O cara está limpo, foto reprodução MPF |
Coisa rara, mas mais uma pessoa honesta foi descoberta em nova operação realizada pela Polícia Federal país afora. Nuzman, presidente do Comitê Olímpico do Brasil, preso nesta quinta-feira, 5, na Operação Unfair Play, segundo o Ministério Público Federal (MPF), encomendou dossiê sobre um opositor. O dossiê foi encomendado ao ex-secretário da Saúde de Cabral Sérgio Côrtes e o alvo era o presidente da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM), Alaor Pinto Azevedo. Côrtes foi preso em abril, no âmbito da Operação
Fratura Exposta, investigação sobre desvios na área hospitalar.
A força-tarefa da Lava Jato relatou que
o dossiê foi encontrado durante as buscas na casa do presidente do
COB.
“Conforme
verifica-se, Sérgio Côrtes realizou levantamentos sobre a vida
pregressa de Alaor Pinto Azevedo (opositor de Nuzman). Tudo a
demonstrar que os membros da organização criminosa ajudam-se
mutuamente para manutenção do status quo”, narrou a Procuradoria
da República.
Na
capa do dossiê apreendido pela Unfair Play, a Lava Jato encontrou
uma folha com o emblema da Secretaria de Saúde e Defesa Civil do
Governo do Rio e com um bilhete. “Presidente, o cara está “limpo”.
Viramos do lado do avesso. Um forte abraço, Sérgio.”
Alaor Pinto Azevedo, foto reprodução MPF |
O
documento tem a tarja ‘confidencial’, em vermelho, no alto de uma
de suas páginas. Há duas fotos, dados de Alaor e suas impressões
digitais.
A
Lava Jato achou ainda outro bilhete em papel amarelo. “Amigo,
outros levantamentos estão sendo feitos. Abs, Sérgio.”
Dirigentes longevos de entidades civis são sempre um problema
Em outubro de 2016, Nuzman foi reeleito para a presidência do Comitê. Foi a sexta vez consecutiva que ele chegou ao cargo que assumiu em 1995.
Dirigentes longevos de entidades civis são sempre um problema
Em outubro de 2016, Nuzman foi reeleito para a presidência do Comitê. Foi a sexta vez consecutiva que ele chegou ao cargo que assumiu em 1995.
Candidato
único, ele
foi reconduzido para um mandato até 2020 com
24 votos entre 29 possíveis – quatro confederações e a comissão
de atletas do COB não enviaram representantes. Na votação, houve
três abstenções, um voto contra e um nulo, já que o envelope onde
deveria estar a cédula estava vazio.
Judiciário do Rio de janeiro
Naquele
ano, Alaor Azevedo foi à Justiça questionando o prazo exigido pelo
COB – 30 de abril – para o registro de candidaturas numa eleição
que ocorreria só no último trimestre. O presidente da Confederação
de Tênis de Mesa chegou a ter liminares deferidas, mas em seguida
negadas.
Fonte: "estadao"
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