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Luiz Inácio Lula da Silva durante um comício de campanha em março. CréditoEraldo Peres / Associated Press |
O
New York Times de hoje (5), em matéria na página 6, assinada por
ERNESTO LONDOÑO e SHASTA DARLINGTON, diz que “Lula, ex-presidente
do Brasil, pode ser preso”. A decisão do “maior tribunal do
Brasil”é considerada “explosiva”, porque pode impedir que
Lula, aquele que “tem uma vantagem considerável nas
pesquisas para a eleição presidencial de outubro”, volte
a governar o país. Segundo o jornal, a decisão da Suprema Corte
“provavelmente colocará em questão a legitimidade da eleição
aos olhos de muitos brasileiros.”
Em
julho passado, Lula foi condenado
por corrupção e lavagem de dinheiro ,
e sentenciado a quase 10 anos de prisão. Em janeiro, um
tribunal de apelação confirmou por
unanimidade a
condenação e
aumentou a sentença para 12 anos.
Com
a decisão em mãos, Sérgio Moro, o juiz federal que presidiu
investigação
de corrupção em larga
escala conhecida
como Car Wash e o julgamento de Da Silva, deve emitir um mandado de
prisão para o ex-presidente em questão de dias.
No
julgamento de Da Silva, o juiz Moro descobriu que o ex-presidente
havia aceitado subornos - na forma de um apartamento à beira-mar -
em troca de contratos beneficiando uma construtora.
As
alegações de corrupção contra o Sr. da Silva são apenas uma
pequena parte da ampla investigação feita na Operação Lava Jato.
O
inquérito, que começou em 2014 com um olhar aparentemente rotineiro
sobre acusações de lavagem de dinheiro, atingiu dezenas de
executivos e políticos poderosos em todo o espectro político.
Mas
o caso de Lula carrega enormes implicações legais e políticas para
o país.
Jorge
Oliveira, 50 anos, ex-pára-quedista do Exército, disse que esperava
que Lula fosse preso logo e que sua queda seria o primeiro passo para
uma drástica transformação política.
"O
cara precisa ser preso", disse Oliveira. “Então um
general precisa tomar o poder, derrubar Temer, manter as coisas
juntas por três anos e convocar novas eleições.”
Jéssica
da Silva Facundo, em contraste, disse que torcera por Lula, em grande
parte por nostalgia da prosperidade que o Brasil experimentou durante
seu tempo no poder.
"Apesar
do fato de que ele roubou, durante o seu governo eu estava melhor",
disse a Sra. Da Silva, que não tem parentesco com o ex-presidente.
Fonte: "nytimes"