132º DP Arraial do Cabo |
A Secretaria de Polícia Civil, por meio da 132ª DP (Arraial do Cabo) realiza nesta segunda-feira (09/11) em Arraial do Cabo, a operação “No Fio do Bigode”, uma referência à celebração de contrato de boca, que apura fraudes em licitação, irregularidades na contratação, por parte da Prefeitura de Arraial do Cabo, de dois laboratórios de análises clínicas, cobrança por exames que nunca foram feitos e falta de assistência à população. Ao todos estão sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça em cinco cidades: capital do Rio de Janeiro, Arraial do Cabo, Búzios, Saquarema e São José de Ubá.
De
acordo com as investigações no esquema montado os contratos eram
feitos através de acordos verbais, sem qualquer tipo de papel ou
comprovante. As empresas investigadas, que pertencem aos mesmos
donos, receberam da Secretaria Municipal de Saúde, nos últimos
quatro anos, mais de R$ 6 milhões. Somente uma delas recebeu durante
um ano e meio, cerca de R$ 2 milhões e meio.
Policiais civis
de sete delegacias do Departamento Geral de Polícia do Interior
(DGPI) estão no Hospital Geral de Arraial do Cabo, Hospital
de Búzios e em endereços de empresas e de residências
dos investigados, entre eles, uma fazenda. Entre os alvos está o
ex-secretário de Saúde de Arraial do Cabo. Ele deixou o cargo há
cinco meses.
Segundo as investigações o
laboratório Mega Lagos foi contratado em caráter
emergencial, em janeiro de 2017, por seis meses, para realizar exames
no Hospital Geral de Arraial do Cabo e em todos os postos de saúde
da cidade. No entanto, durante esse período, a empresa não prestou
atendimento nos postos e realizou apenas alguns exames emergenciais
nos pacientes internados no hospital. Apesar disso, cobrou e recebeu
da Secretaria Municipal de Saúde por milhares de exames que sequer
estavam disponíveis. Após o término do prazo emergencial, em junho
de 2017, a Mega Lagos continuou atuando em Arraial do Cabo e
recebendo pagamentos, até dezembro de 2018, sem ter nenhum contrato
firmado com a administração municipal.
As investigações
também apontaram que, na prática, Mega Lagos e Masther
Lab são a mesma empresa, tendo, inclusive, os mesmos
funcionários e endereços comerciais. Após essa transição, o
casal de empresários passou a Mega Lagos para o nome de um
“laranja”. A Mega Lagos prestou e a Masther Lab ainda
presta serviços também para a Prefeitura de Búzios.
O
ex-secretário de Saúde também é investigado pela Polícia Civil,
em outro procedimento, por peculato e lavagem de dinheiro. Já o dono
dos laboratórios, , já tem passagem na polícia por falsidade
ideológica e foi condenado, em dezembro de 2019, por fraudar pedidos
médicos e simular a realização de exames em favor da Mega Lagos.
Fonte: "policiacivilrj"
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