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terça-feira, 16 de outubro de 2018
segunda-feira, 8 de outubro de 2018
Eleitor brasileiro tocou fogo no circo da política
"Dizer
que o 7 de outubro de 2018 foi o mais eloquente recado enviado pelas
urnas à oligarquia política desde a redemocratização do Brasil é
pouco. Houve algo bem mais grave: o eleitor tocou fogo no circo. Foi
como se quisesse deixar claro que não tem vocação para palhaço.
As urnas carbonizaram parte do elenco que reagia à Lava Jato com
malabarismo verbal, trapezismo ideológico e ilusionismo.
A
velha política está em chamas. Tomado pelas proporções, o
incêndio lembra aquele que consumiu o acervo do Museu Histórico
Nacional, no Rio de Janeiro. Salvaram-se múmias como Renan
Calheiros, Jader Barbalho, Ciro Nogueira e Eduardo Braga. Mas viraram
carvão as pretensões eleitorais de peças como Dilma Rousseff, da
sessão de paleontologia. Reduziram-se a cinzas mandatos do porte dos
de Romero Jucá, Eunício Oliveira e Edson Lobão, da ala dos
invertebrados.
Desde
2014, quando a operação foi deflagrada, os oligarcas partidários
cultivavam a fantasia de que seria possível “estancar a sangria”.
Gente poderosa preparava para depois da abertura das urnas uma
investida congressual para transformar propinas em caixa dois. O
eleitor arrancou o nariz vermelho, jogou longe o colarinho folgado,
livrou-se dos sapatos grandes e riscou o fósforo.
Sobraram
chamas para investigados, denunciados e até para críticos do juiz
Sergio Moro e dos procuradores da força-tarefa de Curitiba. Vai
abaixo uma primeira lista das vítimas das labaredas. Inclui gente
barrada no Senado, na Câmara e em governos estaduais:
Eunício
Oliveira (MDB-CE); Romero Jucá (MDB-RR); Beto Richa (PSDB-PR);
Marconi Perillo (PSDB-GO); Roberto Requião (MDB-PR); Lindbergh
Farias (PT-RJ); Jorge Viana (PT-AC), Delcidio do Amaral (PTC-MS);
Marco Antonio Cabral (MDB-RJ), filho do presidiário Sergio Cabral;
Daniele Cunha (MDB-RJ), filha do presidiário Eduardo Cunha;
Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha do ex-presidiário Roberto
Jefferson; Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), irmão do presidiário Geddel
Vieira Lima; Leonardo Picciani (MDB-RJ), filho do preso domiciliar
Jorge Picciani; Dilma Rousseff (PT-MG); Fernando Pimentel (PT-MG);
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM); Roseana Sarney (MDB-MA); Sarney Filho
(MDB-MA); Edison Lobão (MDB-MA); Paulo Skaf (SP), Benedito de Lira
(PP-AL); André Moura (PSC-SE); Valdir Raupp (MDB-RO); Cassio Cunha
Lima (PSDB-PB); Garibaldi Alves Filho (MDB-RN); e Wadih Damous
(PT-RJ).
Será
necessário esperar pelo resultado do rescaldo para saber o que
sobrou e o que o eleitor colocou no lugar. Sintomaticamente, o
procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa de
Curitiba, soltou fogos nas redes sociais ao tomar conhecimento das
totalizações de votos da Justiça Eleitoral.
“Parabéns
aos novos senadores e deputados!”, escreveu Deltan. “Houve
avanços significativos contra a corrupção: pelo menos uma dezena
de envolvidos graúdos na Lava Jato perderam o foro privilegiado.
Cerca de uma dezena de senadores do movimento Unidos Contra a
Corrupção se elegeram. Além disso, movimentos de renovação
apartidários elegeram vários candidatos —o RenovaBR, por exemplo,
elegeu 16 candidatos.”
Deltan
realçou um detalhe monetário: o eleitor puniu os candidatos
brindados com fatias mais generosas do fundão de financiamento
eleitoral público. Nas palavras do procurador, a “sociedade remou
contra a correnteza, pois milhões do novo fundo eleitoral bilionário
foram direcionados para campanhas da velha política.”
Na
avaliação do chefe da Lava Jato, o fogo ateado pelo eleitor no
circo pode não resolver o problema. Mas reacendeu a percepção
coletiva sobre a importância da boa política: “(…) Podemos não
ter o Congresso dos sonhos, mas não se trata agora de ter o
congresso dos sonhos e sim de ajudar a construir o melhor país
possível com os eleitos. O único caminho para um país melhor é o
da política, da luta contra a corrupção e da democracia.”
Quando
o desalento foi às ruas, a partir de junho de 2013, as broncas do
brasileiro englobaram causas variadas —do horror à ruína de Dilma
ao clamor pela volta da ditadura. Naquela ocasião, os queremistas da
intervenção militar eram uma minoria na multidão. Em 2014,
sobreveio a Lava Jato. Dilma reelegeu-se por pequena margem de
votos.
A
partir de 2015, o asfalto passou a roncar pelo impeachment. As
manifestações eram menores que as de 2013. Até por essa razão,
ficou mais fácil notar a presença de personagens até então vistos
como folclóricos. Jair Bolsonaro deixou-se fotografar com uma
camiseta na qual se lia: “Direita já”. Na foto, ele era
carregado por admiradores.
Nessa
mesma época, Lula, o PT e seus satélites engrossaram a pregação
segundo a qual a Lava Jato criminalizou a política. Depois do grampo
do Jaburu, Michel Temer e o seu MDB aderiram ao coro. Pilhado
achacando Joesley Batista, Aécio Neves ecoou o mesmo lero-lero. Ao
tocar fogo no circo, o eleitor sinalizou que pensa de outra maneira:
quem criminalizou a política foram os criminosos. Culpar os
investigadores é como responsabilizar a radiografia pela doença.
Graças
ao excesso de malabarismo, o “Direita Já” da camiseta de
Bolsonaro deixou de ser uma reivindicação. Ganhou ares de
constatação. Nas próximas semanas, os críticos da Lava Jato dirão
que a operação tirou a ultradireita do armário. Chamarão
Bolsonaro de neo-Trump. Recordarão que, na Itália, a Operação
Mãos Limpas levou ao poder Silvio Berlusconi. E esquecerão de
lembrar —ou lembrarão de esquecer— que Lula tornou-se o
principal cabo eleitoral de Bolsonaro ao criar, na cadeia, a figura
do presidenciável-laranja. O fogo arderá no circo por muito tempo".
Fonte: "josiasdesouza"
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segunda-feira, 4 de junho de 2018
Os dois ex-prefeitos que estavam em situação semelhante à de Marquinho Mendes perderam as eleições suplementares de ontem (3)
Dois candidatos que disputaram as eleições suplementares de ontem estão na mesma situação de Marquinho Mendes. Cometeram ilícitos nas eleições de 2008 (5/10/2008), ficaram inelegíveis por 8 anos (até 5/10/2016) com base na Lei da Ficha Limpa e disputaram as eleições de 2016 (3/10/2016) sub judice. Mesmo tendo sido os causadores da nova eleição, disputaram as eleições. Dr. Luiz participou da eleição de Tianguá (CE) na situação de candidato DEFERIDO COM RECURSO. E Rosani Donadon, em Vilhena (TO), INDEFERIDA COM RECURSO. Ambos perderam as eleições que disputaram neste domingo (3). Parece que o povo está aprendendo!
Em Tianguá (CE), Dr.Luiz (PSD) obteve 19.114 votos (45,82% dos votos válidos), ficando em segundo lugar. O vencedor foi Dr. Jaydson (PTB) com 22.203 votos
(53,23%
dos votos válidos). Zé
Terceiro (PEN), ficou em terceiro, com 397 votos
(0,95%
dos votos válidos).
Em Vilhena (TO), Eduardo Japonês (PV) venceu a eleição suplementar com 21.520 votos. Rosani Donadon (MDB) ficou em segundo, com 15.933 votos. Todos os seus votos foram considerados nulos porque a candidata estava com o registro de candidatura indeferido.
Eduardo
concorria pela segunda vez ao cargo de prefeito da cidade. Em 2016,
numa disputa também contra Rosani, Japonês recebeu 16.822 votos,
contra 21.356 votos de Rosani Donadon, que acabou eleita e teve o
mandato cassado neste ano.
De
acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 43.974 mil
eleitores foram às urnas para escolher o novo prefeito. A cidade
tinha 58.798 eleitores aptos a votarem, mas 14.824 faltaram, ou seja,
uma abstenção de 25,21%.
A apuração demorou quase duas horas. O TSE diz que 1.520 pessoas
votaram em branco e outros 4.941 anularam o voto.
Fonte: G1
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quinta-feira, 5 de abril de 2018
A derrota de Lula no STF segundo a imprensa mundial - 2
|
Foto CNN |
Ex-presidente
do Brasil, Lula da Silva perde luta para adiar sentença de prisão
Por
Daniel Silva e Bard Wilkinson
A
suprema corte do Brasil decidiu que o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva deve começar a cumprir uma sentença de 12 anos de prisão
por corrupção, uma medida que pode encerrar sua carreira política.
Lula
da Silva, que governou o Brasil de 2003 a 2011, era considerado um
dos favoritos nas eleições de outubro. Mas a decisão do
tribunal de não conceder seu pedido para permanecer livre enquanto
apelava da condenação lançou dúvidas sobre sua tentativa de
recuperar o poder.
O
ex-presidente de 72 anos entrou
com um pedido de habeas corpus para adiar a sentença, mas a Suprema
Corte decidiu contra ele por 6-5, um veredicto estrito sobre uma
questão que dividiu o país e aumentou as tensões antes das
eleições.
A
decisão vai agora voltar para o tribunal de primeira instância,
onde um mandado de prisão deve ser emitido dentro de dias.
No
final de janeiro, um tribunal de apelações confirmou
por unanimidade as acusações de corrupção e lavagem de
dinheiro contra
ele, e ele foi condenado a 12 anos de prisão. Lula da Silva foi
inicialmente considerado culpado pelas acusações em julho de 2017.
Lula
da Silva negou veementemente qualquer irregularidade. Sua defesa
disse que ele foi vítima de perseguição política.
Sua
condenação resultou
de uma ampla investigação de corrupção na estatal Petrobras,
apelidada de "Operação
Lava Jato". As
acusações contra ele surgiram depois que deixou o cargo em 2011.
Lula
da Silva foi acusado de se beneficiar da reforma de um triplex em uma
cidade de praia perto de São Paulo pela construtora OAS. As
acusações estavam ligadas ao valor de subornos de 3,7 milhões de
reais (US $ 1,1 milhão) recebidos da OAS através do apartamento à
beira-mar. Em troca, Lula da Silva ajudou o construtor a
adquirir contratos da companhia de petróleo, acusaram os
promotores”.
Mal
informado sobre os partidos brasileiros, a CNN diz que Lula é
fundador do único partido político socialista do
Brasil, o Partido dos Trabalhadores”,
esquecendo da existência de outros partidos socialistas,
como o PSOL .
Fonte:
"cnn"
A derrota de Lula no STF segundo a imprensa mundial - 1
Logo do NY Times |
Luiz Inácio Lula da Silva durante um comício de campanha em março. CréditoEraldo Peres / Associated Press |
O
New York Times de hoje (5), em matéria na página 6, assinada por
ERNESTO LONDOÑO e SHASTA DARLINGTON, diz que “Lula, ex-presidente
do Brasil, pode ser preso”. A decisão do “maior tribunal do
Brasil”é considerada “explosiva”, porque pode impedir que
Lula, aquele que “tem uma vantagem considerável nas
pesquisas para a eleição presidencial de outubro”, volte
a governar o país. Segundo o jornal, a decisão da Suprema Corte
“provavelmente colocará em questão a legitimidade da eleição
aos olhos de muitos brasileiros.”
Em
julho passado, Lula foi condenado
por corrupção e lavagem de dinheiro ,
e sentenciado a quase 10 anos de prisão. Em janeiro, um
tribunal de apelação confirmou por
unanimidade a
condenação e
aumentou a sentença para 12 anos.
Com
a decisão em mãos, Sérgio Moro, o juiz federal que presidiu
investigação
de corrupção em larga
escala conhecida
como Car Wash e o julgamento de Da Silva, deve emitir um mandado de
prisão para o ex-presidente em questão de dias.
No
julgamento de Da Silva, o juiz Moro descobriu que o ex-presidente
havia aceitado subornos - na forma de um apartamento à beira-mar -
em troca de contratos beneficiando uma construtora.
As
alegações de corrupção contra o Sr. da Silva são apenas uma
pequena parte da ampla investigação feita na Operação Lava Jato.
O
inquérito, que começou em 2014 com um olhar aparentemente rotineiro
sobre acusações de lavagem de dinheiro, atingiu dezenas de
executivos e políticos poderosos em todo o espectro político.
Mas
o caso de Lula carrega enormes implicações legais e políticas para
o país.
Jorge
Oliveira, 50 anos, ex-pára-quedista do Exército, disse que esperava
que Lula fosse preso logo e que sua queda seria o primeiro passo para
uma drástica transformação política.
"O
cara precisa ser preso", disse Oliveira. “Então um
general precisa tomar o poder, derrubar Temer, manter as coisas
juntas por três anos e convocar novas eleições.”
Jéssica
da Silva Facundo, em contraste, disse que torcera por Lula, em grande
parte por nostalgia da prosperidade que o Brasil experimentou durante
seu tempo no poder.
"Apesar
do fato de que ele roubou, durante o seu governo eu estava melhor",
disse a Sra. Da Silva, que não tem parentesco com o ex-presidente.
Fonte: "nytimes"
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