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segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Faltou povo

Sessão Extraordinária da Câmara de Vereadores de votação do impeachment, dia  24/08/2017 

Sem povo na rua não se derruba prefeito. Durante todo processo de impeachment, alertei os vereadores do G-5 sobre a necessidade de se mobilizar a população buziana a favor da cassação do mandato do prefeito. Frisei que as reuniões da Comissão Processante deveriam ser públicas. E que os moradores de Búzios deveriam ser convocados por todos os meios possíveis, inclusive através de carros de som. Para facilitar a presença dos moradores, as reuniões deveriam ser marcadas para o horário noturno. Quem sabe, algumas delas poderiam ocorrer até mesmo nos finais de semana, com esse objetivo.

Pelo contrário, as reuniões foram marcadas para o horário comercial, em dias úteis. Pensava-se que assim se evitaria o comparecimento dos funcionários públicos municipais, por estarem em horário de trabalho. Acreditava-se que apenas com a convocação pelas redes sociais dos vereadores do G-5, se conseguiria lotar a assistência da Câmara. Ocorreu justamente o contrário. O prefeito encheu a Casa Legislativa com a sua clientela política de funcionários comissionados e contratados. Convocados pelo G-5, compareceram apenas alguns de seus assessores. No dia da derrota do impeachment, os vitoriosos, como se fossem donos da Câmara de Vereadores, comemoraram fazendo um churrasco nas proximidades da Casa legislativa. Com direito a batucada e tudo.

Sei da dificuldade de se mobilizar a população buziana. Já fui presidente de partido em Búzios e, durante meu mandato, tinha como meta principal realizar manifestações massivas de rua. Fracassei rotundamente. Acreditei que os vereadores do G-5, diferentemente de mim, por terem votos, pudessem mobilizar entre 300 e 400 eleitores seus. O que, para mim não seria tarefa das mais difíceis, já que os cinco tiveram aproximadamente três mil votos nas últimas eleições, se somarmos os votos de cada um.

Mas nada. E aí deu no que deu. Dois vereadores não cumpriram com suas palavras. E um, eleito pela oposição, traiu seu eleitorado, sem a menor cerimônia, saindo da Câmara na maior cara limpa. Sem povo, sem olhos nos olhos, fica fácil mudar o voto. Sem a pressão da população, pode-se facilmente desrespeitar a vontade popular.

Quem conhece a realidade sócio-econômica buziana é capaz de entender a dificuldade em se conseguir que o povo buziano ocupe ruas e praças reivindicando seus direitos. E, porque não, se manifestando pela derrubada de um prefeito que, segundo a CPI do BO e o MP-RJ, cometeu muitos malfeitos? Mas como conseguir trazer para as ruas uma população onde quase 50% não tem o ensino fundamental completo e tem renda de até dois salários mínimos mensais? Como mobilizar moradores tão carentes, com grande parcela de subempregados, sem carteira de trabalho assinada, sem boa Educação e Saúde eficiente?

Acrescente-se a essas carências sócio-econômicas, a ideologia do medo imposta aos cidadãos buzianos pelos nossos três prefeitos ao longo desses anos de emancipação. “Para os amigos, todas as facilidades; para os adversários, o rigor da Lei”, sempre foi o lema deles. Dessa perseguição política por parte do Executivo, não escapa nenhum setor social.

Em 27/11/2011, escrevi o post “A cidade do medo” (ver em "ipbuzios"), no qual descrevia o medo que os funcionários da prefeitura, sejam contratados ou comissionados, tinham de perder o emprego. Mesmo funcionários concursados temiam participar de qualquer manifestação com medo de sofrerem retaliações, tais como serem transferidos para locais distantes de suas residências ou para setores que nada tivessem a ver com suas carreiras. Setor de arquivo, almoxarifado, por exemplo. É como se tivessem medo de serem colocados de castigo pelo pai/patrão/prefeito. Sabiam que não podiam ser demitidos, mas temiam, e como, ser castigados.

Alguém pode pensar que somente o trabalhador de Búzios tem medo de exercer a sua cidadania porque pode perder o emprego, por pura dependência econômica. Não há nada mais falso. Grande parte do empresariado da cidade também tem medo. Muito medo. Muitos por estarem ilegais, sem alvará, sonegando impostos, sem assinar carteira de seus empregados, sem pagar horas extras e se apropriando das gorjetas de seus funcionários.
Quanto mais ilegal estiver o empresário, melhor para o prefeito. Quanto mais rabo preso, menor capacidade de protestar. Diante de qualquer ensaio de rebeldia, é só mandar a fiscalização sanitária fazer uma visitinha em sua cozinha. Ou mandar a fiscalização do ISS dar uma olhadinha em seus livros-caixas.  Ou a fiscalização urbanística ver se ele construiu algum puxadinho sem licença. Ou a fiscalização da postura ver se tem alguma mesinha a mais do lado de fora. Isso quando fiscalizações estaduais (ICMS) e federais (trabalhista) não dão uma forcinha extra. 
Da mesma forma que domina grande parcela das famílias buzianas com os empregos públicos- como se esses empregos fossem seus-, com as ilegalidades empresariais consentidas- que não são poucas- nosso prefeito domina o patronato também.
Nessas condições nunca teremos povo nas ruas e praças de Búzios lutando por seus direitos ou contra os desmandos do Prefeito. E sem povo na rua, nunca teremos impeachment em Búzios.
Observação:

Por falar em impeachment, amanhã estarei com o Presidente da Câmara de Búzios Cacalho, para me inteirar da denúncia do advogado de defesa do prefeito de que supostamente teria plagiado trechos de obras sem citação dos autores em minha Denúncia.   

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Escolas de Búzios sem aula

 "Nós que trabalhamos em alguma das três escolas que ainda não tiveram aula após o recesso estamos passando por situações difíceis, bem como os alunos. A ordem dada pela SEME é que sejamos transportados diariamente para o INEF. Assim como meus alunos e alguns pais, imaginei que ao chegar lá teria um espaço onde fosse possível haver aula. Mas foi só imaginação mesmo! a realidade é que tal ação é feita simplesmente para iludir os responsáveis, já que ficamos lá assistindo filmes ou observando as crianças brincarem nas quadras esportivas. Ou seja, só parece que as aulas começaram pois nenhuma atividade tem objetivo didático.

O local também é desconfortável para os profissionais que para lá são levados. Quando não se está no cine-teatro, todos ficam a céu aberto e sem, ao menos, lugar para se sentar. Para os que trabalham nos dois turnos, o sufoco é ainda maior: ficar de pé ao sol quase o dia todo é quase tortura. Infelizmente, não pude registrar os absurdos que tenho testemunhado com fotos, pois ainda não sou efetiva. 

a informação que temos é que na segunda-feira já estaremos de volta às escolas, ainda que algumas situações sejam improvisadas. Mas, será que obras como do Alípio e Eulina ficarão prontas a tempo de que as aulas se iniciem com segurança para todos? a quem os funcionários podem recorrer para que alguma providência seja tomada em relação a forma em que estão trabalhando esta semana? Asfab? SEPE? MP? Ministério do Trabalho? 

Outra informação é de que teremos que compensar os dias sem aula  (que deveriam ser registrados como atividade extraclasse ou aula-passeio) trabalhando uma semana a mais em dezembro do que as outras escolas. como assim? essa nossa primeira semana de trabalho é só para que cumpramos horário? se tem aluno e professor fazendo alguma atividade, é aula! O Doutor deveria tomar conhecimento disso! Não se pode punir os profissionais por uma falha de cronograma de obras que é do governo.

Desculpem o desabafo, mas depois de trabalhar com escola alagada, esgoto no pátio, teto com rachaduras, merenda de qualidade duvidosa, falta de material e outros problemas, não esperava ser "recepcionada" no retorno das aulas com esses absurdos". 

Atenciosamente,

X

Observação: o nome da professora foi omitido a pedido pois a mesma teme perder o cargo.

Meu comentário:


Acredito que a professora deva recorrer à ASFAB, ao SEPE e ao MP.


domingo, 27 de novembro de 2011

A cidade do medo

Quando passei o abaixo-assinado pedindo o impeachment do prefeito Mirinho Braga fiquei impressionado com o medo demonstrado pela população de Búzios de colocar uma simples assinatura numa folha de papel. Era demais para mim: estava diante do medo de um povo de exercer um direito de cidadania!

Antes de pedir para a pessoa assinar, perguntava o que ela estava achando da administração atual, e se estava a par da nova situação político-eleitoral do prefeito, a partir do julgamento do mérito da ação anulatória impetrada pelo prefeito contra decisão da câmara que havia cassado os seus direitos políticos por cinco anos.  Ação perdida, direitos políticos perdidos. Era óbvio.

Quase todos afirmavam que o governo Mirinho Braga estava péssimo, que não estava fazendo nada, que havia fortes indícios de que muitos recursos públicos estariam sendo desviados e coisa e tal. Mas quando pedia para assinar o abaixo-assinado muitos recusavam, mesmo tendo explicado que o prefeito não poderia permanecer no cargo após a decisão do juiz de Búzios. Como é que uma pessoa inelegível pode continuar governando uma cidade? Não é que as pessoas não concordassem com os argumentos. Não é que não quisessem. Não é que faltassem razões para assinar. O que sobrava era medo. Muito medo de represálias. E isso era verbalizado como se fosse a coisa mais natural do mundo, sem nenhum constrangimento.

Alguns me disseram que não podiam assinar porque poderiam perder o emprego (contratado, comissionado, ou empregado em alguma terceirizada) ou fazer algum parente perder o dele. Mesmo alguns funcionários concursados alegavam que poderiam sofrer retaliações tais como serem transferidos para locais distantes de suas residências ou para setores que nada tivessem a ver com suas carreiras. Setor de arquivo, almoxarifado, por exemplo. É como se tivessem medo de serem colocados de castigo pelo pai/patrão/prefeito cruel. Sabiam que não podiam ser demitidos mas temiam, e como, ser castigados.

Até mesmo lideranças do movimento sindical dos trabalhadores do setor público (ASFAB) que diziam concordar com o teor do abaixo-assinado, disfarçavam, mas não assinavam. Chegavam a pegar folhas para passar entre a categoria mas nunca as devolviam . Dissimulados, disfarçavam o quanto podiam. Chegavam a aparentar que torciam para que se conseguisse o número necessário de assinaturas, mas na verdade estavam preocupados unicamente em não queimar a possibilidade de aquisição de uma comissão qualquer que o prefeito poderia lhes presentear no futuro. Quem sabe?

O fato de não assinar podia representar o ganho futuro de uma comissão de mais de R$ 2.000,00 reais para uma pessoa que só conseguiu passar em um concurso de R$ 700,00. Já imaginou o que é isso?

Teve um morador que toda vez que me encontrava vibrava com o abaixo-assinado. Perguntava sempre quantas assinaturas já tinham, quantas faltavam, etc. Diante de tanta euforia pedi que ele passasse algumas folhas. Meio sem jeito, me disse que tinha assinado mas que não gostaria de passar o abaixo-assinado. Não lhe cobrei o motivo, pois sabia qual era o seu medo: seu pai tinha cargo comissionado na prefeitura. Deve estar até hoje arrependido de ter assinado.

Alguém pode pensar que somente o trabalhador de Búzios tem medo de exercer a sua cidadania porque pode perder o emprego, por pura dependência econômica. Não há nada mais falso. Grande parte do empresariado da cidade também tem medo. Muito medo. Um empresário, a quem me dirigi com o abaixo-assinado, teve a cara de pau de me dizer: não posso assinar porque sou empresário!  Deu vontade de dizer que ele era um empresário de merda, que estava todo ilegal, sem alvará, que sonegava impostos, que não assinava carteira,  que roubava horas extras e gorjetas de seus funcionários. Não disse, mas entendi os motivos da existência de tanta ilegalidade em Búzios.

Não é a toa que a  ilegalidade é consentida pela administração municipal. Quanto mais ilegal estiver o empresário melhor para o prefeito. O rabo preso fará com que ele não participe de protesto nenhum. Diante de qualquer rebeldia como assinar um abaixo-assinado pedindo o seu impeachment é só o prefeito mandar a fiscalização sanitária fazer uma visitinha em sua cozinha. Ou mandar a fiscalização do ISS dar uma olhadinha em seus livros-caixas.  Ou a fiscalização urbanística ver se ele construiu algum puxadinho sem licença. Ou a fiscalização da postura ver se tem alguma mesinha a mais do lado de fora. Isso quando fiscalizações estaduais (ICMS) e federais (trabalhista) não dão uma forcinha extra. 
    
Da mesma forma que domina grande parcela das famílias buzianas com os empregos públicos- como se esses empregos fossem seus-, com as ilegalidades empresariais consentidas- que não são poucas- o nosso prefeito domina o patronato também. É o governo do Terror!

É. Está tudo dominado pelo medo!

Búzios precisa urgentemente de uma Primavera como a Primavera Árabe. Os moradores de Búzios precisam sair às ruas, desatar seus grilhões, vencer seus receios e mostrar que somos cidadãos de verdade, conscientes de seus direitos e que não aceitam, de forma alguma, viver sob o domínio do medo.

Observação 1: depois de conseguir algumas centenas de assinaturas resolvi desistir do abaixo-assinado. As dificuldades relatadas acima nos mostraram que levaríamos muito mais tempo do que pensávamos inicialmente. Agradeço a todos os cidadãos buzianos que o assinaram, cidadãos no verdadeiro sentido da palavra, com os quais tenho orgulho de me relacionar. Outros projetos de lei de iniciativa popular virão porque esta é a razão de ser deste blog. 

Observação 2: realmente, por não ter conseguido passar o abaixo-assinado, reconheço que o prefeito saiu vitorioso. Mas parafraseando o grande pedetista Darcy Ribeiro quando reconheceu que perdeu ao tentar fazer uma universidade de primeiro mundo, que perdeu ao tentar implantar o ensino integral nos CIEPs, que perdeu ao tentar impedir a matança dos  índios brasileiros, mas que não gostaria de forma alguma estar no lugar daqueles que o venceram, digo o mesmo: Prefeito Mirinho Braga, não gostaria nem um pouco de estar no seu lugar! 

Comentários:



Reporter Cidadão disse...
 
Boa esta nobre Luiz! Porém sem novidade alguma sobre o tema. É sabido a muito tempo, que pessoas nesta cidade, tem receio por vezes de se quer dar uma opinião, contrária a administração atual, ou seja lá a que estiver no comando. Muitos tem um certo "rabo preso", mesmo que indireto. Muitos cidadãos tem receio de se expressar publicamente por receio de um parente que esteja contratado pela PMAB ou o próprio, venha a perder a "boquinha" do emprego. Por isto estes governantes não tem a menor pressa em realizar concurso publico, uma vez que perderam um pouco mais de suas forças de domínio neste sentido. Tambem infelizmente tem servidor concursado que tem receio de perder posto (local) de trabalho onde ele possa estar bem acomodado, sem comentar detalhes daqueles que recebem "gordas" horas extras sem que trabalhem para isto. Em diversos setores da Prefeitura tem servidores nestas situações, gabinetes, secretarias, coordenadorias, etc... Até em gabinete de vereadores existe isto, pessoas que recebem horas extras bem GORDAS, sem fazer. Existem duas modalidades, a que os administradores da grana chamam de " PLUS " a mais, pago a pessoas que dizem ser de confiança, e outras que são pagas para simples lavagem, onde o servidor parece repassar parte do que recebeu sem fazer, mesmo que o referido servidor se quer cumpra os dias normais de trabalho. Peça vistas dos contra-cheques e verás! Os vereadores volta e meia solicitam isto. Ouvi burburinhos que existem no MP - tutela de Cabo Frio, diversas ocorrencias de denuncia sobre isto, mas sem providencias ainda.
Marcia Bispo disse...
 
Acho interessante a colocação do medo. Creio que temos nesta cidade duas situações explicitas: MEDO e COVARDIA. Sim, o medo colocado por nosso querido Luiz, tão óbvio e claro como água, tange nos interesses daqueles que não ´so trabalham e dependem do leitinho da administração local, assim como os seus, digo, a familia interia quando não. Porém, existe tambem a COVARDIA. Esta, pior ainda. Sim, pior porque, além das questões colocadas acima, são pessoas que não abrem novos caminhos na vida, sequer investe suas forças para novas empreitadas pessoas. E assim se renova a cultura do povo local de se deixar levar por promessas de pseudos " politicos " achando que o seu está garantido, não sabendo este imbecil que está alimento a corrupção e corja que depende da ignorancia, medo e covardia dessas mesmas pessoas. É triste, mas é verdade. beijos Luiz♥
Dura verdade! Terrível necessidade!
Pobre homem pobre que pensa que tem garantia de alguma coisa!
Mas garanto, não sou pastora, não sou empresária, não sou ninguém como dizem por aí...e eu concordo.
 Apenas garanto a quem desenvolveu esse medo que tudo tem limite.
Vento forte derruba castelo de areia ou de cartas... E aqui tem muito vento.
Poder baseado no medo e na corrupção pode permanecer por um tempo, mas não para sempre...
É uma questão de paciência, precisamos observar e utilizar esse aprendizado no futuro.
Se informarmos o que corre nos bastidores da política, de forma didática, com exemplos claros, as pessoas acordariam e intuitivamente reagiriam.
Por mais simples que sejam, compreenderiam.
É preciso que seja dito: quem colocou o Rei?
Como ele obteve esse poder?
Por que ninguém fala qual a origem do mal?
Como o prefeito atual conseguiu ser candidato?
Será que existe uma eminência parda?
Um cidadão comum, não político, não tem como chegar ao poder sem uma “ajudinha”.
É hora de dizer quem é, tem que vir à tona para que o povo saiba e veja que nada acontece por acaso, sempre há alguém ou alguma coisa que determina o fato.
Se o Rei não existisse, o Conselho de Meio Ambiente estaria funcionando bem, todos estariam defendendo o plano diretor. A cidade estaria protegida da barbárie corporativista.
Se o Rei não existisse, as diversas correntes, mesmo sendo duvidosas, se auto-regulariam, pois um lado controlaria o outro.
A população não está feliz, mas mostra um fatalismo estranho.
Tudo é porque é.
Tenho um exemplo da inércia dos moradores e da aceitação automática.
Na esquina de minha casa, iniciaram a construção de uma praça que poderia custar uns vinte a trinta mil, pois é uma quadra de areia com uma calçada em volta com quatro postes, três bancos e três mesinhas, mas na placa mostra o custo de cento e nove mil.
Comentei com o pessoal e soube que nem sequer houve unanimidade sobre onde deveria ser construída a praça.  Muitos falaram que havia outro local mais adequado, mas que foi uma ordem do Rei em troca de algumas declarações duvidosas...
Os que foram beneficiados, os do entorno, declararam que não interessa o preço se essa é a única forma de ter a praça.
O mentor do projeto, residente na tal rua, deu permissão ao Rei para publicar que eu não tinha poder para sair do conselho, incluindo carta branca sobre assuntos pertinentes (vide JPH – observatório)... Mas em troca teria a rua asfaltada e a construção imediata dessa praça como demonstração de sua força política.
Nem pediu que eu não divulgasse a afirmação.
Ainda declarou que diria tudo que precisasse para que a praça saísse do papel, já!
Tudo pela praça. Tudo pelas criancinhas. Alguém acredita em papai Noel?!?
Pelo menos foi honesto ao revelar o motivo de seu testemunho em meu desfavor.
Agora tenho um dilema filosófico: será que quando a maioria pensa da mesma forma e a minoria não consegue demonstrar que isso é um erro, essa maioria, em hipótese, estaria certa neste momento e precisaria percorrer um caminho mais longo para acabar chegando a um mesmo ponto no futuro? Isso também é desperdício... deve ser improbidade moral...

Comentários no Facebook:






    • Aide Ramos parabéns Luiz Gomes,parabéns Maria Do Horto Moriconi e parabéns Búzios por ter pessoas como vocês.
      domingo às 19:26 · 

    • Marcia Bispo Do Nascimento Luiz, acabei de comentar lá. Falei da limitrofe diferença do MEDO para a COVARDIA
      segunda às 18:55 ·

    • Eduardo Torrely Luiz Gomes, parabéns pelo artigo “A CIDADE DO MEDO”. Você conseguiu digitar com poucos caracteres, como é o comportamento do morador de Búzios, quando o assunto é a “Política da cidade”.
      Está de parabéns!






  • Monica Werkhauser voce tem toda razão, infelizmente numa cidade, onde o emprego é díficil e o governo não faz nada, sempre será dificil excercer a cidadania
    segunda às 18:38 ·


  • Camila Viana Realmente as pessoas tem muito medo dos governantes nessa cidade. Incrível que até quem não deve nada tem medo de botar a cara. Isso tem que acabar!
    segunda às 22:00 ·