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quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Prefeitura de Arraial do Cabo joga a culpa na Prolagos; Prolagos joga a culpa na Prefeitura de Arraial

Visão mais ampla mostrando a atual situação da água na praia do Forno, em Arraial do Cabo — Foto: Guarda Ambiental Marítima/Divulgação (foto 1) e Rodrigo Marinho/G1 (foto 2)
Após o rompimento de uma tubulação da prefeitura que deu uma coloração esverdeada às praias de Arraial do Cabo, tornando-as impróprias para o banho, assistimos ao clássico jogo de empurra-empurra entre a Prefeitura e a Prolagos- empresa responsável pelo tratamento de esgoto da cidade. 

Orla da Prainha em Arraial do Cabo cedeu e água esverdeada deixou local impróprio para banho — Foto: Andreza Mendonça/arquivo pessoal
Mesmo que o INEA ainda não tenha o resultado da análise do material coletado nesta terça-feira (29)- o resultado da análise deve sair na sexta (1º)-, e que o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MPRJ) ainda não tenha concluído o inquérito que instaurou para apurar as responsabilidades pelo ocorrido, podemos assegurar que ambas - Prefeitura e Prolagos- são responsáveis. 

Praias atingidas: Prainha, dos Anjos e do Forno. As Prainhas do Pontal do Atalaia, de cenário paradisíaco, também ficaram com as águas escuras. 

Onde tudo começou
A tubulação que se rompeu na última sexta-feira (25) durante uma forte chuva na Prainha é de responsabilidade da prefeitura. Com o rompimento, a orla da Prainha acabou cedendomaterial escuro acabou invadindo o mar e avançando para as demais praias.

Digo que a Prefeitura de Arraial do Cabo é responsável porque nenhuma prefeitura faz a  limpeza da rede de drenagem como deveria fazer. Tanto isso é verdade que a prefeitura de Arraial se apressou em informar que a Secretaria de Serviços Públicos já trabalha (não trabalhou antes porquê?) na limpeza de toda a rede de drenagem de águas pluviais, desentupimento dos bueiros e manutenção nas áreas em que o asfalto cedeu.

A lagoa do Parque Público Hermes Barcelos da Prainha também precisa ser permanentemente limpa. O que a Prefeitura não faz. Segundo Bruno Lintomen (da RESEX)  ela está repleta de limo e outras impurezas (leia-se esgoto) que podem prejudicar o oceano. A própria Prefeitura admitiu que ligações irregulares também levam esgoto para essa lagoa.  

Assim, em dia de chuva intensa, toda poluição ali acumulada, inclusive com esgotos provenientes dessas ligações irregulares, extravasa diretamente no mar. E foi o que aconteceu. Todo o resíduo ia se espalhando pelo mar, deixando como resultado um rastro de sujeira e três praias (Prainha, Praia dos Anjos) impróprias para banho, incluindo a paradisíaca Praia do Forno.

Praia do Forno, em Arraial do Cabo, antes e depois do vazamento - Reprodução  Internet
Desde que a sujeira começou a se espalhar pelo oceano, a Prefeitura de Arraial do Cabo tentou se eximir de responsabilidade. Na manhã de ontem (29), como informa Tomas Baggio na Folha dos Lagos, um comunicado foi emitido afirmando que o prefeito Renatinho Vianna encaminhou um memorando solicitando "medidas de resposta à respeito da incapacidade do funcionamento do esgoto na cidade". 

Ora bolas, a incapacidade está no sistema adotado, que é o sistema de coleta a tempo seco, que usa a rede de drenagem de águas pluviais para despejar esgoto nas praias em dias de muita chuva. É um sistema que legaliza crimes ambientais, que autoriza jogar esgoto in natura naquele santuário que é Praia do Forno.   

Como a Prolagos está acostumada com esses prefeitos irresponsáveis que vivem tentando se eximir de suas responsabilidades, ela prontamente  se apressou em contradizer a Prefeitura, afirmando que a rede que se rompeu, causando o extravasamento, é, na verdade, uma rede de drenagem da própria Prefeitura. Só faltou dizer que isso só aconteceu porque a prefeitura não cuida da limpeza de sua rede de drenagem, muito mesmo de sua lagoa.  

Se não fosse verdade que a manutenção da rede de drenagem é de sua responsabilidade porque a Prefeitura consertou a tubulação rompida por meio de uma equipe da Secretaria de Serviços Públicos. 

Também não dá para ficar alegando que "a Prolagos assumiu a concessão do esgoto na cidade há três anos e não deu início às obras previstas, como cinturão de captação do esgoto na Praia dos Anjos e também na Prainha, que poderia ter evitado o ocorrido, pois a lagoa do Parque Público acaba recebendo esgoto de ligações irregulares que deveriam ser desfeitas pela Prolagos". Ora, se a Prolagos não cumpre o contrato, a Prefeitura deveria tomar enérgicas providências, até mesmo, em último caso, o rompimento do contrato. A Prefeitura de Arraial não é obrigada a ter a Prolagos cuidando do esgoto no município pelo resto de sua existência. 

Mas não é nada disso. Tanto que a Prolagos usa o refrão de sempre: cumpre à risca as regras do contrato de concessão e todos os prazos previstos. E é verdade. A grande questão é que o contrato assinado só é bom para a Prolagos. E como a Prefeitura não quer romper o contrato, porque não quer cuidar do esgoto, acaba engolindo a seco.

Em reunião com representantes da Prolagos o prefeito Renatinho Viana colocou em pauta a necessidade de um novo estudo da rede de esgoto do município a fim de minimizar os efeitos das chuvas fortes. É fácil: basta colocar rede separativa em todo o município!

Em nota oficial, a Prolagos tratou de tirar o corpo fora. "As fortes chuvas que caíram na região na última sexta-feira causaram transtornos em diversas localidades. No entanto, não houve danos nas redes de abastecimento de água, nem nos cinturões de esgoto administrados pela Prolagos... Em Arraial do Cabo um dos pontos mais prejudicados foi a Prainha, que em função do rompimento da rede de drenagem pluvial, sob responsabilidade da Prefeitura Municipal, recebeu a água represada na lagoa do Parque Público". 

Reparem no destaque: rede de drenagem pluvial, sob responsabilidade da Prefeitura Municipal.

"Em atendimento à solicitação da Prefeitura Municipal de Arraial do Cabo, a Prolagos coletou amostras de água na Prainha e Praia dos Anjos na tarde desta segunda-feira. A amostra será enviada para um laboratório credenciado pelo Inea, que vai analisar a suspeita de contaminação causada pela descarga da rede de drenagem pluvial causada pelo excesso de chuva na sexta-feira à noite. O resultado deverá sair em 20 dias e será encaminhado para a Prefeitura Municipal. Nesta manhã, a direção da Prolagos se reuniu com o prefeito Renatinho Viana para avaliar em conjunto de que forma a empresa pode auxiliar a prefeitura na solução dos problemas".

Reparem na sutileza: suspeita de contaminação causada pela descarga da rede de drenagem pluvial causada pelo excesso de chuva na sexta-feira à noite. Omite-se que a contaminação se dá pela descarga de esgoto da rede de drenagem, sob responsabilidade da Prefeitura Municipal.


O site "rc24h" anunciou que, por volta das 18h desta terça-feira (29), o secretário de Meio Ambiente de Arraial, Mário Croce, estaria ao vivo na página da Prefeitura para falar quais as medidas que a pasta irá adotar como retaliação ao serviço prestado pela concessionária de serviços públicos de água e esgoto, a Prolagos. Em primeiro lugar, o secretário não esteve  na página da Prefeitura, mas no perfil da Prefeitura no Facebook. No início de sua fala, ele diz que a prefeitura consertou a orla e a tubulação que se rompeu. Mais a frente, desdiz o que disse, e diz que a responsabilidade pelo conserto da tubulação é da Prolagos, já que a empresa a usa para transportar esgoto. Um assistente do vídeo, atento, perguntou se, caso a obrigação fosse da Prolagos,  não se estaria pagando duas vezes pela tubulação. 

Ou seja, não houve retaliação alguma à Prolagos. E o secretário concordou que o sistema de coleta a tempo seco autoriza a Prolagos, quando chove muito, a jogar esgoto in natura nas paradisíacas praias de Arraial do Cabo. Portanto, o secretário de meio ambiente permite o crime ambiental. 

Para o site RC24H, apenas a Prolagos estaria "tirando o corpo fora” da responsabilidade". O prefeito Municipal Renatinho Vianna não teria responsabilidade alguma. Mas, a tal revisão do contrato com a concessionária, que o prefeito rentinho Vianna, mandou a Procuradoria do Município fazer com urgência, nada mais é do que antecipar obras que estão previstas nele. O que vem confirmar que a Prolagos está cumprindo o contrato e os prazos estipulados no contrato assinado em 2016 com a Prefeitura de Arraial do Cabo.  


quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Morador faz paródia de música de Vinicius de Moraes para protestar contra poluição na Lagoa de Araruama

Fauna da Lagoa de Araruama, na Região dos Lagos, está morrendo por causa da poluição. Foto reprodução/intertv


Pescadores também mostram que peixes estão morrendo, além de criticarem os fortes odores e a coloração escura da água.



Ironia foi a maneira que Thiago Arantes encontrou para mostrar sua indignação com a poluição na Lagoa de Araruama, na Região dos Lagos do Rio. O morador do bairro Praia da Siqueira, em Cabo Frio, gravou um vídeo satirizando o forte odor e a cor escura da água por meio de uma adaptação da música "A casa", de Vinicius de Moraes (veja acima).

Outro que demonstrou sua indignação foi o pescador Pablo Santos. Também morador do bairro, ele fez um registro na manhã deste domingo (28) reclamando que peixes, camarões e siris estão morrendo por causa da poluição.

Além disso, Pablo relata que pescadores locais ficaram com feridas na pele por terem entrado em contato com a lama que, segundo ele, vem do fundo da lagoa e se mistura com a água.

O pescador também contou que presenciou as comportas da estação de tratamento de esgoto da Praia do Siqueira sendo abertas e despejando esgoto no local no domingo (28). Imagens feitas por um drone mostram uma língua preta na lagoa.

Em nota, a Prolagos, concessionária de água e esgoto responsável pelos cuidados da Lagoa de Araruama, explicou que as comportas foram abertas por causa da chuva.

Ainda segundo a empresa, o odor e a coloração observados são consequências dos fortes ventos que atingiram a região no último fim de semana.

Confira abaixo a nota da Prolagos na íntegra.

A abertura das comportas do sistema de esgotamento sanitário a tempo seco é praticada quando o nível pluviométrico está elevado e o volume de água da chuva na rede de drenagem aumenta. A medida é necessária para não alagar o município.

No entanto, o odor e coloração observados na Praia do Siqueira são decorrentes dos fortes ventos que atingiram a Região dos Lagos no fim de semana, chegando a rajadas de até 50 km/h, revolvendo o material sedimentado no fundo da Lagoa de Araruama.

A Prolagos faz o monitoramento permanente, com coletas e análises em torno da lagoa e reforça que os sistemas de coleta e tratamento de esgoto estão operando normalmente nos cinco municípios da área de concessão.

Importância Ambiental

A Lagoa de Araruama é o maior complexo lagunar de água salgada do mundo. Com 220 km², ela é integrada pelos municípios de Araruama, Arraial do Cabo, Cabo Frio (Canal do Itajuru), Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia.

Fonte: "g1"

sábado, 8 de junho de 2013

A reunião que mudou o destino da Região dos Lagos


Em 30/06/2000 às 10h30min horas, na sede da Álcalis, reuniram-se pela primeira vez os membros do Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ), sua história de criação estando descrita em "Consórcio Intermunicipal Lagos São Joao".  Consta da ata da reunião que “iniciou-se (sic) os trabalhos com a palavra do Secretário Executivo do Consórcio Ambiental, Dr. Luis Firmino Martins Pereira, [então agente regional da FEEMA], explanando o plano de ação de gestão ambiental e a estratégia de trabalho através de Grupos de trabalho”. A pauta da reunião era “Renovação da Água na Lagoa de Araruama”.

“Variações Morfológicas da Chlorophyta da Lagoa de Araruama, Rio de Janeiro, relatório de pesquisa de Renata Perpetuo Reis, do Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro e “Aspectos Ambientais e atividade de Pesca em Lagoas Costeiras Fluminenses”, relatório de pesquisa de Lisia Vanacôr Barroso e Marcelo Corrêa Bernardes, ambos do IBAMA, importantíssimos para subsidiar as decisões que o Consórcio iria tomar, já haviam sido publicados em revistas técnicas em 1994 e 2000, respectivamente, mas foram ignorados por todos os membros do Consórcio. Passaram a viver um mundo próprio. Mais tarde, em 2003, iriam também ignorar outro importantíssimo documento, a tese de mestrado de Antônio Carlos Bittencourt Cunha. Desde 2002 vinha desenvolvendo o estudo hidrodinâmico da Lagoa de Araruama que chegou a ser mencionado numa reunião do Consórcio pelo secretário-executivo Dr. Luis Firmino Martins Pereira, atual sub-secretário estadual do ambiente. Não se deram ao trabalho de consultá-lo. Tivessem feito isso, ou pelo menos entrado em contato com ele, até mesmo com um simples telefonema, teriam evitado as trágicas consequências das decisões que tomaram. O Consórcio se bastava e se basta, porque continua a agir.   

A escolha da pauta, e tudo mais o que se seguiu, mudou o destino da Região dos Lagos, definiu o futuro da Lagoa de Araruama, chegando-se à atual condição. Naquela manhã já havia o entendimento de que era necessário dragar o canal Itajuru, as dragas da Álcalis já estando à disposição. Um único participante da reunião alertou “que uma dragagem sem estudo prévio deve acarretar graves danos ambientais de maior conseqüência que o estado atual da Lagoa. Danos até irreversíveis”.

A leitura da ata deixa claro que nenhum dos participantes tinha conhecimento dos relatórios das pesquisas citadas acima. O que dizem elas? Leia-se o que Renata Perpetuo Reis concluiu: “Do Boqueirão [São Pedro da Aldeia] até o interior da lagoa a salinidade varia de 56 a 76 não havendo ai influência da maré. A circulação da água nesta porção é devida a corrente eólica...”. O que a pesquisadora confirmou é o que havia sido comprovado em 1955: a lagoa de Araruama é, para todos os efeitos, fechada, a troca de água com o oceano através o canal Itajuru sendo desprezível; a corrente marinha no interior da lagoa é devida ao vento.

Mas o Consórcio, refratário às idéias de outrem, adotou como verdadeira a noção de que a água da Lagoa de Araruama é renovada através o canal Itajuru. Não se sabe como surgiu essa noção, uma lenda, melhor dizendo. A verdade é que fora as observações do grupo de geógrafos que esteve na Região dos Lagos em 1955, nunca foi realizada ou proposta uma pesquisa cujo objetivo fosse determinar o tempo dessa suposta troca. E a lenda ganhou força, tornando-se uma verdade inquestionável. Em 14/11/2006 a página na Internet do G1-Globo.com publicou a seguinte nota: “o tempo de renovação completa da água da lagoa chegou próximo a um ano contra os cerca de 90 dias que eram registrados na década de 80. Com as obras do programa de revitalização, este tempo será ainda menor, de entre 30 e 60 dias”. De onde saiu essa informação? Quem fez o estudo na década de 80? Quem fez o estudo para concluir que o tempo seria reduzido para 30 dias? O jornal não revela o nome do informante e não verificou a autenticidade da informação. Se tivesse feito isso descobriria que o que foi afirmado não aconteceu nem poderia acontecer. Mas poderia ter feito as contas. A lagoa tem um volume de cerca de 600 milhões de metros cúbicos e no canal Itajuru, com oito quilômetros, se acomodam 3 milhões de metros cúbicos. Se a renovação da água ocorrer em 30 dias tem-se, diariamente, 20 milhões de metros cúbicos entrando no canal num período de seis horas, ou 3,5 milhões de metros cúbicos por hora. Seriam quatro tsunamis diários, se alternando na entrada e na saída da água. Na entrada varreria a Ilha dos Anjos; na saída, o Forte São Mateus, duas vezes por dia, durante um mês, doze vezes por ano. Tais contas bastariam e bastam para, pelo menos, desconfiar de que há algo bastante errado com as informações passadas ao jornal. Informações que permanecem na Internet, circulando o mundo.  

A história da Região dos Lagos ficou inexoravelmente ligada às deliberações do Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ) e do presidente do INEA. Trataram desde a imposição da implantação do sistema de coleta de esgoto em tempo seco nos municípios atendidos pelas concessionárias Prolagos e Águas de Juturnaíba, até as dragagens no canal Itajuru, na lagoa das Palmeiras e na lagoa de Araruama. E de coisas como a questão de como deve ser conduzida a pesca na lagoa e a distribuição de cestas básicas para as famílias prejudicadas pelas suas ações. A leitura das atas de onze reuniões, entre junho de 2000 e junho de 2004, proporciona uma visão bem nítida de porque, em apenas quatro anos, o destino da Região dos Lagos tomou um rumo inesperado.

De cada ata foram selecionados alguns registros que, juntos, constituem os momentos inesquecíveis ao longo daqueles quatro anos. Serão apresentados em um artigo, parte de uma série que descreve em linha gerais o cenário caótico no contexto do qual se inserem os empreendimentos imobiliários que foram objeto de notícias publicadas por CIDADE-ONLINE.

Por estarem disponíveis para leitura na Internet as atas das reuniões do CILSJ, dos comitês e dos grupos de trabalho, tornou-se possível se ter uma noção do que aconteceu e como aconteceu. Lembra o caso da guarda dos arquivos do período nazista na Alemanha e das famosas fitas de Richard Nixon. Deveriam tê-las destruído. Há nelas coisas realmente bizarras.

Ernesto Lindgren

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Estranha cor do mar!


Moro há mais de 10 anos na Marina e nunca vi o canal com essa cor. Estou mandando estas fotos para especialistas. As duas primeiras foram feitas na saída do canal. A terceira, perto da ponte. E a última, na chegada ao canal do efluente da ETE de São José da Prolagos. Depois de muita chuva, com o sistema de coleta a tempo seco e o tratamento primário assistido, há a grande possibilidade de ser cocô mesmo!

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