sábado, 4 de fevereiro de 2017

Vereadora Gladys, da Tribuna: Pra mim, o Senhor (Prefeito de Búzios) já era pra tá preso

Vereadora Gladys
Da Tribuna, na sessão legislativa do dia 2, a vereadora Gladys diz que, depois de "pegar" 13 contratos da secretaria da Saúde de Búzios, foi proibida de ter acesso a três deles. Deram pra ela os não tão "cabeludos", mas os três maiores lhe foram negados. Mesmo tendo pedido os contratos via Presidente da Câmara não conseguiu obtê-los. Ou seja, o prefeito negou acesso aos três maiores contratos da Saúde à vereadora Gladys e ao presidente da Casa Legislativa Cacalho. Para acessá-los, a vereadora requereu, via Câmara, os contratos. Aprovado o requerimento, o Prefeito tem 30 dias para apresentá-los. Caso não o faça, poderá responder a processo por improbidade administrativa.

Um dos contratos "cabeludos" citados pela vereadora é o contrato de fornecimento da alimentação do hospital feito com a empresa JB Alimentos. Segundo Gladys, por esse serviço a empresa recebe 2 milhões de reais por ano, 168 mil por mês, 6 mil reais por dia. E ainda usa as instalações do hospital, sua água e luz.  Se cada refeição saísse por 10 reais, a empresa teria que fornecer 600 refeições diariamente. E mesmo com o hospital fechado, o custo da alimentação permanece o mesmo da época que ele estava aberto. A Vereadora estranha que não só esse contrato, mas nenhum outro contrato da Saúde teve seu valor diminuído após o fechamento do hospital.  

Depois de dizer que ela e sua filha foram ameaçadas, e denunciar que podem armar pra cima de seu filho, a vereadora conclui seu discurso dirigindo-se ao Prefeito:

"Eu não sei qual o seu conchavo lá em cima. Pra mim, o Senhor já era pra tá preso". Vejam o vídeo:



Comentários no Facebook:


Ginho Búzios A DEVASTADORA
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Gustavo Henrique Medeiros Concordo em gênero, número e grau.

Blanca Larocca E a opinião de 90% dos cidadãos que sustentam com os impostos este município !


Berenice Borges Não existe na lingua portuguesa nem pra nem tá. Existem para e estar..vereadores não conseguem nem falar seu próprio idioma e querem legislar?
Isaias Silveira Mas você entendeu a mensagem professora!
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Berenice Borges Entender não é concordar..Eu entendo o latido do meu cachorro tambem- quando ele está com fome,com sede ou quer ir passear.
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Isaias Silveira Não perguntei se concordava, mas parece que você está satisfeita com a situação que o município enfrenta no momento!
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Berenice Borges Só sei o que a mídia social diz..Enquanto eu morei aí, tudo estava ótimo..Trabalhei na prefeitura e,o que eu posso afirmar é que até hoje,nenhum prefeito anterior cuidou da cidade como devia..Todos olham primeiro seus interesses particulares.. E,um adendo,não sou professora,sou jornalista com diplomata ma e não jornalistas fajutos que proliferam em Búzios, e em segundo lugar,estou morando longe.
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Isaias Silveira Se estivesse aqui veria o caos de perto, como jornalista diplomada e não fajuta como esses que escrevem o que o prefeito paga e pede, bem que poderia fazer uma matéria isenta para mostrar a situação caótica que vivemos.abs


Stela Sobreira *Parabéns! Mulher de fibra! *
Daniel Conceicao Goncalves Se não tem nada a temer, pq escondes os processos?

Edineia Sol Isso eu também acho


Um salve bem alto para a vereadora Gladys #soumaisavereadora
👋👋👋👋
#mpnele

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Prefeito de Búzios toma goleada de 7 a 1 na sessão da Câmara de ontem (2)

Goleada histórica do G-5 em André

Na primeira sessão legislativa do ano os vereadores do G-5 anularam a Lei que autorizava o Prefeito de Búzios a pegar em préstimo de 30 milhões de reais. A Lei anulada foi aprovada a toque de caixa na última sessão da legislatura passada. Por não estabelecer nenhuma condição a que o prefeito devesse se submeter para contrair o empréstimo, a Lei foi considerada um "cheque em branco" concedido pelos vereadores da "turma do amém" (Henrique, Lorram, Messias, Joice e Zé Márcio) a Dr. André. 

Além de ter seu "cheque em branco" rasgado, o Prefeito deve estar muito preocupado com sua frágil base parlamentar. Dos "seus" quatro vereadores, apenas um, ou melhor, uma, votou pela manutenção da Lei do cheque em branco, a vereadora Joice. Votaram com o G-5 os vereadores Miguel, Niltinho e Dom. Foi goleada histórica: 7 a 1. Poderia ter sido de 8 a 1, pois o presidente Cacalho não votou. Nesse tipo de votação ele só vota em caso de empate. É bom que o Prefeito tome seus cuidados, pois o G-5 precisa de apenas mais um voto pra "impeachá-lo". Não será difícil pegar um bezerro desmamado no meio da boiada. 

Observação: na época do "democrata" Mirinho, segundo o ex-vereador Adilson da Rasa, ele não tolerava rebeldias como essa. Chamava um a um pra sala do sacode e as coisas entravam no prumo rapidinho. 

Comentários no Facebook:

Marcelo Moraes Muito bom!

  • Goleada histórica do G-5. Não entendi muito os outros dois vereadores mas, ainda bem que estão com o juízo em dia. Olhos neles👀!!! Tomará que não tenha revira voltas

  • Luiz Gentil Joyce....kkkkkk. aiaiiii

    Vinicius Eduardo Pires Eduardo 7 x 1 Brasil x Alemanha......kkkk

    Helder Soares Soares Apenas uma vereadora votou a favor dele...

    Laci Coutinho Situação é isso! Não dizer amém a tudo! E oposição também, o que é bom votar a favor!

    Laci Coutinho Difícil é achar alguma coisa boa pra oposição dar seu aval! Kkkk


    Thiago Terra Pensei q fosse a Alemanha

    quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

    Modo de atuação da quadrilha chefiada por Sérgio Cabral - 2 AS DELAÇÕES

    Sérgio Cabral

    Publico abaixo, na íntegra, a delação do presidente da Andrade Gutierrez Rogério Nora, pelo que ela tem de elucidativo do processo de corrupção que tomou conta de nosso país em quase todos os níveis. O processo que Sérgio Cabral responde na Justiça Federal do Rio de Janeiro já acumula 66 documentos, todos eles tornados públicos pelo Juiz Marcelo Bretas, considerado o Moro do Rio. Nada de sigilo. E que sirva de aprendizado para quem pretende fiscalizar nossos governantes. A delação é uma aula sobre o modo de atuação de uma quadrilha que assalta os cofres públicos fraudando licitações. Nossa Região dos Lagos está repleta de gestores que atuam da mesma forma.    

    DELAÇÃO DE ROGÉRIO NORA (RN) - PRESIDENTE DA ANDRADE GUTIERREZ (AG)


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    TEMA DA DELAÇÃO: Estádios da Copa do Mundo

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    Em Brasília, a CNO e a OAS deram "cobertura"na licitação do Estádio Nacional Mané Garrincha. Para que a AG participasse das obras do Estádio do Maracanã, ela teria que se entender com o diretor da CNO, Benedito Júnior, e dar a Cabral uma "contribuição" (propina) de 5%, como contrapartida.


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    Calculava-se que a propina de Cabral ficaria em torno de 30 milhões de reais, 5% de uma obra estimada inicialmente em 600 milhões. Mesmo que a Delta não tivesse capacidade técnica, Cabral não permitiria a exclusão da empresa do Consórcio que construiria o Maracanã por "gostar da empresa" e ter "consideração por ela". Na reunião, realizada no Palácio Laranjeiras, também estavam presentes Alberto Quintaes, diretor da AG e Wilson Carlos, secretário de Governo. Quintaes, e um outro diretor da AG, Clóvis Primo, faziam os pagamentos da propina, parte em espécie e parte em doações oficiais.

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    Cabral estabeleceu que o pagamento da propina deveria ser tratado com seu secretário de governo, Wilson Carlos. Já o dinheiro em espécie deveria ser entregue a Carlos Miranda, que não tinha nenhum vínculo com o governo estadual. Era uma espécie de operador de Cabral. A AG obtinha o dinheiro em espécie comprando notas fiscais frias das empresas, como as de Adir Assad, entre outras prestadoras de serviço.


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    Clóvis Primo era o responsável pelos registros contábeis falsos. O valor da propina era lançado como o valor de um serviço inexistente ou majorando o custo de um serviço realmente prestado. Havia um "ajuste" entre a Odebrecht e a AG. A primeira ganharia a obra do Maracanã e a segunda a obra do Mineirão. Como a AG desistiu da obra do Mineirão, resolveu procurar Sérgio Cabral para que a empresa participasse das obras do Maracanã. Esse "ajuste" ocorreu antes da publicação dos Editais. Delta e Odebrecht já estavam "ajustadas" antes mesmo da oficialização do Consórcio e Cabral tinha ciência desse ajuste. Não se sabe se a OAS tenha oferecido "cobertura" na licitação, isto é, se esta apresentou um preço mais elevado na licitação para permitir a vitória da Odebrecht e Delta.


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    Segundo RN, todas as doações eleitorais oficiais foram direcionadas aos diretórios partidários e operacionalizadas por Alberto Quintaes. Caixa um propinado.


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    Houve acerto entre a CNO e a AG para a realização das obras do estádio Mané Garrincha e pagamento de propina para os governadores José Roberto Arruda e Agnelo Queiroz. Quem fazia os pagamentos, pela AG, eram os diretores Carlos José e Rodrigo Lopes, supervisionados por Clóvis Primo.  A AG tinha informação privilegiada sobre o projeto do estádio de Brasília.


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    O ex-governador José Roberto Arruda continuou a receber propina mesmo após ter deixado o governo. Maravilha.

    Quanto ao estádio de Manaus, RN participou de uma reunião, a pedido do governador do Amazonas Omar Aziz, na casa do empresário Gilberto Miranda, onde estavam presentes, além do governador, o seu secretário de governo. Nesta reunião, o governador pediu propina de 20 milhões de reais para despesas de campanha.


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    A AG buscava com o governador informações privilegiadas para vencer a concorrência da Arena Amazonas. A empresa participou da elaboração do Edital de Concorrência direcionando-o para facilitar sua vitória no certame.

    Como JN considerou o valor da propina muito alto, o governador Omar sugeriu que a AG executasse algum serviço de medição de terraplanagem em obra cuja execução estivesse a cargo da empresa no Amazonas e aí embutisse o valor. JN recusou a proposta por considerá-la inviável. Como solução, combinou com Clóvis Primo antecipar valores de propinas relativas a outras obras da AG em andamento no Estado, como por exemplo a obra de Igarapés de Manaus.



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    O mecanismo encontrado para pagamento da propina foi a utilização de subempreiteiros. O governador indicava à AG a empresa que lhe faria o repasse da propina, cabendo à AG majorar o valor contratado com essa empresa na proporção da vantagem indevida ajustada.

    10% do valor da propina foi via contribuição oficial de campanha. Caixa um propinado.

    Na licitação da Arena Amazônia a Odebrecht fez proposta de cobertura em favor da AG. Na Arena Pernambuco, a AG retribuiu o favor, fazendo o mesmo para a Odebrecht.

    A propina paga ao governador Eduardo Braga era de 10% do valor de cada obra. RN estima ter pago de 20 a 30 milhões ao governador. Quando o governador Omar Aziz assumiu, a propina foi baixada para 5%.  

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