relação do vereador Genilson com a informática no governo Toninho? O que aconteceu com o vereador Nobre e os mortos no governo Toninho? Não é ilegal vereador ter contrato com a prefeitura? 
Como costuma dizer o professor Chicão em seu blog (http://josefranciscoartigos.blogspot.com/) isso tudo é de uma meiguice só. 

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domingo, 13 de fevereiro de 2011

Manutenção da cidade I






Quarta-feira, dia 9, uma árvore caiu sobre um carro na rua César Augusto São Luís, no Centro (foto ao lado). Como dezenas de outras, ela estava velha e infestada de cupins. Depois do ocorrido, a prefeitura resolveu dar uma geral em todas as árvores do centro da cidade, inclusive na Rua das Pedras. Chegou a fechar ruas. É aquela coisa de colocar fechadura depois da casa arrombada. 





Já repararam que nosso prefeito (assim como o anterior) não fazem a manutenção da cidade. Constróem escolas e largam pra lá. Quando ela estiver caindo aos pedaços, vão lá e fazem uma grande reforma. Parece que é de propósito para chamar alguma empresa amiga para fazer a reforma. Sairia muito mais barato cuidar dela para que não chegasse a esse ponto. Reparem que acontece o mesmo com as praças. É muita incompetência e descaso com o dinheiro público.




Comentários:






Jozelio LOURENÇO disse...

 

Com certeza, a prevenção é o melhor remédio, nobre Luiz! Porem a cultura brasileira e em especial de alguns administradores publicos buzianos, são de portas arrombadas! Somente depois que acontecido o sinistro, que procuram tomar providencia. Creio que por algumas vezes proposital, com a finalidade de se contratar empresa amiga, sem licitação, alegando emergencia.








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Mirinho derrotado 5

Nova derrota do prefeito Mirinho Braga na câmara de vereadores. Desta vez, o prefeito viu aprovado o requerimento 13/2011 do vereador Nobre que  "dispõe sobre solicitar ao Senhor Prefeito, cópia de inteiro teor do processo licitatório referente à coleta de lixo, no Município, desde o janeiro de 2009, bem como cópia dos processos de pagamento do período de 1º/1/2009 a 31/12/2010". A votação foi desempatada pelo presidente. Resultado: 5 (G-5) x 4 (base parlamentar do prefeito).

Dá pra entender vereador votar contra requerimento? É votar contra a sua própria razão de ser que é fiscalizar. Pior do que isso, é fazer chantagem ameaçando pedir as mesmas informações de período do governo anterior. Quem não deve não teme. O que se quer esconder? Os vereadores dignos desse nome devem procurar formas de facilitar o acesso da população à esses dados, todos eles, de todos os períodos, porque se trata de dinheiro público, dinheiro do povo buziano, que tem todo o direito de saber onde ele está sendo aplicado.

Ver: "Mirinho derrotado 1"
Ver: "Mirinho derrotado 2"
Ver: "Mirinho derrotado 3"
Ver: "Mirinho derrotado 4"
Ver: "Mirinho derrotado 6"

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Mirinho derrotado 4

Nesta semana (terça, dia 8) o prefeito Mirinho Braga sofreu mais uma derrota na câmara de vereadores. Com cinco votos favoráveis (Genilson, Evandro, Joice, Nobre e Joãozinho), duas abstenções (Lorram e Messias) e um voto contrário (Leandro), foi derrubado o veto do prefeito às alterações feitas pelos vereadores na  Lei 708.

A Lei continha artigos que davam poderes extraordinários ao prefeito, tais como contrair empréstimos, desafetar áreas e criar cargos sem precisar passar pelo crivo dos vereadores. Com a medida, a câmara recupera suas prerrogativas constitucionais dadas ao governo no início desta legislatura pela turma do amém. Alguns vereadores do G-5 atual eram desta turma, mas sempre é tempo de reconhecer os erros e consertá-los. Parabéns.

Ver: "Mirinho derrotado 5"
Ver: "Mirinho derrotado 6"

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Comentários:
reynaldo disse...
O Felipe Lopes faltou a sessão?
Abraços
luiz do pt disse...
Ele estava na sessão, mas não voltou depois do intervalo concedido para parecer das comissões. Também não voltou depois da briga do Lorram com o jornalista Anthony Ferrari. Pode estar se caracterizando uma estratégia de vereador fujão.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Opinião

PODER DOS PODERES.
Não me canso de enfatizar a importância do Poder Legislativo. Ele cria normas gera as estruturas públicas e privadas, define o que o cidadão, na sua individualidade, pode fazer ou não, gerando, em nome da sociedade politicamente organizada, todas as leis que a regem. É o Legislativo que determina a nível municipal, o que o prefeito deve fazer ou não, limitando suas funções, sempre em nome do cidadão, aquele que tem direito de votar e de ser votado. O Legislativo representa a vontade do povo que habita o território politicamente organizado. No município, a Casa Legislativa, através do voto proporcional, está representada 100% da população eleitoral, enquanto que no Poder Executivo (Prefeito), é eleito pelo voto majoritário, ou seja, a metade e mais um dos sufrágios válidos, consagrando o principio da democracia indireta. Através do voto os senhores vereadores ganham uma espécie de mandato de representação popular, legitimando suas atividades. São os únicos representantes da comunidade eleitoral por inteiro, cuja finalidade é representar o povo em todas as decisões, aprovando-as ou rejeitando-as, de acordo com a vontade da população e não em razão de seus interesses ou ponto de vistas pessoais. Os vereadores são simplesmente procuradores dos seus eleitores junto aos escalões do Prefeito, verdadeiros advogados da comunidade. São responsáveis pela avaliação, em lugar do povo, do conteúdo dos projetos de leis, cercando ou dilatando direito, conferindo a aplicação correta dos recursos públicos oriundo dos tributos pagos pela população, avaliando a aplicação correta das leis, evitando tributações abusivas e injustas. O Poder Legislativo é o Poder dos Poderes, que a qualquer instante pode tomar atitudes decisivas, tendo a escorá-lo a força de sua representação popular, em nome de quem e em cujo interesse deve agir sempre. Por isso, enganam-se aqueles que na hora das eleições, se preocupam somente em escolher o Prefeito para a cidade, deixando de dar importância à escolha dos Vereadores, votando em qualquer um e sem o menos critério de avaliação. Não sabendo que Vereadores mal escolhidos, corruptos, incompetentes e venais, estragam e apodrecem a boa administração de um Prefeito, chantageando-o, votando em troca de favores e impondo-lhe regras imorais, atrapalhando o bom desenvolvimento da cidade e a vida dos moradores. Ao contrario, uma Casa Legislativa bem constituída, tendo em seu seio homens probos, bem preparados e de intenção reta, é capaz de colocar nos trilhos uma administração conduzida por homens aquém dos parâmetros, acenando-lhe sempre com exigência e fiscalização responsável e, ate mesmo, com a possibilidade de cassação do seu mandato pela prática de atitudes de propósitos. O mandato não pertence ao Vereador, pertence aos cidadãos que os nomearam, através do voto, para representá-los, conduzir em nome deles todos os passos do Poder Público. É para isso que ganham o melhor salario dentro do município, pago pelos cofres públicos, sinônimo de bolso do povo e não de bolso de Prefeito. Aqui em Búzios, certos Vereadores não sabem a importância do Legislativo e por lhes faltar preparos não desempenham um bom trabalho em prol da cidade e ainda ficam insatisfeitos com o salario que recebem do povo. Apelam para todo tipo de sacanagem, querendo mais $. Se houvesse uma “Organização Não-Governamental” para fiscalizar os eleitos, por certo muitas dessas “procurações dadas pelo povo” seriam cassadas por falta de ética e ate mesmo por falta de preparo. Abra o olho, povo buziando, 2012 está chegando, é preciso expulsar da vida pública esses inimigos da nossa cidade, que visivelmente vem prejudicando-a, aderindo as escandalosas barganhas por interesses subalternos e menores.

MANOEL EDUARDO DA SILVA MARRECO.
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Orçamento participativo

Seg, 25 de Janeiro de 2010
Por Romero Medeiros*
Antes, durante e após a eleição municipal de 2008, quando o atual governo assumiu, ouvimos discursos que, de forma recorrente, repetiram a intenção de implantar em nosso Município uma administração transparente, com participação da sociedade civil organizada, nas decisões de governo que afetam o cotidiano da população e desenvolver a cidade de forma sustentável, com especial atenção ao meio ambiente. Transcorrido o primeiro ano deste governo, não conseg uimos enxergar, em que pese as dificuldades conhecidas, desde a gestão anterior, resultados concretos que nos façam crer que a trajetória apresentada no discurso seja a que se apresenta na realidade.
Consta do Programa de Governo, distribuído à época da eleição, a implementação do Orçamento Participativo, que, no nosso entendimento é elaborado com base em um calendário onde a população seria ouvida quanto às suas demandas e, por fim, parte do orçamento seria dedicado a tais demandas, através de programas e ações, com acompanhamento da municipalidade, que fiscalizaria a execução dos trabalhos. O Governo dizia que o orçamento participativo seria implementado ainda no primeiro ano de sua gestão.
Não aconteceu, com a desculpa de que o orçamento para 2009 já estava aprovado e pertencia ao governo anterior. Era preciso portanto esperar 2009, quando este governo daria início ao processo do orçamento participativo. Nada aconteceu, a não ser a sua elaboração exclusiva e centralizada pelos órgãos internos da prefeitura, sem, portanto, nenhuma participação da população. Verificando as peças orçamentárias para 2010, aprovadas pela câmara ( PPA, LDO e LOA), observamos que para o orçamento chamado ironicamente de participativo, foi alocado a imensa quantia de R$10.000,00 (dez mil reais). Para 2011, R$11.000,00, para 2012, R$12.000,00 e finalmente para 2013, R$13.000,00. 
Seguindo o que me parece ser uma progressão aritmética, em 2099, quando estaremos todos mortos, o orçamento participativo será de R$99.000,00 (noventa mil reais). A menos que esteja enganado, quanto ao entendimento das peças orçamentárias e políticas, não haverá participação popular, tampouco investimentos em programas que a população considera relevantes para melhorar a sua qualidade de vida. 
Soma-se a esta outra constatação. Na contramão de compromissos de campanha, o Executivo comete os mesmos erros das gestões anteriores, quando ao ignorar o art. 166, da Lei Orgânica, que garante participação popular na elaboração do orçamento plurianual, também ignora o art. 169, do mesmo diploma, que lhe impõe o prazo de até 30 de setembro do ano anterior ao exercício a que se refere, para encaminhar o projeto de lei ao Legislativo. Participação é algo que deve ser desejado e organizado pelo Executivo. Enviar o projeto em dezembro significa ignorar a participação popular. A Câmara fica sem o tempo necessário para análise e o que é pior, na tentativa de cumprir o §3º, do art. 166, o que se vê são várias entidades mendigando porções do orçamento, em cima da hora, o que é uma humilhação e transforma a Câmara no inferno de Dante. Definitivamente, isto não é participação popular. 
Sinceramente, este governo não obteve avanços significativos quanto a planejamento, orçamento e gestão. A propósito, quando iremos conhecer e debater a lei que dispõe sobre o conselho do orçamento participativo? Não quero acreditar que este governo esteja a reboque de interesses que atravancam o caminho para chegarmos à cidade que queremos e que consta do nosso Plano Diretor, este sim, democraticamente debatido e aprovado com a assinatura da população. Ainda é possível reverter. Para isso é necessário coragem e vontade política. Governar com a população é o caminho.

*Romero Medeiros é Economista, Morador da Ferradura, e Presidente da AMOCA – Associação de Moradores e Caseiros da Ferradura
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O Camaleão de Búzios

Hoje, o Chefe de Planejamento e Orçamento (antes era POG, agora é PO), Ruy Borba, diz:

 O objetivo dos vereadores com as emendas feitas no orçamento é "transformar as negociações comuns entre os poderes em um balcão de negócios"..."Com a previsão do fim das verbas para bem antes do final do primeiro semestre, a solução encontrada pelo secretário será a de envio (quem envia não é o prefeito? É o senhor que vai enviar?) de pedido de suplementação orçamentária ao legislativo, mas sem moeda de troca. Não vamos dar bombom (qual a origem dele?) aos vereadores" (Folha dos Lagos, 9/2/2011)... "Borba afirmou ser uma falácia o argumento dos vereadores de que as emendas foram em benefício da Saúde e Educação" (ídem).  

Quando estava do outro lado do balcão, dizia: 

"Em Búzios, os contratos relativos à coleta e limpeza são prorrogados 'ad in finitum' (continuam sendo, não é?) no termo do mandato do alcaide. São de fato umas sortudas a Locanty e a Arc Plan (hoje as sortudas são a Sellix e a Mega, não são?), as favorecidas nesse setor. E quem paga, é o seu, o nosso dinheiro, e sempre em detrimento da Saúde e da Educação (não é uma falácia dos vereadores atuais afirmar isso?). O pré-candidato Ramison Lopes antecipou à coluna que, eleito, traria esses serviços para a prefeitura executá-los diretamente (por que não secretário, se seria mais barato? Qual o motivo para não estatizar o lixo?). Como fez Rodolfo Pedrosa em Iguaba quando conseguiu reduzir em cerca de 40% (os vereadores reduziram as rubricas em 33%, não foi?) a fatura . 40%!!! Que bifão...(dá pra alimentar muita criança na escola, não é?) (JPH, 16/10/2007).

Sobre o Orçamento e a participação popular:

"Houvesse a discussão, com participação popular (foi prometido, não foi?), com o envolvimento das comunidades, a decisão sobre o Orçamento não teria passado pelo 'banco' (passou? Qual?). Pelo 'banco da ante-sala' do Poder, onde poucos comensais (o senhor estava lá? Comeu também?) se reúnem, aqueles que se apropriaram da máquina estatal (o senhor se apropriou também?), e que acabam por definir as políticas públicas, segundo os seus instintos, os seus 'interessesinhos' (qual o seu interessesinho, secretário? Dá pra confessar?) (JPH, 4/1/2006).

Sobre a taxa do lixo:

"Outra taxa que contraria dispositivos constitucionais é a taxa de lixo. É cobrada antes de executados os serviços. O vereador Messias Carvalho estuda forma de revogá-la , da mesma forma, como decidido em relação à taxa de iluminação pública (ele mudou de opinião, não foi?). Nos novos carnês do IPTU, a Prefeitura de Búzios quer que o contribuinte pague, pagando pelo litro do lixo recolhido, enquanto ela, prefeitura, paga por estimativa. Cada contribuinte terá que ter um medidor (sem medidor ninguém paga? É isso? Estamos combinados?). Dois pesos e duas medidas, na literatura e no real.  É de fato uma prefeitura, a de Búzios, que não controla os seus gastos (o descontrole é total, não é?), porque conta cobrar sempre mais impostos, taxas ou emolumentos do seu povo" (JPH, 09/01/2007).         

Ser mais Zelig (camaleão)  que isso, impossível.

Observação: o texto entre parenteses é de minha autoria. 

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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Quem tem medo do povo? 1

Abaixo vai a lista das câmaras de vereadores da nossa Região dos Lagos com os dias de sessão e os horários respectivos: 
1- Câmara de Arraial do Cabo - terças e quintas-feiras - às 17h:30min. Site: www.cmac.rj.gov.br 
2- Câmara de Araruama - terças e quintas-feiras - às 18h:15min. Sem site.  
3- Câmara de Cabo Frio - terças e quintas-feiras - às 18h:00min. Site: www.cmcabofrio.rj.gov.br  
4- Câmara de Iguaba Grande - terças e quintas-feiras às 17h:00min. Site: www.iguaba.rj.gov.br  
5- Câmara de São Pedro da Aldeia - sessões às 16h:00min. Site: http://www.cmspa.rj.gov.br/   
A única câmara de vereadores da região que tem sessão diurna é a câmara de Búzios. Pior ainda: é uma câmara esquizofrênica, com uma sessão diurna (as quintas) e outra noturna (as terças). Por que isso? O horário diurno (para todas as sessões) foi criado na época do apagão do FHC, em 2001. O que era compreensível naquela época por necessidade de economia de energia não se justifica mais, a não ser que se queira afastar a câmara do povo para  usar as sessões, com o plenário vazio, para a tomada de decisões nada republicanas. E não adianta dizer que o povo não participa mesmo com as sessões à noite. Com sessões diurnas é que ele não vai participar mesmo porque trabalha nesse horário. Cabe à nova mesa diretora que assumiu falando em transparência e participação se empenhar para trazer o povo trabalhador para acompanhar a atuação dos vereadores. Não só trazer o povo para a câmara mas também levar os vereadores para perto do povo, nos bairros, com a câmara itinerante. Isso é lei desde 3/08/2004 (resolução 263). Vossas excelências criam leis para vós mesmos não cumprirem!!! A nova mesa diretora também vai descumpri-la? 
Conversei ontem com o vereador Lorram que me disse que vai propor alteração do horário das sessões de quinta-feira das 10h:00min para 18h:00min. Todo apoio do blog à iniciativa do vereador. 

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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Quilombolas de Búzios

O Centro de Estatísticas, Estudos e Pesquisas (CEEP) da Fundação Centro Estadual de Estatística, Pesquisa e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (CEPERJ) cadastrou as populações indígenas e quilombolas em 12 municípios do Estado de Rio de Janeiro com vistas à inclusão no cadastro único (CadÚnico) do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Foram cadastradas 5 aldeias indígenas guaranis em Angra e Paraty e 24 comunidades quilombolas distribuídas em 12 municípios.  

Em Búzios, a Comunidade Remanescente do Quilombo da Rasa está localizada no bairro da Rasa. "Em 1999, laudo antropológico reconheceu o quilombo, mas os quilombolas hoje estão dispersos, mantendo uma casa própria da Associação de Quilombolas". São 373 pessoas cadastradas no Quilombo Raza I. Outra parte do quilombo está no Município de Cabo Frio, na localidade de Maria Joaquina, com 92 pessoas cadastradas  (Quilombo Raza II). 
No Raza I foram cadastradas 173 famílias, o que dá uma densidade domiciliar de 2,2. Nessas famílias foi pesquisada a situação do responsável quanto a  1) a ausência de documentação: 57 não tinham título de eleitor, 27, CPF e 13, RG; 2) o analfabetismo: 49 (28%) não sabiam ler e escrever; 3) o desemprego: 111 (64%) não tinham trabalhado nos últimos 12 meses.

O estudo destaca que são "traços culturais mais significativos dos afrodescendentes quilombolas: casa de farinha, técnicas de produção de alimentos; artesanato étnico, fabricação de utensílios de barro, danças típicas (maculelê, jongo, capoeira, dança do coco), casa de convivência, roupas características indicando tradição, religiosidade africana como indicador de origem dos descendentes, reza com força particular (Missa Negra), membros que detêm sabedoria espiritual e valorização de objetos rituais".

"Cabe ressaltar que a titulação de terras quilombolas prevista na lei é coletiva e pró-indivisa, isto é, consideradas inalienáveis, imprescritíveis e impenhoráveis. Isso significa que o título de propriedade é outorgado a Associação de Moradores quilombolas da Comunidade, que não poderá dividir as terras entre seus membros, nem vendê-las ou arrendá-las".

A partir da inserção das famílias Quilombolas no CadÚnico é possível incluí-las nas "políticas de redistribuição de renda, como o Programa Bolsa Família, além de outros programas como Territórios de Cidadania, Programa Brasil Quilombola e a capacitação de professores em História da África".
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domingo, 6 de fevereiro de 2011

Impeachment Já?

Em seu discurso usando a tribuna livre na sessão de quinta-feira o vereador Genilson pediu o impeachment do prefeito Mirinho Braga. Segundo ele, todas as obras da prefeitura têm aditivos. A obra da Secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Renda teve aditivo de 25%. A obra da Secretaria de Meio Ambiente teve aditivo de mais de 25%. "As licitações em nossa cidade só são ganhas pelos amigos do prefeito, aqueles que botaram dinheiro na campanha dele. Foram 300 milhões de reais de orçamento em 2 anos, que só serviram para atender aquela meia dúzia que está com ele". "Estão comprando a cidade inteira. Um compra pousada, carro, não sei o que. Todos andando de carro zero pra lá e pra cá, os apadrinhados do prefeito...Meia dúzia do grupo dele está enriquecendo de forma ilícita". 

Antes de concluir, chamou o prefeito de "mentiroso" por dizer que reduziu a coleta do lixo de 1 milhão e 200 mil do governo anterior para 300 mil reais. Isso é uma "mentira deslavada".

Concluiu dizendo que vai iniciar o processo de cassação do prefeito com a instalação de uma CPI. 

Vamos lá vereador. Vocês do G-5 têm 5 votos. Para a instalação da CPI só precisam de três. Motivos não faltam, como o senhor mesmo explanou. Para o impeachment precisa-se de mais 1 voto, totalizando 6, que não será difícil conseguir com uma ampla mobilização popular. Quais dos vereadores da base do governo que estão com ele por ideologia? Talvez um, dois no máximo. Os outros pulam do barco assim que o movimento popular mostrar sua força. Vamos botar o povo na rua pra acabar com essa pouca vergonha. 

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