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domingo, 12 de abril de 2020

Na mensagem à Câmara, o prefeito de Búzios prometeu conceder cestas básicas à todas as famílias de estudante da rede pública

Mensagem do prefeito à presidente da Câmara de Vereadores de Búzios

Na mensagem nº 09/2020 enviada pelo Gabinete do Prefeito à vereadora Joice Costa, Presidente da Câmara de Vereadores de Armação dos Búzios, André Granado prometeu fornecer cestas básicas às "famílias de todos os estudantes da rede pública de ensino de Búzios que tenham as aulas suspensas em decorrência do Covid-19". Reparem que ele fala em "redes públicas", o que significa que pretendia abranger também as escolas estaduais e federais que por ventura funcionassem em Búzios. E foi com base nesse pedido do prefeito que os vereadores votaram com unanimidade no projeto de lei enviado pelo Executivo (Lei 1.541, de 31 de março de 2020). Lembram-se vereadores?
Revelando que somos governados por um prefeito sem palavra, a própria prefeitura publicou hoje em sua página oficial do Facebook que as cestas básicas não se destinam mais à todas  as "famílias de todos os estudantes da rede pública de ensino de Búzios que tenham as aulas suspensas em decorrência do Covid-19", mas apenas à uma muito pequena fração delas.
Hoje, para o prefeito, desdizendo o que publicou na mensagem, as cestas básicas destinam-se apenas a:
1) FAMÍLIAS DE ALUNOS, BENEFICIÁRIAS DO BOLSA FAMÍLIA
2) FAMÍLIAS QUE DERAM ENTRADA NO CADASTRO DA SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL, TRABALHO E RENDA
3) FAMÍLIAS DE ALUNOS DO COLÉGIO ESTADUAL JOÃO DE OLIVEIRA BOTAS, BENEFICIÁRIAS DO BOLSA FAMÍLIA
4) FAMÍLIAS EM DIFICULDADES QUE NÃO SE ENQUADRAM NAS CONDIÇÕES 1, 2 e 3
Restringir o fornecimento das cestas básicas às famílias beneficiárias do Bolsa Família significa atender a apenas 1.322 famílias, pois este é o alcance do programa em Búzios. Considerando que temos 9.091 alunos na rede pública municipal (creches: 516; pré-escola:– 1.003; anos iniciais: 3.002; anos finais: 2.713; ensino médio: 1.320; EJA: 398; educação especial:139), praticamente 8 mil famílias ficariam de fora do atendimento. Um pouco menos, se a prefeitura conseguir atender à alguns que ela chama de vulneráveis, como diz pretender.
Nenhum prefeito com a mínima sensibilidade social admitiria que na presente situação de crise econômica gerada pela pandemia do coronavírus, existiria algum estudante de escola pública em Búzios que não necessitasse de uma cesta básica. Qualquer prefeito com um mínimo de discernimento, saberia muito bem que nas escolas públicas de Búzios não tem nenhum filho de milionário, de empresário, de hoteleiro, de vereador, de político, etc. Só coloca filho em escola pública quem não tem recurso para colocá-lo em uma boa escola particular. Todo mundo sabe disso. Todo mundo sabe que esses país foram atingidos em cheio pela crise atual.
E não faltariam recursos para fornecer cestas básicas para todos, pois além das 20 mil cestas básicas adquiridas, ainda temos muito dinheiro público gasto na merenda, que praticamente não foi utilizada neste ano. Apenas a Milano recebeu R$ 621.895,14 para fornecer merenda por apenas dois meses, de 10 de fevereiro a 10 de abril. E a prefeitura vai pagar R$ 3.901.095,64 por um ano de merenda (ver pregão presencial nº 002/2020). Destes gêneros alimentícios (76 itens, incluídos entre eles carnes bovina, suína, de frango, de peixe), se poderiam facilmente fazer mais cestas básicas, o que por sinal foi feito na sexta-feira (10) para atender às creches Ernestina, Laurinda e Tia Ivonete na Cem Braças.
Por que o prefeito mentiu para os vereadores? Ou será que se está pretendendo poupar cestas básicas agora para distribuí-las mais a frente, bem pertinho do período eleitoral?       
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Meu comentário:
Apesar de o artigo 4º da Lei 1.541 prever que o prefeito irá regulamentá-la por meio de um decreto, ele não pode descaracterizar a essência da Lei aprovada pelos vereadores, que é a de beneficiar a todas as famílias dos estudantes que estão sem aula por causa do coronavírus, limitando os beneficiários aos familiares usuários do Bolsa Família ou aos que estão em situação de vulnerabilidade. 


sexta-feira, 10 de abril de 2020

Búzios tem respiradores, mas faltam leitos de UTI, mostra levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas

Aparelhos respiradores: aparelho é essencial para tratar pacientes com o Covid-19. Foto: Divulgação


Levantamento feito por pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas mostra que 18% dos moradores do Estado do Rio estão em situação de vulnerabilidade. Cerca de 3 milhões de fluminenses vivem em municípios sem estrutura hospitalar para combater o Coronavírus, diz estudo

Um levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas mostra que 43% dos brasileiros vive em municípios sem a estrutura recomendada pelo Ministério da Saúde de respiradores e leitos de UTI para o combate ao Covid-19. No Rio de Janeiro, classificado pelo governo federal como um dos estados onde a situação é de emergência, 18% dos fluminenses moram em cidades sem o número de leitos ou equipamentos necessários: cerca de 3,1 milhões de pessoas, de acordo com o último número do IBGE (2019).

O Ministério da Saúde, conta o estudo, recomenda a proporção de dez leitos de UTI a cada 100 mil habitantes, e cinco respiradores/ventiladores para cada um destes leitos. Usando como base estes números, os pesquisadores concluíram que 43,3% da população brasileira mora em cidades que apresentam índices de vulnerabilidade quanto a estes equipamentos essenciais no combate aos sintomas do Covid-19. São casos em que há respirador ou ventilador, mas sem leito de UTI, ou presença de leito de UTI, mas sem os respiradores ou ventiladores, baixa proporção dos equipamentos etc.

No estado do Rio de Janeiro, dos 92 municípios, 56 estão na linha de vulnerabilidade em que o estudo se baseia. Quatro municípios sequer possuem ventiladores ou respiradores. Os outros 52 ou não possuem leitos de UTI ou possuem estes leitos, mas abaixo da recomendação.

No ranking nacional, o Rio aparece como o 2º melhor nestes quesitos, atrás apenas do Distrito Federal, mas, ainda assim, podemos dizer que a situação é preocupante, sim. Nós chamamos de pontos do percentual de vulnerabilidade na pesquisa, mas prefiro falar que são pontos sobre a estrutura hospitalar adequada para atender pacientes com sintomas do Novo Coronavírus – comenta Beatriz Meirelles, pesquisadora da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas.

Ela diz que, pela forma como leitos e equipamentos estão distribuídos no estado, pode haver sobrecarga em municípios com melhores condições estruturais.

No estudo, comentamos sobre os municípios que dependem de centros urbanos para tratar destes casos, para ter acesso a esta rede estruturada. No Rio, isto não é diferente. Há uma má distribuição de equipamentos respiradores e de leitos de UTI. Acaba que sempre algum município vai acabar sendo sobrecarregado, porque vai receber uma demanda de outro – conclui.

Confira os números detalhados

Total de municípios do estado do Rio que não possuem estrutura hospitalar adequada: 56

Total da população que vive nesses municípios: 3.177.098 (18%)

Municípios com proporção de leitos de UTI abaixo da recomendação do Ministério da Saúde: Belford Roxo; Bom Jesus do Itabapoana; Itaboraí; Itaguaí; Mesquita; Rio Bonito; Rio das Ostras. Um total de 1,2 milhão de pessoas.

Municípios sem respiradores: Cardoso Moreira; Italva; Paty do Alferes; Rio das Flores. Um total de 65 mil pessoas.

Municípios com respiradores, mas sem leitos de UTI - um total de 1,9 milhão de pessoas:
1. Aperibé
2. Areal
3. Armação dos Búzios
4. Bom Jardim
5. Cachoeiras de Macacu
6. Carapebus
7. Carmo
8. Casimiro de Abreu
9. Comendador Levy Gasparian
10. Conceição de Macabu
11. Cordeiro
12. Duas Barras
13. Engenheiro Paulo de Frontin
14. Guapimirim
15. Iguaba Grande
16. Itatiaia
17. Japeri
18. Laje do Muriaé
19. Macuco
20. Magé
21. Mangaratiba
22. Maricá
23. Mendes
24. Miguel Pereira
25. Natividade
26. Paracambi
27. Paraty
28. Pinheiral
29. Piraí
30. Porciúncula
31. Quatis
32. Queimados
33. Rio Claro
34. Santa Maria Madalena
35. São Francisco de Itabapoana
36. São João da Barra
37. São José de Ubá
38. São José do Vale do Rio Preto
39. São Pedro da Aldeia
40. São Sebastião do Alto
41. Sapucaia
42. Seropédica
43. Silva Jardim
44. Sumidouro
45. Tanguá
46. Trajano de Moraes
47. Varre-Sai

Fonte: "OGLOBO"

Comentários no Facebook: 

Joseph Mendes Cavalcante búzios tem 3 respiradores só, e profissionais do hospital reclamam que não funcionam todos corretamente! essa historia de dizer que esta distribuído em outro local é para superfaturar notas fiscais ! sem tem onde estão e quantos são esses respiradores ? Gladys Nunes Flávio Machado Muchacho Vidal

Gladys Nunes Joseph Mendes Cavalcante estou proibida de fiscalizar o hospital por ordem judicial. Pode isso????

Flávio Machado Amigo esta vindo uma auditoria do Ministério da saude , logo toda sacanagem virá a tona


Gladys Nunes Flávio Machado tomara, porque são tantas denúncias que fiz , e nada acontece
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