Ontem (13), os produtores de cultura de Búzios, reunidos em Pré-Conferência municipal na Câmara de Vereadores de Búzios, elegeram os conselheiros representantes da sociedade civil no Conselho Municipal de Políticas Culturais. Dos 10 segmentos culturais com atuação na cidade, apenas literatura e gastronomia não tiveram candidatos e eleitores inscritos. Cultura Popular e LGBT não inscreveram eleitores suficientes para terem representação no conselho. O primeiro segmento, do qual participei como candidato, teve apenas cinco participantes e o segundo, quatro.
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sábado, 14 de abril de 2018
domingo, 22 de outubro de 2017
Resposta da vereadora Joice ao Grupo Freedom
Vereadora Joice Costa, foto do perfil do Facebook |
"Na
última sessão da câmara (19) expressei meu posicionamento e minha
opinião, como parlamentar e mãe, sobre a política de ideologia de
gênero nas escolas. Disse e repito! Educação, conceitos morais e
éticos, religião e sexualidade são assuntos que os pais devem
estar cientes dos conteúdos antes de serem tratados nas escolas.
Recentemente
foi aprovado a lei 25/2017, de minha
autoria, que proíbe a divulgação ou acesso
de crianças e adolescentes a imagens, músicas, textos pornográficos
ou obscenos em materiais “considerados” pedagógicos. Esta lei
visa preservar a integridade emocional e evitar constrangimento ao
adolescente ou criança que tenha acesso a este material.
A
educação no Brasil passa por inúmeras dificuldades, desde a falta
de merenda até a falta de professores; a educação, de maneira
geral, sofre com falta de investimentos; os professores não são
valorizados; o conteúdo pedagógico carece de atualização; o
ensino é de baixa qualidade. Segundo pesquisas realizadas, além de
condições socioeconômicas, estes dados são a principal causa do
grande número de evasão escolar. No meu entendimento, estas são as
prioridades da educação para promover a igualdade e fortalecer
exercício da cidadania e o respeito.
Compreendo
a sensibilidade do tema assim como as reações acaloradas por parte
de pessoas que militam nessa causa, mas não posso deixar de expor
minha opinião como mãe e como parlamentar por entender que a
educação passa antes pelos pais e depois pelos professores.
Reitero
que não usei qualquer argumento homofóbico, intolerante ou
desrespeitoso. Respeito todas as diferenças e as diversidades, mas
vou lutar pelo direito a liberdade de expressar minhas opiniões".
Vereadora Joice Costa
Observação: este texto da vereadora Joice foi publicado como direito de resposta ao post "Resposta do Grupo Freedom Búzios à vereadora Joice" publicado no blog no dia 20/10/2017.
Observação: este texto da vereadora Joice foi publicado como direito de resposta ao post "Resposta do Grupo Freedom Búzios à vereadora Joice" publicado no blog no dia 20/10/2017.
sexta-feira, 20 de outubro de 2017
Resposta do Grupo Freedom Búzios à vereadora Joice
“A questão
de ideologia de gênero foi usada por conservadores para impedir a
questão do "respeito à identidade de gênero" e que NUNCA
houve essa inclusão nem pelo MEC nem pelos movimentos feministas e
LGBTs do Brasil. O movimento luta pelo respeito a identidade de
gênero a fim de diminuir a evasão escolar e nunca pautou sobre
ideologia de gênero.
A vereadora
precisa entender que "a escola é um espaço não só para
ensinar letras e números, mas também para promover cidadania; e,
nesse sentido, deve ser espaço democrático e inclusivo, onde
estudantes aprenderão que é possível o convívio com a diferença
longe da violência e opressão. Uma escola que promova a igualdade
de gênero não é uma escola que ensina crianças e adolescentes a
serem gays ou que ensinam sexo de maneira inapropriada para as
diferentes faixas etárias. É espaço pedagógico no qual se aprende
que sexo é muito mais que natureza ou biologia, é também regime
político da vida. Por isso acreditamos que a escola é lugar para o
ensino do respeito mútuo. Isso não significa que a escola disputará
com a casa ou a igreja – há valores morais que aprendemos e
ensinamos em nossa vida privada. Mas é principalmente na escola que
convivemos pela primeira vez com os diferentes de nós: as crianças
verão que há diferentes cores, religiões e modos de se apresentar
no mundo. Uma escola que promova igualdade de gênero será também
espaço para todos e todas e, quem sabe em um futuro bonito, terá a
potência de formar uma sociedade livre do ódio, violência ou
perseguição.
Assim, não
nos cansaremos de repetir: escola é instrumento poderoso para o
exercício da cidadania e formação de meninas e meninos. Silenciar
o gênero na escola é reproduzir as desigualdades, é ignorar a
diversidade e a possibilidade de uma vida feliz com nossas próprias
escolhas no campo sexual e reprodutivo. Falar e promover a igualdade
de gênero na escola não é anular as diferenças ou promover
ideologias, mas garantir que qualquer cidadão e cidadã brasileira
viva e apresente-se da forma como quiser. Falar de gênero nas
escolas é garantir que todos e todas sejam respeitados e respeitadas
por suas escolhas, condições e afetos.
Entre a
população LGBT o não acesso à escola e a evasão escolar (ou
melhor, e expulsão da escola!) é uma situação gravíssima porque,
além de sofrerem discriminação e violência nas ruas e muitas
vezes na família, são alvo de violência dentro das escolas.
Mas nós
resistiremos e não nos cansaremos de repeti-lo, pois acreditamos que
o espaço escolar deve promover a igualdade. Se há razão em dizer
que ninguém nasce mulher, mas torna-se mulher, também diremos que
ninguém nasce homofóbico, transfóbico ou agressor de mulheres."
Luciana
Britos, pesquisadora e psicóloga
Fonte:
"freeedombuzios"
observação: a jornalista Renata Cristiane também publicou em seu site uma resposta dura à vereadora. Ver o post "FISCAL DE GENITÁLIA' em "rc24h".
observação: a jornalista Renata Cristiane também publicou em seu site uma resposta dura à vereadora. Ver o post "FISCAL DE GENITÁLIA' em "rc24h".
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